So Give Me Your Love escrita por Ane25


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Postando mais cedo do q de costume!



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Sete anos depois...

Terça – 8:26 Narração de Amy

Acordei com um pulo da cama, assustada pelo telefone tocando.

- Ai minha cabeça. – Murmurei antes de atender ao telefone. Isso que dá encher a cara no dia anterior. – Alô?

- Filha? – Por que ela sempre tinha que perguntar isso quando eu atendia? Se ela ligava para meu apartamento era obvio que era eu quem atenderia.

- Oi mãe!

- Filha, parabéns! Não te liguei ontem porque não deu.

- Tudo bem mãe. Obrigada!

- Jonathan está te mandando um beijo. Pierry também.

- Manda outro para ele. Mãe, Pierry é um cachorro!

- Mas ele sabe quando estou falando com você. Ele fica todo alegre aqui do meu lado.

Eu ri.

- Tudo bem, manda um beijo para o Pierry também.

Ouvi o cachorro latindo do outro lado.

- Ta vendo como ele sabe que é você?! Filha, desculpa ter te ligado essa hora. Te acordei?

Essa hora? OMG! Quantas horas são?

Olhei no relógio ao lado de minha cama.

Atrasada!

Merda!

- Mãe, tenho que desligar! Estou atrasada para o trabalho.

- Mas filha...

- Tchau mãe. Beijo.

Desliguei o telefone e pulei da cama.

Minha cabeça latejou. Droga!

Fui ate a cozinha, quase que correndo, e tomei um remédio para ressaca. Depois fui ate o banheiro tomar um banho e me arrumar para o trabalho. Minha ressaca é resultado de ontem, quando fui para um bar beber com minha chefa, Nicole, para comemorar meus 25 anos. Bom, ela era minha chefa-amiga. Eu tinha minhas obrigações com ela, mas sempre que dava saiamos para nos divertir.

Sete anos se passou desde o acontecimento com o Josh, muita coisa mudou.

A Suh conseguiu ir para a Europa fazer faculdade de moda lá e hoje ela trabalha com uma das mais famosas estilistas da Europa.

Minha mãe se casou com um cara que ela conheceu na praia. O Jonathan. Para mim ele é um pai, não o chamo assim, mas o tenho como um. Já tem três anos que eles estão juntos.

A Ashley e o Michel... Bom, sei que o Michel mudou de cidade no ano seguinte à confusão da carta e a Ashley foi para Washington fazer faculdade. Nunca mais tive noticias deles.

Eu fiz faculdade de jornalismo, como eu sempre sonhei. Hoje moro, sozinha, em Nova Iorque e trabalho no Jornal Diário de Nova Iorque, estou andando para o caminho de uma redatora-chefe, mas se continuar atrasada nunca vou chegar lá.

O Josh? Nunca mais o vi. E a única lembrança dele que tenho contato é o Pierry, o Labrador que ele me deu nos meus 18 anos. O cachorro esta velho, mas ainda é um bom companheiro. Só não o trouxe para morar comigo porque moro em apartamento e eles não aceitam animais.

Geralmente é nas ferias de verão, natal e reveillon que eu volto para minha cidade para visitar minha mãe, Jonathan e Pierry.

Estava devidamente pronta. Coloquei uma roupa relativamente confortável e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo.

Dei uma ultima olhada no relógio. Quase uma hora atrasada. Inferno! Meu dia já tinha começado mal.

Sai do apartamento e fui ate o carro.

Dirigi ate meu trabalho. Parei como de costume a alguns estacionamentos distantes do Jornal Diário. Já tinha desistido de tentar parar em frente ao trabalho. Nunca tinha vaga.

Desci do carro meio desajeitada por causa das minhas pastas e folhas que estava carregando. Tranquei o carro e comecei a caminhar a passos rápidos para o jornal.

Nicole ia me matar!

Caminhando distraída e ainda desengonçada acabei torcendo meu pé no salto. Ia caindo se não fossem as mãos de alguém me segurando pelo braço.

- Opa! Cuidado! – O rapaz disse me levantando. Minha queda foi evitada, mas minhas folhas e pastas caíram no chão. Me agachei para pega-las e o rapaz fez o mesmo.

- Desculpa, sou meio desajeitada quando estou atrasada.

Ouvi ele rindo. Estremeci. Sua risada era igual a do Josh.

Amy, PARA!

Ele me ajudou a pegar os papeis e pastas. Nos levantamos e ele me entregou.

- Obrigada!

Ele me olhou e sorriu torto.

- Não foi nada! Só toma cuidado. Ia ser uma queda feia.

Meu queixo caiu. Meu coração começou a bater acelerado, minhas mãos ficaram suadas e minhas pernas começaram a tremer.

Não, não podia ser ele. Nunca! Não podia ser o...

- Josh?

Ele me olhou confuso.

- Desculpa, mas nos conhecemos?

Comecei a rir. Rir de nervosa.

Ele me analisou por um tempo.

- Amy?

Continuei rindo ate dizer:

- Como o mundo é pequeno.

- Nossa! Uau! Você está... Está linda! Quero dizer... Você sempre foi, mas agora está uma mulher.

E ele baita de um homem! Meu Deus!!

Ele parecia um pouco mais alto, seus ombros estavam mais largos e mesmo por cima da roupa (camisa e calça social) deu para notar que ele tinha ganhado mais músculos. Seus cabelos estavam, como de costume, bagunçados, e ele ainda tinha aquele sorrisinho torto que, acabei de descobrir, continua me matando.

- Obrigada! Você também. – Lembrei do meu trabalho. – Ai meu Deus! Josh, eu tenho que ir, realmente eu estou muito atrasada.

- Tudo bem, mas onde você esta trabalhando?

- No Jornal Diário.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Jornalista?

Sorri.

- Sim.

- Uau! Parabéns! Foi o que você sempre quis.

- Obrigada! Tenho que ir. A gente se vê, talvez, outro dia.

Preferia que esse dia nunca chegasse. Afinal, ficar perto dele me trazia lembranças de tudo o que a gente viveu, e hoje ele é um homem casado. Ou seja: MANTER DISTANCIA.

Nos despedimos e eu fui quase que correndo ate o Jornal Diário.

Quando entrei no prédio do mesmo dei de cara com a minha chefa, Nicole.

- Bom...Bom dia!

Ela suspirou e olhou no relógio.

- Uma hora e dez minutos atrasada!

- Desculpa! Foi a ressaca.

Ela riu.

- Entendo! Essa eu deixo passar.

- Ah, e antes que eu me esqueça: aqui estão os relatórios. – Disse passando as folhas para ela.

- Ah sim. Obrigada.

Fui para minha sala fazer algumas matérias para o jornal. Fiquei quase uma hora sentada em frente ao computador pensando em alguma matéria, mas a única coisa que vinha na minha cabeça era ele.

Merda!

Por que ele tinha que aparecer de novo na minha vida? Qual o problema em tentar fazer-lo sair da minha vida? Será que isso é tão difícil?

Foi quando bateram na minha porta.

- Senhorita Cooper? – A secretaria abriu um pouco a porta.

- Sim, pode entrar.

- Pediram para te entregar isso. – Ela abriu a porta toda revelando que em suas mãos estava um buquê de rosas brancas, minhas preferidas.

Arqueei uma sobrancelha.

- Para mim?

- Sim.

Levantei-me de minha cadeira e fui ate ela pegando o buquê.

- Aqui tem um cartão. – Ela disse me passando o cartão.

- Obrigada.

Ela saiu da sala me deixando sozinha.

A primeira coisa que fiz foi abrir o cartão e lá estava a letra, perfeita e desenhada, dele.

Amy, Isso pode parecer estranho, afinal são sete anos sem contato, mas quando te vi senti algo diferente, talvez saudade... Queria te ver de novo, poder conversar com mais tempo. Apenas como nos velhos tempos, como amigos! Que tal um jantar? Hoje às 20h no restaurante Casa La Femme*. Pode ser?De qualquer modo vou estar te esperando lá. Beijos. Josh.

Senti uma felicidade enorme ao terminar de ler o cartão. Claro que eu iria, claro que eu...

NÃO! Eu não ia!

Ele está casado! Isso é errado.

Pronto, estava decidida. Eu não ia!

 

***

Era exatamente 19:52 e eu estava pronta para ir ao restaurante encontrar-me com o Josh.

Ok. Eu disse que não ia, mas foi mais forte do que eu.

Entrei no carro e dirigi ate o restaurante

Chegando ao mesmo, desci do carro e dei as chaves ao manobrista e entrei. Passei o olho pelas mesas e o vi sentado em uma.

Caminhei ate ele e quando ele me viu levantou da mesa.

- Oi. Achei que não viria.

- Não podia te deixar aqui plantado.

Ele riu.

- Fico feliz que tenha vindo. – Ele se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto. Voltou-se a mesa e afastou uma cadeira para que eu sentasse.

Sentamos e ele logo chamou um garçom e fez o pedido dele e eu o meu.

- Então, você já está uma mulher. Quantos anos? 24?

- Vinte e cinco. E pelos meus cálculos você está com 29. Certo?

- Certo. E como é trabalhar no Jornal Diário?

- Incrível! Sou suspeita pra falar, esse sempre foi meu sonho. E você? Trabalhando em que?

- Advocacia.

- Jura?

- É.

- Nossa, mas isso é incrível. Você sempre quis.

- Depois que me separei da Alex resolvi vir para Nova Iorque tentar a sorte de advogado aqui.

- Você e a Alex...? – perguntei incrédula

- Ficamos três anos juntos, mas não deu certo. – Ele deu de ombros.

Opa! Uma noticia boa!

Amy, PARA! Pelo amor de Deus! Você não vai voltar com ele.

- E a Suh? Por onde anda? – Ele perguntou.

- Ela ta na Europa. Trabalha com uma das estilistas mais famosas de lá.

- E sua mãe?

- Casou.

Ele riu.

- Isso é bom. Ela precisava de um cara legal pra ela.

- É...

Nos encaramos por um tempo em silencio ate ele quebrar:

- Namorando?

- Não! – Ri nervosa. – Não quero nenhum compromisso por agora. Prefiro me dedicar ao trabalho.

- É uma pena... – Ele disse mais para ele do que para mim.

- O que?

- Nada!

O garçom chegou com o pedido e fomos jantar em silencio, mas um silencio bom.

Quando terminamos, ele pagou a conta. Claro! Ele nunca me deixava pagar pelo menos metade da conta.

Saímos do restaurante e fui me despedir:

- Obrigada pelo jantar. Foi bom conversar com você de novo depois de tanto tempo.

- Vamos dar uma volta?

- O que?

- É, deixa os carros ai. Vamos andar um pouco. Conversar mais...

- Eu não sei. Amanhã eu tenho trabalho e...

- Por favor?! – Ele me interrompeu.

Suspirei.

- Ok.

Começamos a andar pra qualquer lugar.

Conversávamos e riamos como se tivesse apenas dois dias que não nos víamos e como se a gente nunca tivesse brigado.

Estávamos andando lado a lado na calçada quando senti um pingo de água cair em mim.

- Vai chover. Melhor voltarmos.

Comecei a fazer o caminho inverso, rumo ao restaurante novamente quando senti sua mão em volta do meu braço.

- Amy, só queria dizer... Desculpa!

- Desculpa? Pelo o que?

- Pelo modo como te tratei no aeroporto há sete anos.

- A culpa também foi minha. Devia ter acreditado em você e não ter dito nada do que disse.

- Então o que você me disse... Sobre não me amar mais, foi da boca pra fora?

- Josh, não vamos mexer mais no passado.

- Responde. – Ele olhava firme nos meus olhos.

- Eu preciso ir. – Me desvencilhei de sua mão e comecei a andar para longe dele, mas novamente senti sua mão em volta do meu braço.

- Amy, desculpa! Não quero brigar com você de novo.

Suspirei.

- Tudo bem.

- Posso te dar um abraço?

Sorri. Desde quando abraço era uma coisa que se pedia?

- Pode.

Ele se aproximou de mim e passou seus braços pela minha cintura e eu passei os meus pelo seu pescoço.

Senti seu perfume. O meu favorito. Fechei meus olhos e não queria que aquele momento acabasse. Era só eu e ele ali.

Odiava admitir, mas eu ainda o amava. Depois dele me relacionei com outros caras, lógico, mas nenhum foi tão intenso como foi com ele.

Senti os pingos da chuva aumentar.

- Se não corrermos vamos ficar ensopados. – Disse contra seu pescoço.

- Eu não me importo. – Ele sussurrou em meu ouvido e senti ele me apertando mais.

Sorri. Também não me importava a chuva ou mesmo o resfriado que eu ia pegar depois. A única coisa que importava era ele. Era aquele momento com ele.

A chuva caiu de uma vez, mas não nos mexemos nenhum centímetro.

Não sei quanto tempo ficamos assim quando finalmente nos afastamos. A chuva ainda estava forte. Nos olhamos e rimos.

- Fazia tempo que não tomava banho de chuva. – Ele disse sorrindo.

- Eu também. Vamos, vamos voltar para o restaurante e pegar os carros.

- Ah que isso Amy?! – Ele abriu os braços e deu uns dois passos para trás – Vamos ficar mais um pouco e aproveitar. Quando você vai fazer isso de novo?

Revirei os olhos.

- Eu estou indo.

Me virei e comecei a andar, mas o senti me abraçando por trás e sussurrando no meu ouvido:

- Você ta parecendo aquelas velhas chatas!

Nem consegui pensar direito e ele já havia me pegado no colo e começado a girar comigo.

- JOSH!

Riamos como duas crianças.

Ele parou de rodar e me colocou novamente no chão. Nossos rostos ficaram a centímetros um do outro. As respirações mesclando.

Ele colocou suas mãos de cada lado do meu rosto e aproximou mais o seu do meu.

Mordi meu lábio. Eu sabia qual era a intenção dele e eu queria, mas não podia... Ainda era muito cedo.

Dei um passo para trás.

- Acho melhor voltarmos.

Ele suspirou.

- Também acho.

Voltamos ate o restaurante em silencio.

O manobrista nos entregou os carros e nos despedimos com um beijo no rosto.

- Foi bom te ver Amy. A gente pode sair outras vezes como essa, não pode?

Sorri e disse antes de entrar, toda ensopada, no carro:

- Claro!

Fui para casa e chagando lá a primeira coisa que fiz foi tirar as roupas e tomar um banho quente. Depois cai na cama e sonhei... Sonhei com ele.

 

*Esse restaurante realmente existe.


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Notas finais do capítulo

Geentee... o trecho q coloquei no final do ultimo capitulo
"So maybe it's true that I can't live without you
(Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você)
Maybe two is better than one
(Talvez dois seja melhor que um)
There's so much time to figure out the rest of my life
(Existe tanto tempo para descobrir o resto da minha vida)"
É a musica "Two Is Better Than One" do Boys Like Girls com a Taylor Swift.
Se der pra vcs escutarem ta ai: http://www.youtube.com/watch?v=E231TF4CzU0
Vale a pena, é lindaa

Acho q era só isso q eu tinha pra falar!
shuashuhsa

bjoo ;*