Kaori Uchiha escrita por Jiinga


Capítulo 4
Missão Misteriosa




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O time sete entrou na sala do Hokage naquela manhã de segunda-feira. Eles haviam feito missões de rank D pela cidade a semana toda, e estavam exaustos.

— Bem, - disse o Hokage – time sete do Kakashi, sua próxima missão é... Hum... Serviço de babá do neto de um idoso... Fazer compras em um vilarejo vizinho... Ajudar a colher batatas...

— NÃO! – gritou Naruto – Eu quero fazer, sabe, uma missão incrível! Ache uma melhor!

— Seu idiota! – gritou Iruka. – Vocês são só novatos. Todos começam com simples serviços e trabalham para isso.

— Mas, mas... Nós continuamos pegando as missões mais horríveis! – insistiu Naruto, antes de levar um soco na cabeça de Kakashi.

— Cale a boca.

— Naruto! – chamou o Hokage – Parece que tenho que te explicar o que essas missões são. Escute. Todo dia o vilarejo recebe numerosos pedidos, de pedidos de babá a assassinatos. Cada pedido é escrito nessa lista – ele apontou para um pergaminho – e são divididas em rank S, A, B, C e D, baseado na dificuldade. A vila também é dividida assim. Vocês acabaram de se tornar Gennin, missões de rank D são perfeitas.

— Ah, tudo que você faz é dar aula! – exclamou Naruto – Mas sabe de uma coisa? Eu não sou mais o moleque problemático e irritante que você ainda acha que eu sou.

Kakashi esfregou as têmporas, mas Iruka e o Hokage riram.

— Tudo bem, eu entendi. – disse o Hokage – Se você quer tanto assim, vou te dar uma missão de rank C. É a proteção de uma certa pessoa.

— HONTO? – exclamou Naruto – Quem? Quem? Um nobre lorde? Uma princesa?

— Acalme-se. Eu vou apresentá-lo a ele. Pode entrar!

Os cinco se viraram no momento em que a porta se abriu. Um velho de óculos, segurando uma garrafa de bebida na mão, e aparentemente bêbado, entrou na sala.

— O que é isso? – exclamou o velho - Eles são um bando de moleques! Especialmente o baixinho com cara de idiota!

— Há, há, quem é o baixinho com cara de idiota? – perguntou Naruto. Ele olhou em volta e percebeu que seus colegas eram bem mais altos que ele. – EU VOU TE MATAR!

Kakashi o levantou pela gola do casaco.

— Qual o sentido de matar a pessoa que devemos proteger? Baka.

O homem tomou um gole da bebida e disse:

— Eu sou o especialista em construção de pontes, Tazuna. Eu espero que vocês me providenciem uma super proteção até eu voltar ao meu país e completar a ponte.

— Ie. Me recuso a proteger esse cara. – comentou Kaori – Qual é, ele tá bêbado, nem deve estar percebendo que está pedindo nossa ajuda.

— Tem razão! Ele até me achou idiota! – exclamou Naruto.

— Não, Naruto, você é mesmo idiota. – comentou Sasuke.

— A ponte é muito importante para o país dele. Bêbado ou não, vocês devem protegê-lo. – explicou o Hokage – Yosh’! Estão liberados!

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— Yosh’! Vamos nessa! – exclamou Naruto quando eles alcançaram o portão de entrada de Konoha. 

— Por que você tá tão animado? – perguntou Sakura.

— Por que eu nunca saí da vila!

— Ei, tem certeza que eu vou estar a salvo com esse moleque? – perguntou Tazuna a Kakashi.

— Há há, não se preocupe, eu sou um Jounnin, você estará a salvo.

— Yosh’! Vamos Naruto! – exclamou Kaori.

— Você também parece mais animada que o normal. – comentou Sasuke.

— Claro que estou, ora, vamos passar perto do meu país de origem!

— País de origem? – perguntou Sakura.

— Ah, você não sabia? Minha mãe era da Vila da Névoa. O meu pai estava em missão pra protege-la e acabou ficando por lá por tem o suficiente para se apaixonarem e ficarem noivos. Quando a guerra civil no meu país começou e as pessoas que possuíam Kekkei Genkais estavam sendo assassinadas, eles fugiram para Konoha.

— E por sua mãe precisava ser protegida? – perguntou Naruto.

— Ora, porque era filha do Mizukage! – respondeu Kaori. Naruto e Sakura a encararam, pasmos.

— VOCÊ É NETA DO MIZUKAGE? – perguntou Naruto.

— Era. Meu vô morreu antes da minha mãe, agora tem outra pessoa no lugar dele.

— Ah...

— Vamos logo, moleques! – exclamou Tazuna.

— Oy! – exclamou Naruto – Você precisa aprender a respeitar os ninjas! Quando eu crescer, vou me tronar um ninja de elite, o Hokage!

— Hokage... É o ninja número um da vila, né? Duvido que você se torne um.

— Eu estou preparado pra fazer qualquer coisa para me tornar Hokage! Uma vez sendo Hokage, você me reconhecerá!

— Não eu não irei, seu moleque, mesmo se você for o Hokage.

— Eu vou te matar!

— Eu mandei parar, idiota. – Kakashi segurou Naruto pela gola da blusa novamente.

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O time sete, ao lado de Tazuna, andava há horas. Era um dia quente, e o sol estava a pino. Ainda assim, haviam poças de água no chão.

De  repente, dois ninjas da aldeia da névoa saíram de uma das poças. Um deles atacou o grupo pelas costas com uma corrente, aprisionando Kakashi. Os outros cinco se viraram, assustados.

— Um já foi. – disse o ninja. Ele e seu comparsa puxaram a corrente. Sangue espirrou pelo ar. Sakura gritou. Os dois correram na direção de Naruto – Agora dois.

Naruto não conseguia se mexer. Seu corpo todo tremia. Ele via o ninja vindo em sua direção e pensava em todos as missões anteriores, todos os dias de treinamento, mas seu corpo se recusava a fazer qualquer movimento. Que tipo de medo era esse? Como ele podia amarelar em meio à batalha.

De repente, Sasuke pulou e atirou uma shuriken nos inimigos, prendendo a corrente numa árvore, depois arremessou uma kunai, ficando a corrente mais fundo. Os dois tentaram se mover, mas estavam presos. Sasuke posou em uma mão de cada, depois os segurou e chutou cada um para um lado.

Os ninjas arrebentaram a corrente e um deles correu na direção de Tazuna. Sakura sacou uma kunai e se posicionou na frente do construtor, tremendo. Percebendo que ela seria inútil, Kaori correu e parou na frente dos dois, pronta para usar o Suishouha. Porém, Kakashi apareceu entre ela e o inimigo, puxando-o para trás com uma chave de braço. Ele observou os cinco, segurando os inimigos nos ombros. No lugar onde antes havia estado aprisionado pelas correntes, havia agora um tronco.

— Naruto, desculpa se não te salvei imediatamente. – disse ele – Você se machucou. – Naruto olhou para sua mão e percebeu que havia um corte nela - Mas eu não achava que você ficaria paralisado desse jeito. De qualquer forma, bom trabalho, Sasuke. Kaori e Sakura também. Desculpa se te impedi, Kaori, mas você ia desperdiçar chakra com aquele Suishouha.

“Eu não pude fazer nada, mas o Sasuke e a Kaori puderam.”, pensou Naruto “Foi a primeira batalha real deles. Eles não ficaram com medo? Parecem tão despreocupados!”

— Ei! – exclamou Sasuke para Naruto – Você está bem... Gatinho medroso? – ele sorriu.

— SASUKE! – gritou Naruto, com raiva.

— NARUTO! – chamou Kakashi – A garra deles tem veneno. Você tem que removê-lo rápido. Precisamos abrir o ferimento e tirá-lo do seu corpo. Não se mexa muito, se não vai se espalhar rápido.

— NANI? – Naruto começou a chacoalhar a mão, desesperado.

— A propósito, Tazuna-san, eu preciso falar com você. – Kakashi colocou os dois inimigos no chão e os amarrou a uma árvore – Eles parecem ser da aldeia da névoa. Esses shinobi são conhecidos por continuar a luta não importa como.

— Como você leu nossos movimentos? – perguntou um deles.

— Num dia ensolarado desses, sem nenhuma nuvem, não tem como ter uma poça.

— Se você sabia disso, por que deixou os moleques lutarem? – perguntou Tazuna.

— Se eu quisesse, podia ter matado esses dois facilmente, mas... Tinha algo que eu precisava descobrir – ele encarou Tazuna, desconfiado – De quem esses dois estavam atrás.

— O que você quer dizer? – perguntou Tazuna.

— Em outras palavras... Ou alvo deles era você, ou nós estávamos sendo os alvos. Nós não ouvimos que havia qualquer shinobi atrás de você. Nossa missão era apenas protegê-lo de qualquer ladrão ou gangue. Isso agora virou no mínimo uma missão rank B. Seu pedido foi para simples proteção até terminar a ponte. Se fosse sabido que ninjas estavam atrás de você, essa missão teria sido marcada como a mais cara rank B. Eu tenho certeza de que você tem uma explicação... Mas isso causou problemas quando você mentiu sobre a missão. Nós estamos trabalhando fora dos nossos deveres.

— Nós não estamos prontos para esse tipo de missão, vamos desistir! – sugeriu Sakura – Vamos precisar de remédio para o ferimento do Naruto depois de remover o veneno. Devemos voltar para a vila e levá-lo ao médico.

— Hum... Isso pode ser demais. Devíamos voltar à vila e tratar o Naruto. – concordou Kakashi.

Naruto o olhou com raiva, sacou uma kunai e a enfiou na própria mão. Todos o encararam, pasmos.

“Por que tem tanta diferença?”, pensou Naruto “Por que eu sempre...? Kuso! Eu devia estar me tornando forte! Eu participo em todas as missões e pratico justsus todo o dia sozinho. Eu não vou precisar ser salvo novamente! Não vou ter medo e tentar correr. E definitivamente, não vou perder pro Sasuke! Juro pela dor da minha mão esquerda.”

— Naruto! O que está fazendo? – perguntou Sakura.

Ele se virou, sorrindo, ainda com a kunai enfiada na mão.

— Vamos continuar a missão!

— Naruto... É bom remover o veneno, mas se continuar assim, você vai morrer por perda de sangue. – alertou Kakashi.

— NANI? EU NÃO POSSO MORRER ASSIM!

— Dá a mão, vamos parar esse sangramento – disse Kaori, segurando um rolo de esparadrapo. Ela pegou a mão de Naruto e se assustou quando viu a ferida se fechando instantaneamente. “Ele é... Como eu...”, Ela enfaixou o pulso dele – Você vai ficar bem.

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O grupo agora se deslocava em um barco.

— Que névoa grossa... – comentou Sakura – Não dá pra ver nada adiante.

— O que está dizendo? É o clima perfeito! – comentou Kaori, inalando a névoa ao redor deles.

— Nós devemos ver a ponte em breve. – comentou Tazuna – Na base da ponte está o país da onda.

— É ENORME! – exclamou Naruto quando eles se aproximaram o suficiente para que a ponte pudesse ser vista.

— Por favor, faça silêncio! – pediu o barqueiro – Por que você acha que estamos nos escondendo na névoa, com o motor desligado, usando remos? Teremos problemas se nos encontrarem.

— Tazuna-san, tem algo que eu gostaria de perguntar antes de chegarmos à costa. – disse Kakashi. - Quem são as pessoas que estão atrás de você? Se você não nos disser, então nossa missão termina quando o barco atracar.

— Parece que minha única opção é falar. Como você disse, isso provavelmente está acima da sua missão. Na realidade, a minha vida está em perigo por causa de um homem super assustador.

— Quem? – perguntou Kakashi.

— Você provavelmente já deve ter ouvido falar nele. O rico magnata de remessas, Gatou.

— Gatou, é? Da companhia Gatou?

— Sim. Oficialmente ele é o dono de uma grande companhia de transporte marítimo. Usando membros de gangues ninjas, ele vendeu drogas e alguns outros itens ilegais secretamente, para tomar o dinheiro dos países. É um sórdido homem de negócios. Um ano atrás, ele colocou os olhos sobre o País das Ondas. Usando métodos financeiros e violentos ele conseguiu rapidamente o controle das rotas de transporte do país. Com ele controlando as rotas dos navios de um país ilha como o país da onda, controlar o mar é como controlar a riqueza, a política e as pessoas. A única coisa que Gatou teme... É a conclusão da ponte.

— Então, aqueles ninjas de mais cedo foram contratados por Gatou? – perguntou Sasuke.

— Sim.

— Mas o que eu não entendo é... Se você sabia que shinobi estavam atrás de você, por que escondeu isso quando nos contratou?

— O País das Ondas está muito pobre. Mesmo o Daimiou não tem muito dinheiro. Não o suficiente para contratar uma missão de rank B. Se você desistir da missão quando atracarmos, eu provavelmente vou ser morto antes mesmo de chegar em minha casa. Mas... Não se preocupem com isso. Se eu morrer, meu lindo neto de oito anos de idade... Vai chorar incontrolavelmente! Ele viverá uma vida triste, odiando os ninjas da aldeia da folha para sempre! Mas isso não será culpa de vocês...

— Bem, acho que não temos escolha. – concluiu Kakashi – Nós continuaremos a protegê-lo.

— Mesmo? – os olhos de Tazuna se iluminaram - Arigatou gozaimasu!

— Nós chegaremos em breve. – anunciou o barqueiro – Tazuna, parece que chegamos até aqui sem ser vistos, mas..,  - O barco atravessou um túnel e eles adentraram o País das Ondas. Era um lugar calmo e colorido. Havia várias árvores num enorme lago, onde eles estavam. Eles atracaram no píer e o grupo desceu do barco. – Eu só vou acompanhá-los até aqui. Adeus.

— Arigatou. Tenha cuidado. – alertou Tazuna. Ele se voltou para os outros – Agora me levem em segurança até em casa!

Eles caminharam calmamente em direção à casa de Tazuna. Atravessaram a cidade e alcançaram uma floresta. De repente, Kakashi ouviu um barulho.

— ABAIXEM-SE! – gritou, e todos se abaixaram a tempo de desviar de uma enorme espada em forma de cutelo que voou por cima de suas cabeças. A espada ficou presa em cima de uma árvore e um homem pousou no cabo dela. Ele estava sem camisa e era muito musculoso. Usava uma calça bege e munhequeiras de exército e seu rosto estava enfaixado do nariz para baixo, cobrindo o pescoço também. O homem usava uma bandana da aldeia da névoa de lado na cabeça.


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