No Limite do Amor escrita por J N Taylor


Capítulo 6
Capítulo 6 - Fogo




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Ethan e Eric entraram no teatro e se sentaram em um banco do segundo nível, ao lado de Melissa, Helena e dos pais dela. Ele deu uma leve cotovelada no amigo.

–Por quanto tempo devemos esperar, Eric?

–Não sei, Ethan. - ele sussurrou em resposta.

–Então, esperemos.

A ópera começou. Ethan não prestou atenção, olhava para todos os lados esperando por qualquer sinal de ameaça. Eric acabou se concentrando até que em um momento, após cerca de uma hora, um homem tocou o ombro dele e indicou para que o seguisse.

–Com licença, preciso ir lá fora. Me deu uma tonteira repentina.

–Não quer companhia, Eric?

–Não, obrigado. Eu só preciso de ar e… - colocou a mão no bolso, retirou um pequeno pote retangular com pequenas pedras brancas – E açúcar.

Eric seguiu o homem até um pequeno corredor próximo da saída. O homem tinha uma aparência jovem, mas algo nele mostrava que ele já tinha cerca de trinta anos. O cabelo dele era castanho, entre liso e ondulado, e bem bagunçado. A barba dele estava por fazer. Ele sorriu para o estranho.

–Por que me chamou?

–Bom, você é Eric Baker?

–Depende. Quem é você?

–Perdoe a minha falta de educação. Sou Alfred Carlson. Eu fiquei envergonhado de dizer lá dentro que estou com um problema. - e ele levantou um braço, que tinha uma contração involuntário – Eu tenho esse espasmo. Queria saber se pode me dar algo.

–Poder eu posso, mas não tenho nada para isso agora. Poderia passar amanhã no meu consultório e do Ethan? Pode ser pela manhã. Após as oito, até as seis.

–Claro. Obrigado.

–Disponha. - Eric virou as costas para sair e o homem fingiu estar tonto. Ele o apoiou e colocou ele de pé. Tirou o pote do bolso e ofereceu – Açúcar. Faz bem pra tonteira.

–Obrigado. - disse, pegando um torrão de açúcar do pote.

–Então eu já... - alguém colocou um pano no rosto de Eric. Ele reconheceu o cheiro quase que instantaneamente: Clorofórmio. Ele tentou reagir, mas a substância o fez ficar tonto. Ele quase escapou, mas caiu de joelhos. O pano ainda pressionado em seu rosto.

***

Clifford arrombou a porta da casa de Ethan. Olhou para os lados atrás de uma vela ou qualquer chama acesa que pudesse ser a origem do incêndio. No chão, sobre uma pedra, um castiçal estava aceso. Clifford sorriu com a sorte. Pegou o objeto e andou até a parede dos fundos do segundo andar. Ele tirou um cantil de álcool do bolso e jogou um pouco no chão, formando uma trilha, e encostou a chama. O fogo se espalhou rapidamente. Ele andou pela casa jogando um pouco de álcool. Quando desceu a escada viu que alguém estava entrando e seguiu as ordens recebidas. Matar qualquer um que entrasse. A fumaça começava a tomar o andar debaixo, dificultando a visão. Ele tirou uma faca do bolso e investiu contra o homem, que desviou e atacou ele com um soco.

–Sou eu! - disse Edmund, tossindo – Seu… - o homem acertou o rosto dele.

Clifford investiu várias vezes com a faca, empurrando Blake até o lado oposto ao da porta. Ele investiu com a faca, cortando o ar aleatoriamente. Edmund rodou pro chão, tentando achar um espaço livre, mas acabou batendo com a mão em um pedaço de madeira em chamas, se queimando e gritando, não de dor, mas de raiva. Uma viga rompeu do teto e desceu girando em espiral, quebrando o piso do segundo andar e caindo a um pouco mais de dois metros de distância deles. O incendiário agarrou o chefe pelo cabelo, sem o reconhecer, e deu um chute no rosto dele, logo em seguida atacou com a faca novamente, fazendo com que ele tombasse para trás, com um berro. O som do fogo era ensurdecedor, fazendo com que o grito não fosse ouvido. Clifford olhou para o rosto dele, coberto de sangue de um lado, se virou e saiu, deixando Edmund inconsciente.

***

Ethan saiu do teatro junto com a multidão. Helena e Melissa o chamaram.

–Ethan, me desculpe por ter me afastado de você. - ela disparou.

–Helena, eu achei que você me odiava por ter aceitado o duelo.

–Nunca! Eu estou com medo do Arthur fazer algo com você.

–Não fique, minha amada. Eu vou ficar bem.

–Eu espero. - ela se jogou nos braços dele, o beijando.

Melissa tossiu, sinalizando.

–Não podemos, Ethan. - ela riu ao se afastar.

–Mas eu posso. - e ele a beijou.

–Para, Ethan. Se meus pais descobrem, estamos mortos. Os três. Até a Melissa.

–Eu? Por que eu?

–Por acobertar o nosso namoro.

–Estamos namorando, Helena?

–Me diga o motivo de não estarmos? - ela retrucou.

–Desculpa atrapalhar o amor de vocês, mas vocês viram o meu amor?

–O Eric? Não, ele sumiu. Acho que foi para casa, não se sentia bem.

–Certo. Obrigado, Ethan. Eu vou falar com uma amiga ali e vou deixar vocês sozinhos.

Eles coraram. Ethan puxou Helena para dentro do teatro novamente. Estava praticamente vazio e um pouco escuro. Eles entraram em um corredor próximo. Ele alisou o cabelo dela carinhosamente. Ela sorriu gentilmente para ele. Ele a empurrou contra a parede delicadamente e a beijou de novo. Ela não reagiu, e retribuiu o beijo. Eles se abraçaram calorosamente. Ela o empurrou para a parede oposta, sem se afastar.

–Chega, Ethan. Se meus pais nos pegam aqui… - disse entre um beijo e outro.

–Quieta, Helena. Eu me entendo com eles depois. - e a beijou novamente.

–Ethan! - ela repetiu quando ele a rodou e a colocou de costas para a parede.

Ela o empurrou. Ele riu e passou uma das mãos pela cintura dela, puxando-a. Ela não reagiu. Ele a beijou novamente.

–Chega! - ela disse, arfando. Ela não conseguia mais reagir. Ela o beijou apaixonada.

–Não quer que eu pare?

–Não. - e o beijou outra vez, empurrando-o contra a parede. Ela riu e segurou ele pelo cabelo com uma mão – Chega! - ela conseguiu dizer. Ele desceu e a beijou no pescoço.

–Acho que precisamos fazer isso de novo. - ele sugeriu ao se afastar

–Sem dúvida. Mas sem todo esse risco. - disse ela, ajeitando a mão no cabelo.

Eles saíram do teatro, ainda um pouco ofegantes. Melissa os procurava desesperadamente. Correu para eles.

–Onde vocês estavam? - ela perguntou, nervosa.

–Estávamos conversando. - disse Helena, dando um sorriso cúmplice para ele.

–Sim, estávamos.

–E por que vocês estão ofegando? Vocês somem e quando aparecem, estão nesse estado. Deus! Vocês não…? Qual o problema de vocês? Cristo, agradeço por isso não ser uma igreja! - ela se recuperou – Seus pais estão te procurando, Helena.

Ethan começou a rir e a amada o acompanhou.

–Onde meus pais estão, Melissa? - ela disse, tentando controlar a risada.

–Bom, vá com seus pais. Eu vou para casa, minha querida.

–Tudo bem. Boa noite, meu querido. - ele, em um impulso, a beijou rapidamente.

Melissa olhou aquela cena boquiaberta.

–Boa noite, Melissa. - e fez um aceno de cabeça. E voltou para mais um beijo em Helena.

–Ethan! Meus pais. - ele deu três beijos rápidos de despedida. -Vai logo!

–Quer se livrar de minha, Helena.

–Ethan, é sério! Se meus pais nos pegam, estamos encrencados.

–Eu sei, anjo. É com dor no meu coração que me despeço de você.

–Compartilho da mesma dor.

–Você não entende, querida. - ele segurou a mão dela – Sinto que minha alma vai…

–Vai logo, Ethan! - Melissa berrou. O casal a olhou, surpreso – Por favor.

–Certo. Boa noite. Bons sonhos, Helena. Até, Melissa.

–Desejo o mesmo, Ethan.

Ele sorriu e se afastou. Seguiu para casa, alegre e assoviando. Ainda conseguiu ouvir uma parte da conversa delas:

–O que aconteceu aqui?

–Depois eu te conto, Melissa. Em casa conversamos.

Ele andou. Ele chegou em casa e sua alegria foi substituída por raiva. Ela estava totalmente queimada. Uma lágrima escorreu por seu rosto. Ele correu desesperado para dentro da casa. Alguns minutos depois, ao constatar que havia perdido tudo, Eric apareceu. Ele entrou e tocou no ombro do amigo que estava de costas para a porta.

–Onde você estava? - perguntou, em uma espécie de transe.

–Me fizeram desmaiar no teatro.

–Você realmente estava no teatro?

–Estava, Ethan. Por que?

–Por que o anel que era do seu pai estava aqui, no chão? Queimado. Você estava com ele quando saiu. - ele disse, se virando, irritado.

–Você acha que eu fui o responsável?

–Não. Quero que você me explique como esse anel veio parar aqui.

–Eu não sei. Talvez tenham me roubado quando me drogaram!

–E colocaram aqui? Vai dizer que alguém está fazendo isso pra te culpar?

–Não fui eu, Ethan! O que eu ganharia fazendo isso?

–O quê? Não sei. Me diga você!

Eric chegou ao seu limite. Ele escondeu o real motivo de ser espancado. Ele tentou se afastar da Melissa, mas não conseguiu. Ele foi enganado sobre o atentado, armaram uma armadilha para ele, e agora estavam culpando ele por um incêndio.

–Você quer achar que fui eu? - ele arrancou o anel da mão de Ethan e limpou, colocando no dedo – Você quer acreditar? Acredite! Depois que te conheci, eu salvei sua vida uma vez, lembra? Claro que lembra! Você é um péssimo amigo! Depois de todo esse tempo de fidelidade! Quatro? Cinco anos? E você não pode acreditar que não fui eu? Você não poderia simplesmente confiar em mim? Por que não?

–Eric! Eu não quis dizer isso.

–Você disse isso! - ele berrou, em resposta. E continuou no mesmo tom: - Quer saber, Ethan? Você acha que fui eu? Então tá. Fui eu! Eu fiz isso pois odeio você! Eu não suporto você! Eu cansei de ver você brilhando, ajudando pessoas, e me deixando de canto! Exatamente por sempre me deixar em segundo plano em tudo! Eu cansei. Esquece que eu sou seu amigo! - e saiu.

–Eric… - mas era tarde. Ele foi embora. Ethan ficou lá, esperando amanhecer. Quando o sol nasceu, ele foi pra casa de Barbara. Ele bateu à porta.

–Ethan? - ela disse, sem disfarçar a surpresa.

–Preciso de ajuda.

***

–Melissa? Você acredita em mim, não é? - Eric estava no quarto de Helena, explicando a situação para ela e Melissa.

–Eric, eu não sei no que acreditar.

–Melissa! Não tem sentido o Eric fazer isso. - Helena se levantou, defendendo-o – Ele é nosso amigo.

–Você mal o conhece, Helena!

–E acredito nele. Você que está com ele não acredita. Melissa!

–Eu não sei no que acreditar. Tudo mostra que foi ele.

–Impressionante! Como você pode duvidar de mim, Melissa?

–Eu não estou duvidando!

–Você está! - cortou Helena – O pior é o Ethan. O que aconteceu com ele?

–Ele ficou lá. Em pé nas cinzas. Eu não quero brigar com vocês. Eu não quero que briguem por minha causa. Eu acho que é melhor eu ir.

–Eric, me desculpa. Eu fiquei confusa.

–Não se desculpe por isso, Melissa. Não adianta. Você não quer acreditar. Se você não quer, não tem nada que eu ou a Helena ou qualquer pessoa além de você possa fazer.

–Eric, não fica assim.

–Melissa. Eu estou sendo realista. Bom, tenho que ir. Tenho que falar com uma pessoa.

–Até, então. - disse Melissa, friamente.

–Boa sorte, Eric. Vai dar tudo certo. - disse Helena enquanto o abraçava caridosamente.

–Obrigado, Helena. - e ele retribuiu o abraço. Melissa lançou um olhar de estranhamento para os dois, um pouco enciumada – Qualquer coisa eu volto para avisar. - e saiu.

–Vocês me pareceram bem íntimos. - falou Melissa quando teve certeza que Eric já havia saído da casa e não as ouviria.

–O que você quer dizer com isso? - disse Helena, meio confusa.

–Me diga você. Defendendo ele. Abraçando.

–O que você está sugerindo, Melissa?

–Eu? Não estou sugerindo nada. Não vai ser a minha primeira surpresa com você essa semana. Ontem estava aos beijos com o Ethan. Coisa que eu nunca imaginei que você fosse fazer. Parece que estava distraindo ele.

–Você está dizendo que eu e o Eric estamos juntos? E fazendo seja lá o que você queira sugerir que estamos fazendo pro Ethan?

–Vendo assim é bem sem sentido.

–Você está com ciúmes do Eric, Melissa? - Helena riu.

–Claro que não. Mas a história dele tem muitos furos.

–Que imaginação fértil, Melissa! Já pensou em virar escritora?

–Desculpa ter pensado isso de você, Helena. - ela disse, após alguns minutos de silêncio.

–Não se preocupe. Isso acontece.

***

Eric chegou na casa de Barbara e bateu à porta. Sebastien o atendeu. Não fez menção de disfarçar a surpresa.

–Quero falar com a Barbara, por favor. E se o Ethan fez a sua cabeça, é tudo mentira.

–Não é isso. A Barbara não está. O Ethan está muito irritado com você.

–Eu sei. Posso esperar ela voltar aí…

–Não! - ele cortou, quase o empurrando para a rua.

–Por que, Sebastien?

–Porque eu estou aqui. - disse Ethan, aparecendo por trás da porta.

–Eu queria evitar isso. - disse Sebastien dando um passo para trás permitindo a entrada de Eric. Ele entrou e encarou o amigo.

–Eu não vou incendiar a casa da Barbara, se acalme. Acho que não a odeio de uma forma irracional e infundada. Certo, Ethan?

–Sem sarcasmo, por favor. Eu quero aproveitar que você veio e me desculpar.

–Desculpar? Pelo quê?

–Por ter sido um idiota com você. Podemos ser amigos novamente?

–Pra você me culpar de novo por algo que você suspeita que fui eu? Eu dei motivo para que você suspeitasse de mim alguma vez?

–Não, mas…

–Eu dei motivo para você achar que eu tinha algo contra você? - interrompeu Eric.

–Não. Mas veja…

–Algumas vez duvidei de você, com ou sem provas? Eu desconfiei de algo que você fez sem me explicar, mesmo que todos dissessem o contrário?

–Você está sendo injusto, Eric! - berrou Ethan.

–Eu estou sendo injusto? Eu? Você é um covarde, Ethan! - disse Eric, agarrando-o pela camisa e levantando-o – Você. É. Um. Covarde.

–Parem vocês dois! - Sebastien se colocou entre eles, afastando-os antes de uma briga.

***

Barbara bateu pela terceira vez consecutiva na porta da casa de Arthur. Ele atendeu e entreabriu a boca para dizer algo, mas ela entrou e bateu a porta logo atrás de si. Agarrou Arthur pela camisa e o empurrou contra a parede.

–Onde está o Edmund?

–Barbara?

–Onde está o Edmund? - ela repetiu.

–Não sei. Brigamos dois meses atrás. O desgraçado sumiu.

–E o que tem para dizer sobre o incêndio na casa do Ethan?

–Isso? Foi o Edmund. Pode me soltar para conversarmos?

Ela o soltou e se sentaram juntos no sofá. Ele chamou um empregado e a ofereceu uma taça de vinho. Ela aceitou e na hora que o empregado saiu, ela começou:

–Diga tudo o que você sabe.

–Edmund é louco. Não sei o motivo de queimar a casa do Ethan.

–Onde ele está?

–Não faço a mínima ideia. - e se calou por um minuto - Por que saberia?

–Como sabe que foi ele o responsável pelo incêndio?

–Um amigo o está espionando. - disse quando o servo voltou, se servindo com o vinho em uma das taças e a servindo em seguida.

–Então seu amigo deveria saber onde ele está!

–Não. - e bebeu um pouco – Eu o mando ver o que ele está fazendo. Ele não me diz onde ele anda se não for importante.

–E onde ele tem andado que seja importante?

–Lugar nenhum. Dois meses trancado em casa. Saiu duas vezes. Ontem e antes de ontem. Antes de ontem ele falou com um homem e pediu um favor. Meu agente não ouviu o que era, infelizmente. E ontem ele pagou o homem e demonstrou certa hostilidade. O que eu não acho estranho. Ele tem tendência a ser hostil sob pressão.

Barbara se preparou para dizer algo mas foi interrompida por batidas na porta. Arthur se levantou, com a taça na mão, e atendeu. Clifford estava lá de pé.

–Cliff! Entre, estávamos falando sobre você. - o homem entrou e a porta foi fechada pelo anfitrião, que indicou o sofá – Esse é o meu agente, Barbara.

–Assim que me chama, Arhur? Seu agente? - os três deram uma leve risada.

–Barbara, esse é o Clifford. Clifford, essa é a Barbara. - e pediu outra taça ao empregado.

–Eu vim falar sobre aquele assunto de ontem?

–O incêndio? Sim, sim. Fale. Quero que ela saiba.

–Eu fiz o que você pediu.

–O matou? Que ótimo. Tem certeza?

–Ele estava inconsciente e sangrando no meio do fogo.

–Não tinha nenhum corpo na casa do Ethan. Nada que indicasse que alguém morreu no incêndio. O sangue teria sido queimado, mas achariam o corpo. - cortou Barbara.

–O desgraçado fugiu novamente! - rosnou Arthur. Ele apertou a taça com tanta força que ela quebrou. Alguns pedaços de vidro ficaram presos em sua mão e ele berrou uma praga – Bastardo maldito! Como se mata aquele homem? Onde o cortou?

–No olho. No esquerdo. Ele desmaiou de dor.

–Aquele desgraçado não sente dor! Devia tê-lo esfaqueado no coração! Na garganta! Ter esperado o fogo queimar o corpo dele, pegado as cinzas e enterrado!

–Calma, Arthur! - Barbara tentou acalma-lo.

–Não mande eu me acalmar, Barbara! Ele tem que morrer!

***

Eric e Ethan se encararam violentamente. Sebastien sentiu a tensão se espalhar como ar quente pela sala. O silêncio incomodava.

–Querem vinho? - ofereceu Sebastien.

–Não! - responderam em uníssono, sem tirarem os olhos um do outro.

–Sebastien, eu... - Barbara entrara excitada com uma notícia. Mas sua alegria foi substituída por surpresa ao ver os três a olharem. Ela se recuperou do choque o mais rápido que conseguiu e sorriu – Eric, que bom você estar aqui. E Ethan, sei que você odeia ouvir isso, mas você está errado.

–Barbara, eu não incendiei a casa do Ethan. - Eric se defendeu.

–Eu sei que não foi você!

–É a única explicação. Eu não tenho inimigos. - argumentou Ethan.

–E seu melhor amigo é sua melhor suspeita? Você é idiota. - disparou Sebastien.

–Não briguem, crianças. Peça desculpa para o Eric. - ela mandou, autoritária.

–Não! Não até me falar quem foi.

–Foi o Edmund. E eu já sei o porquê. Peça desculpa ou não vou explicar como cheguei nessa conclusão. - ela esperou e ele continuou de braços cruzados – Agora!

–Desculpa, Eric. Eu fui idiota.

–Certo. - disse Eric, frio.

–Eu fui no Arthur. E descobri que o Edmund fez isso para que todos suspeitassem do Eric e se afastassem dele.

–E o que ele ganharia me afastando dos meus amigos?

–A Melissa. Ele é apaixonado por ela. Se é que ele é capaz de se apaixonar.

–Me afastando de todos ele conseguiria ela?

–Sim, basicamente isso. - ela respondeu.

–Preciso falar com ela agora. - e saiu correndo.


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