Ascensão - Nobreza escrita por Nancy


Capítulo 5
Sobre sonhos e sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, como vão?
Então... eu ia postar na semana passada, mas tive umas reuniões de família, então acabei me atrasando, mas aqui está o capítulo (grandinho até), espero que você se divirtam com ele!
E eu ainda vou ficar devendo a imagem dos personagens pelo fato de ser 3:00 da manhã e eu estar morreeeeeeeendo de sono!
Boa leitura!



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Aquela cena não foi nada bonita de se ver. Por sorte a biblioteca estava praticamente vazia, o que fez eu me sentir um pouco menos envergonhada.

Sky se tornou uma usuária fantástica do elemento raio. Infelizmente eu fui o boneco de teste dela. Ela não quis ouvir muito da minha vida na ilha, apenas ter falado sobre “fiz isso para proteger você” a irritou o suficiente para descontar a raiva em mim. Sky pode ter mudado o quanto for. Se tornado alguém forte como ela sempre quis, mas uma coisa não mudaria nunca: ela chora por qualquer coisa. Até mesmo batendo em mim, ela consegue chorar.

Bem... Acabamos de volta à casa de Airdan, eu com o nariz sangrando e algumas queimaduras em lugares que eu nem sabia que existiam. Zander apesar de ainda estar muito bravo comigo e ainda me dar o tratamento do silêncio, concordou que foi uma surra feia e resolveu cuidar das queimaduras piores.

Agora Sky e Zander me davam o tratamento do silêncio e, além disso, Sky me olhava como se estivesse pronta para me queimar inteira, mas ao mesmo tempo parecia que ia me abraçar e chorar para sempre. Pelo fato de que ela me queimou primeiro e me abraçou depois, eu preferia manter certa distância. Me sentei ao lado de Faelern para acompanhar suas traduções, que pareciam correr bem. Por um momento ele pareceu preocupado com o pano ensanguentado que eu segurava sobre o nariz, mas foi só por um momento.

– Veja Solyn... – Faelern chamou minha atenção, anteriormente focada em Sky e o que quer que fosse aquela luva mágica que ela usou para me eletrocutar. – Há uma coisa interessante aqui. Acho que há sim algo atrás dos portões do Reino Antigo, mas não acho que seja um monstro gigante... É mencionado como uma falha.

Uma “falha”? Não sei se isso me deixa mais tranquila ou não.

– Aqui diz: “As consequências de nossas ações nos custaram milhares de vidas, é nossa grande Falha.”.

– Ei, espere... Esse não é o diário de Seeru? Por que retrata o Reino Antigo? Quão velho é esse cara?

– Não, isso não está no diário dele. Parece ser uma página encontrada em uma de suas viagens... Ao menos é o que ele menciona sobre essa informação. – ele apontou para outra frase no papel, como se eu fosse entender alguma coisa do que estava escrito – Veja: “Eles escaparam e nós não temos o poder para controlá-los. Eventualmente eles encontrarão seu caminho para Valond.”. Solyn, eu acho que eles já estão aqui...

Minha mente trabalhou rápido demais. Demorei a decidir se deveria compartilhar tal pensamento ou se isso apenas ia complicar a minha situação e piorar o tratamento de silêncio. Mas não poderia ficar pior que isso.

– O tempo estimado para que isso aconteça é muito grande, mas já faz muito tempo que o Reino Antigo foi perdido... – ele parou por um momento e me olhou. Parecia ter chegado à mesma conclusão que eu. – Acho que sei o que há por detrás dos portões...

– Nobres.

Um silêncio incômodo se estabeleceu. Me irritava pensar que Seeru tinha toda essa informação e se limitava a ficar em seu acampamento enquanto o mundo podia cair sobre nossas cabeças a qualquer momento.

– Os Nobres surgiram com a queda do Reino Antigo, mas há uma coisa que eu não entendo... Por que os Necromantes dariam aos Nobres o poder de abrir os portões?

– As chaves morrem quando abrem os portões... Talvez pensassem que isso nos faria pensar duas vezes antes. – era uma ideia lógica... Exceto pelo fato de que a chave que abriu o portão principal não morreu. Não sei o que me frustra mais nesse momento: o fato de não ter morrido como deveria ser ou o de não conseguir fechar aquele portão nunca mais. – Tem alguma pista do que eles planejam fazer depois de saírem?

– Bem... Dê uma olhada aqui. “E um deles gritou ‘eu quero viver’. Enquanto fechávamos o último portão. Era uma criança... Pelos Deuses, o que fizemos?”

Isso soa de forma terrível. Fico num embate mental para descobrir quem é pior: os Nobres ou os Necromantes.

– Isso não me soa nada bem... – era Tillie que havia se juntado a nós sem que eu notasse. Ao menos ela não estava me tratando como se eu fosse um criminoso fugitivo. – Mas não podemos ter certeza de qual é realmente o plano deles. Precisamos de detalhes se quisermos impedir que façam qualquer coisa. E para isso temos que falar com um Nobre.

Não contive o riso irônico. – Boa sorte com isso. Enquanto tomam chá com eles, eu vou esperar na piscina legal que seu namorado tem.

– Aida, você me contou que tinha pesadelos com os Nobres, não é?

– Sim...

– Certo. Bem, o que dizem sobre os Nobres não sonharem e sim verem coisas é verdade. Quero que tente falar com os Nobres que aprecem em seus sonhos. Descubra qualquer coisa que puder sobre o plano deles.

O QUÊ?

– Eu vou preparar uma poção do sono que vai permitir que você controle suas ações enquanto estiver sonhando. Assim também se lembrará de tudo quando acordar.

– Tillie, eu admiro seu entusiasmo, mas estamos falando dos Nobres. Não é como se fôssemos melhores amigos.

– Aida, me diga... Você não está cansada de se esconder? Não quer algumas respostas sobre quem você realmente é? – certo, ela me pegou. – Não tem que ter medo. Estou aqui pra cobrir você, assim como Zander, Sky e Jace... Talvez seu guarda-costas também. Além de tudo, é apenas um sonho, há uma grande chance de nem funcionar.

Respirei fundo. Tillie conseguia ser persuasiva quando queria. Realmente eu estava cansada de me esconder do mundo e fingir ser durona arranjando briga em bares, mas da última vez que comprei uma briga, acabei debaixo dos destroços de uma torre.

x

Tillie encarou meu silêncio como um sim e não demorou a ir buscar ingredientes parar preparar a poção.

– Oi... – não tinha notado Sky se aproximar de mim na varanda.

– Oh, estamos nos falando?

– Será que pode não ser irônica uma vez na vida? – ela estava séria.

– Não, é mais forte que eu.

– Você é uma idiota, sabia? – Sky olhou no fundo dos meus olhos.

– Eu ouvi das primeiras dez vezes em que disse isso enquanto me batia.

Ela revirou os olhos e respirou fundo, como se estivesse fazendo uma força terrível para não me eletrocutar outra vez. Talvez ficássemos ali o resto do dia e ela não diria mais uma palavra sequer. Eu conhecia aquela cara e não podia desperdiçar o fato de que Sky havia se esforçado para deixar de lado o tratamento de silêncio.

– Falando em bater... Que diabos foi aquilo? De onde tirou aquela coisa de raios?

Sky riu.

– Bem, quando nós viemos para Ildis, Tillie me convenceu que seria uma boa ideia entrar para a academia. Quando você não é um mago, eles te dão duas opções: alquimista, como a Tillie ou Alquimista de encantamentos, que é mais sobre combate. Como alquimistas não possuem poderes naturais como os magos, temos que criar um item encantado que nos permite usar um dos elementos da natureza, mas ao contrário dos magos, um alquimista só pode usar um elemento por vez, já que eles são provenientes de seus itens.

– Na verdade ‘encantamento’ não é tão fácil quanto ela faz parecer... É um milagre que ela tenha conseguido criar este objeto em seu primeiro ano. Alguns alunos do quarto ano não conseguem. – Tillie se juntou a nós com o pequeno frasco verde em mãos.

– Bem, não é tão poderoso, eu ainda preciso aperfeiçoar bastante... – Sky era péssima com modéstia.

Se ela ainda vai aperfeiçoar aquela droga, eu não quero ser o boneco de teste.

– Eu odeio magia... Odeio. Não use isso em mim outra vez.

Tillie e Sky riram. Pude ver Zander se preocupando em ajeitar o sofá onde provavelmente eu iria deitar. Jace entrou pela porta e sorriu para mim.

Caminhei até o sofá e me sentei, olhando para Tillie e seu pequeno frasco verde.

– Não gosto disso... – suspirei.

– Ora vamos, gracinha, vai me dizer que está com medo de uma soneca? – Jace falou enquanto se apoiava na parte detrás do sofá.

“Vai se ferrar.” Pensei.

– Bem, isso deve te deixar fora do ar por algumas horas. Estaremos aqui quando acordar. – Tillie me entregou o frasco.

Me obriguei a beber o líquido verde de uma vez, já que ficar olhado aquela aparência estranha não ia me ajudar em nada. Para meu alívio, não senti gosto algum, mas também não me lembro de ter deitado no sofá.

x

Novamente estava vendo aquela luz no fim do túnel, mas diferente de todos os outros sonhos, eu sentia que podia controlar meus passos desta vez e embora eu não quisesse andar naquela direção, eu sabia que as respostas que eu buscava estavam lá.

Quando cheguei ao final, não foi a mesma figura de sempre que eu vi. Era uma cópia exata de mim, a julgar pelo cabelo e pelo resto do corpo. Embora a “criatura” não tivesse rosto, eu sabia que era ‘eu’.

“Isso é um nível completamente diferente de falar comigo mesma.”

– Por que você se parece comigo? – perguntei em voz alta, observando a criatura imóvel à minha frente.

– Eu não sou você. – confesso que me assustei e dei alguns passos para trás quando ouvi minha própria voz – Eu sou uma peça do seu sonho, um fragmento da sua memória. Eu sou o que você acha que vai enfrentar com a abertura dos portões.

– Whoa... Talvez eu seja a pessoa menos criativa desse mundo. – não pude evitar, as palavras corriam mais rápido que meus pensamentos – Certo, versão fantasma de mim... Por que você me chama em meus sonhos? Por que não posso ter uma noite tranquila sequer?

– Não chamamos por você. Chamamos pelos outros de nossa espécie, você é apenas uma intrusa, uma passageira. – de certa forma me senti ofendida.

– Sim, já ouvi isso antes. – não desmanchei a postura. Eu comando essa situação, não essa coisa sem rosto – Por que os chamam?

– Porque está na hora. Temos de terminar o que começamos.

– O que quer dizer? O que vocês começaram? Qual é o plano uma vez que saírem pelos portões? Irão matar as pessoas?

– Não buscamos vingança.

– Então por que mataram aquelas pessoas no Reino Antigo?

O tempo que ela demorava a me responder estava começando a me irritar.

– Nós não matamos. Nós apenas seguimos ordens.

– Ordens? – acho que perdi alguma coisa...

– Nós não estamos vivos, somos apenas falhas. Não temos vontade própria nem consciência. Somos ferramentas, armas.

– Espere... Então quem ordenou que vocês matassem as pessoas no Reino Antigo?

Ainda mais demora para responder. A figura parecia demorar algum tempo para processar a pergunta e então encontrar uma resposta.

– Os três reis antigos. Eles são nossos mestres, servimos a eles e fazemos os que nos é ordenado.

– Por que os Reis iriam querem matar seu próprio povo? Isso não faz o menor sentido...

– As pessoas queriam liberdade. Queriam derrubar os Reis.

– Liberdade? – essa conversa está ficando muito estranha. – Elas eram mantidas presas no Reino?

– Sim. O Reino Antigo não era um reino propriamente dito. Era uma prisão.

Uau.

– Você disse algo sobre terminar o que começaram... Você vão matar as pessoas?

– A ordem foi dada.

– Mas os antigos reis estão mortos! Não há motivos para seguir ordens!

– Eles não estão mortos.

– Isso foi há centenas de anos atrás, não há nenhuma possibilidade deles estarem vivos! – me peguei argumentando com uma estátua viva e sem rosto em um sonho. Certo.

– Eles estão vivos. E estão aqui, assim como você.

Não é possível...

– Quanto tempo eu tenho até que o próximo portão seja aberto? Tenho que parar isso!

– O segundo portão... Onde é sempre primavera. Onde a canção dos anciões é cantada. Onde o mais forte, sábio e bravo ascendeu aos céus.

Ótimo, um enigma... Era tudo o que eu queria no momento.

x

– Não, você precisa adicionar uma pitada de sal negro se não quiser criar uma fumaça terrível e um cheiro pior ainda. – era a voz de Tillie.

– Por isso eu não escolhi alquimia... Tão complicado... – Sky, definitivamente.

– Eu juro que você trapaceou cara! – Jace reclamando de alguma coisa. – Não tem como você ter ficado com uma mão tão boa!

– Você é um perdedor horrível. – eu podia até mesmo ver Zander de braços cruzados e aquela expressão de quem não queria demonstrar que estava feliz.

Quando foi que eu acordei? Eu acordei? Sentia a cabeça pesar muito mais do que deveria. Não havia aberto os olhos ainda. Estranho... Podia jurar que sabia onde cada um de meus amigos estava e o que estava fazendo.

Devo ter emitido algum som muito estranho, pois em meio segundo estava rodeada por todos eles. Finalmente abri os olhos, me deparando com a cara de Sky me analisando de perto. Tentei falar alguma coisa, mas dessa vez tenho certeza que aquilo foi um grunhido em qualquer língua, menos na que eu conhecia.

– Calma. É um efeito colateral da poção. – Tillie me acalmou. – Aguarde alguns minutos.

– Não teumos alguns minotous! – pude sentir minha língua enrolar.

– Mas vai levar alguns até que consiga voltar a falar normalmente. – Tillie deu de ombros.

– Estamos condenados.

– Oh, então parece que a poção funcionou...

– Sim. Tinha outra eu e então elamedissenqndeifehloiruaiurt...

– Alguém cale a boca dessa menina... – ouvi Jace falar de algum lugar mais longe.

– Aida, fique quieta. Sei que quer falar, mas o efeito da poção vai demorar um pouco para passar, então se acalme, caso contrário não vamos conseguir entender a situação. – a anã conseguia ser extremamente calma nesses casos e eu não sei se isso era inspiração ou me fazia querer socá-la.

x

– Tem certeza que ela disse “eles estão vivos”? – Tillie me olhava com uma expressão preocupada. – Talvez ela tenha dito “eles são mitos”...

– Não Tillie. Tenho certeza do que estou dizendo. Ela não negou a existência dos reis.

– Mas isso é impossível! – ela respirou fundo e deixou um longo suspiro escapar, coçando a nuca em seguida e olhando para os demais o redor. – Bem, imagino que só nos resta ir até o local do enigma e descobrirmos.

– Eu disse que era imposs... O QUÊ? – ela ficou louca? – Tillie, até mesmo sua bravura tem que ter limite... Tem um exército de pessoas prateadas prontas para matar qualquer coisa que se mova, e você quer ir lá?!

– Aida, o que houve com você? – ela enrugou a testa – Você era bem diferente antes de morr... – não ousou completar.

– Olhe... Eu tenho uma péssima história com os Nobres, certo? – sei que nunca falei sobre isso com nenhum deles, nem mesmo com Sky. Respirei muito fundo e evitei olhar fixamente para qualquer um deles. – Quando eu era mais nova, antes de conhecer Sky, eu era uma Nobre de verdade. Eu não tinha sentimentos. Eu era veloz, enxergava centenas de vezes melhor, era alguém com quem você não ia querer cruzar. Um Nobre pode sentir os minutos passarem, cada mísero segundo. Eles podem sentir outro ser a milhas de distância. Quando um deles olha para você, ele pode ver toda sua vida, seus passos, as conversas, cada pequeno detalhe. Eu tinha tudo isso e era por isso que eu era arrogante. Eu ainda não sei por que fui obrigada a ficar longe da Ordem Prateada e dos outros Nobres, mas eu não queria me manter afastada. Minha avó – não minha avó se sangue, é claro – sempre me disse para manter distância, mas eu nunca entendi o motivo. Eu queria me juntar a eles, queria saber como é estar perto daqueles que eram como eu. No dia em que eu conheci Sky, foi quando eu aprendi porque deveria me manter longe. – respirei novamente, ainda sem olhar para ninguém – Outro Nobre da minha idade me matou naquele dia. Bem, não fisicamente é claro, mas ele me tirou tudo, minha força, velocidade... Quando eu era uma verdadeira Nobre, eu não sentia dor e naquele dia eu senti pela primeira vez e era uma maldita lâmina no meu estômago! E quando eu acordei, tinha essa ‘coisa’ nova... Sentimentos. Pela primeira vez na minha vida eu pude sentir alguma coisa, chorei e não conseguia mais parar. Tillie, você nasceu com isso, você chorou quando era um bebê ou quando bateu o dedinho na quina da estante. Você foi feliz, você riu... Eu nunca tive isso e de repente sentia dor. Senti a dor da perda da minha avó, a dor de ter sido estúpida e a dor física. Eu só consegui sentar naquela droga de tenda e chorar! É coisa demais, Tillie. Eu tento o meu melhor para ser normal, mas quando se trata dos Nobres... – lágrimas os olhos, ótimo – Eu simplesmente não consigo... Não consigo encará-los, não consigo chegar perto deles... Tenho medo e vontade de gritar, mas eu simplesmente não consigo!

– Uau... Você realmente tem medo deles... – foi um comentário desnecessário, mas pude ver que ela não tinha nada mais para dizer, apenas não queria me deixar com a sensação de estar falando sozinha.

– Sim, eu tenho... Diego é um filhotinho fofo perto desses caras.

Ninguém ousou dizer uma palavra. Eu não olhei diretamente para nenhum deles além de Tillie, mas eu podia ver Zander pelo canto dos olhos e ele tinha aquela expressão de quem diz ‘vamos conversar mais tarde’.

– Podem nos dar um minuto? – ouvi Sky pedir. Todos s outros saíram da sala sem pensarem duas vezes. Talvez por não saberem o que dizer.

– Sky...

– Aida... – ela sorria daquela forma doce que derrete o coração de pedra de qualquer um – Eu vou proteger você. Eu salvei sua vida uma vez e vou salvar de novo e de novo... Não vou te deixar sozinha nunca. Estou aqui por você e tenho certeza que o resto nosso grupo nada comum pensa da mesma forma que eu...

– Eu sei Sky, é que...

– Não, você não sabe. – ela tinha um tom de certeza na voz que eu nunca tinha ouvido antes. Sky realmente evoluiu muito em pouco tempo – Nós estamos aqui por você. E se morrermos, vamos morrer juntos. Eu estarei lá até o último minuto, nunca estará sozinha. Mas pense em todas as pessoas que não tem ninguém que faça isso por elas... Se o que você viu no seu sonho é verdade, você tem razão... Eles não têm a menor chance. – ainda com aquele bendito sorriso... – Então pelas pessoas que não tem o que nós temos, por aqueles que não são uma completa bagunça como nós somos – percebi o humor na voz dela – temos que ser bravos e enfrentar nossos pesadelos, para que outras pessoas não tenham que fazer isso.

Respirei fundo e não pude conter uma risada. Ela realmente conseguiu me convencer que lutar era a melhor opção. Eu sempre teria medo dos Nobres e do que eles eram capazes, aquela era uma cicatriz que eu jamais deixaria de carregar, mas não podia ser covarde a ponto de deixar que outros lutassem no meu lugar.

– Certo... – sorri mal acreditando no que ia fazer – Vamos acabar logo com isso.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Foi uma capítulo bem legal de escrever, foi leve e eu adorei escrever sobre como a Aida de sente com relação aos Nobres...
Bem, o próximo capítulo provavelmente é o último dessa temporada e aí encerramos o ano pra poder começar a looooooooooooooooooonga terceira temporada.
Vejo vocês na semana que vem!
Beijooooos!



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