Fomos para o carro rápido, antes que o Harry chegasse e visse a Gina. Sério, eles vão ter que conversar alguma hora, mas devido ao estado dela de manhã, estou achando que quanto mais tarde melhor. O Harry é um de meus melhores amigos, mas se ele tava mesmo se agarrando com a Cho, a gente vai conversar, e ele não vai gostar muito da nossa conversa, ninguém se mete com a minha irmãzinha mais nova não!!

Super protetora, eu? É um pouco...

Chegando na casa do Gui,estacionei e nós saímos do carro. Sem ser o Rony e o Harry, parecia que estavam todos ali. Depois de uns 20 minutos de bate-papo com todos, a gente vê o carro do Rony chegando. Gina, que antes estava sentada perto do Lupim, veio correndo para dentro, onde eu estava com a Mione. Ficamos nó três ali olhando a janela e vendo o carro estacionar. O Rony sai primeiro e depois o Harry abre a porta meio hesitante. Quando ele sai do carro, ele vai procurando com o olhar todos ali presente até chegar em mim, olhou mais atentamente e viu Gina se encolhendo atrás de mim. Ele deu um sorriso de aliviado e veio em nossa direção. Nessa hora, todos meio que pararam para ver o que estava acontecendo. Gina se encolheu ainda mais atrás de mim e sussurrou:

-Faz alguma coisa Bella, por favor, não posso encará-lo agora!

Ta pensa rápido, o que fazer quando o namorado da sua irmã e seu melhor amigo está vindo em sua direção e ela não quer falar com ele?? Tira ele de perto dela imediatamente, claro.

Andei meio que corri até o Harry atirei os braços em seu pescoço. Ele ficou surpreso, mas me abraçou de bom grado. Eu aproximei minha boca de sua orelha e sussurrei:

- Se for verdade o que ela me disse, você pode se considerar morto Harry!

Ele se arrepiou com aminha ameaça e eu sorri.

-Não se preocupe- ele disse- Posso explicar.

Depois disso me separei dele, poderíamos ser melhores amigos, mas ficar se abraçando na frente de todo mundo e sussurrando coisas no ouvido do outro, não iria pegar bem.

-Vamos dar uma volta?- Nem esperei ele responder, só segurei o braço dele e saí o arrastando até o jardim. O jardim era a parte da casa que a Fleur mais gosta, por isso ele sempre está lindo, cheio de rosas brancas e vermelhas. Tinha um laguinho mais atrás e um banco de madeira branca. Sentei-me ali e esperei o Harry sentar ao meu lado.

- Posso saber o que aconteceu com a Cho?

- Bella, nos conhecemos e somos amigos há muito tempo, não sei como você pode pensar isso de mim -Ele suspirou- Olha, eu amo a Gina e nunca faria nada para magoá-la. eu juro. E ontem quando eu estava indo para a sua casa. A Cho veio até mim e começou a me agarrar, a culpa não foi minha!

HAHAHA

-Ta bom!! Você fingi que é verdade que eu finjo que acredito. Pelas barbas de Merlin, (nunk descobri qm é esse) como uma garota agarra você e tem força o suficiente para que você não se desprenda?? Quando uma não quer, dois não...

-Não vem com essa Bella. Eu te amo muito, você e a Mione são minhas melhores amigas, assim como o Rony. Mas me acusar de deixar a Cho me agarrar é brincadeira, como você pode pensar que eu fiz isso?- Ele começou a falar alto- Logo você? Que me protegeu sempre, quando acharam que eu estava mentindo, você sempre me ajudou, porque agora você está toda desconfiada? Não parece a Bella que eu conheço!!

Ele se levantou e já ia andando quando fui atrás dele e agarrei o braço dele. Ele me olhou nos olhos, eu vi que eles estavam marejando, os dele e os meus.

- Me desculpe Harry, você sabe que eu te adoro. Mas é que é muito difícil ver a minha irmã sofrer, você sabe..

-Eu sei, mas depois de tudo, como eu trairia a Gina com a Cho? Eu não entendo como vocês acreditam nisso.

Agora ambos já estávamos mais calmos.

-Mas a Gina parou e vi vocês se agarrando, e só depois que você conseguiu vê-la. Como isso aconteceu?

-Quando a Cho veio falar comigo, ela estava normal, e quando se atirou em mim, eu fiquei muito surpreso, eu literalmente congelei, foi por isso que no primeiro momento eu não consegui sair daquele beijo. Depois daquela cena, eu tentei ir atrás da Gina, mas quando cheguei sua mãe disse que ela já tinha se recolhido. E hoje, quando eu tinha tanta esperança de vê-la na sua casa, vocês já tinham vindo e o Rony diz que vocês estavam muito estranhas. Eu me sinto tão mal...- Ele olhou para baixo, muito triste- Me ajude Bella, a falar com sua irmã, por favor, é tudo que eu mais quero agora.

Vê-lo assim tão vulnerável foi um chock, poxa ele é Harry Potter, o cara que matou aquele-que-você-sabe-quem, assim todo cabisbaixo, nossa... Não me segurei e o abracei. Nó éramos muito amigos, sempre fomos, desde o primeiro dia. Como eu fui duvidar dele?

-Ahhh Harry, vamos voltar e você conversa com a Gina, conte tudo a ela, ela vai te perdoar, eu tenho certeza!

Depois de mai um minuto ali, voltei para a casa, eu deixei o Harry em um quarto sozinho e depois empurrei a Gina lá para dentro também. Depois de um tempo, os pombinhos saíram dalí abraçados e eu vi que tinha se reconciliado. Depois disso, o almoço foi muito normal e agradável.

Quando voltamos para casa, todos juntos, já havia anoitecido. Fui ao meu quarto e tomei um banho, coloquei o pijama e fui me deitar. Mas antes, peguei o telefone e liguei para o meu pai.

Depois de tocar umas cinco vezes, eu já estava preocupada, ele atendeu:

-Alô?

Respirei fundo. - Oi Charl.. papai. Como vão as coisas?

-Muito bem Bella, querida e aí?

-Muito bem também papai. Olha, estava pensando será que poderia ficar com você um tempo?

Ele demorou a responder, vi que o peguei desprevenido.

-Eu adoraria ter você aqui filha, mas aconteceu alguma coisa para isso agora?

-Não papai, eu só queria mudar um pouco. Morar com você por um tempinho, se não atrapalhar é claro.

-Você nunca atrapalha amor, adoraria que você viesse, e você poderia conhecer sua madrasta e suas irmãs.

-Claro papai, seria muito bom. Agora vou desligar, cou conversar sobre isso com os meus pais aqui. Beijo.

-Beijo filha, durma com Deus.

Desliguei o telefone e desci para conversar com meus pais. Como eu já sabia, essa conversa seria um pouco mais difícil. Eles ficaram o tempo todo perguntando o que fizeram errado, mesmo eu dizendo que eles haviam sido maravilhosos.

-Mamãe, eu só sinto que tenho que ir para lá, não sei explicar, eu só sei que passar um tempo com o Charlie seria bom.

Mamãe começou a chorar. - Mas eu não quero que você vá, seus irmãos também não querem tenho certeza. - Ela já estava soluçando no meio de tantas lágrimas.

- Mamãe, eu não vou para lá e nunca mais vou voltar, é só por um tempo, eu prometo- Eu estava abrançando-a quando meu pai falou pela primeira vez desde que começamos aquela conversa.

-Se você tem certeza sobre sua decisão, tudo bem. Não vamos te impedir, mas você sabe que não poderá usar magia na frente de ninguém não, é? Seu pai não sabe que você é uma bruxa e a cidade  é uma cidade trouxa também.

-Eu sei pai, já pensei nisso, mas acho que não vai haver problema, só usarei magia se for necessário, prometo.

E foi assim, eles aceitaram bom minha mãe só chorava naquela hora, liguei novamente para Charlie e ficou decidido que eu ia morar com ele e sua nova família daqui a um mês.

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O mês passou voando e quando eu vi já estava no avião para Seattle, uma cidade perto da pequena Forks. Quando o avião pousa, eu saio devagar, quase dormindo- é o avião chegou de madrugada- pego minhas malas e vou andando no aeroporto para ver seu eu acho alguém (leia-se: meu pai) me esperando. Fui para o portão e esperei 15 minutos, quando já estava quase ligando para o meu pai, sinto uma mão pesada e quente no meu ombro. Quando me viro, dou de cara com um garoto que parecia ter uns 16 anos, moreno alto demais e com feições indígenas, olhando para mim. Aquele sorriso dele me fazia ver seus lindos e brandos dentes reluzindo na minha frente. Depois de olhar o garoto de cima à baixo, só tenho uma pergunta. O que esse garoto lindo ta querendo comigo? Que eu saiba, não o conheço!!

-Oi, meu nome é Jacob Black, você deve ser a Bella.

-Oi, sou eu, mas, como você me conhece?

Ele sorriu e começou a pegar o carrinho da minha mão, começou a andar e eu fui atrás dele, óbvio.

-Sua madrasta, Rosa, estava passando mal, e seu pai ficou fazendo-lhe companhia, aí ele pediu para que eu viesse te buscar.

-Ah ta bom, então. Obrigada.

-De nada. Nossos pais são amigos há anos é o mínimo que podia fazer para o chefe Swan.-Ele sorriu ainda mais- E vendo que o favor que eu tinha que fazer era buscar uma garota lindíssima no aeroporto, não foi tão ruim.

Ele riu e eu também. Fiquei um pouco sem graça depois dessa, mas tudo bem, já estava acostumada a garotos dando em cima de mim diariamente. Aí chegamos ao carro do Jacob, ele colocou as malas e abriu a porta do passageiro para que eu entrasse. A viagem de Seattle até Forks foi muito agradável, Jake, como ele me pediu para chamá-lo, era muito engraçado, me contando sobra a sua vida. Chegamos na casa domeu pai, mansão melhor dizendo e já estava clareando. Jake tirou uma chave do bolso e abriu a porta, carregou as minhas malas, que devo dizer não estavam leves para dentro e me entregou a chave.

-Seu pai pediu que eu te entregasse, eles provavelmente estão dormindo. Pediu-me também que eu lhe mostrasse o quarto que você vai ficar, vem aqui. Subiu as escadas me puxando para o andar de cima.

Depois, me levou até a última porta do corredor.

-Esse é o seu quarto, seu pai lembrou que sua cor favorita é rosa e mandou que pintassem e decorassem especialmente para você.

Eu abri a porta e me deparei com um quarto imenso, de acordo com o resto da casa. No centro havia uma cama king-size com uma colcha branca com pequenas flores rosa nas quatro pontas e com babados brancos, era lindo. Na parede ao lado da porta havia criado mudo branco, decorado do mesmo jeito da cama, e uma televisão de tela plana enorme pendurada. Em uma das paredes laterais havia duas portas, um closet, simplesmente enorme, e o banheiro. O banheiro era a coisa mais perfeita, havia uma banheira de hidromassagem, e tinha espelhos em todo lado, era lindo. Nessa mesma parede, que, aliás, era a única rosa - bebê também havia uma escrivaninha de vidro e em cima um notebook branco. Do outro lado do quarto tinha suas poltronas brancas com estofado rosa e uma mesinha de vidro no meio com um jarro com rosas brancas em cima. Mas atrás tinha uma janela com a cortina do mesmo estilo da colcha, e por trás, a vista mais linda que eu já vi. Era um jardim lindo, com rosas para todos os lados um caminho de pedra levava para uma estufa e para o campo aberto, onde haviam milhares de flores e no meio um banco de madeira com o que me pareceu uma mesa de piquenique, só que brancos e em perfeito estado. Era muito lindo. Perto do banco havia um riacho e bem mais atrás uma pequena cachoeira. O lugar era lindo e eu iria morar ali, nossa...

Alguém pigarreou atrás, e me virei vendo Jake parado na porta já com minhas malas. Eu estava tão concentrada na vista que nem percebi ele sair e muito menos voltar.

- Então é isso, vou te deixar agora, você deve estar cansada.

- É bastante. Mas você não quer ficar, deve ter um quarto de hóspedes por aqui, não é bom você dirigir cansado.

- Não estou cansado, não se preocupe. Dormi a tarde toda ontem. - Ele se aproximou de mim e me abraçou- Foi muito bom te conhecer.

-Digo o mesmo- eu disse- E depois de amanhã, ou melhor, amanhã eu vou para a escola, a gente se vê lá né?

-Que pena, mas não. Eu estudo na escola da reserva, mas a gente se vê depois. Eu vim aqui hoje, a próxima é sua vez de ir a La Push.

- Ta bom, então tchau.

-Tchau Bella, e bom dia- ele riu e saiu.

Só agora percebi que estava morta de sono, mudei de roupa e caí na cama, no mesmo momento apaguei.