Capitulo VII

Estava vendo Thomas ele estava num espécie de palco em uma cafeteria, ele estava tocando em um violão uma musica desconhecida por mim. Eu estava muito longe e fui tentar chegar mais perto dele, porém, havia várias pessoas em meu caminho. Por mais que eu pedisse para elas me deixarem passar, ninguém se movia todos pareciam que estavam congelados. Então desisti e fiquei vendo-o de longe, quando acabou de tocar veio em minha direção e me perguntou por que eu não fui mais para perto dele.

– As pessoas não me deixaram passar.

– Que pessoas ?

Olhei ao redor e não tinha ninguém ali apenas nós dois.

Acordei com um som insistente e vi que era Alice batendo na portar do meu quarto.

– Atrasada de novo !

– Droga! - Falei pulando da cama e indo em direção ao banheiro.

Me arrumei nas pressas peguei minha mochila e sai do quarto. Quando cheguei na sala Alice ja estava na porta me esperando, corri ate na cozinha peguei uma maçã e fomos esperar nosso ônibus.

– Cadê o Hugo ?

– Saiu antes da gente, não queria se atrasar. - Falou - Eu devia ter feito a mesma coisa.

– E por que não foi ? - Alice nunca foi a pessoa mais legal do mundo, mas esses dias ela está pior ainda.

– Realmente não sei, mas não precisaria se você fosse mais responsável e acordasse cedo.

– Não posso fazer nada se o despertador não tocou ! - A essa altura algumas pessoas já olhavam pra nós.

– Despertador não tocou? Conta outra, você que não tem responsabilidade. - Falou ela.

– Para, ta legal ?! Você poderia ter ido com o Hugo, não foi porque não quis, então para de descontar em mim !

Graças a Deus o ônibus chegou eu entrei na sua frente e fui sentar lá no fundo, ela por sua vez se sentou logo no inicio.

Uns 20 minutos depois já estávamos entrando na faculdade sem olhar uma na cara da outra.

O dia se passou arrastando, quando finalmente acabou as aulas ela saiu sem se quer olhar para trás. O que de certo modo foi bom, não estava afim de conversar com ela.

Estava na parada do ônibus quando vejo Vic se aproximando

– Oi. - Disse me abraçando.

– Olá.

– Que bicho mordeu a Alice hoje ? Ela está insuportável.

– Realmente não sei. Cadê Hugo ?

– Nem me pergunte não o vejo desde ontem. Aliás ele dormiu lá de novo ?

– Sim.

– Se ele pedir pra morar lá, pode aceitar ! - Falou feliz.

Meu ônibus chegou, me despedi dela e entrei. Uns dez minutos depois ainda dava para ver a faculdade. O trânsito estava um inferno, os carros todos buzinando e os motoristas insultando uns aos outros.

Peguei meu celular e meu fone de ouvido e resolvi escutar música. E não era de se admirar que tinha mensagem não lida de ontem.

~18:07 Número Desconhecido :

Então pensou no que eu falei ?

Decidir conversar com esse estranho.

~15:08 Jenni :

Como posso sair com você se não sei quem é ?

~15:12 Número Desconhecido :

Por isso mesmo, vamos sair pra nos conhecer.

É. Acho que ele tinha razão, mas resolvi não responder. Talvez um outro dia. O ônibus chegou ao meu destino e desci. Eu estava com saudades do Thomas, daquele seu jeito debochado e bad boy, sei que foi ontem que o vi mas mesmo assim ...

Quando abri a porta do meu apartamento tive uma surpresa, como posso dizer ... um pouco inesperada.

Hugo estava deitado no sofá com as pernas pra cima e seu cabelo, bem, seu cabelo estava AZUL !

– Meu Deus, o que você fez ?

– Eu falei que cansei de ser loiro ! - Falou mexendo no cabelo. - Gostou ? É a ultima moda em Milão.

– Isso está bizarro isso sim. - Eu não podia ter nem amigos normais ? - Aliás, por que você está aqui ?

– Quanto amor ! - Falou debochado.

– Fala logo Sr. Avatar.

– Vim te convidar pra um lugar, porém desisti, Você só faz me insultar, sabia que eu traumatizo facilmente ?

–Que lugar ? - Perguntei ignorando seu drama.

– Uma festa, mas não qualquer festa. - Falou ficando em pé. - Uma festa a fantasia ! - Deu uns pulinhos.

– Nossa que legal, estou muito animada ! - Me joguei no sofá, não estava no clima de festas.

– Ah então tá, não conto outra surpresa. - Falou a bicha má fazendo suspense.

– Não importa, com surpresa ou sem surpresa eu não vou. - Falei colocando uma almofada no rosto.

– Tenho certeza que você irá ! - Puxou a almofada do meu rosto.

– Então conta, aposto com você que eu não vou ! - Levantei.

– Se eu ganhar a aposta, eu escolho sua fantasia. - Deu um riso diabólico que me deu medo.

– Tudo bem ! - Apertamos as mãos em sinal de "acordo feito".

– O Thomas vai na festa. - Falou dando uma gargalhada.

...