No lado de fora do castelo, Grace corria com dificuldade por causa das suas pernas bambas e uma lágrima escorrendo pelo seu rosto não acreditando que sua mãe acabara de morrer...

Dois anos depois...

Tudo estava calmo na vila chamada Gregória. As pessoas trabalhavam calmamente até que Sir Fieldelton (o general do rei) e seus homens apareceram caminhando pela rua, o que os deixou com medo, pois sempre que eles apareciam era para prender alguém. Os aldeões os observavam assustados, quando Sir Fieldelton parou a frente de uma sapataria e tocou o sino (para chamar o comerciante). Segundos depois um homem com a aparência de cinquenta e poucos anos chegou ao balcão arrastando uma caixa no chão, quando ele olhou para cima deu um pulo de susto:

–Bom dia. – Disse Sir Fieldelton sorrindo:

–B-bom dia... – Respondeu o homem inseguro:

–Você deve saber o porquê de estarmos aqui não? – Apenas sua voz era ouvida na rua inteira, pois os aldeões os olhavam em silencio:

–N-não. – Ele balançou a cabeça em negação:

–O senhor esqueceu-se de pagar os impostos da semana, se não estiver lembrado. – O homem o olhou confuso:

–Mas eu paguei á três dias. - Questionou ele. Sir Fieldelton balançou a cabeça rindo um pouco:

–Os impostos aumentaram. Você ainda deve duas moedas de ouro.

–Eu não tenho esse dinheiro. – Explicou ele fazendo o general rir:

–Que pena... – Seu rosto ficou sério de repente. – Levem-no. – Ele ordenou aos seus homens. Philip agarrou o braço do senhor e o arrastou para fora de sua loja. Outro homem, Luiz se aproximou e amarrou seus pulsos. Assim eles caminharam de novo pela rua a caminho do castelo do rei.

Sir Fieldelton escutou alguém correr e parou e olhou a sua volta, mas viu ninguém, então ignorou e voltou a andar quando escutou de novo, ele parou e pediu silencio para os outros. Ele escutou de novo e tirou sua espada. Segundos depois ouviram os passos mais perto. Fieldelton se virou á tempo de se defender de um golpe de espada de alguém que acabara de surgir. Ele, ou melhor, ela usava uma mascara preta e roupas de pirata. Pelo seu tamanho dava para se dizer que ela era menor de idade.

Assim como ele se defendeu do golpe ela deu um pequeno sorriso e o atacou de novo. Se ele não tivesse defendido novamente ela teria cortado a sua perna. Foi então que seus homens pegaram suas espadas e atacaram também. Ela desviou de todos e correu para o homem amarrado e cortou as cordas em seus pulsos:

–Fuja para o mais longe daqui. – Ela disse se pondo a frente dele olhando para os homens do rei. O senhor assentiu com a cabeça assustado e correu para longe. Sir Fieldelton a olhou com raiva:

–Peguem-na! –Gritou aos seus homens que partiram para cima dela. Primeiro Ângelo a atacou com sua espada em direção a sua cabeça. Ela bloqueou e empurrou para cima e deu uma joelhada em seu estomago, fazendo-o cair no chão gemendo de dor. Depois Luiz correu até ela que passou por cima de Ângelo e bloqueou um golpe em direção ao seu braço e deu um soco na cara dele, fazendo-o segurar o rosto e andar para trás e tropeçar em uma pedra. Roger correu para atacar ela que estava de costa, mas na hora certa se virou e também bloqueou a espada, então o atacou e cortou um pedaço de seu cabelo e com outro golpe um corte em seu braço. Philip correu pronto para fazer um corte em seu pescoço, mas ela se abaixou e girou agachada dando um chute em sua perna fazendo-o cair batendo a cabeça no chão. Ele esfregou a cabeça e ela o esperou levantar com um pequeno sorriso. Ele mal levantou e correu em sua direção novamente com um grito de raiva, a atacou e ela desviou dando um passo para o lado e deu uma cotovela nas suas costas, ele tropeçou para frente e caiu de ponta cabeça dentro de um barriu com peixes e ficou preso, fazendo todos da vila rir, menos Sir Fieldelton que bufou e foi até ela e deu uma série de ataques, porém ela desviou de todos eles deixando-o cansado e ela percebeu isso:

–Mais já? – Ela riu deixando-o mais irritado. Então ficou em posição de ataque. – Vamos, lute! –O chamou. Ele se levantou e correu golpeá-la no estomago, mas ela se abaixou e ele passou reto colidindo com uma cerca de um curral de porcos. Antes que Sir Fieldelton pudesse se virar, ela chutou suas costas fazendo-o cair de cara na lama do curral. Ele tentou se levantar, mas escorregava, ganhando risadas de todos da vila:

–Obrigado Trapaceira! – Exclamou um dos aldeões para a quem eles a chamavam de Trapaceira Mascarada que sorriu e fez um tipo de reverencia a eles antes de subir em uma pilha de barris até os tetos da vila e ir embora.