Historia De Un Amor II - LM escrita por CSI Fanfiction


Capítulo 13
Capítulo 13 - "Nada mais que à verdade - parte 2"


Notas iniciais do capítulo

Aqui está, desculpem os erros!



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*QUARTO 020*

V – Acho que agora podemos conversar sem interrupções.

M – Claro – disse séria deixando sua bolsa no sofá que havia ali, Maria se aproximou-se e sentou-se na cadeira que a pouco ocupara Maicon. – O que realmente quer saber?

V – A verdade, nada mais que toda a verdade.

M – Se você quer a verdade, à terá! Mas antes tem que saber que eu quis te poupar de tudo isso, por isso jamais pensei em te dizer que motivos me levaram a esconder isso.

V – Estou ciente disso, mas eu escutei algo que não deveria, então quero saber o resto.

M – Antes de você querer saber “o resto” como disse, tem que saber também que, existe uma parte da minha vida que você não conhece. Uma parte que há muito tempo superei. Está pronta para ouvir toda a verdade? – Essa última frase estremeceu Victoria por dentro que a olhou com curiosidade.

V – Estou! – respondeu sem firmeza e Maria notou isso. Ela respirou fundo e começou.

Maria relatou a filha que estivera presa por quinze anos por um crime que não havia cometido. Depois havia se casado com Estevão novamente tornando-se madrasta de Heitor e Estrela, negando-se a se entregar a seu pai. Contou do desprezo que sofreu por seus filhos por crerem que ela era uma assassina e impostora na mansão. Depois que, ela e Estevão se reconciliaram.

Victoria ficou muito surpresa com tudo o que sua mãe falou, e ficou mais ainda quando ela continuou.

M – Então eles me expulsaram da mansão porquê pensaram que eu realmente havia empurrado Alba da escada. Nesse mesmo dia havia ido ao médico pelos resultados de meu exame, Estevão algumas semanas atrás pensava que eu estava grávida, pois sentia muito enjoo, nada me caía bem no estômago. Eu tinha total certeza de que não era gravidez porquê minha menstruação estava regulada, quando fui pelos exames descobri estar com câncer de mama. E depois da expulsão da mansão deixei apenas uma carta comunicando Estevão do que tinha. Com isso eu fui embora pra Miami.

V – E onde eu se encaixo nisso tudo?

M – Você meu amor? – disse com lágrimas nos olhos passando a mão pela face de Victoria. Ela fez de conta que não havia ouvido o que a filha perguntou e continuou. – Quando cheguei em Miami, estava muito tarde, tudo muito escuro. Eu desci do táxi em uma rua equivocado do hotel, mas não liguei continuei meu trajeto. – Victoria via o semblante de sua mãe e o nó se formava em sua garganta impedindo que o choro saísse. – Quando atravessei a rua um homem mexeu comigo, perguntou se eu não queria carona. Eu com toda certeza não o respondi e passei por trás do carro. Alguns metros na frente ele havia estacionado seu carro, ele novamente mexeu comigo fazendo insinuações, ás quais me neguei. – Maria fez uma pausa.

V – E então o que aconteceu? Se conheceram melhor? Vocês tiveram um caso? Me diz!! Por favor! – disse em tom de súplica.

M – No dia seguinte acordei em um hospital. Não recordava nada. Até a médica, que hoje é sua tia, Camila, perguntar se eu estava bem. Aquele homem que havia feito inúmeras insinuações, havia abusado de mim. – Maria olhava sua filha que estava com olhos vermelhos pelas lágrimas que até pouco estavam sendo seguradas.

V – Con... continue! – disse com voz embargada pelo que ouvira.

M – Ele na mesma madrugada havia sido preso. Depois disso comecei a fazer minhas quimioterapias e tratamentos psicológicos para me ajudar a enfrentar aquilo. Um mês e algumas semanas depois era pra mim estar reagindo bem aos tratamentos. Em um dia após voltar da quimioterapia estava conversando com Camila no hospital quando me senti mal, e ela me obrigou a fazer novos exames. Foi aí que eu descobri a gravidez, fiquei muito feliz pela notícia, mas ao mesmo tempo na dúvida. Eu e seu pai jamais usávamos proteção. – Maria continuou contando tudo a sua filha que ouvia tudo atentamente. Cada palavra que sua mãe dizia era uma dor e alívio ao mesmo tempo. Quando Maria chegou ao fim, Victoria já soluçava e compreendia sua mãe.

M – Agora você entende por que não queria que soubesse? Não queria que sofresse – disse passando sua mão pelo rosto da filha removendo as lágrimas que saiam – Mas tanto eu como Estevão temos certeza de que eres filha de quem sempre chamou de pai. Tens seus olhos, sua boca fina e também...

Maria não teve tempo de terminar sua conclusão de como ela era parecida com Estevão, pois sua filha a abraçou com força. Maria retribuiu o abraço que por tantos meses ficou à espera, queria senti-la como sempre, como um “bebê” que para ela, Victoria era.

V – Mãe – sussurrou Victoria ao ouvido de Maria entre choros – mãe, eu... eu quero ficar sozinha!

M – Tudo bem meu anjo, estarei lá fora se precisar junto com seu pai. – Maria beijou a testa de sua filha e saiu.

Horas depois, já estava ficando noite e por isso Maria pediu que todos fossem para casa ela e Estevão ficariam no hospital, caso houvesse algum contratempo avisariam. Desde que Maria houvera falado com Victoria ninguém mais entrou, somente o médico para checar se estava tudo bem.

Pela madrugada Maria e Estevão dormiram sentados no sofá do quarto de Victoria, um encostado no outro.

Victoria dormia intranquila, se movia muito, suava frio. Estava tendo um pesadelo horrível. Seu pesadelo trazia lembranças que ela tentava esquecer, lembranças dolorosas que estavam vindo com o acontecido com sua mãe. Sua respiração ficava mais agitada conforme as cenas pareciam mais reais. Aquele abuso.

Logo seu pesadelo fluiu por outros caminhos onde seus pais a estavam rejeitando como filha.

*PESADELO* - Sonho 4:00 AM

V – Mãe, Pai... Por favor me perdoem. Eu sei que errei, mas eu estou aqui, arrependida.

Es – Não acha que é tarde demais, Victoria?

V – Por favor, Pai!

Es – Eu não sou seu pai, não foi isso que me jogou na cara quando disse que à mim não importava DNA algum?

V – Mas... – Victoria chorava muito, estava ajoelhada na frente dos pais rogando perdão.

M – Sem mas, Victoria. Você nos humilhou, nos magoou muito, e agora porquê um teste de DNA comprava que Estevão é seu pai, você vem querendo perdão? JAMAIS!

V – Mãe, não foi pelo teste eu juro. Eu amo vocês, me perdoem!

M – Vá embora Victoria, não queremos ver-te nunca mais, estás livre. Com isso, aprenda a valorizar a quem te ama e dá carinho. Há pessoas nesse mundo que dariam tudo para estar em teu lugar, mesmo sabendo que seriam adotadas. Você não valorizou a família que te demos, o carinho, amor, irmãos.... Os pais que teve, agora você perdeu.

V – Não, não... não – Victoria agarrou-se a cintura dos pais.

Es – Solte-nos Victoria, e vá embora! Para sempre. – “Sentenciou” soltando-se dela, e fazendo-a cair deita no chão.

**

– NÃO!!! – gritou Victoria acordando do pesadelo que tivera. – não, não... – ela estava muito nervosa e chorava descontroladamente tirando o soro que estava no braço. Ela fez movimento de levantar-se para sair do quarto. – Mãe... PAI!!! - Estevão acendeu a luz e Maria já caminhava em direção a cama dela, atrás vinha Estevão.

Victoria ao vê-los tão perto os abraçou com força, soluçando muito.

– PAI!!! – Estevão estava emocionado por ouvir de novo sua filha o chamando de “Pai” – paizinho... – Mas Estevão também reparou que a filha estava muito nervosa, suava muito – Mãe me, me perdoem. Pai... – Maria abraçou a filha mais forte, enquanto Estevão retirou-se do quarto e foi chamar o médico.

M – Meu amor, acalme-se sim? Tudo vai ficar bem – dizia Maria passando uma mão pelo cabelo da filha e outro pelo rosto removendo as lágrimas. – Tudo ficará bem, mas você tem que se acalmar.

V – Mãe... – repetiu antes de desmaiar pelo nervosismo.

M – Victoria, Victoria...

6:35 AM

O doutor que fez o parto de Victoria, foi o mesmo que a atendeu na crise de nervosismo, e que agora iria conversar com os pais dela em sua sala.

“SALA - Dr João Manuel Montesinos”

Dr – Por favor sentem-se! – Maria e Estevão sentaram.

M – Doutor o que Victoria têm? Por que não nos deixaram entrar?

Dr – Senhora San Roman eu lhe peço que tenha paciência porquê estamos um estado muito delicado, não de sua filha... – se apressurou a terminar a frase antes que Maria ficasse mais nervosa, mas do mesmo modo ela não entendeu. Se sua filha não estava em estado delicado, o que estava acontecendo?

Es – Doutor, acho que tanto eu como minha esposa precisamos que o senhor seja mais claro. – Maria concordou com a cabeça, segurando na mão de seu esposo.

Dr – Sim vocês têm razão. Mas é preciso calma, há médicos brutos que muitas vezes não sabem como tratar os pacientes. Em primeiro lugar. Victoria está em coma induzido.


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Notas finais do capítulo

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