Full Moon escrita por LastOrder


Capítulo 2
Reencontros inesperados


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo


bjs



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PDV Edward

1982... Muita coisa havia mudado desde o misterioso desaparecimento de minha irmã, incluindo eu mesmo.

Dois meses depois de ela ter sumido, todos concluíram que  estava morta, eu realmente não queria acreditar nessa possibilidade, mas era inevitável, pouco tempo após seu simbólico funeral eu já começara a me acostumar com a idéia de sua morte.

Sem ela a vida se tornou pior, a casa parecia mais silenciosa e sombria, ou talvez eu mesmo me sentisse assim, ainda não havia desistido de ir para a guerra, e meus pais, com medo de perder o único filho que lhes restava me empurravam com mais freqüência para encontros com garotas que eu, novamente, tratava de... Rejeitar.

Claro que tudo isso não durou tanto quanto o esperado, apenas dois anos após a morte de Eloise a família inteira (incluindo eu) caiu com a mais recente ameaça biológica descoberta. A gripe espanhola atingiu o pais e matou milhões, nos seriamos apenas mais três.

Primeiro, meu pai. Eu e minha mãe tentávamos resistir juntos o máximo que podíamos, mas em fim o inevitável aconteceu, eu estava quase inconsciente quando minha mãe partiu.

Pensei que seria o próximo, que meu fim finalmente havia chegado, mas não, antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, a terrível dor invadiu meu corpo,como se estivessem me queimando vivo.

-Desculpe-me – Ouvi alguém dizer, não conseguia me concertar para saber de onde vinha a voz, não conseguia prestar atenção em nada fiquei assim por três longos dias, quando finalmente Carlisle havia me contado sobre o que eu havia me tornado, um monstro.

E uma aberração já que além de todos os “poderes” que vieram com a minha transformação eu podia além de tudo ler a mente de cada pessoa que passava por mim, o que me deixava irritado e nervoso. No inicio, foi difícil controlar o jorro de pensamentos que eram lançados para mim, mas finalmente, consegui, sempre que podia, ignorava cada pensamento humano novo que eu ouvia.

Os anos passaram e Carlisle tornou-se um pai para mim, resolvi segui-lo no seu ideal de só caçar animais, no começo foi árduo e difícil, mas eu me adaptei, não queria ser mais monstruoso do que eu já era. Logo, Carlisle encontrou Esme e com ela casou-se, ela me via como o filho que ela perdera, e eu a via como minha mãe, era difícil não se encantar com Esme.

E assim, nos anos trinta, Rosalie se juntou a família, com sua mente rasa e egoísta e seu temperamento agressivo, foi um milagre não termos nos matado nos primeiros anos de convivência.

Emmett foi salvo por Rosalie poucos anos mais tarde, e logo se casaram. Eu estava começando a me preocupar com o tamanho da nossa família, me preocupava que chamássemos atenção demais.

E quando Alice e Jasper nos encontraram e se juntaram a nós, bem, eu fiquei muito nervoso.

Mas agora, eu podia ver que havia me preocupado a toa, o dom de Alice de prever o futuro e o meu de ler pensamentos serviam como alarmes, se percebemos qualquer suspeita entre os humanos (dos colégios que freqüentávamos para não acabar morrendo de tédio) mudávamos para outro lugar.

Estávamos vivendo agora em Hungry Horse, uma cidade no estado de Montana próxima a um parque ambiental, ninguém nos conhecia aqui, não era uma cidade grande, nem chamava atenção. Era tudo o que precisávamos para passar um tempo aqui, tempo suficiente até que não pudéssemos mais mentir nossas idades, e então, teríamos de nos mudar de novo.

Não queria jogar beisebol, eu estava especialmente melancólico hoje, não me importando se o mundo explodisse e voasse tudo pelos ares. Pensei que talvez eu pudesse sair pela janela e correr antes que Alice me visse fugindo de seus planos em família.

-Eu vou te pegar Edward! Eu sei onde você está indo!

Droga. A voz dela vinha do andar de baixo, e era perfeitamente segura de si. Alice com certeza iria me apanhar e me arrastaria para a maldita clareira onde jogávamos beisebol, não havia como fugir.

Nem tentei disfarçar minha falta de vontade, e muito menos segurar o suspiro cansado que ameaçava sair da minha garganta, enquanto finalmente descia as escadas.

--------------*--------------

-Vamos Edward!! Por mim, só desta vez. Eu prometo.

-Alice, não.

-Por favor.

-Não.

Estávamos jogando há uma hora, eu estava começando a achar que a idéia não fora tão ruim afinal, em todas as jogadas eu joguei na posição que eu mais gostava. Havia até me esquecido de um detalhe da visão que Alice me mostrara há uma hora e meia atrás. Eu jogava, mas de arremessador.

Emmett e Rosalie já estavam nas bases e Jasper já ocupara seu lugar de receptor, eu não ia, nem morto, jogar como arremessador. Eu odiava essa posição, ficar uma rodada inteira parado no meio do campo era entediante.

-Por favor...

Pediu ela, mas uma vez, a voz quase chorosa. Eu era mais forte. A nossa volta Emmett dava gargalhadas, Rosalie ficava impaciente e Jasper se deixava levar por pensamentos outra vez.

-Hum...Não!

De repente ela me olhou com um olhar cheio de raiva. Fiquei com medo, já sabia o que ela iria fazer.

“POR FAVOR! POR FAVOR! POR FAVOR!”

Começou a gritar na minha cabeça, seu timbre era alto, muito alto e doloroso, eu não podia simplesmente ignorar.

-Tudo bem!

A sua voz parou, suspirei aliviado. Olhei para ela e vi aquele sorriso triunfante mais uma vez. Fiz uma carreta, que a fez sorrir ainda mais.

-Certo.Prepare-se. E jogue certo.

-Você não pode me criticar, está é a SUA posição.

E era mesmo, ela não disse nada, apenas mostrou a língua pra mim e pegou o taco. Eu já havia ficado irritado, odiava quando ela gritava desse jeito na minha cabeça só para conseguir o que queria. Tudo bem que ninguém era muito “fã” de ser arremessador, mas mesmo assim, era sempre Alice que parecia pelo menos aturar ficar aqui onde eu estava, no exato momento, prestes a jogar a bola e fazer de tudo para dificultar a vida de Alice, quando um vulto apareceu na clareira.

Parecia ser uma mulher vestida toda de preto, não consegui ter absoluta certeza, primeiro porque todos meus irmãos estavam na minha frente cobrindo meu campo de visão e segundo porque a mulher estava com uma espécie de boné, que formava uma sombra sobre seu rosto, assim, não tinha certeza sobre sua idade, pude ver grandes olhos verdes, achei aquilo estranho.A criatura à nossa frente tinha cheiro de vampiro, isso era certo. Olhei para Alice.

“Não olhe pra mim, não tenho idéia do que isso possa significar.”

“Ela está nervosa e preocupada e parece estar sozinha, não acho que possa ser uma...” Jasper não conseguiu terminar seu pensamento, Emmett saiu correndo na direção da estranha.

“VOLTURI!!”

“O que ele está fazendo?!” Aquele pensamento foi de todos, incluindo meu. Emmett era tão estúpido que nem percebera a cor verde dos olhos da mulher e nem que ela estava completamente sozinha.

Não podíamos fazer nada, ele já estava praticamente em cima da moça quando paramos de criticar sua sanidade e intelecto.

Só que com uma agilidade e rapidez surpreendentes, o seu punho foi facilmente desviado para o lado esquerdo ainda levou um chute muito forte no abdômen, em questão de segundos Emmett estava estirado no chão.

“Agora ela me paga.” Rosalie saiu correndo.

Pulou contra a adversária, esta, no entanto lhe segurou o braço e torceu-o para trás, a mulher pegou Rosalie e jogou-a para cima de Alice. Jasper foi na direção de Alice mas a mulher( se sentindo ameaçada- pensei) lhe deu um soco do queixo e um chute na panturrilha, em poucos segundos estava vindo em minha direção. Emmett já se recomporá e estava ajudando Rosalie e Alice tentava se livrar do peso amais sobre seu pequeno corpo, nem consegui ver onde estava Jasper, tentei rapidamente ler os pensamentos da minha adversária.

“Certo, vamos ver o que você está planejando.”

O que? Eu havia lido meus próprios pensamentos.

Antes que eu pudesse sequer pensar em tentar refletir sobre a estranha sensação de ler os meus próprios pensamentos, a agressora pulou para cima de mim chutando meu peito com os dois pés fazendo com que eu caísse no chão.

O seu boné havia caído com o pulo, ela estava parada sobe mim agora e eu pude finalmente ver quem era.

Uma de suas mãos segurava a gola de minha camiseta e a outra se preparava para descer um punho em minha face, ela estava completamente paralisada, seus olhos verdes arregalados, com a surpresa, arrisquei, já que eu não podia ler seus pensamentos ainda.

Eu não conseguia encontrar minhas cordas vocais para falar, mas haviam tantas perguntas. O que ela estava fazendo ali? O que tinha acontecido? Por onde tinha andado? Como estava viva? Como ainda era a jovem que tanto eu lamentara ter perdido?Ela não devia estar velha agora? O que estava acontecendo afinal?

Eloise conseguiu falar antes do que eu. No entanto, ela não falou nada daquilo que eu precisa ouvir.

Sua voz ainda era aquele cantar de pássaros que minha fraca memória ainda se lembrava.

-Edward? 

  Eloise


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Notas finais do capítulo

Duvidas, criticas e/ou comentarios, já sabem... postem reviews

=D

bj