Fake Girlfriend escrita por Marie


Capítulo 11
Capítulo 10 - Poker


Notas iniciais do capítulo

OINS
TUDO BEM?
NOS VEMOS NAS NOTAS FINAIS



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Beatrice.

– Quem precisa de mapa quando se tem uma rua principal com os principais cassinos e hotéis dessa porra? – Lulu deu um safanão no mapa de Vegas que eu carregava.

– Porque só sendo muito burro que nem você e o Josh para fazer a gente se perder e acabar num universo paralelo cheio de bichos encapetados e unicórnios – retruquei, nervosa com a ousadia dele. – Nunca se sabe quando seu carro pode ser teletransportado para o Edom do nada.

– Ok, drogadinha. Já entendemos. Mapas são importantes, blá blá blá – Josh tirou sarro de mim.

– Eu meio que concordo com eles dois – Cheryl sussurrou.

“Não tô nem aí” quis sussurrar de volta, mas preferi ficar quieta. Eu já sentia uma dor de cabeça monstruosa como presente pela cana que tomei, havia engordado três quilos e tinha uma espinha dolorida nascendo no meio da minha testa. Então esses filhos da mãe que se fodessem caso algo desse errado, porque meu dedinho não entrava no meio pra ajudar mais ninguém.

Isso é tão absurdo! Por que será que as pessoas não me ouvem?

Alerta de crise existencial.

Foda-se também, vou virar gótica emo e rockeira.

– Beaaaaa! Eu tô falando com você! – Lulu sacudiu os dedos em frente meu rosto. – Estamos fazendo uma enquete para que hotel vamos ficar. Todo mundo tá concordando com Hard Rock Hotel and Casino.

“Até parece que minha opinião importa” quis comentar isso também, mas eu já parecia uma velha rabugenta o suficiente.

– Me parece bom – dei de ombros.

Conseguimos chegar ao hotel e fizemos nossas reservas. Por senso comum, topei ficar com Cheryl. Até porque nunca na vida eu ia a deixar dividir um quarto com o Josh, não mesmo. E nem com o Lulu, mas pela própria segurança dela.

Pegamos o cartão-chave e entramos no nosso quarto, que era ao lado do dos meninos. Meia hora depois, de tomarmos banho, remédios para dor de cabeça e “nos organizado” ouvimos batidas na porta.

– São eles – Cheryl resmungou, e catou um secador de cabelo da sua mala.

Como eu havia acabado de sair do banho, apenas enrolei o cabelo numa toalha e a deixei na cabeça, depois fui abrir a porta.

– Credo, vocês ainda estão nessa? Que saco hein – Josh reclamou e se jogou na minha cama, espalhando um conjunto de top cropped e saia preta que separei em cima da cama.

– Desculpa se nossa beleza requere tempo e a de vocês não – revirei os olhos. – Vocês não precisam de depilação, esfoliação, maquiagem, cabelo e outros mimimis. Ou são feios ou bonitos.

– E somos lindos, então pode invejar a vontade – Lulu soprou um beijo para mim.

– Porque vocês não dão uma volta pelo cassino enquanto Bea e eu nos arrumamos? – Cheryl sugeriu, parecendo fazer uma escavação em sua mala.

Os meninos saíram. Já era sete e meia da noite, já que havíamos deixado L.A por volta das três horas, então, essa é a hora em que a mágica começa.

Coloquei o conjunto, um salto preto meia pata, algumas pulseiras, brincos de ouro e um colar que minha mãe havia me dado meses antes e tinha um pingente de borboleta que eu odiava. Coloquei brincos de argola e Cheryl prendeu meu cabelo num rabo de cavalo com topete, depois me maquiou com uma sombra pesada, delineador gatinho bem grosso e um batom cor de vinho.

Ela terminou de se aprontar também, optando por um vestido azul escuro tubinho e salto estilo gladiador com amarras que chegavam pouco acima do tornozelo. Seu cabelo estava solto e liso, e sua maquiagem era menos marcada nos olhos enquanto sua boca estava super vermelha.

Nós estávamos poderosas, e havíamos levado apenas uma hora para produzir aquilo tudo.

– Espera, antes de irmos tenho que passar isso em você – Cheryl virou as costas para buscar alguma coisa. Na hora em que fui perguntar o que era, ela apertou o spray do perfume bem na minha boca. Quase morri engasgada. – Bem, pelo menos você não vai ficar com bafo. Hey, não me bate!

Saímos do quarto e telefonei para Josh, pedindo que ele e Lulu nos esperassem no hall.

Depois de cinco minutos, eles finalmente chegaram, segurando duas taças com alguma coisa possivelmente alcoólica.

– Caralho, vocês estão gatas – Josh deu um sorrisinho e pegou na mão de Cheryl para fazê-la dar uma voltinha, depois fazendo o mesmo comigo. – Mas você tá mais – sussurrou no meu ouvido.

– Tira sua língua da cara da Bea, por favor – Lulu puxou Josh, enciumado. Que gracinha.

Nós quatro fomos para o cassino, que era surpreendentemente ainda mais legal que o resto do hotel. Máquinas caça-níqueis, mesas de aposta e strippers apareciam dispostas num lugar que parecia um paraíso no meio do inferno, se é que isso fizesse sentido.

– Ah, é nessa hora que eu preciso avisar que temos identidades falsas porque somos menores de idade – Lulu entregou cartões tão bem feitos que pareciam documentos legítimos. – Podem me agradecer mais tarde.

Cheryl correu para falar com as strippers. Fazer amizade com as da mesma espécie, claro.

Lulu havia sumido para uma máquina caça-níqueis e por algum motivo sinto que ele vai passar o resto da noite lá.

– Sobramos só nós dois – Josh passou o braço pela minha cintura. – Vamos lá, Bea. Consegue fingir que é realmente minha namorada nessa noite que promete muitas histórias?

– Claro – passei os braços ao redor do pescoço dele. – Vamos lá, me mostre o que você pode fazer.

Josh me levou até a mesa de poker, que parecia ter alguns figurões jogando. Por sorte, conseguimos entrar na próxima partida, e não havia demorado muito. Josh se sentou numa das quatro cadeiras e me colocou em seu colo, enquanto os outros três novos jogadores – que pareciam bem mais velhos – nos encararam inexpressivamente.

Eu não sei porra nenhuma de poker.

– Vocês não deviam estar no berçário? – um dos caras perguntou, e Josh deu uma risada irônica.

Okay, alguém me explica o que está acontecendo aqui?

– E você não devia estar no asilo? Ou está usando suas fraldas geriátricas? – Josh retrucou e tirou um cigarro do bolso, acendendo bem perto de mim.

Tá, cadê o Josh todo sem noção que eu conheço? Porque ele assumiu uma pose totalmente assustadora agora?

Durante o tempo da partida, percebi que Josh manjava daquilo mesmo. Suas jogadas causavam tiques nos outros jogadores, e a aposta havia aumentado de um começo de duzentos dólares para dois mil e quinhentos. Todos já começavam a suar, e a tensão estava me deixando doida. Dei um beijo na bochecha de Josh e um dos cara deu uma risada de deboche. Meu amigo arqueou a sobrancelha, e com um olhar de triunfo, jogou suas cartas na mesa.

– Royal flush, amigos.

O que é um Royal flush?

Os outros pareciam indignados, mas não falaram nada. O prêmio foi passado para Josh. Nós dois saímos dali e ele estava dois mil e quinhentos dólares mais rico.

– Isso foi incrível! Você tem que me ensinar a jogar que nem você! – eu estava histérica, e Josh deu risada.

Foi nesse momento que ele agarrou os dois lados da minha cabeça e me beijou.

M E B E I J O U.

Merda.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTE NÉ CARA?
Quem achou que Josh ia ter essa carta na manga? haha (que piada tipo eu)
Então, hoje finalmente li Belo Casamento. A parte do poker foi toda inspirada na minha queridíssima Abby Abernathy.

eu queria ser bonita pra ser groupe do @ 5sos
to bem triste
beijos
xx