Um novo amor escrita por Jamal


Capítulo 6
Especial - O nascimento dos heróis - Fim


Notas iniciais do capítulo

A verdade é que dificilmente escrevo um capítulo tão grande quanto esse de novo, pus minha alma nesse capítulo, acho que podia ter ficado melhor, mas a verdade é que tudo que tento melhorar eu estrago, então resolvi deixar assim. Sem mais delongas. Capítulo mode on...



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Astronauta narrava sua visita por vários mundos, onde descobriu um onde os habitantes eram escravizados e obrigados a fazer todo tipo de trabalho para os dominadores. “Tentei fazer algo que pudesse ajudar eles, mas as armas que eu possuia eram inúteis, talvez agora que vocês possuem esses poderes, possamos acabar com eles antes mesmo de chegarem a Terra”.

Apesar de louco querendo bancar o herói e salvar todos, Cebola ainda estava preocupado com sua irmãzinha, pois o plano de Astronauta a envolvia também. “Nós iremos, mas a MC ficará aqui em segurança com o Franja”. A garotinha não gostou nem um pouco de ser deixada de lado, pois queria ajudar seu irmão de qualquer forma. Jamille a convenceu a ficar, dizendo que logo ela também seria necessária, a garotinha concordou, mas o que ninguém imaginava era que a menina iria escondida de alguma forma junto com eles.

Passadas as coordenadas para Franja, o garoto acertou a sua máquina de teletransporte para que os dois fossem ao encontro do Astronauta. Ambos foram, mas foram advertidos por Franja que o portal ficaria sempre aberto para que eles pudessem voltar, caso contrário, vocês ficariam lá. Franja também alertou eles que não ficassem próximos ao portal, pois se eles fossem vistos o portal poderia ser também e logo algum inimigo poderia passar para a Terra.

Os dois concordaram e foram direto para o mundo onde as criaturas escravizavam seus habitantes. Se afastaram do portal como Franja os instruíram e ficaram afastados somente olhando pensando em algo que pudesse ajudá-los. Os dois viram que os escravizadores usavam uma roupa inteiramente negra da cabeça aos pés, então seria fácil se infiltrar entre eles e buscar o(s) líder(es). O local em que estava era completamente rochoso.

Quando estavam prestes a tomar cada um o seu rumo, uma voz conhecida se fez presente, Cebola temendo quem seria, tentava se acalmar para não brigar com sua irmã ali, pois isso poderia chamar atenção indesejada. “O que você está fazendo aqui, Maria?”. A menina com a maior inocencia do mundo respondeu que iria ajudá-los e iria proteger seu irmaozão e a namorada dele. Os dois mais velhos ficaram vermelhos com o comentário da menina, pois eles não eram namorados ainda.

Involuntariamente a menina soltou um grito “Maninho, eles estão sendo escravizados, temos que tirar eles de lá, não podemos deixar eles lá daquele jeito”. Cebola não teve nem tempo de tapar a boca da menina tamanho o susto que tomou com a atitude impulsiva, que pro azar, foi o suficiente para despertar a curiosidade dos inimigos em saber quem eram.

Não deu nem tempo de ver o que os atingiu, vários raios de várias cores, eram disparadas contra eles fazendo com que recuassem um pouco e contra atacassem. Jamille usou um enorme sopro para dispersar os inimigos, mas eram muitos deles e logo todos foram cercados. Os inimigos começaram a empunhar sabres de luz um a um e partiram pra cima deles, Cebola fez uma espada de fogo e partiu pra cima dos primeiros que estavam a sua frente, assim como Jamille usava o ar a sua volta para lutar contra outra parte dos inimigos.

No calor da batalha, não notaram que aos poucos, os três iam se separando e não viram o quanto MC estava com medo de enfrentá-los depois de ver o que eram capaz.

Em um local mais afastado Jamille enfrentava muitos dos inimigos que partiam pra cima dela tentando acertar apenas um golpe para que acabasse de vez com a garota. O que eles não contavam é que ela era praticante de Kung Fu, a lendária arte chinesa de luta, onde os praticantes conseguem parar o golpe de uma espada com as mãos nuas. Ela desviava habilmente de cada sabre e contra atacava dando um soco no ar, fazendo com que rajadas fossem derrubando aos poucos seus adversários. Em dado momento, ela foi acertada no braço, fazendo com que recuasse um pouco e tomasse outro golpe nas costas fazendo um ferimento lateral, mas não profundo que a fez ficar de joelhos no chão por alguns segundos.

Aos poucos ela ia se lembrando das aulas que tivera e dos ensinamentos do seu mestre. Infelizmente, ela não conseguia se lembrar de nada que pudesse fazer com que eles recuassem pelo menos para dar tempo dela fugir dali. Certo momento ela começou a sorrir e ninguém ali entendia o motivo, ela estava quase derrotada e ainda sim, conseguia rir. Logo ela levantou com um pouco de dificuldade devido a dor, pois parecia que estava queimando as costas e disse “Eu sou mesmo uma tapada, por que não pensei nisso antes?” De repente ela começou a girar em torno do seu corpo fazendo com que o ar a sua volta começasse a girar também, o vento foi ficando cada vez mais forte, até que foi empurrando todos para longe os deixando no chão, deixando tempo suficiente para que ela fosse ao encontro dos outros dois e saíssem dali, afinal, não daria para fazer mais nada por aquele povo mesmo.

Em outro lugar, Cebola lutava contra outra dezena daqueles caras que não conseguia identificar quem eram. Só sabiam que eram muito fortes, ele estava todo machucado, com cortes por todo o corpo e aqueles caras não sofreram nenhum arranhão. Astronauta estava certo quando disse que precisariam de muita ajuda.

Cebola estava com uma espada de fogo tentando acertá-los. Ele até os atingia, mas os ferimentos além de serem superficiais, iam se regenerando rapidamente. Ele não estava dando conta deles, pois seus poderes não faziam efeito algum. Por sorte Jamille chegou até onde ele estava lutando e usou seus poderes para jogá-los longe. Mas os poderes dela não estava dando conta, pois Cebola estava enfrentando um numero muito maior que o seu. Cebola então teve uma ideia que deu certo, juntar os poderes dos dois, como as chamas de Cebola eram pequenas, o suficiente apenas para se defender, o vento que Jamille produzia, poderia aumentar as chamas. Assim fizeram, formaram um enorme chicote que foi jogando um a um para longe e dessa vez conseguindo deixá-los desacordados.

Quando os inimigos estavam no chão, Cebola olha para Jamille e pergunta “onde a Maria está?”. Jamille responde que achava que ela estivesse com o irmão. Uma sensação ruim se apoderou dos dois. Foram procurar pela criança quando viram um braço estendido sobre uma enorme pedra perto do portal.

Próximo ao portal, MC usava as rochas para deixá-los longe dela, mas eles eram muitos e ela estava com muito medo. Queria seu irmão a todo custo lhe protegendo, mas não conseguia. O pequeno exército estava só esperando uma brecha para pegar a menina, quando ela formou um circulo de terra em volta de si como proteção. Entretanto, a camada de terra usada era muito fina e foi facilmente destruída. Pegaram a menina e ficaram se perguntando o que fariam com ela. Como a ordem era para matar todas as crianças e idosos, assim foi feito, com um único golpe acertaram a menina no coração. Ela nem teve tempo de sentir dor, o soldado que a segurava somente a jogou para o lado, fazendo com que seu corpo caísse em cima de uma pedra grande que estava próxima ao local.

Passados alguns minutos, Cebola e Jamille chegaram onde MC estava e Cebola não acreditou no que estava acontecendo. Maria Cebolinha estava deitada sem vida e tinha sangue por volta de onde ela estava. Cebola não acreditava que isso pudesse estar acontecendo, chegou bem devagar perto dela chamando seu nome, afinal, ele acreditava que estivesse vendo uma ilusão, era isso que ele queria acreditar.

Voltando ao tempo atual

Magali: Que vacilo do Cebola hein,ele poderia ter contado com a gente nesse momento bem difícil que foi a perda da irmã. Por que ele não contou nada?

Jamille: Simplesmente porque ele não queria envolver vocês nisso. Ele sabia que se algum de vocês soubessem dessa nova ameaça, iriam querer partir logo pra cima deles e não deixar barato. Apesar que ele disse que quem iria fazer isso na mesma hora seria a Mônica. Tentou forçar um sorriso. Vocês o conhecem a mais tempo que eu e ainda sim, não o entendem mesmo né?

Magali: Como assim, eu só consigo imaginar que ele quis bancar o herói como sempre e se mostrar superior a Mônica.

Jamille: Pois é aí que você está errada. Se a irmã dele que possuía poderes morreu nas mãos daquelas máquinas, o mesmo poderia acontecer a qualquer um de vocês. Ele não queria bancar o herói, lembro de duas frases que ele me disse quando estávamos juntos “Grandes poderes, envolvem grandes responsabilidades” e a segunda é que os heróis dos quadrinhos não usam máscara para se protegerem e sim proteger seus entes queridos.

Magali: Não entendi, isso pra mim não faz o menor sentido. Só que nisso Cascão fala para ela explicando.

Cascão: Maga, grande poderes envolvem grandes responsabilidades, não é lógico para você? O Cebola não conseguiu proteger a irmã mesmo tendo poderes e nós que não temos, o que poderiamos fazer se resolvessemos do nada enfrentarmos essas coisas sem ter ideia de quem são? As máscaras são feitas para proteger os entes queridos, pois um vilão sempre irá atrás de uma vítima próxima ao herói para poder manipulá-lo a vontade. É e sempre será assim, não tem como ser diferente.

Jamille: Como já está esclarecido, então irei continuar...

Voltando para o relato

Cebola caiu de joelhos ao lado do corpo da menina e começou a chorar (Maria, MARIA, MARIAAAAAAAA). Chorava abraçado ao corpo inerte quando mais uma orla de inimigos os cercaram para dar o mesmo destino que a pequena teve. Entretanto, o corpo de Cebola começou a emitir um tom azulado, ganhando força pouco a pouco. Os soldados não sabiam o que estava acontecendo, atacaram todos de uma vez mas com apenas um grito, Cebola jogou a todos no chão com apenas um gesto com o braço. Logo ele percebeu que suas mãos emitiam um brilho que apontando, soltava raios que faziam eles serem destruídos. Olharam encabulados vendo que na verdade, estavam lutando contra máquinas que usavam um tipo de nanotecnologia. Mas Cebola, gênio da informática, sabia que mesmo nanotecnologia, tinha suas fraquezas, e a das máquinas era justamente o pescoço. Na fúria pela perda da irmã, Cebola em um golpe único, faz um movimento circular e dizima de uma única vez, todos os robôs a sua frente.

Pegaram a menina no chão e voltaram para o portal, pois não poderiam mais ficar ali, agora que eles tinham uma idéia do força do inimigo. Chegaram ao portal e o atravessaram, de volta ao laboratório, Franja perguntou o que houve e eles narraram a luta que tiveram e que a irmãzinha de Cebola havia perdido a vida nesse embate. Eles precisariam de forças agora para contar a mãe de Cebola.

Tudo foi ajeitado de forma rápida para o funeral de Maria Cebolinha, no dia do funeral, nem Cebola e nem Jamille foram para a escola. No velório, Cebola não se aguentava de tanto chorar, os pais do Cebola ainda não sabiam o que realmente tinha acontecido e o garoto prometeu que contaria somente depois do funeral. Jamille estava ao seu lado segurando sua mão num gesto de conforto. Nenhum dos amigos do Cebola sabia o que havia acontecido, pois decidiram que ninguém deveria saber a respeito até que eles soubessem exatamente quem estavam enfrentando, já que nem Astronauta conhecia o inimigo.

No dia seguinte ambos foram para a aula e não passou despercebido por ninguém que ambos estavam tão apáticos. Cascão e Magali foram até os dois para saber o que havia acontecido, mas eles não disseram nada, só que estavam com muito sono e por isso estavam com aquelas caras. Nenhum dos dois engoliu, mas perguntariam novamente em outra oportunidade. O professor de matemática chamou a atenção da turma e disse que iria entregar as provas, todos ficaram receosos, com exceção de Magali e Cascuda. Cebola e Jamille não conseguiam prestar atenção na aula de qualquer forma.

Titi foi o primeiro a ser chamado, havia tirado 3,0. Denise 4,5. Carmem 6,0, ela havia colado. Cascão 6,0 e um a um foram sendo chamados, alguns comemoravam e outros nem tanto. Por fim, Cebola e Jamille foram os últimos a serem chamados. O que ninguém sabia era que as provas eram entregues de forma que quem tirou as menores notas pegavam primeiro até o ultimo que tirava as maiores. Cebola pegou a prova e já e escultou Cascão lhe chamar que iria mais tarde na casa dele para jogarem vídeo game e que não era pra ele, na hora ficou estático, pois ninguém sabia o que ocorrera ainda e se soubessem que MC havia perdido a vida, aí que seus amigos iriam correr perigo.

Jamille vendo que Cebola iria desabar a qualquer momento, num gesto súbito o abraçou por trás para confortá-lo. Ninguém entendeu a garota, mas Denise tirou logo uma foto e postou em seu blog com o título, “O novo casal da turma”. A súbita tristeza de Cebola foi pelo fato de achar que tinha tirado uma nota ruim como ele sempre tirava, mas ao pegar o pedaço de papel da mão dele não conseguiu conter a surpresa “DEEEEEZ”. O professor parabenizou não só Cebola, como Jamille também, pois foram as maiores notas da classe, sendo que a maior depois deles, havia sido um sete e meio.

Alguns ficaram com uma invejinha básica, pois como mal conversavam mais, então não teria como um dos dois os ajudassem com os estudos.

A aula acabou e diferente dos outros dias, Cebola e Jamille foram embora caminhando para casa. Não trocavam uma palavra sequer, chegaram a casa de Cebola e Jamille dá um abraço no garoto e já ia saindo quando ele lhe segura a mão e pede para ela ficar. Ele não queria ficar sozinho, sentia como se a casa fosse muito grande para ele ali.

Ficaram na sala com Cebola deitado no sofá com a cabeça no colo da amiga. Não conversavam, ficaram apenas ali com a menina afagando a cabeça dele. Ela tentava consolá-lo, mas parecia difícil, pois ele só conseguia dizer “Foi minha culpa, eu deveria te-la protegido”.

Todos os dias era a mesma coisa, a depressão de Cebola e Jamille tentando fazer seu humor melhorar. Até que um dia qualquer, Franja os chama em seu laboratório “Preciso da ajuda de vocês, alguma coisa escapou daquele lugar e invadiu a cidade”. Era um daqueles robos que mataram MC. Imediatamente, tomado pela raiva, Cebola partiu de encontro a máquina, não sabia pra onde ir, só pegava um caminho como se aquele fosse o correto. Usava seus poderes de fogo para ir voando aonde quer que fosse, com um tipo de foguete formado em cada uma de suas mãos.

Em um campo encontrou o robo destruindo o lugar e fazendo um desenho estranho no chão. Chegou lá, mas já era tarde, o robo invocou o que parecia cinco outros robos, mas viasse claramente que esses eram diferentes. Emanavam uma energia sinistra que foi sentido até mesmo por Cebola. Cebola partiu para cima deles, mas cego pela raiva, foi facilmente detido por um deles que o prendeu no chão.

Quando ia acertar o golpe final, uma rajada de vento fez com que voasse longe libertando imediatamente Cebola. Ele levantou-se e já ia partir para cima dos outros, mas Jamille o deteve, eles não seriam páreos para aquelas coisas. Ele teria de se conformar, afinal, desde a morte de sua irmã, ele não treinara mais seus poderes, fraco como se sentia, foi esfriando a cabeça e pensou num plano de fuga para os dois, sair com a cabeça quente daquela forma sem saber de mais detalhes foi a pior coisa que pode fazer.

O robo que fez a invocação, atacou primeiro, mas Cebola já ciente das coisas, lembrou da sensação de quando vira MC sem vida e conseguiu atirar novamente o mesmo raio com as mãos como na primeira vez. O tiro acertou um dos braços do robo que caiu no chão, entretando ele simplesmente pegou o braço no chão e recolocou no lugar fazendo com que o mesmo se encaixasse.

Num rápido movimento o robo chegou a frente de Cebola dando um soco em seu estomago que o fez vomitar sangue no mesmo momento. Jamille pega em choque, levou um murro que a jogou longe, fazendo uma ferida em seu rosto. O garoto levantava com dificuldades enquanto que Jamille era novamente atingida por um raio na perna saída de um dos sabres de luz dos inimigos. Ela soltou um grito agudo e ficou estendida no chão, o raio havia feito um buraco de 10 milímetros na perna dela.

Cebola tentou ir até a garota mas foi novamente atingido por outro soco do robo. Suas esperanças já haviam sumido e achava que teria o mesmo fim de sua pequena irmã, subitamente raios foram disparados neles os dispersando e fazendo com que fugissem. Sentiu uma sensação de formigamento por todo o seu corpo e de repente apareceu em outro lugar. A princípio ele não entendeu o que estava acontecendo, por sorte escutou uma voz atrás de si “vocês tem sorte que eu estava por perto e pude vir te ajudar Cebola, mas para um cara inteligente como você não foi muito sábio enfrentá-los dessa forma”. Quando Cebola olhou para trás viu Astronauta com uma cara séria e ao seu lado a tenente Xabéu sorrindo para si.

Xabéu avisou que Jamille foi levada para ser tratada na enfermaria da nave, mas que ela ficaria bem e ele não precisava se preocupar. Cebola pediu para ficar junto dela e o levaram, mas não podia ficar na sala enquanto ela fosse tratada. Ele via pelo espelho de fora da sala todo o sofrimento em seu rosto, a dor era imensa e fazia um esforço tremendo para não chorar, mas não conseguiu. Em um dia perdeu a irmã, dias depois quase perde a única pessoa que está ao seu lado nos momentos mais difíceis. Se sentia um lixo por não conseguir proteger as pessoas a sua volta. Decidiu fazer algo que por elas e treinaria todos os dias até ficar esgotado para que nada disso acontecesse novamente.

O Astronauta o chamou e disse que tinha um plano para derrotar eles, iria infiltrar dois espiões na base inimiga para saber o plano deles e depois pensar em um contra ataque. Cebola aceitou, mas queria saber quem eram. Sua surpresa foi enorme quando Astronauta disse se tratar de Poeira Negra e Cabeleira Negra. Logo Astronauta explicou a ele que ambos também são terráqueos e não compensa a eles viver em um mundo onde são controlados por outros. Cebola não gostou muito da ideia, mas iria confiar no Astronauta, já que seus planos não estavam dando certo mesmo.

Os dois foram levados para o laboratório de Franja, Jamille estava com a perna engessada e andava de muletas. Felizmente, andando por todo o espaço, Astronauta conheceu diferentes tipos de cultura e muitos povos que eram civilizados e que compartilharam com ele os segredos de suas medicinas, uma delas era a reconstrução de células.

Ao chegarem no laboratório, Cebola pediu que fosse construído uma máquina mais forte do que aquela que Franja já havia construído, pois ele iria elevar seu poder ao máximo. Assim que se recuperassem, eles iriam voltar aos treinos. Cebola pediu que nada fosse revelado aos seus amigos, pois até que eles descobrissem a verdade sobre o inimigo, era melhor os dois se prepararem. Cebola também não queria nenhum de seus amigos feridos igual ao que aconteceu a eles. Se com super poderes, eles não foram páreo, imagina quem não os possuía.

Todos concordaram e guardariam segredo até segunda ordem. Depois de se recuperarem, os dois levavam o que poderiam ser considerado uma vida dupla, iam e voltavam da escola pra casa, tinham ótimas notas na escola e podiam sair a hora que quisessem juntos, sempre treinando e esperando pelo ataque inimigo que nunca vinha até os dias em que Cascão os vira no laboratório, o ataque que a Mônica e a Magali sofreram.

Voltando a história

Terminada a estória, todos não deixaram de ficar surpresos com o quanto Cebola estava sofrendo de várias formas, além da perda da irmã, fazer de tudo para que ninguém os descobrisse e ainda os protegendo do mal.

Mônica: Para onde nós estamos indo Astronauta? Perguntava meio triste.

Astronauta: Vamos para o mesmo lugar onde eles conseguiram seus poderes, está na hora de vocês se tornarem os heróis que nasceram pra ser.

Denise: Ai fófis, mas eu vou poder usar uma roupa igual a da minha musa, Harley Quenn né? Todos ficaram com uma gota na cabeça. Alguns se perguntavam se ela tinha mesmo certeza do que estava acontecendo ali.

Agora que todos sabiam o que estava acontecendo, a tenente Xabéu os levou para dormitórios para descansarem, apesar de todos estarem tristes, pois seus pais estavam lá na Terra e sabe-se lá o que poderia estar acontecendo a eles.

Olhando pelo vidro, Jamille procurou um lugar para ficar sozinha e ir ver os cometas e estrelas do espaço. Logo Mônica apareceu atrás dela com uma cara que denunciava arrependimento. As duas ficaram se encarando até que Jamille se pronunciou.

Jamille: O Cebola tinha razão a seu respeito. Dizia tentando forçar um sorriso para a garota a sua frente, lembrar de Cebola era doloroso.

Mônica: E o que ele te falou a meu respeito? Dizia intrigada, querendo saber se eram coisas boas ou ruins.

Jamille: Que você é linda, esforçada, sempre disposta a defender os amigos e partir para cima de qualquer um para defendê-los.

Mônica não sabia o que dizer a respeito, nunca imaginara que o Cebola pensasse isso dela, foi então que o choro pela perda do amigo ficou ainda mais forte. Nesse momento ela não era a garota forte com quem todos pudessem contar, nesse momento ela era a garota que tinha que ser protegida. As duas ficaram lá conversando e Mônica começou a contar várias coisas que já tinha acontecido entre eles, desde criança até quando estavam juntos. Jamille contou algumas situações entre eles também e para espanto de Mônica, ela não ficara com ciúmes, pois gostou de saber que ele estava também feliz. Foi então que as palavras da Jamille a surpreenderam.

Jamille: Ele me disse uma vez, antes de começarmos a namorar que se ele tivesse a chance de falar com você novamente, ele gostaria que você fosse muito feliz com o DC, pois você mais do que ninguém merece ser amada da forma que ele não conseguiu demonstrar a você. Ele te amava e sempre iria te amar, mesmo quando eu dava em cima dele, ele dizia que não podia, pois não era justo estar comigo se ele ainda gostava de você.

Mônica: Então porque vocês estavam juntos? Eu escutei quando ele disse que se apaixonou por você e o momento em que te pediu em namoro.

Jamille: Eu o convenci que não importava pra mim se ele gostava de você, pois eu só queria que ele estivesse junto comigo como sempre estivera desde que se conheceram. Foi depois da morte da MC que ficamos ainda mais próximos e eu nem pensava mais que queria namorar, casar ou ter filhos com ele um dia. Naquele momento eu só queria estar lá para o que ele precisasse e queria que ele visse que eu me importava mesmo que sendo apenas amigos.

Mônica não soube o que pensar, pois ela nunca havia pensado daquela forma. Fois saindo de fininho até que Jamille lhe disse.

Jamille: Sabe o que ele me disse aquele dia?

Mônica: Não, o que ele te disse?

Jamille: Eu quero que você saiba que eu ainda gosto da Mônica, mas não posso dizer como, pois meus sentimentos agora estão confusos, eu sei que ainda gosto dela por que não consigo deixar de querer o bem dela, mas ao mesmo tempo, eu não quero ficar longe de você que foi o meu apoio nesses ultimos tempos. Quem ama de verdade, quer a felicidade da pessoa, mesmo que seja com outro, mas a verdade é que estou apaixonado por você Jamille, você aceita namorar comigo?

A dentuça era uma explosão de sentimentos naquele momento, não queria mais ficar ali, tinha que ficar sozinha para pensar em tudo. Cebola nunca deixara de amar ela, mas ele também tinha o direito de ser feliz, já que ela mesma escolheu esse caminho. Foi para o quarto reservado a ela e Magali e Jamille ficou pensando, talvez fosse melhor não dizer e ela tudo o que aconteceu naquele dia, já que pelo que Cebola contara, nunca escrevera poesia alguma para alguém. Então o poema veio em sua mente tão nítido quanto ao sorriso de seu amado a declamando para si:

Tu me encantas

Atrai-me impiedosa assim!

Ao teu lado sou único

E por uma eternidade

Desejo-te perto de mim

Meu fascínio

É verte sorrir

Pois teus encantos

É a felicidade sem admitir

Nunca me abandone

Tua falta é um flagelo

Sangra meu peito

Ferindo meu ego.

Sentindo o seu toque

Minha loucura resplandece

Quente e calorosa pele

Em grande esplendor acontece;

Olhar tua face iluminada

È olhar para o rosto do amor

Viver nas delicia da terra

Ressuscitar fantasias de dor.

E ficou ali contemplando as estrelas e lembrando os momentos que passara ao lado de Cebola. Seu coração estava partido, mas não diria a ninguém. Só o amor que Cebola lhe dera nos momentos em que estiveram juntos, já era o suficiente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram do capítulo? Gostaram da poesia? Próximo capítulo, encontro de casais. Será um capítulo recheado de romance e nada de ação. Gostaria de agradecer principalmente aos reviews e mensagens privadas do João Pedro e da Jessy Chan Menezes e a recomendação do facebook da Anne Menezes Hiromashi Souza, pois sem eles, eu não daria conta de escrever essa fic. O próximo vai demorar um pouco, pois agora estou com a cabeça quente demais para conseguir escrever dois, três capítulos no mesmo dia.



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