Jamille e Cebola lutavam a algum tempo contra Cabeleira Negra, sendo que os três já estavam um pouco ofegantes. Cebola tentava atacar, mas a vilã sempre rebatia e contra-atacava com maestria os seus golpes. Em determinado momento, Jamille acerta um golpe que faz Cabeleira voar até a parede de uma construção.

Jamille: Apesar de te-la acertado, posso sentir que ela ainda pode lutar, o que vamos fazer, ela não dá brecha alguma. Falava enquanto já estava ficando impaciente.

Cebola: Fica calma, vou bolar algo para a vencermos. Apenas não se desconcentre e confie em mim, nós vamos dar conta dela. Falava Cebola enquanto seu plano de acabar com a Cabeleira já estava funcionando.

Em uma das mãos, Cebola projeta uma espada de energia para atacar enquanto que Jamille ficava um pouco mais atrás já preparada para socorre-lo se necessário. Era sempre assim que lutavam, pois sempre treinavam para que Cebola desse cabo dos inimigos, enquanto que Jamille ficaria escondida para o caso dele precisar de ajuda, como eles ainda não tinham idéia de contra quem exatamente e a real força do inimigo, não mostrar todas as suas habilidades, seria a sua vantagem em cada luta.

Enqunto Cebola lançava raios contra Cabeleira, Jamille percebia que a vilã ficava cada vez mais cansada de tanto correr, ela podia ter alguns truques, mas, era visível que seu ponto fraco era o físico.

Quando Cabeleira Negra se aproxima dos dois, Jamille também solta um raio com as mãos sobre ela, mas foi um golpe facilmente defendido, já estava a ponto de contra-atacar quando a heroína de repente solta um grito agudo que faz Cabeleira voar longe. Sem perder tempo, Cebola ia correndo até ela para desferir o ultimo golpe, mas foi surpreendido pela chegada repentina de seus amigos que escultavam os barulhos de longe e foram ver o que estava acontecendo.

O tempo que ele perdeu olhando para a garota de dentes salientes, foi o suficiente para Cabeleira se recuperar e ver que tinha mais gente no local assistindo a briga. Repentinamente, ela teve uma idéia, usar algum dos garotos que chegaram como escudo e descobrir finalmente quem eram.

Usando um chicote de fogo, um de seus novos truques, Cabeleira conseguiu acertar Jamille a jogando longe da batalha e distanciar Cebola de seus amigos para que fosse fácil capturar um refém. Infelizmente, seu plano deu certo e ela conseguiu pegar Magali e começou a pressionar uma adaga que estava escondida contra o pescoço da garota. Mônica vendo sua amiga presa, correu para ajudá-la, mas não escutou quando Cebola gritou.

Cebola: MÔNICA, NÃO... tarde demais, Mônica que ainda estava fraca foi jogada longe, mas o golpe não foi o suficiente para desacordá-la, somente a deixou zonza. Ficou junto de seus amigos, até que Cebola ainda disfarçado perguntou – O que você quer, solte a Magali. Cebola que pego de surpresa com o golpe que sua antiga paixão levara, não lembrava mais que estava disfarçado e falava o nome de seus amigos sem se preocupar.

Alguns minutos antes:

Mônica estava em casa com Denise, Magali e Cascuda recuperando o tempo perdido. Estavam estudando e pegando as novas matérias da escola, quando Mônica já cansada de tanto estudar, resolveu ligar a TV para ver o que estava passando de bom. Ligou e foi passando os canais aleatoriamente, até que viu em um canal de notícias o que estava acontecendo na outra parte da cidade. Ficaram observando a luta entre Cabeleira Negra e dois jovens que lutavam contra ela, destruindo parte do local e os dois protegendo quem estivesse perto assistindo de curiosidade. Via absmada poderes que a Cabeleira Negra nunca demonstrou antes, como golpes que usavam fogo e vento, além de conseguir fazer seu cabelo crescer, prendendo um dos integrantes da dupla.

Vendo a batalha acontecer e vendo que os dois pareciam ter alguma dificuldade contra sua oponente, decidiu ir até o local da luta para ajudá-los a derrotarem ela. Suas amigas não concordaram muito, pois sabiam que Mônica ainda estava debilitada e um pouco fraca, mas mesmo assim decidiram ir com ela para não deixar que fizesse alguma besteira e fosse parar novamente no hospital.

No caminho para o campo de batalha, encontraram os garotos e DC que estava indo para a casa de Mônica para irem todos juntos. Com exceção de DC, os garotos tinham ouvido as explosões e iam ver o que estava acontecendo quando encontraram com as garotas. DC também tinha ouvido, mas ele preferia ficar ao lado de Mônica do que saber o que acontecia.

Chegaram ao local e viram exatamente a hora que Cabeleira acabara de ser atingida por Cebola e viu o garoto ficar paralisado quando a viu. Se perderam no olhar um do outro, quando de repente Cabeleira atingiu Jamille a jogando longe e fazendo com que Cebola recuasse para longe dela.

Cabeleira Negra e Cebola negociavam a soltura de Magali.

Cabeleira Negra: Eu solto a garota, mas antes, você tem que me responder algumas perguntas. Em quantos vocês são no total?

Cebola que não via saída, iria fazer o jogo dela por enquanto, mas pensando em algo para livrar Magali das mãos dela e salvar o dia.

Cebola: Somos apenas dois, nós dois que lutamos com você. Cebola já havia percebido que Jamille suprimiu sua presença para não ser notada e continuou a enrolar a mulher a sua frente.

Cabeleira Negra: Quem são vocês? Quando ia terminar a pergunta, Cebola a cortou.

Cebola: Não temos um nome de guerra, somos apenas duas pessoas normais que estavam no lugar errado, na hora errada. Tentava disfarçar Cebola para dar tempo de Jamille a nocautear.

Cabeleira Negra: Não quero saber o nome da organização de vocês, só quero que tirem suas máscaras e me mostrem quem realmente são.

Cebola com toda a calma do mundo, já iria responder quando Jamille chegou por trás e deu um golpe forte nas costas da mulher, desequilibrando-a o suficiente para que Magali fosse solta. Os amigos do Cebola, nada poderiam fazer a não ser confiar. Súbito, quando Magali foi solta, Cebola corre e dá um forte golpe no estômago da vilã, fazendo com que a mesma caia de joelhos no chão. Cebola se aproxima, toca a testa da mulher e ela desmaia.

Passado o susto, toda a galera se reuniu em volta dos três querendo respostas. De súbito, Mônica chega em Cebola e o agradece por tê-la salvo do Poeira Negra.

Mônica: Oi.. eu gostaria de te agradecer pessoalmente por ter me salvo no outro dia, por que mesmo sabendo que você está com uma roupa diferente, foi você quem me salvou não foi? Qual o seu nome?

Cebola: Sim minha cara, fui eu mesmo que a salvei. Não tenho um nome a que possa me chamar, mas, se quiser, pode me chamar de Cobra.

Mônica: Tudo bem. Mas, você pode tirar a sua máscara para que eu te veja? Sua voz parece com a de alguém que conheço, mas não estou lembrada de quem. Falava Mônica achando que quem estava por trás da máscara pudesse ser Cebola.

Cebola: Pode esquecer, não posso lhe mostrar meu rosto. Tira essa ideia da cabeça. Falava Cebola tentando parecer um pouco rude com ela, para que ela não perguntasse mais nada.

Mônica fica um pouco abalada pelo modo como ele fala com ela, de repente ela o puxa pela gola da blusa e o ergue do chão com as mãos. Todos se assustaram com o que ela fizera, até que Cebola pega em seus pulsos e faz com que ela desça ela ao chão novamente.

Mônica: Me desculpa, eu achei que você pudesse ser uma pessoa que conheci a um tempo. Mas agora sei que não pode ser ele, já que ele sempre foi meio medroso e não teria essa força toda para fazer o que você fez.

Cebola: Não tem problema. Fico feliz que já esteja se recuperando melhor.

Jamille chega perto de Cebola e cuchicha algo em seu ouvido, logo Cebola pega Cabeleira Negra no ombro e vão embora. Todos voltam as seus respectivos afazeres, mas Mônica ainda fica um pouco confusa e abalada pelo que aconteceu. Nunca em sua vida que imaginaria não poder proteger sua amiga ou seus amigos.

No dia seguinte, todos saiam da aula, cada um para seu canto, Cebola e Jamille sempre saindo juntos como já era rotineiro. Mônica após o incidente do dia anterior,foi a casa de Cebola para agradecer-lhe as flores no hospital, mas para seu desagrado ele não estava em casa. Quando chegou a casa do amigo, se é que podia chamá-lo assim, a mãe do mesmo havia dito que ele se encontrava com Jamille e ambos deveriam estar na casa dela, já que ele lhe avisara que não iria almoçar em casa depois da escola.

Voltou para casa desapontada por dois motivos, o primeiro, era que apesar de tudo, sentia uma pontada de ciúmes e se sentia mau por isso, por causa de DC e segundo, por que ele nunca passava tanto tempo consigo igual passa com essa garota.

Voltando absorta para casa, encontrou a pessoa que queria ver, um pouco longe junto de Jamille, conversavam animadamente, parecia feliz e uma parte sua esteva alegre por isso. Algo lhe chamou a atenção, os dois pareciam que não a via, mas ela repara que Cebola tem uma flor em sua mão e se ajoelha de repente, foi chegando perto, até que foi o suficiente para escutar Cebola dizendo.

Cebola: … estou apaixonado por você Jamille, você aceita namorar comigo?

Mônica tentou disfarçar, mas parte de si ficou meio destruída por dentro, ela gostava de DC, nutria sentimentos pelo rapaz, mas, no fundo sabia que não poderia se apaixonar por ele da mesma forma que fora apaixonada por Cebola, tentou ficar firme e foi falar com o novo casal.

Mônica: Cebola, estava te procurando para lhe agradecer pelas flores que me mandou no hospital. Falava tentando engolir choro.

Cebola: Mônica. Tomou um susto ao ver sua antiga paixão ali, mas logo se recompôs. Ah sim, ainda bem que você se recupelou lápido. A Mônica que conhecemos, sempre forte, até para se recuperar de um golpe daqueles.

Mônica ficou meio triste com as palavras dele, pois ela nunca desejou ser forte para ele, somente que ele visse que debaixo de toda aquela força, havia uma garota que precisava de atenção e carinho. Mesmo assim, falou.

Mônica: Sim, já estou melhor, vejo que você também, já que estão namorando né?

Jamille: Sim, o Cebola é um doce de pessoa, sempre atencioso e gentil comigo. Dei a sorte grande por ter ele do meu lado, pois dificilmente eu encontraria alguém como ele. Dizia a nova namorada do Cebola sem perceber o quanto ele estava ficando vermelho com o comentário dela.

Mônica foi se retirando, por que não queria ficar de vela para o casal, então foi para a casa de Magali, ela sempre lhe ajudava nas horas ruins.

Mônica foi a casa de Magali e deixou os dois para trás sem deixar que eles vissem a lágrima que descia por sua face, mas o sentimento de culpa era maior ainda. Paralelo a isso, o casal foi sentar-se debaixo de uma árvore e ficaram trocando carícias, com Jamille deitada, apoiando em seu colo.

Passados alguns dias, a turma estava toda reunida no shopping para se divertir, com exceção de Franjinha que estava sempre no laboratório, Marina que estava pintando mais um quadro e Cebola mais Jamille que ninguém sabia onde estavam, com exceção de Cascão que fazia uma ideia. Estavam todos se divertindo quando ouviram explosões do lado de fora do shopping e correram para ver o que estava acontecendo.

Tomaram uma baita surpresa quando viram todos aqueles homens sendo liderados por um homem todo vestido de preto destruindo a cidade inteira. Era um caos total, todos estavam correndo para fugir daquela destruição. Dessa vez, Mônica não tentou ir atrás deles, pois seria loucura. Ela estaria sozinha contra um exército inteiro. Súbito, aqueles dois estavam lá para lutarem para proteger a Cidade, mas, tinham uma ajuda a mais, até mesmo o Astronauta estava junto para combater a força inimiga.

A turma foi para mais perto, até que Mônica resolveu lutar contra o exército, ajudando seus amigos, enquanto que o restante da turma, foi teleportada para dentro da nave do Astronauta. A luta continuava acirrada, mas os inimigos tinham uma força imensa que os três que lutavam em terra, estavam tendo dificuldades.

O exército ia avançando cada vez mais a dentro da cidade e eles não davam conta de detê-los mais, Cebola então teve uma ideia, já que eles não dariam conta de suprir a força inimiga, então fariam com o planejado desde sempre. Fariam com que Jamille levasse todos para a nave do Astronauta e ele os levaria para o espaço a fim de conseguirem os mesmos poderes que os dois para derrotá-los. Cebola seria uma isca para que eles pudessem fugir.

Cebola correu até Jamille e contou a ela o que tinham em mente, ela não concordou, era loucura e não queria deixá-lo para trás. No fundo ela sabia que era necessário, mas, ainda sim lhe doia deixá-lo. Os dois foram até Mônica e fez com que ela levasse a amiga para a nave de Astronauta, mas antes de ir, ambos tiraram a máscara e se beijaram apaixonadamente. Mônica ficou surpresa e queria ficar tanto para ajudar Cebola, quanto para pedir explicações, mas Jamille a carregou até a nave de Astronauta e encontraram com todos os outros.

Denise: Me belisca que to passada, Jamille. Falou a loira para ter certeza que era ela mesma. Entretanto, Jamille foi até Astronauta e disse.

Jamille: Vamos sair daqui, temos de ir pra lá agora, não podemos mais esperar, eles são muitos para darmos conta e precisamos achar muito mais ajuda do que somente eles que estão aqui.

Mônica: É O CEBOLA QUE TÁ LA EMBAIXO. NÃO PODEMOS DEIXAR ELE PRA TRÁS. Gritava para todos escutarem. Você disse que era um sonho estar com ele não é? Então por que quer abandoná-lo?

Jamille: Por que ele está fazendo o que é preciso, eu não quero abandoná-lo, mas temos um dever a cumprir e não podemos deixar que nossas emoções falem primeiro.

Mônica: Do que você tá falando, o que tem haver dever com o que o Cebola tá fazendo?

Jamille: Ele talvez esteja sacrificando a própria vida para que fiquemos vivos. É isso que está acontecendo. E foi para um canto. De repente ela começou a chorar baixinho, mas todos viram e não entendiam ainda o que estava acontecendo, Cebola ficara pra trás, Jamille chorando como se fosse doloroso a ela deixá-lo e de repente até Astronauta aparece de repente.

Todos estavam se acalmando para perguntar o que estava acontecendo, só sabiam que iriam para o espaço, em algum lugar do universo e sequer sabiam o que iria acontecer.

Continua...