So Give Me Your Love escrita por Ane25


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Capitulo Tenso
hsauahsuhsa



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Quarta – 7:00
Narração de Amy

Acordei com o despertador e eu não estava atrasada.

Tinha tido uma ótima noite de sono. Ótima não, excelente.

Levantei da cama sorrindo para as paredes. Talvez hoje fosse um lindo dia, se não tivesse amanhecido com o tempo nublado e frio... Tomei um banho quente e me arrumei. Como de costume, quando eu não estava atrasada, eu passava em uma lanchonete para tomar um café.

Quando cheguei em frente a mesma e caminhava para a porta, meu salto enfiou em um maldito buraquinho na calçada e eu acabei tropeçando, mas alguém me segurou a tempo de eu cair com a cara no chão.

- Cuidado!

- Desculpe, eu sou uma... – Olhei a pessoa. – Josh?!

Ele riu.

- Amy! Bom dia. Será que a gente sempre vai se ver com você quase beijando a calçada?

Corei.

- Bom dia, Josh!

- Eii, porta não é lugar para se conversar. – Um velho ranzinza disse tentando passar por nós. Percebi que estávamos em frente a porta da lanchonete.

- Desculpa. – Murmurei a ele.

- Vamos entrar? – Josh perguntou.

- Claro.

Entramos no estabelecimento e sentamos em uma mesa. A garçonete loira veio a mesa.

- Um café com chantilly médio. – Disse a ela.

Ela assentiu com a cabeça e voltou seu olhar, de cobiça, para o Josh, que olhava o cardápio. Ela arrumou discretamente os cabelos e perguntou a ele.

- E você?

Ele nem ao menos a olhou, só respondeu:

- Uma rosquinha e um café. – Ele fechou o cardápio, deixando-o de lado e olhou a rua, pelo vidro da lanchonete

O sorriso que a garçonete tinha nos lábios murchou no momento que ela viu que não chamou a atenção dele. Ela assentiu com a cabeça e saiu.

Revirei os olhos.

- Você continua atraindo as loiras.

- Já disse que elas não fazem meu tipo. Prefiro as morenas. – Ele voltou seu olhar no meu e me encarou por alguns segundos.

- Josh, não começa...

- O que eu fiz? – Perguntou se fazendo de inocente.

- Você sabe o que você fez.

Ele gargalhou.

- Ok. Parei. – Ele voltou a olhar para fora da lanchonete. – Acho que vai chover...

Olhei para fora também.

- É, parece...

- Falando em chuva... Foi bom ontem o banho de chuva que a gente tomou.

Sorri.

- É. Foi divertido.

- Vai fazer alguma coisa hoje à noite?

Voltei meu olhar para ele.

- Por quê? Quer sair para outro banho de chuva?

Ele riu.

- Não, não. Ia te chamar para fazer um programa mais normal... Tipo um cinema.

Mordi o lábio. Isso era tão estranho... Depois de tanto tempo sem vê-lo e agora começar a sair com ele novamente. Era tudo tão rápido...

- Eu não sei Josh. Tenho umas matérias do Jornal para escrever...

- Por favor!

Droga! Odeio quando ele faz essa cara de cachorro abandonado.

Suspirei.

- Ok.

- Ótimo! Tem sessão as 20:30. Onde você mora? Passo na sua casa e te busco.

- Huum... Eu te encontro no cinema, não precisa me buscar. – Era melhor ele ficar sem saber onde eu moro. Pelo menos por enquanto... Pois se eu bem o conheço, com certeza ele ia querer ir direto lá para o apartamento. E como eu disse: é tudo muito cedo ainda...

- Alguma coisa contra eu te buscar?

- Não! – Falei rápido demais. – É só que... É para você não ter trabalho para isso!

- Não vai ser nenhum trabalho, Amy.

Os nossos pedidos chegaram e acho que isso fez ele esquecer um pouco o assunto.

Comemos em silencio.

Quando terminei pensei em pagar a conta, mas ele, como sempre, não deixou e a pagou para mim.

- Por que você tem essa mania de nunca me deixar pagar a conta? – Disse já de fora da lanchonete.

- Porque isso é questão de cavalheirismo. – Ele olhou no relógio. – Tenho que ir. A gente se vê umas 20:15?

- Claro! – Sorri e fui para meu carro. Pelo menos ele não insistiu no assunto de passar no meu apartamento.

Cheguei em meu trabalho e fui direto para minha sala.

***

Já tinha quase quatro horas que estava em frente ao computador escrevendo algumas matérias, quando Nicole entrou na sala.

- Ora, ora... Não chegou atrasada hoje! E olha que mais cedo estava chovendo, poderia ate colocar a culpa na chuva.

- Engraçadinha. – Mais cedo choveu? Bom, eu sei que o tempo estava nublado, mas nem reparei na chuva em si. Nossa, devia estar muito concentrada mesmo. –Você não veio aqui para tirar uma da minha cara só porque eu não cheguei atrasada.

Ela riu.

- Na verdade, vim perguntar quem é o gostosão lá fora querendo falar com você.

- Oi? Quem?

- Um tal de Josh McPheel. – Instantaneamente sorri. – Ele disse que vocês são amigos... – Ela sorriu maliciosa. – Vocês são amigos do tipo, amizade com benefícios?

Revirei os olhos e não me dei ao trabalho de responder.

- O que ele ta fazendo aqui?

- E eu que sei? Ele chegou ali e sentou em uma cadeira, perguntei o que ele queria, já que nunca tinha o visto aqui no Jornal Diário, e ele disse que queria falar com você.

Suspirei e me levantei da cadeira.

Caminhei para fora da sala e o vi sentado.

- Oi. Ta fazendo o que aqui? – Disse já perto dele.

- Oi. – Ele se levantou da cadeira. – Vim te chamar para almoçar.

Olhei no relógio e vi que ainda eram onze e meia, mas minha pausa era só meio dia.

- Não dá. Saio só daqui meia hora. – Mas eu queria muito ir.

- Ah que isso, Amy! Ninguém vai morrer por meia hora. Ela vai sim almoçar com você. – Olhei para a voz atrás de mim e vi Nicole sorrindo. Fiquei alguns segundos olhando abismada para ela. – Anda menina, ta fazendo o que parada ai?

- Vou pegar minha bolsa. – Murmurei.

Caminhei de volta para minha sala e Nicole veio atrás.

- Nicole, o que foi aquilo?

- Ah para Amy! Você tava doidinha pra ir. Confessa!

- Eu te odeio.

- Eu sei que você me ama!

- Você é a pior chefa que existe.

- Eu sei que sou a melhor! Agora me diga: você tem uma quedinha por ele, não tem?

Peguei minha bolsa e sai bufando da sala, mas antes ouvi ela rindo e dizendo: “Você tem é um declínio pelo cara.”. Só espero que ele não tenha ouvido isso.

Cheguei perto dele

- Vamos?

Ele assentiu com a cabeça e seguimos ate o carro dele e depois para um restaurante.

Almoçamos em silencio. Ele parecia bastante pensativo.

Depois ele pagou a conta, como sempre, e seguimos para seu carro novamente.

- Você não me chamou para almoçar com você e ficar silencio entre a gente, né? – Fui a primeira a quebrar o silencio.

- Você acredita em destino? – Ele disse entrando no carro e eu fiz o mesmo em seguida.

- Não, acho que existem coincidências.

Ele ficou novamente em silencio, dirigindo.

Ele parou em frente ao Jornal Diário. Estava pronta para sair quando ele falou de repente:

- Eu acredito.

- O que?

- Em destino. Eu acredito. – Ele disse ainda sem olhar para mim.

- E o que te faz acreditar?

Ele olhou para mim finalmente, sério.

- Porque eu te encontrei de novo. – Ele deu um meio sorriso e eu senti meu rosto esquentar.

- Josh, não...

- Tudo bem, já parei! – Ele deu uma pausa. – Te vejo a noite?

Sorri.

- Sim. Até!

E sai do carro seguindo para a redação.

- Conta! Pegou o cara? – A Nicole veio, super “discreta”, me perguntando.

- Nicole, ele é meu amigo!

- Aham! Seei...

Revirei os olhos.

- Ok. Eu já namorei com ele há alguns anos.

- Sabia! Para ele vir aqui pra te chamar para almoçar alguma coisa tinha... E ficou com ele de novo?

- Nicole, você ta parecendo adolescente.

- Ai credo! É que eu nunca te vi com um cara.

Ri. Depois do Josh eu tive outros caras sim, mas nada a ponto de apresentar para as amigas ou ficar saindo com ele.

- Não, eu não fiquei com ele, mas hoje vou ao cinema com ele.

- Huum... – Ela sorriu maliciosa. – Boa sorte.

Revirei os olhos.

- Ta bom Nicole, agora eu preciso trabalhar.

Ela gargalhou e saiu da sala.

 

***

O resto dia passou rápido e a Nicole não me encheu mais o saco por causa dessa historia.

Eu já estava em casa devidamente pronta para sair com o Josh.

Caminhei ate o carro e fui para o cinema que combinamos.

Cheguei ao mesmo e ele estava na porta com dois ingressos na mão.

- Oi. – Falei.

- Oi. Você ta linda. – Ele disse me dando um beijo na bochecha.

- Obrigada. Você também.

- Vamos?

- Assisti o que?

- “O homem de ferro 2”. Espero que você não se importe...

- Ta brincando? Tava doida pra ver esse filme.

Ele sorriu.

- Que bom.

Ele passou uma de suas mãos na minha cintura e entramos no cinema.

Depois que o filme acabou ele saiu do cinema falando todas as cenas que ele havia gostado.

Confesso que me surpreendeu o fato de ele não ter tentado nada comigo. Acho que ele estava concentrado demais no filme pra tentar alguma coisa...

- Então, quer jantar? – Ele perguntou depois que terminou de repassar as cenas do filme.

- Ah não... Eu já vou para casa. Tenho que acordar cedo amanha.

Ele suspirou.

- Amy... Na verdade eu não te chamei pra assisti o filme, foi mais uma desculpa pra sair com você e te fazer uma pergunta...

- Pode fazer então.

- Aqui não. – Ele disse olhando as pessoas em volta. – Vem cá.

Ele segurou na minha mãe me levou para uma parte escura e afastada do estacionamento.

- Nossa, é tão sigiloso assim? – Brinquei rindo da minha piada sem graça, mas logo tirei o sorriso do rosto vendo que o Josh estava serio e parecia tenso.

- Amy, quando você disse, há sete anos, que não me amava mais, era verdade?

- Josh, não vamos voltar mais nesse assunto. Eu já vou. – Comecei a nadar para ir para meu carro, mas fui impedida por sua mão em volta do meu braço.

- Responde!

- Não tem o que responder.

- Diz!

- Dizer o que?

- Diz que você ainda me ama.

Revirei os olhos, mas não disse nada. Não ia dizer que ainda o amava, mas também não ia mentir dizendo que não o amava.

- Tudo bem! Você não vai dizer nada então deixa que eu digo: - Ele deu uma pausa respirando fundo e soltando meu braço. – Quando eu me casei com a Alex, era para te esquecer. Achei que daria certo, achei que ficando com ela eu nem me lembraria da sua existência, mas não! Não foi bem assim. Quando ela me beijava eu me lembrava de você! A cada toque dela eu comparava com o seu. E vi que não podia continuar com ela e machucá-la, fingindo que a amava. – Eu não conseguia dizer absolutamente nada. – Então nos separamos. Amy, passou anos e eu achei que você para mim, agora, era só minha amiga, mas te ver de novo eu tive a certeza que não. Eu nunca vou te ver só como uma amiga.

- Josh...

- Me deixa terminar! Tem alguém lá em cima que quer que fiquemos juntos. Alguém lá em cima traçou um destino para a gente, para nó dois juntos. O nosso destino! Se você não quer dizer, eu digo: Eu te amo! Eu não tenho medo de admitir a pessoa da minha vida que ainda a amo.

- Josh, é tudo muito rápido!

- PARA DE DIZER QUE É RAPIDO! – Ele exasperou, mas logo se recompôs passando as mãos nos cabelos.  – Não tem nada de rápido. Nos conhecemos tem anos.

- E-Eu não sei! Eu to confusa.

- Confusa? – Ele soltou um barulho de deboche. – Você não é mais adolescente, Amy! Não tem mais essa de “confusa”.

- E-Eu já vou. – Comecei a caminhar, mas novamente ele segurou meu braço me puxando para o mesmo lugar que eu estava.

- Eu ainda não terminei. – Ele soltou meu braço e continuou: - Eu quero você, Amy! Quero você não só por um dia, um mês ou um ano. Quero você para sempre. Quero acordar todas as manhas e vê a mulher da minha vida ao meu lado. Quero você para uma vida toda. – Ele suspirou. – E a pergunta que eu queria te fazer é... – Mais um suspiro. – Casa comigo?

Arregalei meus olhos.

- Como?

Ele se aproximou de mim e segurou meu rosto entre suas mãos, aproximando nossos rostos.

- É, casa comigo? Durma e acorde do meu lado todos os dias. Seja minha a vida inteira!

Ele aproximou mais seu rosto do meu e tentou me dar um beijo, mas virei meu rosto espalmando minhas mãos em seu peito, o afastando de mim.

- Eu não sei! Eu preciso pensar! – Queria mais que tudo estar ao lado dele, mas essa era uma escolha para a vida toda. Eu realmente precisava de tempo. Tinha passado muito tempo longe dele e agora com dois dias vendo-o de novo ele já me pede em casamento... Para mim era rápido.

Ele se afastou.

- Tudo bem! Você pode pensar, mas se sua escolha for um “não”... Fique sabendo que eu não vou querer ser seu amigo. Não tem mais essa de “apenas um amigo”. Cansei! Não posso ficar ao seu lado e não poder te abraçar, te tocar como eu realmente quero...

- Isso é pressão!

- Não é pressão. Só estou sendo sincero com você.

Suspirei.

- Tudo bem. Quando eu tiver a resposta te procuro. Me passa seu numero?

- Não! Eu te procuro.

- Ta, então anota meu numero. Não inventa de ir ao meu trabalho. Isso não é assunto para se tratar lá.

- Não precisa me passar seu numero e eu não vou ao seu trabalho. Eu me viro! – Ele disse já dando as costas. – Até Amy.

- Até. – Murmurei baixo demais, nem sei ao menos se ele havia escutado.

E agora? Agora restava eu pensar e ter certeza de minha resposta para depois eu não me arrepender.


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Notas finais do capítulo

Geeentee... O proximo cap. da fic vai ser o
ultimo!! :o
E quando terminar ja vou começar a escrever a da Saga Crepusculo.
Eu ainda não comecei a escrever pq to sem tempo! :/
mas logo logo ele vai ta aqui no site!
bjoos :*



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