Full Moon escrita por LastOrder


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic... Espero que gotem =D


PS: Os primeiros capitulos são contados por Edward e eles não estão em Forks.



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PDV Edward

 

-Rosa, já te disse antes, eu não gosto de você desse jeito.

Ela me olhou incrédula mal acreditando no que ouvira.

-Como assim? Edward nós nos conhecemos há tanto tempo e ...

 

Instantaneamente, parei de ouvir o jorro de palavras que se seguiu, eu mal havia completado quinze anos e esta era a segunda garota para a qual eu era obrigado a explicar que não me sentia atraído por ela, e não tinha nenhuma intenção de convida-la para jantar ou qualquer coisa do gênero, imagine então como as coisas iriam sair do controle depois da festa de amanha, aquele pensamento me fez ficar irritado.

 

O céu já se tornava laranja, para minha sorte, era minha deixa para mandar Rosa para sua casa.

 

-Rosa, eu realmente lamento, mas... acho melhor terminarmos essa conversa mais tarde, já vai escurecer e não fica bem...

Ela nem me deixou terminar a frase, bom sinal, acho que não a veria tão cedo de novo.

-Certo, tem razão. Então, até logo Edward.

-Certo, até logo.

 

Ela se dirigiu para a saída onde um carro a esperava, não consegui deixar de notar, como o jardim da frente da casa dos meus pais ficava mais calmo sem a voz irritante de Rosa por perto, eu conseguia finalmente ouvir os pássaros cantando e sentir o cheiro das flores, aquele jardim era o orgulho da minha mãe, fiquei ali por mais alguns minutos quando resolvi entrar, na sala não havia ninguém a não ser minha irmã gêmea, Eloise.

 

Seus olhos verdes eram duros e estavam direcionados para mim, sua expressão que na maioria das vezes era angelical e alegre agora estava séria, os longos cabelos cor de bronze que lhe desciam até a cintura e que estavam trançados só lhe dava, agora, um ar adulto. Isso era estranho ela nunca ficava brava comigo, sempre me apoiou no que quer que fosse, será que o fato de eu ter provavelmente magoado sua amiga Rosa a deixara tão brava assim?Eu estava receoso, eu e Eloise éramos inseparáveis, sempre enfrentamos a tudo e a todos juntos como um só, o fato de pensar que ela se magoasse comigo por causa de uma coisa tão pequena como Rosa me deixava estranhamente triste e nervoso, mas procurei não demonstrar, esperei que ela falasse primeiro.

 

Mas antes disso,ela bateu o pé três vezes no chão e deu um longo suspiro, esse era o sinal, afinal , ela não estava brava ou magoada, estávamos na verdade, sendo observados, meus pais queriam que eu arranjasse uma noiva logo e como eu mostrava mais interesse com a guerra, acharam que seria melhor ordenar que Eloise colocasse juízo na minha cabeça, assim, o sinal significava que a partir daquele momento qualquer “briga” seria uma mera encenação para acalmar nossos queridos pais.

 

- Você não se cansa de mal tratar minhas amigas Edward?

Eu me segurei para não sorrir, Eloise encenava tão bem que poderia ser uma grande atriz.

-Na verdade, a culpa é toda delas, elas não param de correr atrás de mim.

-Então talvez, você devesse pelo menos agir com sensatez pelo menos uma vez na sua vida e tentar ver as qualidades de cada uma delas.

-Para que? Para ficar ainda mais impressionado com o tamanho da atenção que elas dão aos próprios vestidos?

-Não! Para ver se você se interessa por alguma delas e tira da cabeça essa idéia ridícula de se enfiar num batalhão e ir para a guerra!

Desta vez, eu quase achei que ela estivesse começando a chorar.

-Eloise, eu já lhe disse, não vou me casar com nenhuma daquelas suas amigas tolas, e não vou muito menos desistir de ir para a guerra, você sabe que o que eu mais quero agora é isso!

Sua face se encheu de um ódio repentino, e eu fiquei brevemente assustado.

-Ótimo, não há como falar com você Edward!

 

E saiu do cômodo, logo em seguida minha mãe entrou, ela parecia muito irritada.

-Vá pedir desculpas para sua irmã Edward.

-Claro.

Fui correndo até o quarto de Eloise, bati na porta duas vezes, minha mãe estava passando pelo corredor.

 

“Para garantir.” Pensei.

 

-Entre.- disse uma voz dentro do quarto.

Abri e entrei, era o lugar mais bonito da casa depois do jardim, o quarto variava entre tons de lilás, rosa e branco, o papel de parede era de rosas e haviam algumas aves desenhadas também, de manhã era um dos quartos mais iluminados. Eloise estava sentada na sua cama, Fechei a porta, e fui até ela.

 

Ouvi passos do lado de fora.

-Desculpe-me, pelo meu comportamento.

-Tudo bem - ela disse, notando os passos.

 

Então, após alguns segundos, os passos sumiram no corredor, eu e Eloise nos encaramos em silencio por mais alguns minutos na expectativa de ouvir mais alguma coisa, desta vez poderiam ser meu pai ou a governanta. Mas não ouvimos nada. Assim, começamos a rir baixo para que não fossemos ouvidos.

 

-Você foi incrível.Não acredito que Rosa foi atrás de você de novo. - Eloise não conseguia parar de rir, era tão fácil engana-los que eu nem acreditava que havíamos conseguido mais uma vez.

 

-Na verdade, quando entrei na sala e vi você com aquela cara, achei realmente que estava brava, de todas, Rosa era mais próxima a você.

 

Ela estava mais calma agora

 

- Bem... Sim, mas ela vai superar, ela já sabia que você não queria nada com ninguém, eu mesma a havia avisado. Acredito que foi muito merecido.

 

Rimos mais um pouco, lembrando da nossa falsa discussão, Eloise não estava muito feliz com a idéia da minha ida para a guerra, mas também não faria nada para me impedir, havíamos prometido um para o outro que sempre nos apoiaríamos e ela não quebrou sua promessa, e eu nem planejava quebrar a minha, de repente, me lembrei da festa do dia seguinte, o pensamento fez morrer minha risada, e percebi que minha irmã estava pensando na mesma coisa.

 

Vi seu rosto murchar. A festa. Na nossa festa de quinze anos haveriam diversas famílias, amigos do nosso pai, amigos com filhos solteiros claro, que buscavam uma noiva e no caso a noiva era Eloise, fora isso haveriam varias amigas de nossa mãe, também com filhas solteiras, que viriam usando seu melhor vestido para que fossem apresentadas a mim e a minha família, realmente não era a festa que eu mais esperava, entretanto meu pai havia dito que eu poderia escolher a noiva caso eu ficasse longe da guerra, mas minha irmã não teria a mesma sorte.

 

-Eu não quero me casar.

 

Eloise disse suspirando, um suspiro cansando, de quem já estava desistindo isso me deixou triste, minha irmã nasceu para ser livre, para viajar pelo mundo e aprender, conhecer outros lugares, e novas pessoas, ela era como um pássaro dentro de uma gaiola esperando seu momento para abrir as asas e voar, submete-la a um casamento arranjado seria como cortar-lhe as asas e prende-la dentro de uma caixa fechada a sete chaves.

 

A abracei forte e ela começou a chorar.

 

-Calma, não fique assim, vamos dar um jeito. EU vou dar um jeito, vou falar com papai e...

 

-Já tentamos falar com ele antes.

 

-Mas não tentamos falar com mamãe, você sabe como ela é boa, sabe que ela vai entender.

 

Ela se afastou de mim e me encarou.

 

-Edward... Eu não acho... Que isso vá funcionar, não agora, não funcionou antes, ninguém...

 

- Shhh! – Eu a interrompi novamente – Eloise, vamos dar um jeito, já lhe disse, não vou deixar papai lhe forçar a se casar com ninguém certo?-Eu recomecei antes que ela pudesse disser qualquer coisa - Vamos esperar a festa passar, vamos ver como as coisas acontecem, ninguém sabe o que pode acontecer, papai pode mudar de idéia, você pode encontrar algum rapaz bom, nunca se sabe.

 

De repente ela ficou seria. As lágrimas pararam de cair.

 

-Edward! Eu não vou me interessar por ninguém, sou muito jovem!

Sua voz era quase indignada, dei uma risada.

 

-Na verdade, você é velha de mais, isso sim, se você não se lembra, você nasceu com trinta anos então deve estar prestes a fazer quarenta e cinco anos.

 

Ela soltou uma gargalhada fraca, o clima estava mais leve de novo, começamos a conversar sobre coisas menos preocupantes, coisas que não nos lembrariam daquela festa ridícula que meu pai havia planejado, percebi que já eram dez da noite, tínhamos de ir dormir.

-Bem, não se preocupe, vai dar tudo certo, eu prometo, agora, trate de dormir um pouco esta bem?

 

-Certo, você tem razão, pensamos em algo pela manha.

 

Dei-lhe um beijo na testa e sai do quarto com um boa noite, eu estava exausto, uma grande parte de mim, queria não acordar amanha, seria um dia cheio e pesado, e honestamente, não sabia o que fazer com relação à Eloise e meu pai.

 

Cheguei ao meu quarto, dei um longo suspiro e me joguei na cama, estava muito cansado para trocar de roupa, a governanta brigaria comigo por aquilo. Estava quase pegando no sono quando ouvi um grito, sai correndo em direção ao quarto de Eloise, cheguei antes de todos, abri a porta, e ela não estava lá, a janela estava aberta. Uma rajada de vento frio arrepio meus pelos quando entendi o que havia acontecido,  fui até a janela, só havia noite e a escuridão que cegava meus olhos.

 

-ELOISE! ELOISE!

 

Gritei como um louco da janela, pensando que assim ela poderia voltar ou que fosse talvez um pesadelo e que eu acordasse em seguida, mas então percebi isso não era um sonho e o pior, minha irmã não iria voltar.

 

--------------*--------------

 

 

-Ei! Edward, vamos!

-O que você quer agora?

 

A pequena criatura fez uma careta pra mim.

 

-Não fale assim comigo, lamento tira-lo de seus pensamentos, mas tive uma visão, haverão trovões hoje poderemos jogar beisebol.

 

Disse-me ela toda feliz.

 

- Alice, eu realmente...

Ela me silenciou rapidamente

 

-Temos que ir, todos vão, menos Esme e Carlisle, eu já vi Edward, você vai, não adianta, vai querer mesmo discutir comigo?

 

Suspirei, não fazia sentido discutir com Alice, especialmente quando eu me vi perfeitamente jogando beisebol com a minha família, na posição de arremessador.

 

-Tudo bem então.

 

Alice abriu um largo sorriso de vitória.

 

-Certo, partimos em meia hora.

 

E com isso saiu do quarto.

Era o ano de 1982

 

 


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Notas finais do capítulo

Mandem reniews para eu saber o q vcs acharam

=D

bjs