Full Moon escrita por LastOrder


Capítulo 7
Idas, voltas e bancando a guarda costas ¬¬


Notas iniciais do capítulo

Esse tá meio grande.

bjs



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PDV Eloise

 

 

Eu me sentei, na ultima carteira da sala depois de ter sido cruelmente empurrada para dentro desta, mas nem me importei, eu meio que estava em estado de choque, meu cérebro havia se desgrudado do meu corpo e eu só conseguia pensar em uma coisa.

Edward estava indo embora.

Uma voz dentro da minha cabeça (meu subconsciente) gritou.

“Como assim ele vai embora? Ele vai nos deixar assim, de repente, como se nada? Ele vai embora. Será que ele nem pensou em se despedir de Esme e Alice, e Carlisle (provavelmente ele iria ver Carlisle antes de ir), será que ele não pensou em se despedir de mim? Por que ele ia embora sem pelo menos deixar um bilhetinho pra mim?”

Agora, além de muito magoada, eu estava furiosa. Ele ia embora, deixar sua família, ME deixar, por causa de uma humana. E nem havia passado pela sua cabeça em deixar um recadinho. Ia cair os dedos mandar um SMS para o meu celular?!

-Professor, se importa se eu for ao banheiro?

 Minha voz estava calma, eu tinha tudo planejado. Edward deveria estar naquele Volvo estúpido ouvindo Claire of de lune. Ele poderia sair a qualquer momento e nos deixar voltar para a casa com o jipe de Emmett, eu teria que correr, antes que ele partisse.

-Hmn... - O homem olhou para o relógio – Tudo bem, mas seja rápida.

Sai da sala e fui direto para o estacionamento numa velocidade pouco comum para um dia na escola.

Abri a porta do Volvo. Ele estava lá mesmo. Bati a porta atrás de mim, eu estava muito brava.

-Como assim você vai embora?! Não pensou em me avisar!?

Eu estava praticamente gritando agora. Ele abriu a boca para falar, mas eu o cortei.

-Sim, Alice me falou.

Edward me encarou. Agora ele estava quieto. Abaixou a musica e me olhou nos olhos.

-Eu tenho que ir. Não queria que você viesse e tentasse me impedir.

-Eu não estou tentando te impedir

Ele arqueou as sobrancelhas.

- Ahh, você não está?

  -Edward – Ignorei sua pergunta irônica e tentei controlar meu tom de voz desta vez para que soasse mais amigável – Eu sei que você quer se afastar de Bella agora. Mas você não precisa ir embora. Você pode ficar em casa...

- Eu poderia matá-la do mesmo jeito. Ela não mora muito longe da nossa casa.

-Eu ficaria de olho em você.

- Você precisa dormir.

-Os outros ficariam de olho em você também.

Seu tom era triste. Triste e desesperado.

-Eloise. Eu tenho que me afastar daqui. Eu tenho que ficar sozinho. Tenho que pensar. Nunca senti tanta vontade de matar alguém. Eu... Não sei o que fazer.

Naquele momento eu percebi o quanto eu estava sendo egoísta. Edward precisa mesmo de um tempo para pensar. Ele estava sofrendo, muito, me partia o coração vê-lo assim. Edward tinha mesmo que ir. Mas as coisas não podiam se resolver assim.

-Edward. Vamos pensar em algo... Carlisle... Ele vai te ajudar, você não tem que deixar sua família...

-Eloise. Você sabe que é preciso.  

De fato, uma pequena parte de mim sabia, se Edward aparecesse com os olhos vermelhos de repente, teríamos que nos mudar de novo. Sem falar que ele mesmo não iria conseguir conviver com a culpa de ter matado uma inocente. O carro ficou em silencio de novo, foi naquela hora que me lembrei da promessa que havíamos feito um pro outro quando ainda éramos humanos, de sempre nos apoiar no que quer que fosse. Suspirei e olhei para o relógio, eu tinha que voltar para a aula.

-Não quero que vá.

Não sentia mais raiva dele, agora só estava triste.

-Também não quero ir. Mas não quero matar ninguém.

-É... Eu sei.

Suspirei.

-Vou sentir sua falta irmãozinho.

O abracei, eu podia sentir as lagrimas vindo agora, mas eu as mantive presas.

-Também vou sentir sua falta.

Soltei-o e abri a porta do carro.

-Boa sorte.

Ele sorriu tristemente e bagunçou meus cabelos.

“Sem graça.”

Pensei saindo e fechando a porta do carro.

Quando sai do estacionamento ouvi o barulho do motor do Volvo ligando. Edward havia ido embora afinal.

Respirei fundo e caminhei na direção da minha sala.

 

------------------*----------------------

 

Terça. Quarta. Quinta. Sexta. Sábado.

Era o sexto dia desde que Edward havia ido embora, Domingo. Era ainda difícil pra mim acreditar que ele havia ido. E o pior era que eu não sabia quando ele ia voltar. Ele poderia nunca mais voltar, por conta de uma humana sem senso de moda que andava de um jeito patético. Eu não queria culpar Bella pelo sumiço de meu irmão, a culpa era dele, ele poderia ter ficado. Não poderia? Mas uma parte de mim culpava aquela garota. Se ela não tivesse aparecido nada disso teria acontecido.

Mas pensando bem, talvez a idéia de ir embora fosse boa mesmo, quer dizer. Bella ficava tensa e nervosa todas as aulas antes do intervalo, e então ela chegava ao refeitório e lançava um olhar para nossa mesa, assim que constava que Edward não estava lá, sua postura se tornava mais calma e começava a conversar com os amigos como se nada tivesse acontecido. Ou seja, Edward havia deixado uma péssima primeira impressão. Ao ponto dela se sentir melhor ao ver que ele não estava conosco. Ela sabia que era perigoso ficar perto dele.

No entanto, isso não era justificativa, eu queria minha família completa de novo. Queria parar de ver os olhares tristes que Esme lançava para o piano de vez enquando. Queria parar de escutar Rosalie reclamar sobre a nossa segurança. Queria para de sentir esse vazio na minha cabeça que surgia sempre que Edward não estava por perto para ler meus pensamentos. Eu QUERIA meu irmão de volta!

Flash back on

Chegamos em casa. Edward já havia ido embora há algum tempo. O Volvo estava na garagem, entrei correndo dentro de casa.

“Edward!”

Carlisle estava na sala, Edward não. Havia trocado de carro ele. Não sei por quê. Não queria saber.

A hora seguinte foi péssima. Emmett, Jasper, Rosalie e Esme fizeram perguntas. Foi Carlisle quem as respondeu.

Naquele momento Esme poderia estar chorando se pudesse. Ela estava muito triste. Emmett não tinha nenhuma piadinha para fazer, Jasper ficou calado (como eu e Alice). Rosalie começou a reclamar, claro.

Fui sentar no sofá e liguei a TV. Emmett se sentou ao meu lado. Alice começou a folhear uma revista de moda sentada na escada. Jasper estava sentado com ela olhando para o vazio. Esme fora para a cozinha. Carlisle estava tentando acalmar Rosalie. Poderia ser uma cena normal pré mudança se estivéssemos ouvindo o som de um piano, é... Não estávamos.

-O QUE ELE PENSOU QUE ESTAVA FAZENDO?!

-Rosalie, acalme-se...

-NÃO, EU NÃO VOU ME ALCALMAR DESTA VEZ. COMO VOCÊ ACHA QUE VAMOS FICAR SEM EDWARD LENDO AS MENTES DOS HUMANOS EIN?!

-Vamos ficar bem. Temos Alice. Ela verá se alguma coisa acontecer.

-EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DEIXOU QUE ELE NOS ABANDONASSE DESSE JEITO CARLISLE. OS HUMANOS VÃO FICAR DESCONFIADOS, SERÁ QUE VOCÊ NÃO PERCEBE. ELES VÃO SUSPEITAR. E VAMOS TER QUE NOS MUDAR DE NOVO! AGORA QUE ESTAVAMOS FINALMENTE ACABANDO O COLEGIAL...

-Rosalie, já disse, não vamos nos mudar, vai ficar tudo bem...

Como Carlisle conseguia ser tão calmo. Eu já estava com muita raiva de Rosalie, ela era tão egoísta. Eu já teria perdido a paciência há muito tempo.

-NÃO! VAMOS TER QUE NOS MUDAR. TUDO POR CAUSA DO EDWARD. QUE NÃO CONSEGUE FICAR LONGE DE UMA HUMANA SEM MATÁ-LA. PARA MIM, ELE DEVE ESTAR INVENTANDO TODA ESSA HISTORIA. ELE DEVE ESTAR CANSADO DE FICAR LENDO AS MENTES DOS HUMANOS PARA NOS DAR ALGUMA GARANTIA QUE OS VOLTURI NÃO VÃO ACABAR VINDO ATRAS DE NÓS. E SE VOCÊ QUER SABER CARLISLE, NÃO ME SURPREENDERIA SE ELE NUNCA MAIS VOLTASSE. AQUELE EGOISTA.

Desta vez eu não me contive, antes que Carlisle pudesse responder educadamente as criticas injustas que Rosalie estava fazendo ao meu irmão, eu me levantei, fui até ela e lhe dei um soco no meio do rosto com tal força que fez com que ela caísse no chão. Ela não fez nada para se defender. Apenas ficou parada me olhando, os olhos arregalados de surpresa. Não fiquei surpresa com a calma que soava na minha própria voz agora, eu me sentia muito bem agora.

-Rosalie, apenas uma única vez na sua vida. Cale a boca para tentar fazer com que não saiam vespas de dentro dela está bem? Seria um favor para mim e para todos desta casa.

Com isso subi as escadas e fui até meu quarto. Eu tinha lição de casa para fazer.

Flash back off

É. Rosalie ainda estava meio brava comigo. Estava ignorando a minha existência, então resolvi ignorar a dela também, não que isso fizesse alguma diferença agora. Eu estava tão deprimida que poderia se pudesse faria uma franja comprida e cortaria os pulsos. Ainda mais na posição em que me encontrava. Tacada no sofá da sala olhando pro teto. Não sabia exatamente onde estavam os outros membros da minha família.

Até que Emmett resolveu interromper meu momento Emo.

-Muito bem ruivinha. Já chega. Você está ai parada olhando pro teto há horas. Está na hora de se divertir.

Ruivinha? Eu não era exatamente ruiva. Aff. Emmett só podia ter sido daltônico quando humano, não era possível, (¬¬). Mas não estava com vontade de discutir isso agora.

-Emmett, eu não quero fazer nada agora.

-Claro. Você não quer fazer nada agora e nem quis nos últimos cinco dias. Eu entendo. Mas já chega. Já te dei seu tempo e agora eu preciso de alguém com quem me divertir.

Ouvi a televisão sendo ligada e me virei para olhá-la. Emmett estava ligando o vídeo game. Ele colocou o jogo e atirou o joystick em cima de mim.

-Agora senta ai. E jogue.

Dragon Ball Z. Emmett sempre perdia nesse jogo. (¬¬) Não acredito que ele estava me obrigando a jogar. Posicionei-me e ele veio sentar-se, pegou o pior personagem, ou seja, o que ele sempre escolhia.

Após três minutos ele ganhou.

-Não vale! Eloise. Jogue certo. Eu não sou tão burro. Eu sei que você me deixou ganhar.

-Mas Emmett EU NÃO QUERO JOGAR!

-Mas fique você sabendo que você vai jogar! Estou cansado do clima desta casa. Alice não sai do closet, Jasper não para de não fazer nada, Rosalie não para de não me dar atenção, Carlisle não sai do hospital, Esme não para de limpar aquele piano idiota e você não sai desse sofá. Você é a única nessa família que sabe jogar. E vai continuar assim, já te dei seu tempo. Edward vai voltar você sabe disso melhor do que eu. Agora pare de agir como se ele tivesse morrido e JOGUE DIREITO!

Emmett estava irritado. Nunca o havia visto desse jeito. E em parte ele tinha razão, Edward voltaria, mais cedo ou mais tarde, eu sabia disso. E fora isso, eu já estava meio cansada de não fazer nada. Devo admitir (por mais que isso fosse contra as leis da natureza), pela primeira vez na vida, Emmett tinha razão.

O jogo foi reiniciado, Emmett escolheu o pior personagem de novo (¬¬). Dois minutos depois eu ganhei.

-Legal! É DISSO QUE ESTOU FALANDO.

Ele soltou uma gargalhada alta e contagiante e eu tive que acompanha-lo, fazer o que, ele era engraçado mesmo. Onde já se viu alguém ficar feliz por perder?

Estávamos na minha décima vitória, quando Alice desceu as escadas correndo mó feliz da vida.

-GENTE!GENTE!GENTE!

-O que foi? – Esme perguntou.

De repente todos estavam na sala, menos Carlisle, que estava no hospital (como sempre).

-Edward está voltando!

-Quando? – Perguntei, entusiasmada.

-Hoje à noite.

Ahhhh! Agora sim eu estava feliz de verdade (heheh).

 

----------------*--------------------

 

Estávamos na escola, mais precisamente na aula de inglês. Edward, meu irmãozinho querido do coração havia finalmente voltado, e eu estava esbanjando felicidade, a família estava completa de novo.

Ele chegou e foi muito bem recebido, até Rosalie evitou reclamar (acho que ela devia levar socos mais vezes  heheh). Só que o negocio estava um pouco complicado, não sabíamos se Bella tinha contado seus temores e receios que sentia por Edward (devido àquele primeiro dia) para alguém, então a missão numero um dele era descobrir se haviam suspeitas contra nós, o que de fato, foi comprovado que não havia, quando chegamos à escola.

A missão numero dois era a mais difícil. Esta missão havia exigido do meu irmão uma noite de caça antes de ir para a escola. Tudo por que ele queria porque queria conversar com a humana na aula de biologia de hoje como se nada tivesse acontecido. Ele estava brincando com a sorte.

Flash back on

-Você só pode estar brincando.

Eu disse quando ele nos contou que queria consertar as coisas. Pra mim, ele estava querendo era acabar causando um bafafá daqueles.

-Não, eu só quero acabar com a primeira impressão que ela teve de mim. É o mais correto, eu não consigo ler a mente dela, ela poder suspeitas com relação a nós.

-Isso é muito perigoso. – Eu disse tentando argumentar. Mas seus argumentos pareciam melhores.

Emmett se virou rapidamente e depois voltou sua atenção para a TV.

-Está louco. – disse. (¬¬) grande ajuda.

Eu, Esme, Carlisle, Jasper e Rosalie olhamos para Alice, que ficou logo na defensiva.

-Não olhem para mim, vocês já sabem como funciona, até agora eu não vejo nada, só o vejo conversando com a garota, mas se ele acabar tomando uma decisão repentina... Bem, vocês entenderam.

Sim, nós já sabíamos.

-Façam o que quiserem, mas não quero me mudar de novo. – foi a única coisa que Rosalie disse.

Agora era a vez de Carlisle.

-Edward. Acho melhor você não abusar da sorte... Quero dizer... Se isso tudo terminar mal, as coisas podem ficar piores e teremos que nos mudar.

Edward engoliu em seco, mas continuou.

-Eu entendo, mas eu vou conseguir. E se Alice ver qualquer mudança... Tenho certeza que ela e Eloise arranjarão um jeito de me tirar de lá.

Flash back off

Então era isso. Depois do intervalo, na aula de educação cívica, eu e Alice ficaríamos espionando o futuro de Edward para ver se ele não planejaria qualquer homicídio em massa. Já que a simples morte de Bella, significaria também na morte de todos os outros estudantes e professor da sala.

“Tem certeza que quer fazer isso?”

A aula de inglês estava terminando.

-Claro.

Suspirei, o sinal tocou, fomos para o refeitório.

“Tudo bem então.”

Hoje estava nevando, sentamos-nos na nossa mesa habitual. Hoje estávamos muito nervosos, menos Emmett, e Edward parecia disfarçar, queria mostrar-se seguro.

“Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem.”

Olhei para Edward e seus olhos estavam muito claros hoje. Ele havia caçado pacas, sorte dele que vampiros não engordavam. Pelo menos havia tomado providencias, essa escolha era muito infantil, como ele podia... Minha critica interna (que ele estava ouvindo muito bem) foi cortada quando Emmett atirou duas bolas de neve gigantes, uma em Edward e outra em Jasper. OMG! Como ele havia conseguido trazer tanta neve na mão sem que qualquer um de nós percebesse. Realmente, devíamos estar muito preocupados com toda essa situação. Mas então Jasper atirou uma bola de neve em Emmett. Olha, eu não queria saber de onde vinha tanta neve, mas se alguma delas me acertasse e estragasse minha chapinha...Bem...Cabeças iriam rolar.

Os três patetas estavam rindo com o cabelo molhado, que emoção (¬¬).

-Ahh não. Nem pense nisso! – Alice disse. Já prevendo a catástrofe que iria acontecer.

Pois é, minha chapinha foi pro espaço. E Emmett iria também, literalmente. Aquele projeto de vampiro balançou o cabelo molhado na nossa direção (minha, de Alice e de Rosalie) e nos molhou. Graças ao meu azar, acabei me molhando mais. Ele iria me pagar!

Meu plano diabólico de vingança estava se formando quando minha audição super sensível (comparada com a dos humanos) captou uma conversa.

-Edward Cullen está olhando para você. – A voz era de Jessica, e dizia a verdade. Edward estava encarando a garota Bella com uma expressão estranha, talvez... Curiosidade? Sei lá, ele não estava muito acostumado ao vazio da falta de pensamentos.

-Ele não parece estar com raiva, parece?

-Não. Deveria estar?

Ops. Mau sinal. Jessica era uma fofoqueira nata, se alguma coisa caísse sobre ela, no dia seguinte estaria sobre o resto da cidade.

-Acho que ele não gosta muito de mim.

Realmente, Edward não havia deixado uma boa impressão.

-Os Cullens não gostam de ninguém... Bom, eles não percebem a presença de ninguém para gostar. Mas ele ainda esta olhando para você.

- Pare de olhar para ele.

Soltei uma risada baixa, aquilo havia sido engraçadinho até. Eu podia jurar que Jessica não ia fazer o que Bella lhe pedia, mas desviou o olhar.

O intervalo ia acabar em poucos minutos. Olhei para Alice, era a nossa deixa para entrar e assumir nosso papel de vigias. O plano de emergências? Pedíamos licença usando nossa expressão “do mau” que espantava humanos e saímos correndo tirar Edward da sala. Simples, rápido e seguro.

Não tinha erro, mas eu ainda me sentia um pouco nervosa. Senti uma onda de tranqüilidade repentina enquanto me levantava da mesa junto com Alice. Jasper estava ajudando também.

-Obrigada. – murmurei.

“Se cuida, vou estar de olho em você.”  Dei uma ultima olhada para Edward, só para ter certeza que ele não ia mudar de idéia. Não, ele não ia mudar de idéia. Droga.

-------------*-----------------

Tic Tac Tic Tac.

Eu estava muito, mais muito nervosa.

Tic Tac Tic Tac.

O intervalo havia acabado há dez minutos, ou seja, Edward estava a poucos centímetros da humana com o cheiro mais apetitoso que ele já havia sentido na sua vida e até agora não havia decidido mata-la. Alice ainda estava “prestando” atenção na aula como uma aluna normal faria. Ela parecia até que bem. Mas eu não estava nada bem.

-Alice! – chamei-a de modo tão baixo que ninguém reparara, estávamos fazendo um teste surpresa. Ridículo, por sinal. Mas que valia metade da nota – Como ele está?

- Bem.

Ufa. Até agora tudo bem.

Tic Tac Tic Tac.

Vinte minutos. Como será que ele estava agora? Será que ele havia feito alguma coisa e Alice estava tentando esconder de mim? Não, ela não faria isso. Ou faria?

Ainda estávamos fazendo a prova.

-Alice! Como ele está?

Desta vez eu pude ver que ela me lançou um olhar rápido, mas fora rápido demais, não pude ver nenhuma emoção nele.

-Está bem. Ele não vai fazer nada.

Ótimo, até agora tudo bem.

Tic Tac Tic Tac

Trinta e três minutos. Droga. O tempo nunca passou tão devagar para mim antes. Eu não tinha certeza se ia conseguir me mover se Alice me contasse que Edward havia decidido matar a humana. Na verdade, eu tinha certeza que não ia conseguir me mexer, ia travar na cadeira e Alice cuidaria de tudo. Ahhh!! Por que Edward tinha que jogar tudo nas minhas costas. Ou melhor. Por que eu não tinha aula de Educação cívica com outra pessoa, de preferência uma que não visse o futuro.

-Alice! E agora. Como ele está?

A minha adorada irmã baixinha de cabelos espetados que andava como uma bailarina profissional me lançou um olhar de ódio que mais parecia uma ameaça de morte.

-Eloise! Ele está ótimo. Agora, se você abrir a boca mais uma vez para falar qualquer coisa pra mim, acredite, serão suas ultimas palavras! Deixe-me em paz!

Eu estava com muito medo agora. Alice parecia mesmo brava, achei melhor seguir seu conselho. Eu já estava quase terminado minha prova.

Tic Tac Tic Tac.

O relógio mostrava claramente que já se passaram cinqüenta minutos e Alice nem dera sinal de qualquer mudança em suas visões. Mas mesmo assim, ainda faltavam DEZ minutos. Em dez minutos muita coisa podia acontecer. Todo podia dar errado em dez minutos. Nossos dois anos de colegial em Forks, os quase cem anos de auto-controle de Edward, minha semana de terapia. Não que eu fizesse terapia mesmo. Mas eu estava começando a cogitar essa idéia.

E o pior era que eu nem podia perguntar para Alice como Edward estava sem colocar minha vida em risco.

Tic Tac Tic Tac.

Cinqüenta e cinco minutos.

“Só mais cinco minutos, só mais cinco minutos.” Minha tentativa de me auto acalmar não estava dando certo. A voz do meu subconsciente gritava na minha cabeça que Edward iria acabar matando Bella.

Ahhh! Eu ia ter um infarto. Tá, tudo bem. Eu não ia ter um infarto. Mas, eu estava desesperada. Veja bem, Alice continuava fazendo voto de silencio e eu não tinha como saber o que estava acontecendo. Minha cabeça ia explodir. Eu estava sentindo o Tic Tac da bomba relógio na minha cabeça, mas fui salva pelo gongo.

O sinal tocou, peguei Alice pelo braço, passamos pela mesa da professora para deixar as provas e sai arrastando Alice em direção ao estacionamento, se Edward não tivesse matado ninguém ele estaria no Volvo.

-Eloise! Está tudo bem, deu tudo certo.Mas que coisa.

Não ouvi o que Alice dizia só me acalmei realmente quando estávamos perto o bastante do carro para ouvir o som da musica que Edward estava ouvindo.

Um suspiro de alivio saiu dos meus pulmões.

-Ufa. Parece que deu tudo certo no final. – Olhei para Alice com um sorriso de missão cumprida, ela me olhou como quem diz: Ohh! Você jura??! E saiu andando em direção a sua sala.

Não dei atenção à sua ironia, eu estava muito melhor agora. Minha missão estava cumprida, Bella e toda aquela cambada de humanos estavam vivos e meu irmão ainda tinha olhos dourados.

Entrei na aula orgulhosa de mim, havia reagido bem à situação, poucos teriam enfrentado uma situação como aquela com tamanha maturidade (heheh). Acho que eu merecia um prêmio. Talvez minha vida voltasse ao normal depois disso tudo ao final de contas.

 

 


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Notas finais do capítulo

espero que estejam gostando

mandem reviews

bjs