A Torre de Babel escrita por Bacon


Capítulo 6
V


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁÁ, PESSOAS QUERIDAS ♥
Tô (muito) atrasada, né? É, eu sei.
Em minha defesa, o começo do ano foi simplesmente LOUCO pra mim, mas pelo menos de uma forma boa. Houve o Bat Mmitzvah da minha irmã (que foi lindo, por sinal), uma correria nas aulas e provas (e eu estou indo bem de notas, então é tudo por uma boa causa :'D), mUITA vida social acontecendo, mas... Sinceramente, não tenho nada a reclamar. É claro que tive altos e baixos, e eu admito que dei uma pequena desanimada pra história, but that's how life works. Enfim, indo ao que realmente interessa, eu espero que agora eu consiga atualizar com uma demora menor :B As provas estão voltando, mas eu estou realmente pegando o ritmo e me organizando, então está tudo correndo bem ♥

Enfim, Beico, chega de falar.

Quer dizer, eu ainda tô a fim de falar mais, mas *cof* Por favor, leiam as notas finais ♥

E é claro que eu não poderia me esquecer dos lindos dos Ciso Dominik Mey, Miss Brightside, Cravina e O Comediante que favoritaram a fic!! Muitíssimo obrigada ♥

ok.
cHEGA.

Boa leitura! ♥

(Btw, recomendo que quem não lembra direito do que está acontecendo releia pelo menos o final do cap IV, porque o começo desse capítulo pode ficar meio confuso/aparentemente sem sentido c':)



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Ela pensou que fosse morrer.

Estava tudo acontecendo outra vez. Toda a dor, o medo, o terror, a dor, a dor, o ardor! Anya estava de volta àquela noite. De volta à noite em que tudo deu errado, a noite em que os pais não responderam seus gritos, a noite em que aquele monstro horrendo viera por ela e cravara aquele ferrão horrível em seu corpo. E o ferrão lhe dilacerara a carne, e doía, doía, doía tanto! Anya sentia as facas destruindo-a, rasgando suas entranhas como que por diversão das mãos invisíveis.

Ela não conseguia respirar, não conseguia gritar, não conseguia ver. Mas conseguia sentir. Podia sentir as garras que lhe estrangulavam, sentir as agulhas sobre as quais se deitava, o calor que seu corpo irrdiava, queimando a si mesmo. O mundo tornara-se uma vastidão de dor, a mais terrível e aguda dor.

Era tudo como da última vez, tudo mais uma vez, de novo, de novo, De novo não!

Anya sentia como se dardos tivessem sido cravados em seus olhos, empurrando-os para dentro das órbitas, ao mesmo tempo em que eram puxados para fora do crânio, nervo por nervo, fibra por fibra. Seus braços retorciam-se sob seu corpo, os ombros tensos, arqueados para trás em conjunto com sua coluna, para cima. Com um pouco mais de força, Anya tinha certeza de que quebraria a própria mandíbula, tão forte apertava os dentes uns contra os outros. Suas pernas se esticavam e dobravam, chutando seus arredores e a si mesma involuntariamente. Ela não conseguia controlar os movimentos do próprio corpo.

Mas isso era, ah!, era tão pouco em comparação a um ponto em especial de seu corpo. A ferida. Sua ferida aberta e pulsante, que fazia escorrer sangue e veneno por sua pele. Aquela dor era indescritivelmente pior. Tão pior, tão terrível, horrível, horrível, horrível horrível horrív—

Anya! — rugiu um demônio.

Oh, não, eles estavam atrás dela. Não, não, não! Vieram para pegá-la. Onde estavam seus pais? Onde estavam, onde estavam? Eles a deveriam ter vindo salvar, deveriam tê-la levado embora! Mas eles a abandonaram. Deixaram-na para trás. Esqueceram-se dela, trocaram-na por uma vida tranquila, longe dos monstros, sem ter alguém a proteger. Anya estava só. Estava sozinha na escuridão, apenas ela e a dor. Ela e o vermelho. Ela e o veneno.

Era apenas Anya trancafiada dentro de seu próprio corpo em agonia.

Anya! — rosnou o monstro mais uma vez, e mãos em fogo a sacudiram pelos ombros.

Tudo o que Anya lhe deu em resposta foram seus ganidos estrangulados, sua tentativa falha de gritar.

Os demônios a cercavam. Ela podia ouvi-los se aproximando, rugindo entre si. Estão planejando como me matar. Se assim fosse, então pelo menos tudo acabaria enquanto ela olhava as estrelas. Porque pelo menos elas, as estrelas, estariam junto de Anya até o final.

Não.

Quando Anya finalmente conseguiu as forças para abrir os olhos, o que ela viu foi a escuridão lá em cima. Ela viu as paredes que se estendiam infinitamente até lá no alto e a negritude que as engolhia, assim como engoliria Anya também, logo, logo. Mas, pior do que a escuridão, eram os olhos horrendos que a encaravam. Os olhos mortos, castanhos, tão, tão, horrorosos...

— Você não pode desistir! — gritou o demônio que a encarava de cima, com as mãos de fogo apertadas ao redor dos ombros dela, queimando, queimando, queimando. — Está me ouvindo?! — O demônio a sacudiu; Anya bateu a trás de sua cabeça no chão e se engasgou com os próprios gritos. — Não desiste! Não desiste!

Anya não sabia o que aquilo significava. Não queria saber. Ela só queria que o monstro a deixasse em paz, que aquelas mãos que faziam sua pele arder tanto fossem embora. Mas ela não podia falar isso para o monstro. E ele não iria embora...

— Para! Não desiste! Fica!

Havia mais demônios além do fogo. Tantos e tantos mais... Ela podia ouvi-los, podia cheirar o odor fétido que emanavam. Anya não queria mais aquilo. Não aguentava mais! Ela queria ir embora, queria sua casa, seus pais, mas sabia que não teria nada. Nada, nada, não teria nada! Só havia um jeito de se livrar daquilo. Ela teria que... Anya deveria... Ela queria...

Uma faca se chocou contra sua ferida, enviando ondas e mais ondas de dor para cada centímetro de seu corpo. Ao mesmo tempo, cobras enrolaram-se ao redor de seu pescoço, sufocando-a, estrangulando-a.

— Vai tudo ficar pior! — gritou o demônio. Só então Anya percebeu que estava de volta à escuridão, com as vozes ecoando pelas trevas. — Se você desistir, não vai acabar! — O fogo intensificou-se ao redor de seus ombros. — Não desista, Anya!

Para, para, para, para! Por que tudo aquilo estava acontecendo? Por que justo com ela?Anya não fizera nada de errado! Nada; durante toda a sua vida ela obedecera os pais, amara-os com todo o seu coração. Tudo o que ela sempre desejou fora apenas a felicidade. Felicidade, tranquilidade, apenas isso. Ela lembrava-se de seu feitiço, aquele que deveria ter feito as coisas ficarem boas, pelo menos uma vez. Mas o que ela jogara sobre si mesma não fora uma bênção. Fora uma maldição.

As cobras a soltaram e, ao mesmo tempo que o ar enchia-lhe os pulmões novamente, enchia-lhe a mente um sentimento de raiva. Raiva, ódio, sentimentos que Anya nunca antes tivera em relação a ninguém. Mas o que agora ela sentia era tão forte, tão poderoso. Não deixaria que a maldição acabasse com ela. Não, Anya poderia sofrer, agonizar, mas ela lutaria.

Aquilo não iria acabar com ela. Não iria.

E, de repente, o nada engoliu todo o seu ser.

***

Anya não sabia mais onde estava. Seus olhos estavam abertos, mas ela não via nada. Não conseguia mexer o próprio corpo, mas não estava nem deitada, nem sentada, nem em pé. Também não era como se estivesse flutuando. Talvez ela nem mesmo tivesse um corpo; não conseguia senti-lo. Ela era apenas um nada em meio a mais nada.

Sons abafados pulsavam em seus ouvidos. Se assemelhavam a gritos de várias criaturas, em diferentes alturas e tons. Anya não entendia nada do que os sons poderiam significar, mas, também, sua atenção estava presa em outra coisa.

Um rosnado.

Este era nítido, um som limpo que fazia seu corpo — ou melhor, seu ser — todo vibrar. Parecia estar chegando perto, mas ela não tinha certeza. O som parecia vir de todos os lugares. Mas aquele era o Nada. Teria o som um lugar de onde vir?

O rosnado estava se aproximando cada vez mais e mais. Anya tentava assegurar a si mesma de que ela não precisava sentir medo. Ela era um nada, certo? Não poderiam atacá-la se não tivessem o que atacar.

Mas algo lhe dizia que, sim, ela deveria ter medo. Muito medo. E esse algo era o que realmente a estava convencendo.

Foi então que dois olhos brilharam no nada. Dois olhos mortos, vazios. Anya sabia muito bem o que era aquilo. Agora, reconhecia muito bem aquele rosnado. E conseguia distinguir muito bem a silhueta que se formava nas trevas. Eu sou nada, eu sou nada, eu sou nada!, gritava ela em sua própria mente, desejando que, de alguma forma, seus pensamentos atingissem o monstro. Vá embora! Eu sou nada! Vá embora!

Mas o demônio avançava mais e mais, lentamente. Era tortura. Anya sentia que a criatura sabia muito bem disso, ondulando sua cauda longa adornada por um ferrão de um lado para o outro.

De repente, ele atacou.

A última coisa que Anya viu foram as riscas cor de sangue de seus olhos, queimando, borbulhando dentro das próprias orbes brancas. Sua ferida logo abaixo das costelas explodiu em chamas por um agonizante momento e, no outro, Anya estava arquejando, puxando para dentro de seus pulmões todo o ar que conseguia enquanto uma luz amarela machucava seus olhos sensíveis.

Suas costas curvaram-se dolorosamente para cima, num reflexo. Porém, quando não havia mais espaço em seus pulmões, Anya virou-se e se apoiou nas mãos, tossindo agressivamente contra o chão. O pó que subia do solo ao ser atingido pelas ondas de ar apenas intensificou sua crise. Seu estômago começou a dar voltas e seus músculos do abdômen, a se contrair. Entretanto, não havia nada para ser expelido de seu sistema, e tudo o que foi despejado no chão foi uma misturia amarga de saliva e suco gástrico.

Então, Anya voltou a si. Caiu, sem mais força alguma, de costas no chão — mas realizando o último esforço de jogar-se para longe da sujeira. Ela ofegava, observando o interior amarelados de suas pálpebras fechadas. Ela conseguira. Vencera o monstro. Estava de volta ao mundo dos vivos.

— Ei — chamou uma voz suave, acompanhada pelo toque gentil de pétalas de flores. — Como está se sentindo?

Quando tentou falar, sua garganta formulou apenas ganidos até que ela tossisse novamente. Com medo de vomitar outra vez, Anya se calou, concentrando-se apenas em regular sua respiração.

— Vai pegar água — ordenou a voz, agora firme e quase ameaçadora, e Anya apenas torceu para que a ordem não fosse direcionada a ela. Se realmente fosse, não a obedeceria. Não queria e, de qualquer forma, não tinha forças.

Mas o som de passos lhe disse que a ordem era para outra pessoa. Anya ouviu enquanto dois pés se afastavam dela, correndo pelo chão de terra arenosa até que sumissem. Era algo gostoso de se ouvir. Principalmente enquanto o toque suave das flores lhe acariciava os cabelos. Pouquíssimo tempo depois, o som voltou, assustando-a; ela já estava quase caindo no sono novamente, tão fraca estava.

Assim que os pés pararam, bem ao lado de seu ouvido, as pétalas de flor se distanciaram de seus cabelos e puxaram um de seus braços; Anya percebeu que eram duas flores, uma segurando seu braço e outra dando-lhe apoio nas costas enquanto ela se sentava. Ela quis agradecer as flores, mas mal conseguia abrir os olhos, imagine falar alguma coisa...

— Abra a boca — pediu a voz, e Anya abriu a boca.

Algo áspero e desagradável tocou seus lábios, mas, antes que ela pudesse reclamar, sentiu o frescor delicioso da água. Ela bebeu avidamente, quase se engasgando por um momento, aproveitando a sensação gelada que lhe dava ao descer pelo peito, apesar de a água não estar exatamente fria.

Só parou quando não havia mais o que beber, soltando um suspiro contentado. Sentia-se bem mais forte agora. Assim, Anya decidiu que já estava na hora de abrir os olhos — chega do mundo feito só de sons e toques.

A primeira coisa que ela viu foi uma figura um pouco embaçada de uma pessoa logo a sua frente. Assim que a imagem ia tomando foco, Anya viu o cabelo castanho caindo no rosto, as sobrancelhas grossas, as sardas no nariz. Chiara. Ela usava uma expressão que aparentava um misto de preocupação e irritação, encarando a mais nova com os olhos semicerrados, atentos.

Ela está... cuidando de mim, Anya concluiu. A Chiara gosta de mim! Era um pensamento presunçoso, porém Anya não pôde evitá-lo. Era certo que conhecia Chiara havia pouco tempo, mas nesse pouquíssimo tempo Anya sentia como se Chiara a odiasse por anos. Era muito estranho. Anya não entendia. Agora, porém, Chiara parecia uma outra pessoa com aquela ruga de preocupação entre as sobrancelhas e os lábios apertados. Anya achou-a ainda mais bonita.

Sorriu.

— Oi.

Mas os lábios de Chiara curvaram-se numa direção completamente aposta a de um sorriso.

— Não me venha com "oi"! — exclamou, bufando. O sorriso de Anya caiu. — Você quase morreu! — Chiara virou o rosto, encarando alguém que, ao contrário dela, estava em pé. Esticou o braço em direção a Anya com uma expressão indignada.

Anya ouviu um suspiro atrás de si, e um par de mãos suavemente puxou-a pelos ombros, fazendo com que se deitasse novamente. Ela percebeu, então, que embaixo dela havia uma cama improvisada, feita de inúmeros trapos coloridos de roupas; o montinho de Shuan.

— Dorme — pediu a voz fina de Shuan, pesada com o sotaque. — Descansa.

Anya fez como lhe fora pedido. Ela estava cansada, confusa. Começara a se perguntar se era possível que existissem duas Chiaras. Ela era tão... tão... Anya não conseguia nem pensar direito! Aquilo a entristecia tanto quanto a deixava com raiva. Se Chiara a odiava tanto, se a tratava tão mal, por que estava cuidando dela? Anya não entendia. Não entendia, não entendia!

Estava quase achando que não seria capaz de dormir como Shuan pedira. Tudo o que Anya pensava era sobre como não sabia de nada. Nada. E quando as vozes ao seu redor começaram a se tornar abafadas, distantes, ela percebeu que todos iriam embora se ela continuasse assim.

Burra.

Inútil.

Porque ela não sabia nada.

E, não sabendo de nada, ela voltou às trevas. Dessa vez, sozinha. De volta ao nada que ela não sabia.

***

Ela nunca poderia dizer quanto tempo havia se passado. Vira Shuan ir dormir quatro vezes antes de perder a conta, e talvez mais uma ou duas — três? — vezes depois disso. Anya poderia dizer, entretanto, que durante todo esse tempo, ela só era capaz de sentir-se imensuravelmente cansada. Sentar-se era um esforço por si só; levantar não era nem mesmo uma opção. Por dias, Shuan tivera a bondade de tomar conta de Anya, trazendo-lhe comida e água quando necessário e ajudando-a a comer.

Chiara também aparecia às vezes. Ou melhor, bastante. Era ela quem olhava e lavava a ferida de Anya todas as tardes — ou, pelo menos, no período em que Anya considerava ser de tarde. Chiara sempre traria um balde tosco cheio d'água, levantaria o suéter vermelho de Anya sem nenhum pudor ou delicadeza e começaria a lavar sua barriga e costas. Ela nunca anunciava sua chegada ou a cumprimentava; só aparecia e fazia o que tinha que fazer. Anya já fora pega de surpresa várias vezes quando estivera dormindo.

Mas em momento algum ela reclamara. Quando Chiara terminava de esfregar sua pele sã e ia para o machucado nojento, a mais velha sempre roubava um trapo da pilha enquanto Shuan não olhava, molhava-o e o usava-o para limpar o sangue e sujeira acumulados na carne exposta. Sempre ardia com as primeiras gotas d'água, mas Chiara tomava tamanho cuidado, usava-se de tamanha gentileza, que Anya nunca teve coragem de dar um pio em desconforto. Ao contrário, ela sempre murmurava um "Obrigada" quando Chiara terminava de abaixar seu suéter, apesar de nunca obter resposta.

A ferida doía bastante. Como se quisesse "compensar" pelo primeiro dia, aquele em que Anya não sentira absolutamente nada, o machucado passara a doer e sangrar constantemente. Era horrível. Por vezes ela tivera de morder a própria mão para imperdir-se de gritar ou mesmo para distrair-se da dor com uma mais leve. Não era raro que Anya começasse a chorar, e ela se envergonhava por isso. Quando as lágrimas escorriam, ela fazia de tudo para escondê-las, mas conter os soluços era mais difícil. Anya já estava cansada de ver os olhares de reprovação de Chiara, Shuan e de algumas crianças que passavam por ela eventualmente. Mas, nessas ocasiões, ninguém nunca a repreendera. Anya imaginou se, talvez, eles entendessem que ela estava sofrendo, com dor. Talvez eles entendessem que, se estivessem no lugar dela, chorariam também. Pensar assim era reconfortante, um pouquinho.

Hoje era mais um dia monótono, improdutivo, doloroso. Anya estava deitada sobre a pilha, como sempre, e Chiara a estava limpando. Mas algo mudou, subitamente. Substituindo o murmurinho habitual do pátio, conjunto de inúmeras vozes falando ao mesmo tempo, o som de passos sincronizados, como que numa marcha, começou a tomar conta do local. As crianças começaram a se calar, pouco a pouco. Chiara também percebeu e, após um arquejo, deixou o pano úmido de lado, puxando de leve o braço de Anya.

— Levanta — ela sussurrou, ainda puxando. — É melhor você vê-los.

Sem a disposição necessária para contestar, Anya deixou-se ser levantada e sentou-se, olhando em direção ao som dos passos. Após um momento de tontura, seus olhos focaram-se no conjunto de pessoas que avançava pelo pátio, lenta e ritmicamente. E seu queixo caiu.

Eram jovens. Não crianças como ela, Shuan ou Chiara, mas jovens, entre o que Anya julgaria dezesseis e dezenove anos. Todos andavam com a postura ereta e olhares distantes, as roupas estranhamente em bom estado — não os trapos que as crianças do pátio vestiam. Seus rostos eram sérios; suas expressões, vazias. Estavam também em boa forma, não o magro esquelético dos mais novos. Pareciam um enorme monstro com dezenas de pernas, sempre direita e esquerda, direita e esquerda... Algumas meninas e meninos esticavam o pescoço, girando as cabeças em ângulos impossíveis para que pudessem observar tudo e todos a seu redor.

Foi então que Anya viu.

Seus olhos. Todo e cada um deles, de todos os jovens: um vazio, branco destruído por horrendos rios vermelhos. Mexiam-se incasavelmente nas órbitas, como insetos.

Anya não teve coragem de perguntar o que eram aquelas criaturas.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Esssspero que sim qwwq ♥

Welp, eu sei que tô sem moral pra pedir comments, mas........... Foi meu aniversário, sabe. Em fevereiro, mas foi. Será que eu ainda posso pedir como presente atrasado? ASGFDHVCBDSA ♥

*suspira* Welp, eu tagarelei um monte nas notas iniciais e agora esqueci completamente o que falar SGDFVHCDNSA Ah, sim, eu confesso que me enrolei um pouco nesse final, massssss foi o melhor que consegui :'3

Oh, e eu criei um twitter pra ficar desabafando sobre a minha sofrência (//apanha) com as minhas fics 8'D Quem quiser seguir, é @DonaBeico e a hashtag é #Babeli (apelido fofo, né? ♥). Não é nem por divulgação nem nada que eu tô falando, é mais pra vocês terem noção do porquê de tanta demora mesmo SDYHGCJDBXSNA (Gente, eu sou demorada assim mesmo. É defeito meu. I'm sorry. Srsly.) Aliás, cês podem me cobrar, viu, porque às vezes eu fico empurrando com a barriga e nada qqqq

Ah, e pra quem estava me perguntando sobre as crianças mais velhas.... TAN TARARAN! (Não sei se eu prometi no cap V ou VI, mas já tá aí ♥)

Acho que é só isso mesmo. Me desculpem pela demora e até o próximo cap! :D *cofcof* preparem esses corações *cofcof*






(P.S.: deixa eu dar um rage básico aqui. Uns três meses atrás, lá pelo fim de fevereiro/começo de março, eu estava lá, linda, feliz e saltitante, escrevendo,quando... o computador sIMPLESMENTE BUGA E ME APAGA TUDO. TUDO. T U D I N H O. E O CAPÍTULO TAVA, TIPO, 90% PRONTO.
E LINDO.
ARRRRRRRRRRRRGH!
foi horrível
eu chorei pakas
principalmente porque aquela não foi a primeira vez SGDHCHJSDB [pra quem acompanhava Os Olhos do Demônio, foi isso o que aconteceu e até agora eu não tive o saco de voltar, yeah]
mAS SABE O LADO BOM?
ESSE CAPÍTULO FICOU A I N D A M E L H O R. ♥♥♥ Modéstia à parte, essa primeira metade do cap ficou 10/10. Até minha irmã gostou SYGDHVBCSDN



.......... só espero que tenha ficado bom mesmo q)



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