Fake Girlfriend escrita por Marie


Capítulo 10
Capítulo 9 - Ferrar minha cabeça


Notas iniciais do capítulo

gENTE

oINS

LOUIS VAI SER PAI

CABO ZERRIE

O QUE TA CON TESENO COM ESSE FANDOM

DESDE QUE NASCI PERRIE TA COM ZAYn

TA PASSANDO UM CLIPE DO N SYNC NESSE MOMENTO NO MTV

e eu atualizei a fic, claro

assisti muito seriado nas férias gente, amosou

desculpa a demora



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/565083/chapter/10

Beatrice.

Não acredito que isso está acontecendo, está acontecendo mesmo?

Estávamos na casa de Lulu, Josh e eu, cada um com uma mala, Cheryl com três e esperávamos Lulu arrumar a sua quinta.

– A gente vai realmente ter que se espremer no carro por causa das malas de vocês? – Josh perguntou, consternado.

– Eu arrumei o carro para a gente ir, se eu quiser desmontar meu guarda-roupa e levar ele, eu vou fazer isso – Lulu retrucou, irritado.

Enquanto Lulu arrumava sua mudança, digo, bagagem, Cheryl, Josh e eu ficamos jogados no sofá, escutando – ou fingindo – a mãe de Lulu monologar sobre medidas de segurança que deveríamos tomar, que não podíamos ir a cassinos e perder toda a nossa grana por causa de golpistas e coisas assim.

– Lembrem-se: Vegas é o inferno na Terra.

– Eu falei para eles, tia, mas ninguém me escuta – revirei os olhos.

– Cala a boca, você quer ir! E olha só, vai ser bom. Estamos quase na metade do primeiro mês de férias e ainda não viajamos! – Josh cruzou os braços.

Só queria entender o motivo de meus pais terem permitido que caíssemos na estrada em direção à Vegas. Quer dizer, eles devem me odiar, porque pensaram: “Talvez ela morra na viagem, aí podemos ter a casa só pra nós dois em tempo integral” para fazer sabe-se-lá-o-quê.

Tá, eles só deixaram porque Josh estava comigo e o consideram um tipo de guarda-costas esquisito. Além de me fazerem mil e uma limitações, coisas que eu vou burlar eles querendo ou não.

A mãe de Lulu – com os cabelos recém platinados – soprou um pouco as unhas antes de nos encarar.

– Tomem conta do meu neném...

Ô manhêê! – Lulu reclamou, surgindo com apenas uma mala.

– Cadê as outras? – perguntou Josh.

– Deixo o resto se a Cheryl escolher só uma para levar, acabei de me lembrar de que são quatro horas na estrada e seria legal viajar com conforto.

Essa é uma das raríssimas vezes que Lulu fala algo que vale a pena ser levado em consideração.

– Você não podia estar mais correto, amiguinho – fiz sinal de joinha para ele. – Então, macacos, vamos?

(...)

– Um, dois, três indiozinhos!

– Quatro, cinco, seis indiozinhos!

– Sete, oito, nove indiozinhos!

– DEZ NUM PEQUENO BOOOOOOOOOOTE! – Lulu completou, berrando.

Enquanto Josh dirigia e eu ia no banco do passageiro, Cheryl e Lulu estavam atrás. Vez ou outra eles entravam no tapa por motivos fúteis – como discutirem qual marca de secador de cabelo é melhor, etc. Até que Josh teve a péssima ideia de começarmos um festival de “canto” que tá mais pra festival de cacarejo.

– Isso tá parecendo uma versão pobre e de baixa qualidade de High School Musical – Josh comentou.

– Espera! – Lulu gritou, assustando todos. Ele se remexeu no banco até achar algo, que pude ver que era seu celular. – Pronto, pode repetir isso, por favor? Vai pro snapchat.

– Eu mereço – meu amigo resmungou em resposta.

Passaram-se alguns segundos, até que Josh começou a cantar numa voz bem baixinha:

We’re soaring... Flying... There’s no star in heaven that we can reach...

If we trying, so we’re breaking free – completei, me virando para ele e piscando os olhos dramaticamente, tentando fazer a melhor imitação de Gabriella Montez que pude.

You know the world can see us, in a way that’s different than who we are – Lulu entrou no embalo com uma voz afinadíssima.

Creating space between us, til’ we separate hearts – Cheryl resolveu dramatizar também, colocando o braço na testa e arrancando algumas gargalhadas de Lulu.

But your faith it gives me strenght... Strenght to believe – Josh e eu cantamos juntos.

WE’RE BREAKING FREE – Lulu berrou outra vez ao mesmo tempo que Cheryl cantava um “we’re soaring, flying”. E os dois soltaram um lindo “there’s no star in heaven that we can’t reach”.

Depois de cantarmos We’re All In This Together, We Rock (exatamente, de Camp Rock), Highway to Hell, Smoke on the Water e tentarmos cantar uma música do Tokio Hotel (ficou horrível, só para constar. Ninguém aqui manja no alemão), resolvermos dar uma parada num café de estrada e comer waffles.

– Isso se parece um pouco com o Texas – Cheryl estupidamente verbalizou.

– Já sei que se um dia eu me perder com você, vamos morrer perdidas – revirei os olhos. Que ótima em geografia ela é.

– Chel, em que hemisfério estamos? – Lulu perguntou de repente.

Ela revirou os olhos.

– Hemisfério oeste. Podemos comer agora? – ela resmungou e passou por nós três, com um ar boçal.

Entramos no café e nos sentamos em uma mesa. Observei a decoração retrô. Quer dizer, se contar com o bolor das paredes, as toalhas de mesa quadriculadas manchadas de café, o letreiro neon falhado e os pôsteres de mil e uma bandas de rock antes dos anos 80, então poderia ser chamado de retrô, vintage, ou simplesmente, velharia de alguém preso no tempo.

Exceto por nós quatro, o lugar parecia abandonado. Por votação, fui a indicada a tocar o sino no balcão e chamar alguém, só que nem precisei fazer isso porque uma barata passou correndo perto dos meus pés e soltei um grito ridículo.

Depois disso, uma garçonete peituda e com a cintura de pilão se aproximou da nossa mesa. Mascava chiclete com aroma de tutti frutti, tinha uma maquiagem exagerada e um uniforme curtíssimo – deveria ser o que mantinha os clientes no lugar, mas pensando bem, não havia ninguém ali – e Josh, Cheryl e até Lulu encaravam os airbags dela (deu pra perceber que há mais possibilidade de Cheryl gostar de mulheres do que Lulu? Pois é).

Tá, até eu dei uma encaradinha. Mas qual é! Eles estavam quase saltando em cima de mim!

– O que vão querer? – ela tirou uma caneta da orelha e puxou uma caderneta do bolso, e falou com um sotaque arrastado e desinteressado.

Cheryl murmurou algo como “Eu disse que havíamos parado no Texas”.

– Queremos waffles, bacon e H2O, porque a coca-cola é muito ácida – Lulu falou fingindo um sotaque sulista como o da mulher, e quase me fazendo abrir a boca e soltar uma risada.

– Não tem H2O, benzinho – a garçonete deu mais uma mastigada no chiclete, desinteressada. – Para beber só temos Jack Daniels, Kriskoff, Johnnie Walker e Rum Montilla. Nas terças também temos Gim Tônica, mas como o movimento está lento podem pedir isso se quiserem.

Okay, que caralhos de lugar é esse?

– Como assim? – Cheryl perguntou, tirando a pergunta da minha boca.

– Esse é o principal bar de Calico Ghost Town, benzinho. Se não quer beber nada que vai te deixar em coma alcólico, sugiro que peça água mineral.

– Há, espera aí. Tá me chamando de fraca? Pois pode me trazer uma garrafa inteira de Rum Montilla, benzinho – Cheryl a imitou, cruzando os braços.

– Isso vai dar merda – Josh suspirou, resignado.

– Sério? Se eu fosse você, pedia algo mais leve. Tipo toddynho – a garçonete zombou.

– Ih, eu não deixava... – Lulu assobiou.

– Me traz uma gim-tônica também então, vadia – Cheryl falou sombriamente.

– Okay, o que são essas coisas estranhas, esse tal de Kristoff? – perguntei, boiando.

Josh se virou de repente para mim.

– Coisas que eu nunca, nunca na vida vou te deixar tomar. Ouviu bem?

(...)

– Deixa a menina viver, Josh! – Cheryl gritou, empurrando a garrafa de Johnnie Walker para mim.

– Cheryl isso vai matar ela! Puta que pariu, não me façam parar esse carro e dar uma surra em vocês duas! – Josh rebateu, visivelmente irritado.

– Você só tá chateado porque você e o Lulu não estão bebendo – ela revirou os olhos, depois deu uma risada. E aí eu ri. E nós duas começamos um ataque histérico de risadas.

Cheryl e eu havíamos bebido a gim-tônica juntas, e ela aproveitou e comprou mais duas garrafas de Jack Daniels e Johnnie Walker. Depois saímos do bar, já escurecendo, e voltamos para a estrada, mas fui atrás com Cheryl enquanto Lulu ia na frente com Josh.

Eu nunca havia bebido assim na vida. Já experimentei cerveja, mas isso foi dez anos atrás, quando me escondi debaixo da mesa da varanda da minha tia e virei o copo do meu pai para depois culpar o cachorro. Não é como se eu me lembrasse da sensação.

– Vosssssscê é um chaaaatuu – choraminguei e depois dei um soluço.

– Já chega! – Josh parou o carro bruscamente e quase me arremessou para o painel. Só não bati lá porque Lulu me segurou. Depois disso, Josh desceu do carro, abriu a porta do meu lado e puxou meu braço, me levando para fora.

– Vai fazeeeer o quê? Me deixar aqui? – meio que cantei ao falar.

– Não. Eu desci para... Para... – ele puxou o gorro que estava em seu cabelo para baixo.

– Para quê, Josh? Me bater? VEM! Bate na minha cara. Bate na minha bunda – falei com meu melhor tom de seriedade, mas não consegui evitar começar a rir.

– Por Raziel – Lulu soltou uma gargalhada. – VOCÊ TÁ AÉREA, MULHER!

Josh se aproximou de mim, me colocou com a frente apoiada na lataria do carro e deu um tapa na minha bunda.

Mas não foi qualquer tapa. Foi uma coisa bruta, e aposto que ia deixar marcas. Eu soltei um grito, mas depois senti uma queimação nas minhas pernas e não medi as próximas palavras:

– Bate de novo – sussurrei.

Meu Deus. Eu tô bêbada e querendo transar.

Virei o corpo para encarar Josh e me aproximei, o álcool tomando conta dos últimos restos de sanidade – ou não – que eu possuía, e ele arregalou os olhos azuis, engolindo em seco.

– Bea... – ele sussurrou também quando me aproximei e corri minhas unhas feitas num azul claro em seu peito por cima da camiseta, e lembro que escolhi a cor porque me lembravam dos olhos dele. Sei lá o motivo.

– Não comece algo se não tem intenção de terminar, benzinho – murmurei no ouvido dele. Depois o empurrei rudemente.

– Puta que pariu – Josh soltou o ar de uma vez. – Tô sentindo que você vai foder meu cérebro nessa viagem, garota.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

coloquei 'ferrar' no título pq senão ia ficar muito vulgar pra um título

eu sei q vcs querem me queimar com fogo infernal e me fazer engolir água benta depois de me transformarem em vampira (shadowhunters aí?) mas eu tenho uma notícia boa:

NÃO ESTÁ LONGE DE BEA E JOSH FAZEREM UMA CERTA COISA

BEIJOS NO CORE
xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fake Girlfriend" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.