1 Mês depois

Já se passara um mês que estavam no espaço, sem ter notícias da Terra. O planeta natal de todos e que tanto fazia falta. Nesse tempo, cada casal aproveitou para ficarem mais tempo juntos, Xabéu já estava conformada com seu comandante junto a Cabeleira Negra e já não ficara tão mal quanto no início.

Franja avisara a todos que seria uma viagem longa e um tanto cansativa, mas assim que chegassem la, treinariam seus poderes na nave do Astronauta e voltariam a Terra para tomar posse dela novamente. Mônica foi a primeira a ficar impaciente com a demora, foi ao encontro do Franja que sempre estava junto do Astronauta, passando os planos e a quando tirava um tempo para descansar, ficava junto de Marina, mas como fazia poucas horas que haviam acordado, então só poderia estar junto do comandante. Chegou sem cerimônias e foi logo falando com Franja.

Mônica: Quanto tempo mais vai demorar até chegarmos a esse planeta, não aguento mais, quero voltar logo pra Terra, derrotar esses bandidos e ter uma vida normal novamente ao lado da minha família e meus amigos.

Franja: Que bom que perguntou, pois já estamos chegando. Preciso que você avise a todos e nos encontrem na sala de reuniões.

A sala de reuniões era um grande salão, onde poderia comportar a todos os presentes na nave. Era sempre o lugar designado quando era necessário reunir toda a tripulação.

Quando todos já estavam juntos, Franja começou a falar e a passar instruções quando aterrizassem no planeta. Todos ouviam atentamente, tiravam suas poucas dúvidas e nem viram quando já estavam no solo. Desceram tranquilamente e seguiram Franja atrás das tais pedras misteriosas que poderiam dar poderes a qualquer pessoa.

Andaram por cerca de uma hora até que Franja disse que já estavam perto, pois uma das habilidades em comum que todos tinham, era o de saber detectar a fonte desse poder, ou quem tivesse esses poderes. Quando já estavam alcançando as pedras, foram atacados subitamente com raios que lembravam aquelas armas que foram atacados antes de saírem da Terra. Todos se assustaram e os mais pessimistas pensaram que era o fim da linha e que não iriam desistir.

Franja: Fiquem tranquilos, não viemos de tão longe para desistir agora. Tentava encorajar a todos.

Voz desconhecida: Você não devia dizer palavras que não pode cumprir meu caro. Daqui vocês não irão passar. Dizia alguém que parecia vir de lugar nenhum.

Franja: Apareça covarde.

De repente um homem que parecia ter a sua altura saiu de trás de um rochedo, vestido todo de preto, não dava para identificar quem era. Podia ser um amigo ou não, pelo que conversara com Astronauta, o universo era imprevisível. De vários outros rochedos, apareceram mais três figuras que pareciam estar junto dele, todos vestidos de preto.

Franja: Quem são vocês?

Homem de preto: Ninguém que você precise saber por enquanto, apenas saiba que não os deixaremos passar daqui.

Franja: E por que não deixariam a gente passar? Qual o seu propósito aqui?

Homem de preto: O mesmo que vocês meus caros, o poder das pedras. Assim que termina de falar, o homem dá um tiro de aviso como se para afastá-los. Esse tiro foi só de aviso, se persistirem em passar daqui, os próximos acertarão a todos.

Burburinhos foram ouvidos de todos os presentes ali, alguns diziam que teriam de enfrentá-los, pois estavam em maior número, outros diziam que deviam fugir, pois se aquelas armas os acertassem, dessa vez não tinham ninguém que pudesse ajudá-los a se curarem.

Jamille, Astronauta e Franja se puseram a frente para lutarem, Mônica queria ir também, mas tinha um certo receio, pois já havia sido acertada por aqueles raios antes e sabia o que poderia acontecer a ela. Então como se lesse seus pensamentos, os quatro homens de preto, largaram suas armas, entretanto, cada um controlava um elemento da natureza. O homem que se pronunciara, soltava raios pelas mãos, os outros, um controlava o vento assim como Jamille, outro, água e o ultimo a terra.

Homem de preto: Eu quero lutar com essa garota sozinho. Disse apontando para Jamille.

Jamille: Eu aceito, se é para recuperar o nosso lar, eu luto contra você.

Homem de preto: Me siga, lutaremos em um lugar onde não iremos atrapalhar a luta dos outros.

Franja: Isso quer dizer que vocês já sabiam que viríamos parar aqui?

Homem de preto: Sim, recebemos informações e nos disseram que não deveríamos deixar vocês alcançarem aquelas pedras.

Franja: Quem?

Homem de preto: Não é da sua conta. E saiu sendo acompanhado por Jamille. Mas antes de sair, Franja fala com ela.

Franja: Toma cuidado, ele é realmente poderoso, não abaixe a guarda sob hipótese alguma.

Jamille: Pode deixar, não pretendo me render assim tão fácil.

Ao saírem, outro daqueles caras apontou para o Astronauta e disse querer lutar com ele também em outro lugar que já havia preparado antes de sua chegada. Ninguém ousou falar nada, pois se recusassem poderiam ser mortos ali mesmo e a ultima esperança da Terra ir por água abaixo. Saíram caminhando e o terceiro apontou para o próprio Franja acompanhá-lo para lutarem a sós. Cada um foi para um canto e sobrara um, todos começaram a pensar que ele também iria chamar alguém para uma luta a parte e assim aconteceu, mas antes, uma quinta pessoa chegou com um tipo de teletransporte assustando a todos.

O quarto homem chamou Nimbus para outro lugar em separado enquanto que o quinto homem ficava ali. Inesperadamente, Mônica o perguntou se ele iria lutar com alguém em separado, queria distraí-lo para que seus amigos pudessem ir ganhar seus poderes e depois ela mesma iria fazer o mesmo. O problema era que aquele cara não queria falar nada. Ela gritou com ele e não dizia nada, continuava a dar um escandá-lo atrás de escandá-lo e ele nem se mexia. Até que na fúria, ele se teleportou rapidamente para a frente da Mônica e lhe acerta um soco no estômago fazendo com que a menina se ajoelhe.

Homem de preto: Silêncio, você é irritante. Se vocês querem mesmo chegar até a fonte dos poderes, tem que primeiro passar por mim, caso contrário voltem a fugir como fizeram e não façam nada.

Todos ficaram em choque, o que fariam agora, lutariam e apostariam suas vidas ou esperariam pelos outros para ajudá-los?

Em uma parte mais afastada, onde ninguém os interromperiam, um daqueles caras parou e disse que lutariam ali mesmo. Então, o homem tira a máscara mostrando na verdade ser uma bela mulher loira na faixa dos 18 anos de idade. Nimbus não entende, ela parecia ser tão terráquea quanto ele, teve vontade de fazer perguntas, mas ela logo o ataca com algo que parecia as mesmas mágicas que as dele. Ela logo o ataca conjurando um feitiço que a faz soltar fogo pela boca, mas Nimbus foi mais rápido e conseguiu desviar.

Nimbus: Como você fez isso? Isso é mágica, quem é você de verdade?

Mulher: Se quiser respostas, vai ter que me derrotar primeiro.

Assim os dois começaram a lutar novamente. Nimbus conjura um feitiço de proteção e impede que outra rajada de fogo o atinja, ou melhor dizendo, ela o atingiu, mas em formato de esfera, o fogo foi todo dissipado para o lado. Nimbus conjura um feitiço e raios surgem de todos os lados, entretanto, também um feitiço de proteção, a garota se defende tão bem quanto ele.

Ficaram ali durante alguns minutos que mais pareciam horas. Enquanto um atacava, o outro se defendia e vice versa. Ambos já estavam ofegantes e sabiam que logo um dos dois estariam em apuros, quem seria, isso se mostraria quem tivesse mais folego para aguentar a luta.

Mulher: Você luta muito bem, mas tenho uma péssima notícia para você, você não pode obter o poder das pedras, pois sua magia já provém dela, assim como a minha.

Nimbus: E porque eu deveria acreditar em você?

Mulher: Porque estou dizendo a verdade. As pedras não podem dar poder aqueles que já possuem o poder. Mas eu posso ajudá-lo a se tornar mais forte, pra isso você tem que jurar fidelidade a mim e sempre se submeter as minhas ordens sem questionar, você tem futuro no mundo da magia, você tem o dom de obter um poder que jamais poderá ser visto, eu posso enxergar isso em você.

Nimbus: Mas pra isso, eu teria de fazer coisas ediondas não é?

Mulher: Quem sabe.

Nimbus: Qual o seu nome?

Mulher: Você não me venceu para obter o direito a essa informação.

Nimbus: Então vamos terminar isso de uma vez. E partiu novamente para o ataque com algumas ilusões.

Em outra parte, Astronauta lutava contra o homem a sua frente. Era um homem alto, loiro e bem forte. Ele podia controlar os músculos do seu corpo, não usava nenhum tipo de dominação, apenas a força para lutar e isso intrigava Astronauta.

Astronauta: Por que só usa sua força para lutar comigo?

Homem: Não preciso de mais nada além disso para te derrotar.

Astronauta: Não me subestime.

Desde a época em que soube dos invasores, Astronauta pediu para Franja modificar sua armadura junto dele para poderem lutar melhor. E foi o que fizeram. Astronauta atirava com uma arma modificada contra seu oponente, mas, ele sempre desviava e continuava a lhe alcançar. Começaram uma luta corpo a corpo onde estavam empatados, ninguém possuía vantagem sobre o outro. Foi então que em um vacilo, Astronauta foi atingido em cheio no rosto e mandado para o chão, o outro veio para cima afim de acertar um soco em seu estomago, mas Astro foi mais rápido e num giro lateral, conseguiu acertar um chute no braço do bruta montes e outro na perna o derrubando também.

Levantaram-se rápido e continuaram na troca de murros. De repente, o grandalhão arranca uma pedra do chão e joga para cima de Astronauta, arrancando um filete de sangue de seu braço. Astro junta as duas mãos a frente do corpo, era hora de tentar em combate algo novo que vinha treinando as escondidas, a algum tempo, em suas expedições, encontrou algo em um planeta que lhe chamou atenção. Um tipo de pedra rosa, que brilhava muito, mas parecia emitir uma energia que atraía e deixava quem a olhasse hipnotizado.

Estudou a estranha pedra por muito tempo e descobriu que era possível produzir energia através dela. Então acoplou em seu traje e agora era hora de uso em combate, para ver se ela era assim tão poderosa. Juntou as mãos e uma energia começou a se formar a frente e logo disparou sem dar chances de escapatória para o homem a sua frente. Hipnotizado pela estranha aura, nem viu o que o acertou ali.

O homem foi jogado longe pelo choque, mas não desmaiou, ficou um tempo deitado, até que começou a rir sabe-se lá porque. De repente ele levantou-se com muita dificuldade e apenas disse.

Homem: Tudo bem, você venceu. Eu me rendo, vamos voltar até onde todos estão.

O homem que levou Franja para longe dos amigos não disse nada o tempo todo, chegaram ao lugar onde iriam lutar, virou-se para ele e disse.

Homem: Tá pronto?

Franja: Sim, podemos começar.

Homem: Num tenho intenção arguma de lutar com ocê, a única coisa que ele me disse, é que ocê não pudia ficar junto dos otros.

Franja: Não estou entendendo, como assim eu não podia ficar junto dos outros?

Homem: Ara, vai dizer que ocê num alembra di mim Franjinha?

Franja: Não me lembro de conhecer vocês de algum lugar.

De repente o homem tira a máscara e mostra sua face e Franja toma um susto. Ele não podia estar ali, ou será que podia?

Franja: Francisco...

Em outro lugar perto das pedras, os últimos estavam lutando a algum tempo, no início, Jamille se animou, pois quando o homem mostrou o domínio do fogo, ela pensou que poderia ser Cebola. Entretanto, quando ele começou a mostrar domínio tanto de fogo, água e terra, então ela se desesperou, pois o Cebola não dominava tantos elementos assim, somente o fogo.

Lutavam a algum tempo e Jamille já estava ofegante, o homem a sua frente, mostrava claros sinais de cansaço também, mas ela estava em pior situação. Os dois continuaram a lutar.

Homem: Isso é tudo o que pode fazer garota?

Jamille: Não mesmo, só não queria ter que usar isso tão cedo, ainda não controlo muito bem e eu não queria te matar, eu quero algumas respostas também.

Homem: Me derrote e as terá. Mas não pense que pode me matar assim tão fácil garotinha.

De repente, um stalo passou pela sua cabeça, só existia uma pessoa que chamava Jamille de garotinha e agora mais do que nunca ela imaginava quem poderia ser esse estranho que estava lutando com ela. Juntou todas as suas forças em um último golpe, o ar a sua volta começou a ficar mais denso, em um gesto com os braços, fez como se jogasse o ar contra o homem a sua frente o fazendo bater forte com as costas em uma rocha.

O ar começou a ficar mais forte e Jamille começou a se aproximar do estranho homem. Quando estava cara a cara com ele, ela sorri vitoriosa.

Jamille: Eu venci. Dizia sorridente, mas estranhou a risada que o homem deu, de repente ele se teletransporta para trás dela a prendendo.

Homem: Não, eu venci. Disse a segurando forte, mas não a machucava.

Ela soltou os braços dele, virou, retirou a máscara do homem e lhe deu um beijo apaixonado que a muito lhe fazia falta. Envolveram-se em um abraço apertado como se não quisessem se afastar nunca mais em suas vidas.

Jamille: Eu sabia que você não tinha sido capturado por eles, sabia que voltaria pra mim Cebola.

Cebola: Mais ou menos, tivemos uma ajuda inesperada. Eu pensei que eles iriam acabar comigo, até meus pais eles usaram como reféns para me fazer ligar a máquina do Franja e trazê-los até aqui. Colocou o dedo sobre a boca da garota e continuou. Não se preocupe, Todos terão as respostas que querem, mas, agora, precisamos voltar para junto de todos. Preciso saber se eles passaram ou não no teste.

Os dois voltaram até onde todos estavam, por determinação do Cebola, ela voltaria com cara de derrotada e não podia mencionar que era ele por baixo da máscara. Assim como os outros, eles também estavam sendo testados para saber a determinação de cada um a respeito de salvar o planeta. Todos tinham que ter consciência sobre o que estavam lutando e não poderiam vacilar de forma alguma.

Chegaram ao local e viram que eram os últimos a chegar, Franja, Astronauta e Nimbus já estavam lá, junto das pessoas que lutaram com eles. Sem que eles soubessem nada, Cebola começou a falar com todos.

Cebola: E então Ulva, quem tentou passar por você?

Ulva: Ninguém...

Cebola: Que decepção, eu esperava mais vindo de vocês. Se não querem o cristal, então deem o fora daqui. Ele não pertence a gente que não luta uns pelos outros.

Mônica: Não podemos, precisamos do poder dos cristais para protegermos nosso planeta.

Cebola: Se vocês não querem fazer um esforço para passar por nós, porque iriam querer enfrentar um exército para proteger seu planeta?

Nesse momento, ninguém soube o que responder, afinal, ele estava certo. Se não podiam fazer um esforço agora, por que fariam depois de terem os poderes dos tais cristais. Todos se sentiram péssimos depois dessas palavras, até agora só dependiam unicamente dos amigos e nada mais. Definitivamente, eles não tinham saída além de lutar com as próprias mãos.

Cebola: Por sorte, hoje estou bonzinho e vou deixar todos pegarem o poder para vocês, mas antes, vou avisar a todos, quem não tiver coração puro e não tiver o desejo de salvar seu planeta, ficarão igual a ele. Nesse momento ele aponta para ulva e todos veem que ele parecia um lobo todo negro, com detalhes em cinza.

Todos estavam exitantes, pois, e se transformassem em algo igual aquele cara a sua frente. Será que eles continuariam humanos ou não? Apesar de exitante, o primeiro a ir de encontro dos cristais foi Cascão. Ele queria poder salvar o amigo que ficara pra trás e não iria desistir até ver o amigo bem.

Cascão: Eu quero proteger com minhas próprias mãos os meus amigos e não quero perder ninguém de novo, eu ainda acredito que o careca esteja vivo e vou ir salvar ele.

Dizendo isso, todos juntaram mais coragem e foram até os cristais. Todos os acompanharam, mas, de tão nervosos, não prestavam atenção a nada do que já tinha acontecido, nem mesmo se perguntavam quem era eles. A tensão do momento era nítida, ficaram exitantes quando chegaram aos cristais, logo, um a um foi se aproximando e foram recebendo energias que variavam em suas cores através dos seus corpos.

Quando todos já tinham o poder em mãos, olharam para eles e Jamille se pronunciou.

Jamille: Acho que já é hora de contar a eles, não?

Magali: Contar o que? Ainda existe mais segredos que precisamos descobrir?

De repente, todos foram tirando suas máscaras e um a um mostrando sua face, logo eles foram se pronunciando.

Mulher: Olá a todos, podem me chamar de Fran.

Homem: Oi, me chamar de Zé da Rússia.

Homem: Acho que não preciso me apresentar né... dizia Chico Bento.

Homem: Acho que eu também não, dizia Cebola.

Todos ficaram espantados, pois todos achavam que Cebola havia sido capturado, todos estavam muito felizes e Mônica nunca se sentiu tão divida assim em toda sua vida. Queria por muito pular no pescoço do Cebola e não deixar ele escapar mais, mas, ele não era mais seu namorado, então não podia fazer isso.

Magali: E quem é esse homem lobo?

Ao dizer isso, o homem lobo foi logo se transformando em um humano como eles, ou melhor dizendo, uma humana muito bonita. Alguns dos que estavam com eles ficaram caindo em cima da garota.

Garota: Meu nome é Rosinha. Sou namorada do Chico. E ficaram tristes no mesmo momento.

Mônica: Acho bom você nos dizer o que está acontecendo senhor Cebola. Dizia para o garoto num tom que ele interpretou como sendo um pouco rude da parte dela.

Cebola: Também é bom te ver novamente. Vou contar o que aconteceu depois que vocês partiram, mas primeiro, vamos para a nave, não tem como voltarmos a Terra pelo portal, eu o destruí para que ninguém pudesse usá-lo para chegar até aqui.

E assim foram para a nave, seria mais uma longa viagem de volta a Terra, todos felizes com seus novos poderes e achavam que agora, poderiam fazer a diferença no mundo.

Continua...