Eve escrita por BibiBennett


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente bonitaaaa! Como vão vocês? Tendo um feliz Natal? *-*
Eu sei que demorei bastante pra postar esse capítulo, e peço desculpas por isso... Também sei que a maioria de vocês provavelmente está ocupada nesse momento, mas mesmo assim queria postar hoje pra poder desejar um feliz natal pra todo mundo :D
Eu queria agradecer pelas palavras que cada um de vocês depositou nos lindos comentários do capítulo passado, e também pelas fofas recomendações que eu recebi nas últimas semanas, muito obrigada mesmo! Sintam-se abraçadas Natasha Romanoff e LucyMusicWinchester! s2
E... Acho que é isso por agora, vejo vocês no final do capítulo, ok? =3



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Sonhos.

Supostamente feitos pela nossa mente para escapar da realidade, e muitas vezes a eles são atribuídos significados. Alguns acreditam que essas imagens que vemos em nossas mentes quando dormimos são mensagens dos deuses, premonições ou até mesmo memórias de vidas passadas, mas a principal e mais aceita característica dos sonhos é a de que eles não são reais.

Naquele momento minha mente lutava muito para acreditar nisso.

Eu estava voando, de forma rápida e mortal.

Chamas se alastravam por toda a parte enquanto carros eram destroçados pelas bombas, e a fumaça escura escondia as balas que passavam zunindo por toda a parte. A estrada, antes calma, agora estava um inferno. Homens de uniforme preto passavam atirando com suas metralhadoras e pistolas. Um carro preto, uma mulher ruiva e outros homens também armados eram os principais alvos.

Em minha mente, só um pensamento: Chegar até a van preta.

Desviando de balas, voei por cima da fumaça e cheguei rapidamente até o local combinado, atirando com uma de minhas pistolas na fechadura do carro e abrindo a porta o mais rápido que podia. Meu coração batia de forma rápida em meu peito, e eu sabia que teria que ser rápida.

Entrei na van e a vasculhei de cima a baixo, procurando o item almejado. Alguns minutos se passaram até que eu conseguisse achar a pasta que procurava, escondida em um dos cantos do pequeno veículo. Olhei em volta sabendo que havia perdido um tempo precioso. Eu tinha que sair dali o mais rápido possível.

Assim que pus meus pés no asfalto da destruída estrada eu notei que algo estava errado. Talvez fosse a sensação de estar sendo vigiada, ou a falta de membros da minha equipe nas redondezas. Ou talvez fosse o fato de um laser vermelho estar apontando diretamente para mim.

Não tive tempo de desviar, ver quem estava atirando ou revidar, pois assim que percebi o quê estava acontecendo uma onda de dor veio com toda a força atingindo meu ombro, e a próxima coisa que eu vi foi o cinza do asfalto vindo em minha direção, seguido pelo vermelho escuro de meu sangue, que em poucos segundos já formava uma poça ao meu redor.

Acordei com o som do baque de meu corpo contra o chão.

Abri meus olhos de forma assustada e ofegante, me sentando no chão e olhando em volta atordoada. Não reconheci onde estava até ver as fotos de Steve na cômoda do quarto, e um suspiro escapou de meus lábios assim que me dei conta de onde estava. Fechei os olhos apreciando o alívio por aquilo não ter sido real.

Eu não havia levado nenhum tiro, eu estava bem.

Abri os olhos e olhei em volta para observar o branco de minhas asas, que haviam sido liberadas durante o sono novamente.

Bufei de forma irritada, sabendo que eu teria problemas se elas continuassem fazendo isso toda a vez que eu tivesse um pesadelo. E bem, não seria uma experiência agradável retraí-las novamente.

Três batidas rápidas na porta me fizeram arregalar os olhos assim que me levantei do chão.

— Eve? Está tudo bem aí? Eu escutei um barulho.— A voz de Steve soou preocupada do outro lado da porta, e meu coração quase saiu pela boca. Alguns longos segundos se passaram antes de eu conseguir formular alguma coisa para dizer.

— Sim! Tudo bem, tudo perfeitamente bem. — Disse dando uma risada nervosa. — Eu só... Caí da cama. Mas está tudo bem! — Completei limpando a garganta. Agradeci aos céus por Steve estar do outro lado da porta naquele momento, não só por ele não poder ver minhas asas, mas também pela vermelhidão que havia se apossado de minhas bochechas naquele instante.

— Oh. — Sua voz saiu com um tom de surpresa, e ele deu uma leve risada em seguida. — Bem, espero que não tenha se machucado. O café-da-manhã já está pronto lá embaixo, quando quiser comer é só descer. —

— Já vou descer então, obrigada Steve. — Agradeci com um sorriso que ele não pôde ver e tratei de começar a me arrumar.

Steve se despediu rapidamente e eu só parei de prestar atenção em seus passos pela casa quando ele terminou de descer as escadas. Soltei um suspiro de alívio e fui em direção ao armário, onde minha sacola de roupas estava localizada.

Vasculhei pelas roupas até achar alguma peça apropriada para o café da manhã, e escondi a camisola que vestia antes no fundo do saco, já que agora ela tinha alguns grandes rasgos na parte de trás que seriam difíceis de explicar. Arrumei meu cabelo em uma trança depois de longos minutos retraindo minhas asas, e vesti o vestido azul e chinelo que havia separado em seguida.

Fui até o banheiro lavar o rosto em uma tentativa de tirar a aparência sonolenta que ele apresentava, e não pude deixar de olhar para meu ombro em busca de alguma cicatriz ou sinal de que o sonho havia realmente acontecido. Não avistei nada além de minha pálida e lisa pele.

Suspirei para o espelho antes de me virar e sair do quarto.

***

Steve acordou cedo naquela manhã.

Não por causa de seu despertador, ou por causa dos barulhos que o vizinho insistia em fazer, e sim pelos constantes pesadelos que ele tinha quase sempre ao fechar os olhos. Pesadelos com gelo, e o dia em que acordou para descobrir que havia dormido por dezenas de anos, pesadelos com o trem onde seu melhor amigo havia caído para a morte, ou pelo menos era isso o quê ele achava na época, pesadelos com o Soldado Invernal.

Steve se pegou pensando em como odiava tal estação do ano.

Ele balançou a cabeça para afastar tal pensamento e olhou em volta, lembrando-se do porque de estar dormindo na sala.

Eve.

Ele se lembrou da doce loira de olhos chocolate, e sorriu em meio à escuridão do cômodo enquanto repassava os momentos da noite anterior em sua mente. As conversas que os dois tiveram no jantar, a pequena discussão sobre quem ficaria com o quarto, o frágil olhar nos olhos da moça quando mencionava suas memórias. O super soldado por longos minutos pensou sobre Eve, e sobre as memórias que ela havia perdido.

Será que teria alguém lá fora procurando por ela? Família, amigos, talvez até um noivo?

Steve deu um suspiro cansado e levantou-se do sofá, subindo as escadas e indo até o quarto do final do corredor.

Era o local onde ele mantinha tudo relacionado à S.H.I.E.L.D. – exceto por seu uniforme e escudo –, o que incluía algumas malas cheias de roupas prontas para as viagens que eram frequentemente requeridas pela agência. Roupas essas que ele usaria para correr naquele dia, já que ele não queria ir até seu quarto e acordar Eve somente para pegar algumas peças.

O loiro vestiu as roupas que usualmente usava para suas corridas, uma blusa cinza e calça escura, e saiu de casa antes mesmo do dia amanhecer. Ele correu pelas redondezas, como sempre fazia, e tratou de tirar as horríveis imagens de seus pesadelos de sua mente. A fresca brisa da madrugada o ajudou a limpar a cabeça.

Steve só voltou para casa depois do amanhecer, e assim que chegou tomou uma ducha, percebendo assim que saiu que Eve ainda não havia acordado. Ele então começou a preparar o café da manhã: Panquecas de morango.

Assim que acabou de fazê-las um alto barulho pôde ser ouvido vindo do segundo andar, e o super soldado franziu o cenho de forma confusa, olhando para o teto. Ele rapidamente subiu as escadas para verificar se tudo estava bem com Eve, e mesmo que a voz da moça soasse nervosa ao tentar lhe assegurar que tudo estava bem, ele acreditou e a chamou para comer o café-da-manhã, voltando a descer as escadas em seguida.

Não demorou muito para a loira se juntar a ele na cozinha.

— Bom dia. — Steve cumprimentou enquanto colocava as panquecas em seus respectivos pratos no balcão, voltando seu olhar para Eve em seguida. A aparência da moça já era completamente diferente da de quando ele havia a encontrado, e apesar do ar sonolento, ela estava radiante.

— Bom dia, Steve. — Respondeu ela com um sorriso, aproximando-se dele e olhando para as panquecas com um olhar surpreso. Steve já havia provado que sabia cozinhar no dia anterior, mas mesmo assim... Aquelas panquecas estavam com uma aparência impecável.

— Espero que goste de morangos. — Ele disse se sentando em uma das cadeiras de frente para o balcão, sendo acompanhado por Eve em seguida.

— Bem, acho que eu vou descobrir agora se gosto ou não. — Disse ela, já que não se lembrava de ter comido a fruta antes. Assim que deu a primeira garfada ela assentiu, sorrindo em seguida.

— Acho que isso é um sim. — Steve comentou com um sorriso, se pondo a comer logo após.

— Definitivamente. — Eve respondeu.

Alguns minutos de um confortável silêncio se passaram enquanto os dois comiam o café-da-manhã, e em pouco tempo os dois pratos de panqueca estavam vazios. Juntos, os dois lavaram a louça acumulada na cozinha enquanto conversavam, Steve lavava os pratos na pia e Eve os secava ao seu lado.

— Então, eu tenho que fazer algumas compras hoje no centro, se não amanhã nós já vamos estar sem comida, quer vir junto? Eu poderia usar alguma ajuda. —Steve perguntou enquanto ensaboava a frigideira, desviando seu olhar do utensílio para Eve.

Ele não precisava realmente da ajuda da loira, pelo menos não agora. Quando havia se mudado para Manhattan pela primeira vez, o Capitão América havia ficado meio perdido com a quantidade de lojas na cidade, e além de não saber o quê comprar, não sabia aonde comprar o quê precisava. Mas depois de meses vivendo na barulhenta cidade, ele já estava mais do que acostumado, além de que, com o super soro que corria em suas veias, ficava fácil carregar quaisquer compras que ele fizesse.

Mas então por que ele havia chamado Eve para ir com ele?

Steve não queria admitir, mas mesmo conhecendo a loira por tão pouco tempo, já apreciava sua companhia.

— Claro, por que não? — Ela respondeu com um sorriso, enxugando um dos últimos pratos que o super soldado havia lhe entregado.

Em pouco tempo os dois já estavam nas ruas de Nova Iorque, andando rapidamente com a moto de Steve. Eve fechou os olhos enquanto abraçava o loiro para não cair, adorando a sensação do vento em seu rosto. Aquele momento a lembrou da noite em que voou pelo escuro e nebuloso céu de Manhattan, e da maravilhosa sensação que era ter suas asas livres e o vento batendo em seu corpo. Por outro lado, Steve não se incomodou nada com os braços da moça em volta de sua cintura, e de forma concentrada os levou até as lojas que precisavam ir.

Durante o resto daquela manhã os dois fizeram compras e andaram pela cidade, Eve estando maravilhada o tempo todo com o tamanho dos prédios e com os conteúdos das lojas. Aquela parte da cidade era completamente diferente do acabado subúrbio em que havia se perdido dias antes. Eles pararam algumas vezes para comprar alguns produtos e utensílios que a loira precisaria durante a estadia na casa de Steve e fizeram as compras do mês, além de dar um passeio pelo parque local. O super soldado durante quase todo o caminho apontou pontos turísticos e conversou com Eve sobre Nova Iorque.

Nos dias que se seguiram Steve parecia disposto em mostrar a cidade à moça. Ele a levou para passear pelos parques, os dois tomaram um café perto da Torre Stark e até deram uma passadinha na Estátua da Liberdade. No fim, a semana passou muito mais rápido do que o esperado tanto para o super soldado, quanto para Eve.

Só mais um dia e finalmente a folga de Steve acabaria, e ele poderia descobrir mais sobre Eve e suas memórias.

Mas agora não era tempo para ansiedade. Na verdade, os dois nem estavam pensando nisso enquanto andavam de bicicleta pelo Central Park.

— Isso é injusto! Como você consegue ser tão rápido? — Eve protestou enquanto tentava alcançar Steve depois de perder mais uma aposta de corrida. Os dois pararam aos poucos enquanto a loira tentava retomar o fôlego.

Steve deu de ombros, lançando um sorriso para a moça e dando uma desculpa que não envolvesse algum super soro ou o fato dele ser o Capitão América. Os dois continuaram a conversar enquanto lentamente voltavam para casa, sem ter a mínima ideia do perigo que os seguia.

Um homem alto e pálido assistia de longe a conversa dos dois, e sem tirar os olhos dos sorrisos que os dois trocavam ele discou o número de seu superior em seu celular. Somente dois toques foram ouvidos antes que uma voz imponente fosse ouvida do outro lado da linha.

— Descobriu alguma coisa? —

— Sim, senhor. Eu a encontrei. — O homem respondeu, um sorriso malicioso surgindo em seu rosto segundos depois.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Deixem suas opiniões na caixinha destinada para isso ;D(Já ta ficando meio repetitivo eu falar isso em todo o final de capítulo, mas xD)
Eu gostei bastante de escrever esse capítulo, apesar de que não gostei muito do resultado final... De qualquer maneira, espero que tenham gostado! :D
Demorei pra postar pois estou empacada no capítulo 8... Tipo, eu simplesmente não consigo escrever mais nenhuma linha dele ;-;
Mas eu vou continuar tentando, e provavelmente bem no início de janeiro vocês já vão poder ler o capítulo 7! :D
Enfim, como essa provavelmente é a última vez que nos falaremos esse ano... Eu desejo que todos tenham um suuuuper Natal e um Ano Novo maravilhoso! Obrigada mesmo por acompanharem Eve, fico feliz de ter leitores como vocês! Espero vê-los por aqui ano que vem, hein?
Beijos e queijos :*