Asas Congeladas escrita por Beliel


Capítulo 7
Paz


Notas iniciais do capítulo

Eu não tive muito tempo nem muita criatividade por isso fiz um bônus (no final hehehe)



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Natasha acorda com uma dor de cabeça lastimável, seus pulsos estão amarrados em torno da maca em que se encontra e seus pés estão presos com algemas. Olhando ao redor ela percebe que está na AA, talvez na enfermaria.

Ela desamarra com habilidade seus pulsos e puxa seus pés reprimindo um grito, está solta.

Se encaminha para a janela, mas percebe que seria mais útil ficar e cumprir sua missão, como Furry deseja. Ao se encaminhar para porta percebe duas vozes distintas discutindo em um pesado alemão, algo bem rústico. Ela tenta acompanhar a discussão e acaba captando partes como:

–Me ... mata-la, ... favor? –Natasha se assusta quando a voz feminina fala isso.

–Ela será útil. –O homem fala.

Ela escuta alguém bufar e a porta se abre, derrubando uma desatenta Natasha no chão.

–Parece que você não está muito bem, ruivinha. –Beliel diz em um russo com sotaque, seu ventre está enfaixado mas ela parece melhor que Natasha, seus olhos, brilhantes e vermelhos, a analisam de cima a baixo.

–Se acalma, Beliel. –Bucky fala em russo também.

Ah Bucky, ele continua tão forte quanto antes, seus olhos, de um tom quase cinza, também brilham, como se ele viesse chorando muito, seu cabelo está comprido e solto e ele veste sua roupa habitual, enquanto Beliel veste uma blusa da banda Nirvana e uma calça jeans rasgada, suas asas esticadas mal cabem no quarto, mas parecem ameaçadoras em seu tom prateado.

Natasha se da conta que está sem nada de armas, e só usa um roupão um tanto furado na parte traseira.

–Que seja! –Beliel levanta as mãos e as asas vão junto. Então faz uma careta de dor e coloca a mão na barriga.

Bucky não tira os olhos de Natasha, que não ousa se mexer.

–Vou direto ao ponto, Nat. –Beliel faz uma careta quando Bucky fala aquilo, mas assume uma postura séria e assente. –A SHIELD não foi muito esperta lhe mandando aqui, afinal, eles deviam saber, não queremos atrapalhar os planos deles dessa vez, queremos ajuda-los.

Natasha sente um arrepio percorrer sua espinha, ajudar contra o que? É o que ela quer perguntar, mas a voz não sai.

–Me poupe desta sua cara de surpresa, você sabe que a HIDRA está se reerguendo com outro nome, a SOTH, e você deve saber também que a base de dados de vocês foi corrompida, então aceite a porcaria da ajuda, para no fim eu poder voltar a te socar como eu sempre faço, ruiva. –Beliel pronuncia em um perfeito inglês.

–Como eu sei que vocês estão falando a verdade? –Natasha encontra sua voz.

–Não sabe, confia. Ou ligue para seu chefe, ele deve saber a verdade. –Beliel cruza os braços, reprimindo uma careta de dor. –Aliás, se você não tivesse interrompido, eu estaria agora interrogando os agentes infiltrados aqui, e depois treinando talvez, me fazendo pronta para a batalha, mas não. Agora não vai ter treinamento, por que o Furry te quer de volta. –Ela terminou com o dedo na cara de Natasha que vibrou de raiva.

–Eu não sabia. –A ruiva disse, virando o rosto.

–Tudo bem, boneca da Rússia, mas deixe os adultos resolverem isso, e fica quieta na sua cama. –Ela empurrou Natasha que caiu na cama, soltando um palavrão.

–Uma grande amizade realmente. –Bucky murmurou quando saiu pela porta deixando Natasha sozinha, a não ser pelos vinte agentes na porta e mais vinte na sacada do quarto.

...

–Qual seu problema, Beliel? –Bucky estava exasperado.

–Ela me irrita. –Beliel murmurou.

Ambos tinham perdido a pose, mais parecendo os agentes que eram quando se conheceram.

–Você não pode colaborar um minuto para podermos fazer isso do jeito certo? –Bucky gritou.

Beliel sentiu como se tivesse levado um tapa.

–Ah eu nunca faço as coisas certas? –Ela ficou vermelha dos pés a cabeça, seus olhos violetas, como se ele tivesse machucado ela.

Ambos estavam no telhado, discutindo sozinhos. Fazia alguns dias que Beliel tinha acordado, mas estava muito fraca para qualquer coisa, estava agora se curando mais rápido, graças a dose de soro extra, que Bucky havia conseguido numa perigosa missão.

Enquanto Bucky estava fora e Beliel desacordada, Nemêssis sumiu, deixando várias dúvidas no ar, mas seu braço direito, o agente Alex Turner, como diretor provisório.

A agência estava toda bagunçada, e Beliel tentava contato com Nemêssis todas as horas do dia. Nunca conseguia e estava desesperada por contato. Ela tinha suas próprias teorias, teorias que não poderia dividir com ninguém, nem mesmo com Bucky.

–As vezes você me irrita tanto com seu ciúmes idiota... –Ele parou de falar, se deu conta do que tinha saído da sua boca.

–Ciúmes?! –Ela disse, duas oitavas a cima.

–Sim, seu ciúmes da Natasha! –Ele disparou.

–Ah, claro, você nem me conhece! –Ela gritou.

–Bem, eu lembrei de algumas coisas e não acho que eu não te conheça depois de ter te beijado! –Ele se exaltou e ela ficou pálida.

Durante os dias que Beliel estava apagada Bucky havia lembrado de uma série de beijos quentes, mas nunca algo mais, apenas beijos. Ainda sim o tinham deixado sem fôlego.

–B-beijado? –Ela estava assustada, seus olhos, azuis agora, brilharam. –Do que você lembrou Bucky? Você lembrou da noite do jantar? –Ela gaguejou e avermelhou. Ela tinha muita esperança em sua voz e ele odiou dizer:

–Não, mas lembrei de algumas missões, de alguns beijos, de alguns momentos. –Ele puxou seu cabelo, frustrado. –É tão complicado! Fomos namorados ou algo assim?

Ela desanimou, visivelmente triste com sua memória.

–Não Bucky, não éramos, mas eu gostava muito de você. –Ela sussurrou, acabada.

–Olha, eu lembro seu apelido, Anja, então, olha Anja, eu sei que eu não lembro de muita coisa, mas eu, droga –Ele riu. –Eu me lembro de como eu me sentia com você, e eu quero me sentir assim de novo, que se dane a merda da memória e o que eu fiz.

Ele puxou ela pelo braço, até seus corpos ficarem muito próximos, passou as mãos nas costas dela, pelos seus braços cobertos pela blusa, pelo seu rosto, contornando a cicatriz com os dedos prateados, os olhos dela fechados e seus lábios abertos, aproveitando o calor que Bucky emanava, mas as mãos de Bucky não pararam por aí, ele nem sabia o que fazia, mas apenas queria ela para si. Suas mãos passaram pelos quadris de Beliel, apertando levemente e pegaram as coxas da mulher, Bucky a puxou para seu colo, as asas dela envolvendo ele, ela suspirou e tremeu, Bucky escorregou as mãos para as asas de Beliel enquanto ela apertava seu quadril com as pernas, as asas não eram frias, eram quentes, ásperas e pontiagudas, ele passou as mãos pelos pontos onde a pele virava asas e ela tremeu tão fortemente que Bucky achou que eles iam cair do telhado.

–Me beije logo, eu não aguento Bucky. –Ela sussurrou, meio gemendo, apertando seu quadril contra o dele, passando as mãos pelos cabelos dele e suspirando no meio disso tudo.

Então ele puxou a boca dela para si, sentindo o gosto de canela invadir sua língua, eles bateram os dentes, meio desajeitados por estarem no telhado, mas ele achou um canto onde colocou ela contra as telhas e deitou por cima, seus corpos se encaixando perfeitamente, os quadris se juntavam, embora estivessem com roupas, Bucky apoiou o braço mecânico nas telhas e com a outra segurou a cintura dela, tão fina, tão delicada. A blusa dela subiu e ele colocou a mão dentro da blusa dela, sentindo seu corpo quente.

Beijou do topo da cabeça até seu macio pescoço, seguindo a linha da cicatriz, e sentindo ela tremer e arrepiar. Prensou ela ainda mais contra as telhas e mordeu seu pescoço levemente, chupando as vezes, subindo um pouco mais a mão até encontrar sua barriga lisa, apenas com algumas cicatrizes, desceu sua boca para o inicio do decote, beijando toda a extensão, sentiu seu perfume, ele se lembrou agora, de lavanda.

Ela arquejou o corpo de prazer quando ele tocou seu pescoço com a boca quente e suspirou quando ele beijou seu decote. O tempo todo as asas dela o envolviam, e as mãos dela passeavam pelas suas costas, os olhos fechados e os lábios abertos em uma fenda, lábios que ele mordia com ferocidade em alguns momentos, mas agora ela tirou as mãos e abriu os olhos, azuis piscina.

–Bucky, pare. Estamos no telhado. –Ela riu roucamente.

Ele acompanhou o riso dela.

–Mais um beijo, por favor. –Ele pediu e ela assentiu.

Ambos desfrutaram de um beijo calmo, tranquilo que nunca haviam sentido antes, Beliel estava em paz finalmente depois de todos esses anos.


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Notas finais do capítulo

Vocês conseguem ver a mudança nos dois? Como estão ficando mais jovens e menos cruéis?
E o que será que rolou na noite em que ela foi embora?
Comentem!!!



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