Historia De Un Amor II - LM escrita por CSI Fanfiction


Capítulo 16
Capítulo 16 - "Positivo"


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, desculpem-me a demora, mas a falta de inspiração não saía da minha mente. Desde o capítulo anterior eu não conseguia escrever, mas hoje pela manhã me vieram ideias a mente, e agora o capítulo está pronto.

Eu sinto muito mesmo pela demora, sei que com isso tenho a consequência de, perder leitores, mas isso acontece. Espero que, as que continuam lendo comentem, isso me dá vontade de continuar. Obrigada!



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DR – Senhora San Román, como meu plantão começou há pouco. Eu verifiquei primeiro os exames que estavam na minha mesa, e é da Senhorita Estrela. Como ela mesma disse, não há nada de grave com sua saúde, mas daqui pra frente terá que se alimentar direito porque sua glicose está alta, e porque terá que cuidar muito bem da alimentação para não prejudicar o bebê.

As expressões das três foram distintas: Surpresa, incomodo, alegria, dor... Eram um misto de emoções inexplicáveis. Como Estrela olharia para sua irmã agora? Como Maria ficaria feliz por uma filha gerar uma benção enquanto a outra acabara de perder dois? Como Victoria se sentira com isso, incomodada, triste, feliz? E estrela, como pudera ficar feliz em um momento tão complicado?

“Como esse médico pode ser tão inconveniente?” – pensou Maria

– Victor... – Estrela tentou argumentar mas Victoria a interrompeu.

V – Eu... eu quero ficar sozinha, por favor!

DR – Há algum problema? – O doutor perguntou, mas não foi respondido.

M – Filha, queria falar... – Maria percebeu em seu olhar uma suplica para que ficasse só. – Está bem, irei falar com o doutor sobre aquele seu pedido. – Ela beijou a testa da filha e saiu depois de Estrela.

Maria explicou ao doutor os motivos de Victoria, ele pediu desculpa e disse que sua intenção não era trazer desgostos. Em seguida falou sobre a possibilidade de sua filha ver os bebês. Depois Maria e Estrela seguiram pelo corredor até a recepção em silêncio. Ela não percebeu, mas Estrela estava chorando. Se sentia um pouco culpada.

Ela por anos, depois que teve Carlinhos, deixava para ter um filho no ano seguinte e nunca cumpriu essa promessa. E, quando, Victoria ficou grávida ela sentiu essa atração renascer e conversou com Grego, o mais interessado, para eles terem mais um filho, assim seus sobrinhos e filho teriam mais ou menos a mesma idade quando crescessem.

**

Estrela assim que viu seu pai vindo em direção a elas, acelerou o passo e abraçou-se fortemente a ele.

Es – Princesa... princesa por quê está chorando? – Passou a mão em seu cabelo enquanto com a outra massageava sua costa.

Estr – Estou... Es-estou grávida, papai! – Respondeu entre soluços, ela mantinha seu rosto escondido.

Es – Amor, isso é maravilhoso. – Disse Estevão assim que segurou seu rosto entre suas mãos para olhá-la.

Estr – Não é, não. – Ela mordeu seu lábio inferior e enquanto tentava conter as lágrimas. – Veio no momento errado. Como irei olhar pra Victoria agora? Ela acaba de perder dois bebês! – Abraçou-se novamente ao pai.

M – Estrela, você não tem culpa nenhuma. – Disse Maria depois de escutar sua filha. Passou a mão em sua costa. – Ela compreenderá!

Estr – Eu deveria ter desistido! – Sussurrou.

M – Desistido? Do quê? – Estrela percebeu que havia dito alto demais e, ficou pálida ao olhar para sua mãe e ver sua cara interrogativa.

Estr – E-eu preciso de um café. – Ela tentou fugir do assunto assim que saiu dos braços de seu pai e foi em direção a “Cafeteria” do hospital.

Maria como não era boba nem nada foi atrás. Ao mesmo tempo que iam atrás de Estrela, também conversavam sobre Victoria. Maria contou à ele o que ocorreu dentro do quarto e por um instante pensou que seu marido ia procurar o médico “incompetente” para dar uns tapas nele.

**

Maria e Estevão sentaram-se na frente de Estrela, ela já havia pedido o café, agora olhava o cardápio dos “Salgados” só para não ter que conversar com seus pais. O café estava a ponto de chegar quando Maria tirou o cardápio da mão dela e o copeiro chegou.

Xx – Irão acompanhar com algo? – perguntou educadamente o “garçom”.

M – Não, não muito obrigada! – Disse Maria dando o cardápio a ele ao mesmo tempo que esboçava um sorriso falso. Assim que o homem saiu, ela olhou para Estrela. – E então, Estrela?

Estr – Então, o quê? – Questionou fazendo-se a desentendida.

Es – Estrela você falou claramente “Eu deveria ter desistido”. Nós só queremos saber do quê? Do que você deveria ter desistido, de ter esse filho? – Os olhos daquela mulher que, agora, parecia mais uma garota indefesa cristalizaram.

Estr – É... – Disse vagamente surpreendendo seus pais. – Como vocês sabem Greco sempre quis ter mais filhos.

M – Sim, e você sempre prometia que no ano seguinte.

Estr – A verdade é que, dois anos depois que o Carlinhos nasceu eu parei de tomar anticoncepcionais. Mas nunca falei para o Greco, pois queria dar uma surpresa a ele. – Ela suspirou e voltou a olhar para xícara de café. – Um ano e meio depois eu fui a minha ginecologista. Estava preocupada pois não havia nenhum sintoma de gravidez nesse período. Fiz alguns exames e ela disse que eu tinha “problemas ovula-tórios”. Então eu teria uma dificuldade a mais para ficar grávida. Depois disso comecei a dar desculpas a Greco de que o trabalho ocupava muito meu tempo, que Carlinhos ainda estava pequeno para termos mais um. Mas jamais disse a ele. – Ela fechou os olhos e deixou algumas lágrimas caírem. – Há três anos atrás, eu descobri estar grávida de quase dois meses. Eu estava tendo cólicas frequentes, mas não disse nada até ter certeza de que a gravidez iria pra frente. No aniversário de 15 anos de Victoria, eu prometi a ela que chegaria cedo para ajudá-la. Mas eu não cheguei.

M – Sim, eu me lembro bem, você disse que teve uma cirurgia de última hora.

Estr – Eu saí do hospital às 14:00, mas não porquê tenham me liberado, não. No momento em que atendia uma paciente tive dores muito forte e, bom... tive um aborto. Fiquei algumas horas no hospital, queriam ligar pra vocês, mas eu não deixei. Por isso cheguei tarde em casa. Se eu não tivesse implorado para o doutor alta, creio que não chegaria.

M – Filha... – Maria acariciou seu rosto. Estrela em momento algum olhou para seus pais enquanto falava. – Deveria ter nos contado, não poderia ter passado por isso sozinha.

Estr – Eu sei, eu sei... Mas Victoria estava tão emocionada com àquela festa que não me atrevi a falar. A partir daí eu deveria ter voltado a tomar as pílulas, mas fui deixando e acabei esquecendo. Me prometem uma coisa?

Es – Claro que sim, filha. – Disse segurando em suas mãos.

Estr – Prometem que não irão contar que estou grávida para ninguém? Principalmente para o Greco?

Es – Seu fosse o Greco iria querer saber, Estrela. Acima de tudo para te apoiar!

Estr – Eu não quero que ele tenha ilusões! Essa gravidez pode, como também não pode ir adiante.

M – Estrela, Greco sabe que você perdeu um bebê? – Perguntou Maria, pois sua filha havia dito de forma tão severa “tenha ilusões”.

Estr – N-não! E não deve saber. Mas vocês não me prometeram. – Maria suspirou.

Es – Está bem, Estrela, nós prometemos.

M – Ele irá perceber a mudança no corpo, Estrela!

Estr – Não vai!

Es – Eu percebi na sua mãe, e foi aí que nos demos conta de sua gravidez.

Estr – Eu... eu e Greco não, não estamos tendo relações há quase dois meses! – Esse comentário sim surpreendeu Maria e Estevão.

M – Vocês discutiram? – Ela acenou positivamente com a cabeça, suas lágrimas saíam sem qualquer tipo de esforço.

Estr – Há mais ou menos dois meses ele me pediu para deixar o meu trabalho e nos concentramos em ter mais um filho, e eu não quis dizer a ele que não podia ter mais filho. Ele iria se sentir decepcionado. Então discutimos, ele me chamou de egoísta, que só estava pensando em mim mesma e ficamos por isso mesmo.

Es – Meu amor...

M – Por que não nos falou sobre isso, amor? Mas você também deveria contar a ele, Estrela. Se não contar, ele estará com a razão. Um casamento ele só vai para frente quando duas pessoas que se amam compartilham as alegrias e as tristezas, quando um fortalece o outro. Você está deixando seu marido de lado em algo tão sério como esse.

Estr – Eu não contei a vocês porquê já tinham problemas demais. Obrigada por me ouvirem! – Esboçou um sorriso tímido aos pais.

M – Você e seus irmãos podem contar sempre conosco. Nunca deixaríamos vocês desamparados!

Es – Nós amamos muito vocês, Estrela.

Estr – Eu também amo vocês, muito! – Maria levantou-se e sentou-se ao lado de sua filha, abraçando-a.

**

Quarto de Victoria

POV’s ON

Descobrir que Estrela está grávida me pegou totalmente desprevenida. Pude ver que ela estava tão surpresa quanto eu e minha mãe. Teremos que conversar, eu sei. Sei que ela irá querer se explicar, mas não precisa. Todos sabem que Greco sonhava com ter três, quatro filhos.

Deitei em “minha cama”, fechei os olhos e fiquei imaginando como seria daqui três, quatro anos quando meus filhos e o de Estrela estivessem brincando no jardim de casa ou no parque. Seria tão maravilho.

Meus pensamentos foram interrompidos por alguém tocando na porta. “Entre” – disse voltando a ficar sentada na cama. Duas enfermeiras entraram, cada uma com um bebê, eram meus filhos.

– Com licença, Senhorita San Román. – disse uma das enfermeiras. – O doutor Montesinos nos disse que trouxéssemos seus bebês.

V – Sim, obrigada! – Fiz sinal para que uma delas se aproximasse, sem permissão peguei minha pequena filha no colo, parecia que estavam dormindo. Acomodei ela em meu colo e pedi que a outra se aproximasse também, peguei o meu menininho com outro braço. Pedi também para que elas me deixassem um momento a sós.

V – Oh meus amores! Vocês são lindos – Os coloquei na cama, um ao lado do outro, estavam enrolados em uma mantinha rosa e azul. – Mamãe jamais esquecerá de vossos rostos. – Acariciei desde o cabelo até o pezinho, cada um.

Talvez fora uma forma de consolo para mim chorar por tudo que estava acontecendo. Sentia um nó na minha garganta, mas aos poucos foi passando.

Uns 15 minutos depois entram as mesmas enfermeiras, me despedi de meus filhotes e agradeci a elas.

Me joguei naquela cama de hospital novamente. Coloquei minhas mãos embaixo do travesseiro e comecei a chorar por ter sido tão idiota com meus pais, eles eram tudo para mim, se eles me perdoaram, eu não poderia me perdoar por aquela atitude de menina mimada, irresponsável e mal educada. Tinha que pedir perdão a tanta gente!

Agarrei forte no lençol querendo descontar toda minha raiva nele, toda minha irritação por mim mesma. Ao passar a mão novamente pelo lençol senti um papel?

O peguei e fiquei virada para cima, era um envelope e não havia nada escrito. Abri e me deparei com um exame? De DNA? Entre Victoria San Román de Fernández e Estevão San Román?

Sentei-me rapidamente na cama desesperada, quem havia feito àquele exame? E como? Quem mais sabia desse teste?

Meus olhos seguiram as linhas daquele exame sem entender absolutamente nada, a não ser aquela palavra grande em vermelho no final da folha. “POSITIVO”.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, beijins :)
@CarllSanttos



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