Eve escrita por BibiBennett


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um capítulo pra vocês! =D
Como foram de Ano Novo? Tudo certinho? Espero que tenham tido uma maravilhosa virada de ano =3
Enfim, sorry pela demora em postar esse capítulo, eu realmente to meio empacada na hora de escrever novos capítulos e isso está causando a recente demora no update da fic... =/
É esse calor maldito que está aqui no Rio de Janeiro que me tira completamente a vontade de fazer qualquer coisa =/
De qualquer maneira, espero que gostem! O próximo capítulo é bem grandinho e eu espero que compense a demora >.



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Dizem que momentos bons acabam rápido, não é mesmo? Então talvez esse seja o porquê da semana ter passado voando diante de meus olhos.

Todos aqueles dias que haviam se passado haviam sido divertidos, e cada hora que eu passava junto de Steve, seja dando um passeio no parque ou fazendo panquecas para o café-da-manhã, mais a companhia dele me alegrava. Em menos de uma semana já era possível ver a amizade que rapidamente se formava entre nós.

Sorri com o pensamento, e relembrei os dias em que passeamos pela cidade.

Nova York não era somente um lugar de dor e sofrimento como eu havia achado que seria durante a semana anterior, a qual eu vaguei sem rumo pelas ruelas e becos escuros da cidade. O lugar também poderia guardar lembranças alegres e pessoas bondosas, pessoas como Steve e Sam, a quem eu havia conhecido no dia anterior.

—Então essa é a famosa Eve? — Sam disse assim que eu e Steve chegamos ao café onde eles haviam combinado de se encontrar.

— Famosa? — Perguntei com um sorriso no rosto, lançando um olhar curioso para Steve.

— É, ele fala de você o tempo inteiro. — Sam respondeu, fazendo Steve arregalar os olhos. Ri baixinho com a reação do loiro, concluindo que já havia simpatizado com o amigo de Steve.

— Não o tempo inteiro! Só duas vezes, e pelo telefone! — Steve tentou se defender enquanto nós nos sentávamos em uma das mesas do café.

— E pra você isso já é alguma coisa. — Sam continuou a provocar. — Esse cara aqui não se interessa em uma garota há décadas, literalmente. — O moreno lançou um olhar brincalhão para o amigo e por algum motivo eu senti que estava perdendo alguma coisa importante naquela frase. Resolvi não perguntar e ainda rindo passei o cardápio para Steve.

— Podemos, por favor, mudar de assunto? — Ele disse franzindo o cenho e focando toda a sua atenção no menu do café, tentando ao máximo esconder a expressão emburrada que aos poucos surgia em seu rosto.

— Eve? — A voz de Steve me despertou de meus pensamentos, e eu olhei para cima para encarar os olhos azuis do loiro.

Naquela manhã eu havia acordado antes dele, e como Steve havia feito o café-da-manhã para mim quase todos os dias, resolvi retribuir o favor. Então enquanto ele dormia eu preparei waffles e algumas outras coisas, tudo com a ajuda de um livro de receitas que eu havia encontrado na prateleira do quarto.

Assim que acabei de preparar tudo, sentei-me de frente para a bancada onde tudo estava arrumado e me pus a pensar enquanto esperava ele acordar, o que pelo visto não demorou muito.

— Ah, bom dia Steve! — Disse com um sorriso. — Eu não escutei você acordando. —

— Bom dia. — Ele respondeu se sentando ao meu lado, olhando surpreso para a comida. — Bem, eu posso dizer o mesmo. Você fez isso tudo? — Perguntou em seguida, desviando seu olhar da comida para mim e vice-versa.

— Yup, com a ajuda do seu livro de culinária. — Respondi orgulhosa, feliz pela reação surpresa dele. Steve já havia feito tanto por mim naquela semana, eu queria retribuir de alguma maneira.

— Uau, obrigado. — Ele agradeceu, seu típico sorriso surgindo em seu rosto segundos depois.

— Me agradeça depois que provar, eu ainda não sei se tudo ficou bom. — Respondi lhe entregando o garfo, e assim começamos nosso café-da-manhã.

Conversamos durante toda a refeição, e sobre um único assunto: Hoje.

Steve iria para o local onde trabalhava logo depois do café-da-manhã, e finalmente eu descobriria alguma coisa sobre mim. Nem que fosse somente um nome ou uma carteira de identidade, qualquer coisa já seria um avanço na vastidão de perguntas que rondavam minha mente a todo o momento naquelas últimas duas semanas.

O loiro durante toda a conversa evitou a todo custo me dizer aonde trabalhava – uma empresa que trabalhava com informações era tudo o quê ele dizia –, e eu já estava notando aquilo há alguns dias. Eu sentia que ele me escondia alguma coisa desde o dia em que perguntei e não obtive resposta sobre a única porta trancada do segundo andar, mas como eu mesma escondia algumas coisas dele, não podia julgá-lo por isso. Afinal, mesmo com a confiança que aos poucos estávamos construindo um pelo outro, nós só nos conhecíamos há uma semana, eu não podia esperar que ele me contasse tudo e acho que o contrário também era esperado.

Deixei as desconfianças de lado e inutilmente também tentei afastar a ansiedade que aos poucos tomava conta de mim.

— Eu vou estar de volta em algumas horas, qualquer coisa me ligue, ok? — Steve perguntou e eu assenti, ele havia me passado seu número de telefone celular na segunda vez que teve que me deixar sozinha em casa.

— Até mais tarde. — Ele de despediu, um sorriso ansioso se formando em seus lábios segundos depois.

— Até mais, Steve. — Me despedi também com um sorriso, me aproximando e ajeitando sua jaqueta. Ele respirou fundo e assentiu como se estivesse confirmando algum pensamento, virando-se em direção à porta. Ele quase a estava fechando quando eu o chamei novamente.

— Steve... — Disse, chamando sua atenção. Ele voltou alguns passos e virou-se em minha direção novamente.

Eu não sabia quem eu seria depois que ele voltasse, o quê poderíamos descobrir sobre minha identidade ou mesmo se nossa relação continuaria a mesma depois daquele dia, então não poderia desperdiçar aquele momento.

Aproximei-me de Steve e o abracei, fechando os olhos assim que nossos corpos se encontraram.

— Obrigada. Por tudo. — Disse.

Steve demorou alguns segundos para reagir, mas quando o fez envolveu seus braços à minha volta. Ficamos alguns segundos daquela maneira, até ele se afastar assentindo.

Um pequeno e genuíno sorriso surgiu em seu rosto, e logo ele não estava mais na casa.

Soltei um suspiro ainda encarando a porta e voltei para a sala, ligando a TV em seguida. Eu estava passando os canais de forma entediada quando notei o celular de Steve na mesinha de centro logo na minha frente.

Ri balançando a cabeça, Steve provavelmente voltaria para pegar o celular em alguns minutos. O loiro não gostava de sair sem o aparelho agora que finalmente havia aprendido a mexer, segundo ele.

Peguei o celular e esperei. Não demorou muito para eu escutar o barulho da porta sendo aberta.

— Aqui está, seu esquecido. — Disse em voz alta enquanto andava em direção à entrada da casa, esperando ver Steve com sua expressão embaraçada chegando à sala e dando alguma desculpa sobre o porquê de ter esquecido o aparelho.

Só que não foi exatamente isso que eu encontrei assim que cheguei até a porta.

Três homens vestidos de preto, com capacetes de visor escuro e carregados com as mais diversas armas me esperavam logo no hall de entrada, e não pareciam nada, nada amigáveis. Arregalei meus olhos com a visão, e meu coração acelerou mais do que nunca. O desespero começou a tomar conta de mim.

Os homens prontamente começaram a correr na minha direção, sacando suas armas e se aproximando mais a cada segundo. Por um momento meus pés pareceram grudados no chão, e eu achei que não pudesse correr, o pânico corria rapidamente por minhas veias, mas ele logo foi substituído por uma determinação que eu não sabia que tinha dentro de mim.

Eles não iriam me pegar, não de novo.

Pus meus pés para trabalhar e corri o mais rápido possível até as escadas, jogando tudo o quê via pelo caminho no chão em uma tentativa de atrasar meus perseguidores. Não me atrevi a olhar para trás, mas pelo som eu sabia que eles chegavam cada vez mais perto.

Dei um grito quando na metade da escada senti meu pé sendo puxado, e me segurei no corrimão para impedir a minha queda. Chutei com força quem quer que estivesse me agarrando, e por sorte a forte mão me soltou, uma exclamação de dor podendo ser ouvida em seguida.

Equilibrei-me novamente e cheguei ao segundo andar, olhando em volta freneticamente procurando o melhor lugar para me esconder ou para lutar. Corri para o quarto de Steve, me lembrando do escudo que ele guardava em seu armário, e fechei a porta com força, trancando-a rapidamente. Eu sabia que aquilo não os seguraria por muito tempo, mas talvez fosse tempo suficiente para chegar até o escudo.

Enquanto corria até o armário cogitei tentar escapar pela janela, liberar minhas asas e sair dali, mas balancei a cabeça em seguida descartando a ideia. Com as armas que tinham, antes que eu levantasse voo seria atingida por algum projétil. Correr não era mais uma opção, então eu teria que lutar por uma saída.

Fortes batidas foram ouvidas na porta assim que coloquei minhas mãos no escudo, e eu agradeci aos céus por ele parecer ser de um material forte. Não parei para pensar no porquê de Steve ter um desses em seu quarto. Tiros foram ouvidos e um buraco foi feito na fechadura, permitindo a passagem dos três homens armados segundos depois.

Posicionei o escudo de forma que me protegesse, e minha voz saiu surpreendentemente estável quando perguntei:

— O quê vocês querem? —

Uma parte de minha mente dizia que era óbvio, eles me queriam, me queriam de volta. Mas de volta aonde? Essa dúvida minha mente não conseguia responder, mas uma imagem do destruído prédio de onde fugi me deu uma dica.

— Uau, eles realmente apagaram sua memória. — Um deles disse, tirando o capacete e me lançando um olhar cínico. O homem era alto e pálido, seus cabelos castanhos contrastavam com seus ameaçadores olhos cor de mel. — Você, é claro. — Respondeu ele.

— Por quê? — Perguntei confusa, arregalando os olhos com a fala do homem. Eu me sentia encurralada, e sabia que não seria fácil escapar dessa situação, mas acima de tudo, o homem havia acabado de confirmar que me conhecia e aquilo me aterrorizou.

— Vocês dois, peguem-na. — Ele apontou para os outros dois homens de preto, que imediatamente após a ordem vieram pra cima de mim. Desviei do primeiro golpe com o escudo, que me surpreendeu com sua leveza, e parti pra cima dos dois.

Joguei o escudo com força no primeiro, o quê o desestabilizou, e me abaixei para não receber o golpe do segundo, que estava logo atrás de mim. Eu reagia naturalmente à luta, como se tivesse feito aquilo a vida inteira.

Eu precisava liberar minhas asas, elas me davam mais força e impulso, foi o quê minha mente me disse enquanto chutava o abdômen de um dos homens. Só que eles pareceram perceber o quê eu faria, e da cintura retiraram o quê pareciam dois bastões policiais, mas que vibravam com eletricidade, vindo pra cima de mim de forma sincronizada instantes depois.

Desviei do ataque do primeiro, e o joguei para longe. Pude ouvir o baque de seu corpo contra a parede do corredor, derrubando o quadro que ficava na parede, e me virei para o próximo atacante que estava mais perto do quê eu previa.

O choque no momento em que o bastão atingiu minha cintura fez um grito escapar de meus lábios, e eu cai no chão de forma dolorida segundos depois. Eu não conseguia me mover, e meu corpo tremia de forma violenta. Tentei liberar minhas asas, mas nada além de uma dor excruciante atingiu minhas costas.

O homem que parecia ser o chefe dos homens de preto congratulou quem havia me atingido e algumas palavras inteligíveis para mim foram trocadas entre eles. O moreno veio em minha direção e se abaixou, sussurrando em meu ouvido.

— A grande Nêmesis, derrotada por um simples agente... Eu nunca pensei que você chegaria tão baixo. — Ele disse, um riso de escárnio escapando por sua boca.

— Vai pro inferno. — Disse em uma inútil luta para me mover.

— Ah, querida... Nós já estamos nele. — Respondeu ele com um sorriso de lado, levantando-se e indo em direção à saída do quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que me perdoem por ter parado ai xD
Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo pq euzinha adorei escrevê-lo! =D
Finalmente a calmaria acabou, e a partir de agora as coisas não serão mais as mesmas(eu acho) =3
E... É isso.
Vou acabar a nota por aqui e ir responder seus comentários lindos *-*
Ah, eu esqueci de agradecer lá em cima! A fanfic acabou de atingir os 50 comentários!! Muito, muito obrigada mesmo! Estou felicíssima com a resposta que a fic anda recebendo, e espero que vocês continuem gostando =D
Qualquer errinho no capítulo ou dúvida que tenha ficado no ar por favor não hesitem em me contatar =3
Beijos e queijos :*
Vejo vocês em breve o/