“Quando eu olho nos seus olhos Eu posso ver um amor reprimido Mas, querida, quando te abraço Você não sabe que eu sinto o mesmo?”

No seu quarto pensando no que poderia fazer agora, Astronauta estava deitado enquanto pensava em tudo o que havia acontecido. Lembrava do seu plano em disfarçar Poeira Negra e Cabeleira Negra na base inimiga, nas vezes em que pos os amigos em perigo. De repente, foi tirado dos pensamentos por uma bela mulher dos cabelos enormes e negros.

Astronauta: Você não deveria estar descansando?

Mulher: E onde melhor para descansar do que no quarto do comandante da nave?

Astronauta: HAHAHAHA você é realmente uma comediante né, Cabeleira?

Cabeleira Negra: Oras, eu sei que você quer que eu fique aqui.

A mulher foi andando até o homem e sem pedir permissão arrancou um beijo lhe tirando o folego. Deitou em cima de Astronauta, envolveu os braços em seu pescoço e ficaram ali, de testas coladas e o nariz encostando um no outro. Vez ou outra dava selinhos nele. Não diziam nada, apenas aproveitavam o momento.

“Pois nada dura para sempre E ambos sabemos que corações podem mudar... Nós estivemos nisso por um longo tempo Só tentando matar a dor Pois amantes sempre vêm, e amantes sempre vão”

Cabeleira ficou deitada sobre o corpo do homem enquanto lhe olhava com dúvidas e admiração. Até hoje ela não sabe como se apaixonou pelo homem do espaço, só sabia que estava ali e não queria sair nunca mais.

Cabeleira Negra: Como foi que isso começou hein? Até agora fico me perguntando como vim parar nos braços de um Astronauta arrogante.

Astronauta: Você não resiste aos meus charmes, nunca resistiu, desde o dia em que nos vimos nos tornamos amantes. Acho que é isso que podemos nos considerar né, afinal, é sempre assim, uma hora estamos duelando, outra hora estamos nos beijando.

Cabeleira Negra: E você, pode parar de tentar me fazer largar minha vida, nem mesmo por você eu largaria essa vida de pirata espacial.

Astronauta: Um dia ainda ficaremos juntos, você vai ver que te faço mudar de ideia. Dizia convicto em suas palavras.

“Portanto, se você quer me amar Então, querida, não reprima-se Ou eu acabarei caminhando Na fria chuva de novembro Você precisa de um tempo... pra você? Você precisa de um tempo... sozinha? Todos precisam de um tempo... para si”

Nenhum dos dois queria admitir, mas gostavam da vida dupla que levavam, pois isso os preenchia de certa forma e os tornava completos em suas vidas. Quando iam se beijar novamente, Jeremias entra no quarto apavorado, eles estavam cercados por algumas naves desconhecidas. Era o fim do momento a sós para eles e teriam de voltar ao trabalho novamente.

Momentos antes...

Marina e Franja estavam em uma sala que mais parecia um laboratório, a garota queria tirá-lo dali e fazer ele relaxar um pouco, mas ele sempre relutava em ir.

Franja: Preciso checar todos os equipamentos, se formos atacados de repente, pode ser que não daremos conta de nos defender.

Marina: Mas Franja, estamos no espaço, o que pode acontecer de ruim? Não tem ninguém no espaço.

Franja: Aí é que você se engana, existem muitos perigos no espaço que podem nos atingir a qualquer momento. Mas você tem razão.- Dizia suspirando.- Preciso relaxar um pouco e te dar um pouco mais de atenção. Você é meu único porto seguro com o qual posso contar.

Marina fica vermelha com o comentário, mas no fundo gosta desse jeito mais romântico do namorado.

“Você sabe que sempre fui um lutador Mas sem você, eu desisto”

Franja dá um beijo apaixonado na namorada a pegando de surpresa. Logo ela começa a corresponder o beijo, o agarrando pelo pescoço, em um gesto de desespero para colar ambos os corpos. Fazia tanto tempo que ambos não tinham um momento só para eles, que dessa vez, Franja deixaria o amanhã, somente para amanhã.

Marina soltou dos braços de Franja e se virou de costas para ele, por um momento, o garoto não entendeu a atitude, mas logo ela se virou para ele, dando um sorrisinho que aos olhos do garoto parecia o sorriso de um anjo. Ele a abraçou por trás com ternura e começou a beijar lentamente o pescoço da garota.

Marina: Assim eu não resisto Franja. Dizia a garota ficando excitada pela situação.

Franja não se importou com os apelos da namorada e continuou a beijando até ver que se continuassem, seria ali mesmo que se amariam profundamente. Sem deixar de abraçar Marina, Franja coloca sua cabeça sobe o ombro dela e apenas fica admirando o quanto ela é linda. Sentia-se um grande sortudo por poder te-la em seus braços.

“Agora não posso cantar uma canção de amor Como deve ser cantada”

Logo eles foram para para o quarto que havia sido reservado a eles, mas, viram uma grande correria para todos os lados e não entenderam. Só sabiam que o seu tempo de descanso, havia terminado antes mesmo de começar. Logo foram ver o que estava acontecendo e o porque de tanto alarde.

Franja: Desculpe por isso, acho que teremos que adiar um pouco a nossa hora. Dizia meio decepcionado. Mas, antes de tudo, só quero que você saiba que não existe ninguém que eu gostaria que estivesse junto comigo, sempre me dando total apoio e sempre me fazendo bem. Eu te amo minha querida. Deu mais um beijo nela e foram para onde todos estavam.

“Sim, e eu te amarei, querida, sempre E estarei ao seu lado por toda a eternidade sempre

Eu estarei lá até as estrelas deixarem de brilhar Até os céus explodirem e as palavras não rimarem E sei que quando morrer, você estará em meu ”

Todos na nave estavam reunidos na sala de controle da nave, tentavam contatar os tripulantes sem sucesso das outras naves. Todos começaram a ficar receosos, pois se fosse um ataque, se perguntavam se eles poderiam dar conta do recado, pois seria difícil lidar com todos.

De repente, o que parecia ser um homem, trajado com vestes negras que lhe cobriam todo o corpo, apareceu na nave deles. Mônica foi logo partindo para cima dele, mas foi impedida de acertá-lo, pelo que parecia ser um campo de força. De repente ele se pronunciou.

Homem: Você costumava ser mais receptivo Astronauta, o que foi que aconteceu, por acaso estão com tanto medo assim dos Dark Angels?

Astronauta: Bom, eles são bem perigosos, já que conseguiram expulsar de casa até mesmo os temíveis Raposas do espaço. Dizia já sabendo quem era a pessoa.

Homem: Sim, eles fizeram um grande estrago no meu planeta, estamos a procura de algum outro planeta habitável e nos reorganizar para acabar com eles, velho amigo. Retirou o capus e mostrou ser um homem de pele roxa, com orelhas pontudas como de raposas.

Astronauta: Ora, então acho que podemos juntar forças e lutar pelo mesmo mau, não é Glauber.

Glauber: Você acha que esses mirradinhos aí darão conta? Hahaha que piada. A garotinha explosiva aí não conseguiu me fazer um arranhão e ainda sim, olhando para eles, ela parece ser a mais forte.

Todos ficaram sem ação, mas pelo menos se ele era amigo do Astronauta, então não teria problemas, mas Cabeleira Negra soltou uma que fez até mesmo Mônica se envergonhar.

Cabeleira Negra: Existem aqui três de nós que são mais fortes que essa molenga aí. Quatro se contarmos o mago ali atrás. Disse apontando para Nimbus.

Glauber: Ora, se não é a famosa pirata espacial que age sozinha. Astronauta, não sabia que estava tão desesperado assim para depender de uma corja dessas.

Cabeleira Negra: Pelo menos ainda sou mais produtiva do que um monte de retardados postos para correr. Foi se aproximando de Astronauta e lhe deu um selinho. Além disso, temos outros interesses em comum.

Naquele momento, a tenente Xabéu que não sabia de nada, ficou meio que decepcionada pela sua grande paixão estar se relacionando com uma criminosa das galáxias. Não iria ter uma crise de ciumes ali, pois não queria dar vexame. Esperaria para ficar a sós a ele e lhe pediria uma explicação. Quando seu comandante volta a se pronunciar.

Astronauta: Precisamos de toda ajuda que for necessária agora. Ainda precisamos derrotá-los e reconquistar o planeta Terra novamente. Ou você está conosco ou pode se virar por conta própria.

Glauber: Calma, eu quis vir te cumprimentar e perguntar qual o seu plano para acabar com eles. Eu sei muito bem sobre as joias que dão poderes a quem os possuir, mas também sei que não é qualquer um que pode invocar seus poderes. Quero dizer, se a pessoa tiver desejos egoístas, é claro que aquele poder irá corrompê-lo.

Todos ficaram em choque, pois até então, ninguém sabia do destino que poderia lhes acontecer se algo desse errado. No mesmo momento, os olhares de todos foram para cima de Denise, Carmem e Titi, pois era os que mais correriam o risco de enlouquecerem.

Após acertado os detalhes, Glauber voltaria a sua nave e todos que estava com ele, seguiriam com a nave do Astronauta até o planeta. Todos sabiam do risco que era antes de chegar lá, o cemitério de naves. Um lugar tão grotesco que só os mais loucos se aventuravam a passar, pois a fama que aquele lugar possuía, era de destruir qualquer nave que entrasse nos domínios daquele lugar. Diziam que havia um mostro que destruía tudo que aparecesse por perto.

Todos voltaram aos seus dormitórios, mas dessa vez ninguém iria conseguir dormir. Todos ficaram pensando em tudo que haviam visto até o momento. Até então, ninguém havia passado por uma guerra de verdade. Todos estavam com muito medo, mas ninguém queria admitir, pois apesar de tudo, Astronauta e Franja pareciam ter muita certeza do que estava acontecendo. Se Jamille já possuia esses poderes e não foi corrompida por ele, então ainda teriam uma chance.

Com muito custo, todos conseguiram dormir com exceção de Astronauta, Jeremias e Xabéu que estavam no controle da nave. Após muitas horas terem se passado, Franja acorda com um peso sob seu peito, imediatamente começou a sorrir, pois só poderia ter uma pessoa que poderia estar ali junto de si. Como sempre, sua namorada parecia um anjo quando dormindo.

Em outra parte, Angelo e Jamille conversavam, Magali que acordara a pouco acabou ouvindo um pedaço da conversa e não pode deixar de ficar espantada com a conversa dos dois. Não fazia idéia que mais segredos ainda rondavam eles e iria perguntar a garota sobre aquilo mais tarde.

Continua...