Brasão de Fogo escrita por Mary P


Capítulo 7
Capítulo VI - Algum lugar com respostas.


Notas iniciais do capítulo

Ooi de novo! Hoje convido vocês a devanearem sobre o Capítulo anterior, aceitam? Ah, esqueci de mencionar, Amelia Write os aguarda ^^



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Capítulo VI

Algum lugar com respostas.

Meu pai havia arranjando duas criadas novas, uma garota desconhecida havia me dito para ficar longe de caras altos, Joana tinha simplesmente sumido, e havia recebido um bilhete cujo estava escrito que alguém precisava falar comigo, okay não se desesperar, certo? Certo! Eis que este era um método rápido de tomar decisões.

Fiquei observando a comida em meu prato enquanto pensava em soluções:

1- Porque meu pai havia arranjado duas criadas novas?

Ou melhor o fato do sumiço da Joana poderia simplesmente estar interligado de alguma forma, mas não entendia porque meu pai a demitiria, ela sempre fora tão correta, efetuando seu trabalho com tanta dedicação á tanto tempo, qualquer motivo para a demitir teria de ser algo realmente importante.

Por um instante me lembrei do que meu pai havia dito * “Madeleine e Melany, como são jovens quero que faça companhia para minha filha”, será pela idade da Joana? Talvez meu pai deveria ter achado que Joana já estava muito velha, e eu muito sozinha, e arranjando duas criadas jovens novas tais poderiam se tornar minhas amigas e me fazer companhia, mas porque optar em não me falar nada?

2- O Bilhete: A caligrafia não me era familiar, conhecia a de meus pais e certamente não eram do tipo de pessoa que mandavam bilhetinhos no guardanapo em plena hora do Jantar. Talvez poderia ser algum empregado? Mas porque simplesmente não chegar e falar, a Mansão é enorme teríamos tempo suficiente para dizer algo comigo á sós, mas havia uma pista. O H no final, deveria ser a sigla do nome de alguém... Alguém cujo tem o nome que começa com a letra H... H de Han, Hen... Henrique! Como pode estar tão obvio! Iria falar com ele depois.

Mas havia algo que ainda não havia pensado... A morte de Edward Schlickmann. Se existia algo que realmente sabia era que pessoas não morrem assim do nada, e porque teu filho cogitaria quase instantaneamente um acordo de paz com meu país? Não estaria chateado com a morte? - Ao menos era para estar. -E ele deixou bem claro, muitas pessoas choravam, certamente em um velório. Se ele morreu hoje e já houve a notícia do acordo de Paz, certamente tinha algo nisso, teu filho Michael deveria demorar em tomar uma decisão tão importante assim, a não ser que a morte... Já havia sido planejada...

Senti um frio arrepio correr pela minha espinha até chegar em meu couro cabeludo, minhas mãos tremeram e engoli a seco a colher de Crêpe Suzette.

–Já esta satisfeita Srta.? Se quiser posso lhe servir um pedaço de Mulhabaya ou um Brownie com calda de frutas vermelhas, o seu favorito!

–Sinto muito Laura, mas não estou com fome no momento, pois estou estranhando o tempero... Há algum novo cozinheiro?

–Sim, foi contratado hoje mesmo, um ótimo Cozinheiro devo admitir, pois viajou pelo mundo todo experimentando diversos tipos de Culinárias e...

–Ah obrigada, lamento por lhe interromper, mas tem notícia de Joana?

–Não, certamente. Não ouvi falar dela.

Ela não estava mentindo, caso contrário perceberia no mesmo instante.

–Irei me retirar. Boa noite.

–Boa Noite Srta.

Antes de ir dobrei o guardanapo de forme que ficasse pequeno e arranjei um lugar entre as bordas de meu vestido azul claro, que esteja firme em meu vestido.

Fui caminhando lentamente, desta vez tinha um destino que não era meu quarto, como de costume.

Andei em direção ao Salão de Fotografias, uma sala exatamente como a que existia no Palácio, totalmente destinada á expor fotografias de todos os Membros da Linha da Sucessão, porém neste caso aqui era exposto fotos familiares dentre outras.

De todas as fotos emolduradas a maior era uma foto Antiga de meu Aniversário de 5 anos.

Estava Declan, com sua belíssima Coroa ao lado de sua magnífica esposa Christa, e do lado outro casal; Clarissa com teu sorriso doce, e Dominic de postura firme, que mantinha tua mão sobre mim, como seu eu estivesse ao lado de uma joia rara, algo como “Não posso ser o Rei, mas estou diante da futura Rainha, minha filha” algo que, certamente, ninguém diria. O mais fascinante era ver teus cabelos que brilhavam dourados como a moldura de ouro puro, algo que não chegava aos pés de tinta, pelo menos o que ninguém diria, e eu. Tão pequena com um vestido quase maior que meu corpo em si, branca como meus pais, de traços finos como meus pais... Porém meu cabelo destonava toda a harmonia da foto “Quem é esta intrusa na Família Real?!”.

Eu sempre, sempre, em toda a minha vida era diferente. Ao menos era o que diziam, mas eu mesma nunca soube por quê.

O que havia de diferente em mim? A resposta estava em meu pulso, ou em meu sangue, assim como o Profeta havia dito, tuas palavras serviram como facas empunhadas para meus pais, e para mim era algo que havia decorado desde pequena.

Fui em direção á uma enorme parede de espelho e olhei para mim mesma “carregará em teu sangue uma terrível maldição”.

Qual era a minha terrível maldição? Se é que eu estava realmente amaldiçoada, e o que mais me intrigava “e em teu pulso o dom...”.

Abri minhas mãos e as olhei profundamente.

Qual é o meu dom?

...

Sala de Jantar

11: 32

–Você esta bem Srta. Amelia?

–Aaaah? Eu? –Não estava entendendo nada.

–Você, bem, você esta dormindo na mesa; se me permite dizer.

–Perdoe-me Laura.

–Não sinta.

–Não sinto.

–Oh minha cara, lamento se teve uma má noite, mas levante-se, por favor...

–Amelia!

Reparei que estava de bruços na mesa dormindo como uma criança.

Percebi que Laura olhava para Madelaine discordando de sua reação, enquanto tal continuava em sua postura firme e olhar arrogante.

–É Srta. Amelia, Madelaine. –Laura afirmou a voz pela primeira vez em sua vida, acho que tentava me defender.

–Não se preocupe Laura, não estou com fome, já comi suficiente. Madelaine volte a fazer o que estava fazendo, entendida?

Madelaine permaneceu calada e imóvel, indicou um “sim” com a cabeça sem ao menos olhar para meu rosto, indo embora após.

–Ela é...

–Insuportável? Isto eu já sei.

–Eu ia dizer nova, mas...

–Sim, ela também é nova aqui.

–Você vai para seu quarto então, certo?

–Normalmente nenhuma novidade, não. –ambas sorrimos.

Mas este dia seria diferente, agora não ia para meu quarto, iria para qualquer lugar que tivesse respostas, ou seja, um lugar onde Henrique estivesse.

–Ah, e Laura, você sabe onde Henrique esta?

–Deseja falar com ele?

–Sim, então?

Ela deu um sorrisinho malicioso em meio às rugas da idade; o que me deixou irritada.

–Acho que esta na Biblioteca, ele quase sempre se encontra lá.

–Obrigada.

...

Depois de horas o procurando finalmente o encontrei conversando com o Jornaleiro em frente á Mansão.

–Obrigado, boa tarde.

–Ei, ei, Henrique.

–Amelia!

– Estava á tempos a sua procura, onde esteve?

–Aaah, estava na Biblioteca, por quê?

–Na Biblioteca? Mas eu fui lá agora mesmo!

–Certeza?

–Bem, já faz um tempo...

–Enfim, o que leva você a vir falar comigo?

–Por favor, não se faça de desentendido. –Falei retirando o guardanapo do bolso de meu vestido - Isto lhe parece familiar?

–Então recebeu meu bilhete...

–O que você tem em sua cabeça? Hein? Diga-me!

–Acalme-se, o que houve contigo?

–O que houve comigo? Eu simplesmente não pisquei um olho esta noite olhando para este guardanapo.

–Perdoe-me, acho que fiz muito mistério...

–Mas o que esta fazendo aqui na frente?

–Vim pegar o Jornal. –Falou o indicando em suas mãos.

Meus olhos brilharam por um instante e tive o impulso de tomá-lo de sua mão e comecei a o analisar freneticamente.

–Ei, o que esta procurando?

–Nada. –Continuei analisando.

–Para você ter esta atitude tão brusca deve ser algo importante.

–Curioso você, não?

–Bem, não fui eu que fiquei curiosa em o que alguém iria falar a noite toda.

–Estou procurando algo que tenha haver com a inédita Morte de Edward Schlickmann.

–Ah então vejo que você não é a única pessoa que acha que tem algo mais nesta história...

–O que você quer dizer com algo mais?

...


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Notas finais do capítulo

* Frase dita no Capítulo III - Por trás dos portões.

Obrigada por ler, e não se esqueça de comen... Bla... Bla... Enfim só digo uma coisa, no Capítulo que vem as coisas vão "esquentar" haha



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