Segunda – 8:00
Narração de Amy

- Mãe, me dá uma carona até a escola? Agora de manha o Josh não vai poder me levar.

- Claro filha.

Entramos no carro e ela me deixou na porta da escola.

- Vai voltar com a Suh?

- Não, o Josh vem me buscar.

- Esta bem! Ate a noite.

- Ate! – Nos despedimos e eu entrei na escola.

Caminhei pelo corredor ate chegar ao meu armário.

- CONTA TUDO! – Adivinha quem era?!

- Oi Suh!

- Por que não me ligou? Quer matar sua amiga de curiosidade?

- Desculpa, tive um final de semana cheio!

- Ah, já sei... Passou o final de semana todo com ele.

Sorri lembrando de um dos melhores finais de semana que já tive.

Peguei meus materiais no armário e enquanto caminhávamos para a sala contei tudo para ela, desde sexta feira, na festa, ate ontem. Contei inclusive sobre minha briga com a Ashley e o Michel.

E falando em Ashley...

Entrei na sala e a vi sentada no fundão. De longe deu para ver que o nariz dela ainda estava um pouco roxo. Ela olhou para mim e seu olhar era de ódio. Estremeci lembrando da mensagem do Michel. Balancei a cabeça tentando não pensar muito nisso.

A aula passou lenta e quando o sinal tocou sai quase que correndo da minha sala.

- Dá pra você me esperar? – A Suh pediu caminhando a passos largos ao meu lado. – Isso tudo é para ver o Josh?

Não respondi, apenas a olhei e sorri.

- Meu Deus! Ta amando mesmo! Passou o final de semana todo com o cara e ainda sai correndo para ver ele. Tudo bem, eu entendo... Vocês têm que recuperar o tempo perdido.

Chegamos lá fora e lá estava ele, encostado em seu carro, com seus óculos escuros... Lindo!

- Bom, ate amanha Amy. – Disse a Suh ao meu lado.

- Ate! – Disse ainda olhando para o Josh.

Caminhei a passos largos ate ele.

- Oi. – Levantei um pouco meu pé e lhe dei um selinho.

- Oi linda.

Ele se desencostou da porta do carro e a abriu para mim.

Entrei e logo em seguida ele já estava no banco do motorista. Seguimos ate um restaurante.

Chegamos ao mesmo e sentamos numa mesa e fizemos nosso pedido.

- Então, como foi sua aula hoje? – Ele me perguntou.

- Chata! – Bufei.

Ele riu.

- Não teve nada de interessante não?

- Não, a não ser a Ashley me olhando com cara do tipo: “vou matar você!”, mas fora isso nada de interessante. E como foi sua faculdade?

- Chata também! Você não estava lá comigo. – Ele afagou minha bochecha e se inclinou na mesa beijando minha testa.

Nosso pedido chegou e nós almoçamos.

- Amy, posso te fazer uma pergunta? – Ele perguntou quando estávamos indo para o carro.

- Acabou de fazer uma.

- Engraçadinha. Como você vê o seu casamento?

- O que? – Paramos ao lado do carro.

- É, sei lá... Toda mulher tem um sonho de como vai ser seu casamento.

Ri de sua pergunta.

- Bom, pretendo me casar como uma noiva normal: de branco. A celebração do casamento queria que fosse na praia, de frente para o mar. A festa não seja muito chique, apenas para os mais próximos. E depois do casamento, a lua de mel, seja um dos lugares que é meu sonho conhecer: Veneza ou Roma.

Ele ficou me olhando por um tempo.

- Veneza ou Roma? Não sabia que esses eram um dos lugares que você tem vontade de conhecer.

- E como você imagina seu casamento?

- Tanto faz! Sendo você a noiva.

Ele me puxou pela cintura e me beijou, um beijo lento e apaixonado.

Depois entramos no carro e ele me deixou em casa e foi para o trabalho.

Estar com ele e rir, me divertir e fazer o tempo passar rápido era tão fácil. Ainda me pergunto como eu nunca percebi que ele era o cara que eu tanto amava. Alias, disso eu sabia, só precisava admitir!

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3 meses depois...

Estávamos em novembro, a exatamente um mês do natal. Eu e a Suh estávamos uma pilha, era o nosso ultimo ano na escola e depois vinha a tão sonhada faculdade. Eu faria faculdade de jornalismo, que é o que sempre sonhei, aqui mesmo nos Estados Unidos. Suh disse que faria a faculdade de moda lá na Europa, moraria com uma tia dela.

Nesses três meses eu e Josh não se desgrudávamos. No meu aniversario, mês passado, ele me deu um filhote de Labrador, ao qual eu chamei de Pierry. No começo desse mês viajamos para o Canadá, visitar a mãe e a irmã dele. Ficamos uma semana lá, mas foi o suficiente para eu quase morrer congelada.

Nesses últimos três meses eu via o Michel só de longe, ele sempre ia na escola buscar a Ashley. Acho que o lance entre os dois era serio. Eles se mereciam, os dois eram lixo!

E sobre a mensagem que ele havia me mandado me ameaçando? Nada! Ele nunca fez nada. Acho que era mesmo apenas para me assustar. Nem o Josh nem a Suh ficaram sabendo dessa mensagem e por mim nunca vão saber...

Era umas cinco da tarde e eu estava em uma loja com a Suh escolhendo um vestido para o baile de formatura.

- Esse ta legal, Amy? – Ela me perguntou enquanto saia do vestiário e dava uma voltinha.

- Suh, esse já é o sexto vestido que você veste e vai ser a sexta vez que vou falar: ta perfeito!

- Ai Amy! Eu preciso ficar linda! Não que eu não seja...

Revirei os olhos enquanto me levantava e caminhava para fora da loja.

- Ei...Onde você vai? – Ela me perguntou.

- Respirar! Se não essa noite vou ter pesadelos com vestidos.

- Aposta que vai encontrar o Josh!

Sorri. Ela me conhecia muito bem mesmo.

Estava já do lado de fora da loja quando senti alguém me abraçar por trás e dizer no meu ouvido:

- Não se mexa! Isso é um seqüestro.

- Ah droga! E como eu faço para pagar o resgate?

- Me dando um beijo.

Ele me virou para ele e segurou minha cintura, colando nossos corpos e me dando um beijo de tirar o fôlego.

- Aqui não é lugar para isso! – Ouvi a Suh.

Nos separamos ofegantes.

- Oi Suh. – Josh disse.

- Escolheu o vestido? – Perguntei.

- Ah escolhi sim! Fiquei com aquele segundo.

- Ah claro! Ele é lindo! – Disse.

Tudo bem que eu não fazia a mínima idéia qual vestido era, ela já tinha vestido tantos que eu nem lembrava qual era o segundo.

Depois fomos tomar sorvete.

Ficamos algum tempo sentados na sorveteria conversando ate começar a escurecer.

Josh levou a Suh em casa e depois me levou.

Paramos em frente a minha porta.

- Te busco amanha na escola.

- Claro.

Nos despedimos e eu entrei em casa.

Quinta – 13:10
Narração de Amy

A aula havia acabado de terminar e eu e Suh fomos ate meu armário guardar alguns livros.

Estávamos conversando e rindo quando ouvi aquela voz nojenta dizer meu nome:

- Amy... Isso é para você.

Ashley me estendeu um envelope, de carta, branco.

- O que é isso?

- Sei lá! Só pediram para eu te entregar. – Ela me olhou seria e ainda como envelope estendido para mim.

Peguei o mesmo da mão dela.

- Quem pediu para me entregar isso?

- Seu namoradinho.

- O Josh?

- E você tem outro?

- Por que ele pediria para você me entregar alguma coisa? – A olhei desconfiada.

Ela revirou os olhos.

- Eu estava lá fora e ele perguntou se você estava saindo, falei que não sabia e pouco me importava e ele pediu para eu te entregar isso e que era importante. Meu bem, por que você não vai tirar satisfação com ele? Ele está lá fora ainda... Tenho mais o que fazer!

E saiu da minha frente reclamando.

Olhei para Suh.

- Abre! – Ela disse.

Abri o envelope e tinha uma carta, como previsto. Comecei a ler.

Minhas pernas de repente fraquejaram e eu senti uma tontura. Meus olhos arderam por conta das lagrimas. Eu não acreditava no que lia. Não podia ser, mas era! Era a letra dele com a assinatura dele.

- Amy, o que houve? Por que esta chorando? O que diz ai? – Ela pegou a carta da minha mão e leu. – Isso pode ser só uma brincadeira! Não acredita nisso.

- Suzannah, é a letra dele! É a assinatura dele. Eu conheço a letra dele, eu conheço! – Comecei a desabar em choro. Por que ele faria isso comigo? – Suh, me leva para casa?

Ela assentiu com a cabeça.

Quando chegamos lá fora vi o Josh encostado no carro e sorrindo para mim. Me soltei dos braços da Suh, que me seguravam, e caminhei ate ele a passos firmes.

- Oi amor! Estava chorando?

Amor? Senti nojo de suas palavras. A primeira coisa que fiz foi bater em seu rosto. As pessoas em volta pararam para olhar, por causa do barulho que fez.

- Ficou maluca? – Ele perguntou alarmado.

- MALUCA? AGORA EU QUE SOU MALUCA?

- Do que você ta falando garota?

- Não se faça de sínico, Josh! Você sabe muito bem do que estou falando.

- Não eu não sei!

- Ah não? Então me deixa refrescar sua memória. – Peguei o papel que estava em meu bolso e joguei em cima dele, ele não o leu, apena o segurou. Claro! Ele já sabia o que estava escrito no papel. – Eu te odeio Josh! Te odeio! Pensei que fosse diferente, mas é igual a todos!

- Amy... – Ele fez menção de segurar meu rosto, mas bati em sua mão fazendo a abaixar.

- NÃO ME TOCA! Eu tenho nojo de você!

- Amy, chega! Vamos embora! – Ouvi a Suh dizer e segurar meu braço me puxando para longe dele.

Ela me levou ate em casa. Eu simplesmente não conseguia parar de chorar.

- Quer que eu fique aqui com você?

- Não. Quero ficar sozinha.

- Tudo bem! Qualquer coisa me liga.

Desci do carro e entrei em casa.

Narração de Josh

Minha aula na faculdade havia acabado. Peguei o carro e comecei a dirigir para o colégio da Amy. Não sabia por que, mas algo me dizia que aconteceria alguma coisa.

Estacionei onde tinha costume e desci do carro, me encostando no mesmo.

Amy demorou a sair um pouco mais do que de costume.

Quando ela apareceu na porta e me viu, ela fechou a cara e veio a passos firmes na minha direção. E ela estava... Chorando?

- Oi amor! Estava chorando?

Ela não respondeu nada, apenas senti o tapa em meu rosto. Droga! Por que ela sempre tinha essa mania de bater no rosto?

- Ficou maluca?

- MALUCA? AGORA EU QUE SOU MALUCA?

- Do que você ta falando garota?

- Não se faça de sínico, Josh! Você sabe muito bem do que estou falando.

- Não eu não sei! – Por acaso deram bebida alcoólica pra ela?

- Ah não? Então me deixa refrescar sua memória. – Ela pegou algo no bolso de sua calça e jogou em cima de mim. Era um papel, não li. Não me interessava o que era aquilo. – Eu te odeio Josh! Te odeio! Pensei que fosse diferente, mas é igual a todos!

- Amy... – Fiz menção de segurar seu rosto, mas bati ela bateu em minha mão, me fazendo abaixá-la. Por que ela estava assim? O que eu fiz?

- NÃO ME TOCA! Eu tenho nojo de você! – Ela praticamente cuspiu as palavras em mim.

- Amy, chega! Vamos embora! – Ouvi a Suh dizer a ela e a puxar para longe de mim.

Senti meus olhos úmidos. Olhei para o papel em minha mão. Tinha algo a ver com esse papel?

O desamassei e o abri. Lá dizia:

Querida Amy,
Eu disse alguma vez que te amava? Claro que eu disse! E você acreditou? Claro que acreditou! Tão inocente! Acreditou mesmo que eu amaria de verdade uma adolescentezinha enquanto eu posso ter uma mulher de verdade na minha cama? Foi bom ter você para me distrair esses tempos e poder te comer a hora que eu bem quisesse. Mas sabe... Você tem que confessar: eu sou bom no teatro! Estou ate pensando em largar o direito e ir para o teatro. Mas enfim, só queria te dizer que me cansei de brincar com você... Sabe como é, a gente cresce e os brinquedos mudam...
Beijo, Josh.

Mas que porra era essa? NUNCA que eu escreveria uma carta dizendo isso para ninguém, muito menos para a Amy. E o pior: era a minha letra e a minha assinatura muito bem escritas!

Mas a Amy preferiu acreditar em uma carta? E nem esperou eu falar nada! Mas o que mais me doeu não foi ela preferir uma carta idiota, mas sim o que ela me disse.

Mas tinha que falar com ela. Tinha que fazê-la acreditar em mim.

Narração de Amy

Hoje minha mãe não tinha ido trabalhar então ela estava em casa e assim que adentrei a mesma e a vi cai em choro, de novo.

Ela correu ate mim e me abraçou.

- Ei filha, calma! O que aconteceu?

Ela me levou ate o sofá e me sentou.

Contei tudo para ela. Da carta e da minha briga com ele.

- Ele só quis me usar! – Eu disse monótona olhando para o nada.

- Oh filha... Eu sinto muito.

Ela me deu um abraço afagando minhas costas.

A campainha tocou e ela se levantou.

- Pode deixar que eu atendo.

Ela foi ate a porta e a abriu. Ouvi a voz dele e me fez tremer.

- Srª Cooper, eu preciso falar com a Amy.

- Desculpa Josh, mas acho que ela não quer falar com você.

- Por favor, eu...

- Josh, eu gosto muito de você, mas por favor, não força!

Me levantei do sofá e caminhei ate a porta, fiquei atrás de minha mãe.

- Tudo bem mãe, eu falo com ele!

Minha mãe se afastou da porta, mas não saiu da sala.

- O que quer? – Perguntei seca.

- Amy, não fui eu que escrevi a carta! – Ele deu alguns passos em minha direção e tentou segurar meu rosto.

- Não me toca! – Dei um passo para trás. – Veio aqui para falar que não foi você que escreveu a carta? Sendo que tem sua letra e sua assinatura nela... Que foi? Quer continuar com seu “brinquedinho aqui?

- Amy... Não fui eu quem escreveu! Acredita em mim. Você me conhece...

- Sinceramente?! Acho que eu não te conheço, Josh! – Suspirei. O que eu ia dizer agora ia doer, mas eu tinha que dizer. – Eu não te amo mais, não depois dessa! Por favor, vai embora e me esquece.

Ele me olhou com uma expressão dura.

- Não me ama? Tudo bem, Amy... Não posso dizer que não te amo, porque não sei fingir. Eu vou embora, mas saiba que aqui dentro de mim eu vou estar te matando, porque se eu não fizer isso quem vai morrer sou eu.

Ele virou as costas e saiu batendo a porta em um baque.

Senti meus joelhos fraquejarem e se não fosse minha mãe, teria caído.

- Shii... Tudo bem filha. Mamãe esta aqui!

***

Uma semana se passou, e parecia que tinha sido a mais lenta de todos os tempos. Para todos os lados que eu olhava eu via o Josh. Sentia falta do seu abraço, do seu cheiro, dos seus beijos...

Eu havia acabado de chegar, junto com a Suh, à escola, que por acaso estava uma zona por causa da organização do baile de formatura.

Estávamos indo para sala de aula e eu parecia uma múmia andando.

- Amy, preciso falar com você. – A Ashley apareceu na minha frente.

- Agora não, Ashley! Ela não esta em uma boa hora. – A Suh disse.

- Não importa! É importante e acho que interessa a você! É sobre seu namoradinho... Ou melhor, ex-namoradinho. Estou no fundo da escola.

Ela me deu as costas.

- Eu vou atrás dela. – Eu disse já indo para os fundos da escola quando a Suh segurou meu braço.

- Ficou maluca? Você já bateu nela. Ela pode estar armando pra você.

- Ou não! Ela disse que é sobre o Josh. Eu tenho que ir!

- Então eu vou com você!

Fomos ate os fundos e chegando lá, a Ashley estava e o Michel também.

- Não sabia que isso era uma festa! Eu queria só a Amy aqui. – Ele disse.

- Vai pro inferno! – Foi a única coisa que a Suh disse.

- Nossa! Garotinha estressada.

- O que quer? – Perguntei seca.

- O que eu quero? Huum... Vejamos: “Eu disse alguma vez que te amava? Claro que eu disse! E você acreditou? Claro que acreditou! Tão inocente!” – Ele deu uma pausa. Como ele sabia desse trecho da carta? – Realmente Amy, como você é inocente!

- Como você...?

- Precisei de apenas três meses para ir treinando a letra e a assinatura. Eu trabalho com ele, foi fácil ver a letra e a assinatura dele, já que todo papel que ele assinava ou escrevia tinha que passar por mim. E olha: nunca pensei que ficaria tão perfeita. Ate você acreditou! Eu disse que você ainda ia me pagar!

- SEU IDIOTA! – Tentei ir para cima dele, mas a Suh me segurou. – EU TE ODEIO! VOCÊ É UM MONSTRO!

- Nossa! Não vou nem dormir hoje com essa declaração. E se você quer falar com ele é melhor correr, porque o vôo dele sai em uma hora.

- Vôo? – Perguntei um pouco mais calma.

- É, vocês realmente não estavam se falando. – Ele disse mais para ele do que para mim. – Ele esta se mudando para o Canadá.

- Melhor se apressar. – Ele e a Ashley deram as costas e foram embora.

- Amy, eu te levo ate o aeroporto. – A Suh disse já me puxando para o estacionamento da escola.

O aeroporto nunca pareceu tão longe. Parecia nunca chegar.

Burra! Burra!

Como eu não me lembrei da ameaça dele?! Claro! E eu ia saber que três meses depois é que ele ia resolver aprontar.

Quarenta minutos depois chegamos ao aeroporto.

Quando entramos no saguão do mesmo ouvi: “O vôo com destino a Canadá sairá em quinze minutos. Queiram, por favor, se dirigir ao salão de embarque.”

- Amy, ali ele! – A Suh me disse apontando para algum lugar.

Acompanhei sei dedo e vi Josh se dirigindo ao salão de embarque.

- Josh! Josh! – Comecei a correr afastando umas pessoas do meu caminho.

Finalmente consegui chegar ate ele e segurei seu braço.

- Josh?!

Ele se virou.

- Amy?

- Josh, me desculpa! Eu sou uma burra, devia ter te ouvido e acreditado em você! Me perdoa! Eu te amo!

Joguei os braços em volta de sua cintura e me apertei a ele. Senti suas mãos em meus ombros e me afastando dele. Olhei para ele confusa e ele me olhava sem expressão.

- Eu vou me casar!

- O que? – Foi a única coisa que consegui dizer.

- Eu vou me casar... Com a Alex.

- Mas...?

- No dia que brigamos fui ate a casa dela, precisava falar com alguém, desabafar. Contei para ela tudo e ela me disse que apesar de eu ser mais novo, ela gostava de mim e gostava muito. No impulso, pedi ela em casamento... Pedi sem pensar! Mas pelo menos assim eu sei que vou te esquecer!

- Não Josh! Não! Volta pra mim?!

- Não Amy! Você duvidou de mim. O que eu fico mais chateado não foi você preferir uma carta do que eu, mas sim as palavras que você me disse. Me machucaram! Você devia ter pensado antes de falar.

- Eu te amo! – Novamente me agarrei a sua cintura.

Ele tirou meus braços de sua cintura de uma forma nada delicada.

- Não torne as coisas mais difíceis!

Então ele simplesmente me deu as costas entrando no salão de embarque e levando meu coração junto.

Minha vida agora sim havia acabado. O cara da minha vida foi embora para sempre e o pior: noivo.

Senti a Suh me abraçar. Me agarrei mais a ela e chorei como nunca havia chorado. Era uma dor sem explicação.

Agora eu tinha um buraco no meu peito que somente o tempo, ou talvez nem ele, pudesse curar.

So maybe it's true that I can't live without you
(Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você)
Maybe two is better than one
(Talvez dois seja melhor que um)
There's so much time to figure out the rest of my life
(Existe tanto tempo para descobrir o resto da minha vida)