E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 5
Me torno um assassino.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Iai, como vocês estão? Estou bem, obrigado. ^^ Então, a história ta legal? :)
Boa leitura. o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/562574/chapter/5

Eu estava escondido atrás de uma parede em uma rua pouco movimentada, esperando os três garotos, que andavam em minha direção, se aproximarem. Quando uma senhora passou por mim andando vagarosamente.

Assim que ela me olhou, exclamou:

— Meu Deus! Que susto! — ela colocou a mão no peito. — Pensei que a época do Halloween tivesse passado?

— Eu também. — falei. — Então porque não tira essa sua máscara horrível?

A senhora fechou a cara.

— Quem você pensa que é rapazinho? E é melhor você ir tirando essa máscara se não eu chamo a policia.

— Ok. Tudo bem. — Tive uma ideia. Coloquei as mãos atrás da cabeça e puxei a máscara. — Pronto.

A senhora deu um grito de medo e saiu correndo. Fiquei totalmente confuso.

— Puxa... — resmunguei. — Eu não sabia que era tão feio.

Tirei um pequeno espelho do bolso e me olhei. E pude entender o porquê dela ter saído correndo. A pele do meu rosto tinha saído, ficando somente a caveira.

Dei um sorriso esquelético.

— Isso é muito legal. Eu posso fazer o que eu quero.

Foi quando eu ouvi as vozes dos três patetas se aproximando.

Praguejei.

— Droga! Os convidados estão chegando para a festa e eu ainda nem me preparei.

— ...Quando você jogou a mochila em cima dele. — ria o cara gordo.

— Foi muito hilário. — concordou Wilson.

Eles dobraram a esquina onde eu os esperava, e pararam bruscamente.

— O que é isso? — perguntou Wilson surpreso.

— Venham todos! Aproximem-se! — eu anunciava. — Shows de mágica grátis para todos!

Eu estava dentro de uma barraca preta, com varinhas mágicas e estrelas desenhadas do lado de fora. Usava uma cartola branca listrada de azul e vermelho. Um sobretudo e uma calça que combinavam com a cartola. Holofotes brilhavam sobre mim.

Dei um sorriso para eles.

— Olá jovens! Gostariam de ver alguns truques?

Eles olhavam para mim com desconfiança, mas assentiram.

— Bem, como primeiro número, vou fazer sair de dentro da minha cartola um coelho.

Peguei a cartola, coloquei a mão lá dentro e puxei um coelho branco.

— A-há.

— Já vimos esse truque milhões de vezes. — resmungou o outro menino, que era magro com um cabelo encaracolado.

— Ah, é? Vocês já viram esse?

Enfiei a mão lá dentro de novo e tirei um coração de verdade, pulsando e sangrando.

— Aaahhh! — eles recuaram.

— Hehe. — sorri, e coloquei o coração de volta dentro da cartola. — Agora, como o meu segundo número, vou adivinhar as cartas que vocês pegarem.

Peguei umas cartas, embaralhei-as, e as espalhei sobre uma mesinha suspensa que havia fora de minha barraca.

— Podem pegar. — falei.

O cara que tinha o cabelo encaracolado avançou um passo e pegou uma.

— Humm... — coloquei a mão no queixo — A carta que você pegou foi um... Ás de copas.

— Sim. — ele a virou.

— Agora você, filho. — apontei para Wilson. — Pegue uma carta.

Wilson pegou uma.

— Deve ser um... Quatro de paus.

— Certo. — ela sorriu e a virou.

— Agora você novamente, filho. — apontei para o cara de cabelo encaracolado.

— Ei! — protestou o garoto gordo. — Não é minha vez?

— Ah, espere gordão. — murmurei.

— O quê? — ele cerrou os punhos. — Me chame novamente de gordão, e eu lhe quebro a cara.

— Ei, calma Joe. — falou Wilson. — Deixe ser a vez do Diego novamente, então depois será a sua.

— Ora, está bem.

O cara que se chamava Diego pegou mais uma carta. Quando ele a virou, franziu a testa.

— O que houve? — perguntei. — O que está escrito na carta?

— Está escrito... — ele olhou para mim. — Chegou a sua hora.

— Ah, é verdade. Eu havia realmente me esquecido de que havia chegado... — peguei um objeto de dentro da minha barraca. Uma metralhadora. — A SUA HORA!

Apontei a arma para ele. Diego arregalou os olhos e tentou correr, mas eu apertei o gatilho, e a metralhadora ganhou vida, disparando vários tiros por segundo. O som dos tiros era alto. Balas caiam da metralhadora para o chão com um ruído. O corpo de Diego imediatamente encheu-se de buracos. O sangue respingava para todos os lados. Os outros dois garotos gritavam aterrorizados encolhidos no chão.

Eu não tirava os dedos do gatilho, e dava uma risada de vez em quando. Somente quando o corpo do garoto estava no chão, com as roupas esburacadas e empapadas de sangue, eu parei.

— Ah, meu Deus! Meu Deus! — gritava os outros dois garotos. Eles se levantaram e correram em disparada para longe gritando por socorro.

— Ei, galera. — chamei. — Esperem por mim.

Os dois correram, dobraram esquinas, e se esconderam no mesmo beco em que haviam me batido. Wilson e Joe se curvaram, respirando dificultosamente.

— Ah... Meu... Deus! — ofegava Joe com as pernas tremendo. — Você viu... Ele...

— O que está acontecendo comigo? — choramingou Wilson. — Estou vendo coisas horríveis constantemente. Monstros horríveis por todo os lados.

Joe olhou para ele, trêmulo.

— Do que está falando, cara?

— Eu... Estou vendo monstros. — a voz dele tremia. — Ontem a noite, eu...

Nesse momento, eu saí de trás das latas de lixo que estavam no fundo do beco.

— A-há... Achei vocês. — arreganhei um sorriso enorme. Eles gritaram de pavor.

Girei como um redemoinho, e me transformei em um pirata, com uma roupa preta, um tapa-olho, e um papagaio em meus ombros. Um gancho no lugar da mão direita, uma lança na outra, e um toco de madeira no lugar do meu pé esquerdo.

— Lá está ela homens! — gritei, apontando para Joe. — A Grande Baleia Branca! Atacar!

E joguei a lança em sua direção.

— Socorro... Ugh! — Ele tentou correr, mas não teve chance. A ponta atravessou as suas costas e saiu pelo o seu peito. Joe cambaleou e caiu de costas.

— Não! Por favor! — implorava Wilson de joelhos. — Não me mate! Eu faço tudo o que...

Eu o peguei pelo o pescoço e o prendi contra a parede. Coloquei o gancho em sua garganta.

— Calma, garoto! Eu não vou lhe matar. — Wilson fazia sons de pato rouco. — Eu vou lhe sufocar.

Apertei com toda a força o seu pescoço. Um homem passou pelo o beco e nos viu, então saiu correndo gritando pela policia.

— Que coisa. — resmunguei. — Já não se pode mais sufocar os outros em paz?

Wilson já estava ficando branco, quando eu o soltei. Ele tossia e respirava fundo colocando as mãos na garganta.

— Olhe como sou bondoso. Decidi deixar você vivo. Isso é para você aprender a não mexer comigo.

Suspirei, e lhe dei um chute no rosto. Wilson desmaiou.

— Puxa! Eu não sabia que meus chutes colocavam as pessoas para dormir.

Peguei um cigarro, joguei perto de Wilson e saí andando.

— É por isso que não se deve jogar lixo nas ruas. — alguns segundos depois o beco explodiu, fazendo latas de lixo, e lixo, voarem. — As pessoas podem se machucar.

Vários pedestres que passavam por perto saíram aos gritos.

— Uma questão já resolvida. — disse eu. — Falta outra.

Saí correndo como um raio, e em um segundo eu me vi na porta de minha escola. Entrei, agora vestido com a farda, e procurei a sala onde a sra. Erika estaria dando aula. As pessoas que passavam por mim me olhavam como se eu fosse um E.T e se desviavam. Quando finalmente achei a sala, dei um sorriso.

— Então — dizia ela para os alunos. —, essa é a formula essencial para vocês fazerem a...

Entrei na sala com tudo.

— Com licença! — falei suavemente. — Estou interrompendo?

— Hã, bem...

— Que bom que não estou. — olhei para a professora. — Preciso falar com você.

Ela me olhava com receio.

Eu não conseguia ter nenhum controle sobre os meus atos. Nenhum sentimento de culpa ou vergonha. E parecia não me importar com isso.

— Ah, tudo bem. — disse a sra. Erika.

— Ei, cara. — disse um garoto para mim. — O que houve com o seu rosto?

— O quê?

— A sua cara... Está verde. O que aconteceu?

Aproximei-me dele, e sussurrei em seu ouvido.

— Quer mesmo descobrir?

Ele fez que sim.

Tirei um balde de tinta de dentro da minha camisa e um pincel, e logo o rosto do pobre garoto estava todo pintado de verde.

— Minha cara está verde por que eu gosto de verde. É a minha cor favorita.

Dei uma gargalhada, andei até a professora e perguntei:

— Você gostaria de resolver todos os exercícios de um livro, minha querida?

— O quê?

— Se você gostaria de resolver todos os exercícios de um livro?

— Hã... Bem... Não. — admitiu. — É muito cansativo.

— Então — disse eu suavemente. — porque você passa um exercício para os alunos, QUE NEM VOCÊ MESMA TEM CORAGEM E DISPOSIÇÃO PARA RESOLVER?

— Mas...

— Que feio, que feio. — repreendi.

Agarrei a mão dela e virei para cima, abrindo-a. Peguei uma palmatória do meu bolso.

— Peça desculpa por ser uma professora má.

— Me larga! — gritava ela, tentando se soltar.

— Solta ela! — gritavam os alunos. Um deles me chutou nas costas. Virei-me e o atingi na cabeça com a palmatória. Olhei para a professora, e bati na mão dela com toda a força. Ela gritou de dor. Agarrei-lhe os cabelos e bati a cabeça dela contra a lousa. Ela caiu no chão com um corte na testa.

— Hehe. Alguém me segure! — falei. — Isso é para você aprender a não fazer com os outros, aquilo que não gostaria que fizessem com você. Agora...

De repente, um barulho ensurdecedor ecoou ao longe. Olhei para os alunos, que estavam todos apavorados no fundo da sala.

— Quem soltou esse peido? — perguntei, estreitando os olhos. — Que educação, tem banheiros aqui.

— Foi uma explosão. — choramingou uma menina.

— Ufa! Que alívio. Por que eu já ia mandar o dono dessa flatulência descomunal direto para o proctologista para ver se não houve algum dano na região do...

Outra explosão.

Corri, saindo da escola e chegando ao local onde houvera a tal explosão. Uma fumaça preta subia ao céu saindo de dentro de outra escola. Os alunos saiam correndo e gritando pela a rua. Os professores estavam na entrada acudindo os alunos que escapavam das chamas, que estavam queimando tudo lá dentro.

No mesmo instante reconheci a escola. Era a onde Percy estudava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E Se fosse verdade? 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.