Brasão de Fogo escrita por Mary P


Capítulo 8
Capítulo VII - O Lobo Alfa.


Notas iniciais do capítulo

Queria muitíssimo agradecer á todas as minhas leitoras! E é claro por todo o carinho que vocês tem por mim! Queria também me desculpar por todo este tempo, mas vocês devem sempre se lembrar que eu nunca desistiria da fanfic! Fui viajar a semana toda e voltei hoje, fazem algumas horas, escrevi e vim direto postar!
Quero também agradecer especialmente á Bia Valdez, Gottin e Marcella e todas as que outras que comentaram também possuem um lugar no meu ♥ ~Chega de drama neh! Vamos ler logo!



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Capítulo VII

O Lobo Alfa.

Armação. Enganação. Traição. Três palavras que poderiam ter participado da morte do Monarca. Depois de tanto pensar e discutir ambos não tínhamos nenhum argumento válido que justificasse tal fato, pois vivíamos em meio de suposições, apenas suposições...

“–Sei de apenas uma coisa, ninguém, absolutamente ninguém morre á toa, assim do além! Tive notícias de que houve um belíssimo enterro repleto de Homenagens ao amado Rei que partiu, através do Jornaleiro; tal disse-me que haviam boatos de que Michael, na verdade, poderia estar feliz com a morte do Pai, apesar de sua expressão melancólica provar exatamente o contrário. Hoje, ou melhor, amanhã, deveria ocorrer a Cerimônia de Coroação, onde Michael se tornaria Rei, se não fosse por um único detalhe...

–Qual?!

–Não me diga que não sabe Amelia?

–Se lhe perguntei.

–O que um Rei precisa para ser coroado?

–Precisa, bem, de...

–Uma Rainha.

...”

Lá estava eu, sentada na beirada de minha cama recordando minha conversa, aquilo havia sido como um golpe, bem no fundo de meu peito...

“ –Seu tio Declan, o Rei, mandou seu mensageiro para que tivesse alguma resposta de Edward sobre a Guerra, e aconteceu que, consecutivamente quando tal chegou tal já havia falecido, inclusive faz um tempo já porque a Carta contendo a notícia de sua morte chegou ontem algumas horas antes do Jantar, inclusive escrita inteira pelo próprio Michael.

–Você sabe a distância entre nossa Capital e o País que confronta o nosso? Demorariam dias para a Carta chegar até as mãos de meu pai! Se Edward está morto á tanto tempo assim, como só o enterraram hoje?! Isto não faz sentido.

–Quanto a isso o corpo do Rei foi sobreposto em um caixão de vidro no Templo perto do Castelo para a despedida do povo, era para ser algo rápido, porém como vieram pessoas de todos os lugares do País a despedida foi prolongada e o enterro adiado para hoje. Eu estava com seu pai quando ele recebeu a carta, e tive a chance de ler alguns trechos. Pelo que entendi Michael pretende amanhã, ás 11:30 dar um discurso sobre o Acordo de Paz, mas até o que parece na Carta tal ainda não propôs seu pedido, tal que já esta extremamente óbvio.

–Você acha mesmo que...

–Sim.

–Sabe quantos anos Edward tinha?

–Bem, por quê?

–Se não a causa poderia ter sido velhice, talvez? Ou ele apenas tenha morrido de velhice, então o levaram ao Templo enquanto Michael se preparava, e tal acabou decidindo finalmente dar um fim á Guerra, escrevendo a carta ao Rei.

–Seria ótimo tirando o fato de que de acordo com minhas fontes o Rei tinha 56 anos. Encontrar alguém que sempre viveu em tamanha luxúria sem problema ou esforço algum morrer de velhice aos 56 anos é algo difícil de acontecer por aí.

–Poderia ter sido vítima de alguma peste ou coisa do tipo.

–Talvez, mas nada explica os boatos do fato de Michael estar feliz com a morte. Acha mesmo que ele teria coragem de matar o próprio pai?

...”

Edward foi vítima de uma peste, fim! Seria tão bom se fosse assim... Pois Michael não poderia matar o pai para ocupar seu lugar no trono, poderia? Por incrível que pareça eu, no fundo, estava em dúvida, poderia ser por que nunca conheci o sujeito, mas que qualquer pessoa que cometesse tamanho pecado teria sérios problemas. Algo que, definitivamente não se encaixava no perfil de homem que Michael aparentava ser.

Mas afinal de que importa o que ele aparente se pode ser simplesmente mentira?! Eu só sabia de uma coisa neste momento. Se por algum acaso do destino Michael pretendia se casar comigo, antes precisaria saber exatamente que tipo de pessoa ele era, não importava que a Guerra continuasse, não permitiria que meu país admitisse um Rei como um Assassino... Espere, Rei... Se ele que é filho do Rei de outro País se casasse com a futura Rainha de outro, tal iria ter posse das duas...

–Amelia! Ei! Psiu! –Escutei um leve cochicho vindo do Jardim e me assustei ao me deparar com Irina.

Corri em sua direção enquanto ela observava fascinada a vidraça de meu quarto magnífico.

–Como é lindo...

–Hey, como entrou aqui mocinha?

–Falando assim você parece minha tia Darcy.

Devo ter olhado como um cara estranha.

–O que foi? É meio entranho se acostumar com a futura Rainha te chamando de “mocinha”. –Ri até deparar com os cristais de gelo e neve por todos os cantos do Jardim.

–O que houve aqui?!

–A neve? –Falou Irina adivinhando meus pensamentos. –Está próximo do fim do ano, nesta época costuma esfriar e nevar, não sabia? Esquece! É óbvio que sabia, bem, ontem teve uma tempestade de neve, pelo visto acho que isso você não soube.

–Não, nem imaginei.

–Claro no conforto de um Castelo quentinho assim quem iria reparar que os céus se desfaziam em neve. -Ela estava com uma cara de frustração. Mal imaginava que eu fora dormir tão atribulada em suposições que nem havia reparado nas vidraças brancas.

–Não é um Castelo, é uma Mansão, e aliás nem é tão grande assim. –Menti, pois se tinha um adjetivo que eu poderia caracterizá-la era enorme!

–Você é tão humilde sabia.

–Obrigada, vamos.

–Se fosse você não iria assim.

Por outro instante percebi que também não havia reparado a neve na sacada enquanto Henrique pegava o Jornal, devia estar ficando cega ou coisa parecida.

Troquei-me e fomos á caminho da...

–Aldeia, mais precisamente na Vila onde moro, irei de levar lá agora.

–Nossa Irina você não sabe o quanto eu estou...

–Feliz por estar vindo...

–E também muito...

–Grata por eu estar te levando... Ah! Esqueci, também ansiosa para chegar e curiosa para saber como esta, acertei?

–Acertou! Como?

–Fácil, você esta me falando isto o caminho inteiro!

–Ah, sabe como é, é minha quase...

–Primei...

–Shiu! Eu termino! Primeira vez.

–Já sabia mesmo.

–Aaaah, você viu!

Sai correndo fazendo cócegas em Irina que ria e corria tacando bolas de neve em mim. Nós brincávamos como duas criancinhas pequenas em sua primeira vez na neve, até cairmos de exaustas no chão gelado podendo ver o sol encoberto pelas nuvens lá no alto, e contemplar do doce som do silêncio.

–Esta tudo tão quieto, não é mesmo.

–Verdade...

–Não vejo um único pássaro no céu...

–Nem ao menos um coaxar dos sapos simpáticos...

–Sapos simpáticos?

–Longa história, enfim ambos devem estar agora escondidos em algum lugar quentin... –Fui interrompida com um rosnado forte, aparentemente perto.

–O que foi isso Irina? –Cochichei.

–Amelia, acho que existe um animal que não esta escondido em um lugar quentinho...

Vi aparecer um grande lobo em minha frente. Tal me cirrava com seus olhos frios raspando suas garras afiadas na neve.

–Fique parada.

Ficamos nós duas estáticas observando outros surgirem ao seu lado... Porém em um golpe rápido ele se joga em cima de mim que em um movimento louco agarra a mão de Irina e corre desesperadamente.

–Você esta louca?! Eles são mais rápidos que nós!

–Ele iria me morder! O que eu poderia fazer?!

Senti algo puxá-la e sua mão se soltar da minha.

–Irina!

Em um momento ela estava em meu lado, no outro ela já havia sumido, assim, do nada.

–Irina! Irinaaa! –Senti as lágrimas descendo de meu rosto ao pensar o que poderia tê-la puxado, senti o sangue ferver em minhas veias, senti tristeza, medo, e algo maior que tudo... Raiva.

E quando finalmente parei de correr e vir-me-ei para trás algo agarrou minha perna.

Toda aquela raiva que senti dentro de mim extravasou quando eu simplesmente o chutei com toda a minha força, o fazendo largar minha perna e bater com força em uma árvore um pouco distante. Tal aparentemente estava morto inexplicavelmente com a batida.

Ajoelhei-me no chão cobrindo a ferida que jorrava sangue com minhas mãos, estava prestes a desmaiar. Em meio os borros de minha visão vi toda a Alcateia me cirrar com os olhos e senti como se todos tivessem rapidamente se curvado sobre mim. Deveria ser algo de minha cabeça, não? E assim vi suas sombras se distanciarem enquanto meus olhos se fechavam.

...


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Notas finais do capítulo

...



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