E Se fosse verdade? 2 escrita por PerseuJackson


Capítulo 34
Brincamos de Polícia e Ladrão




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Estávamos viajando para Las Vegas a cerca de duas horas, e a cento e trinta quilômetros por hora, o que sem dúvida era um pouco perigoso, e podia chamar atenção da polícia rodoviária.

Ashley e Annabeth estavam no banco de trás, enquanto Percy estava no banco ao meu lado. Os três estavam curtindo a viagem numa boa. Dando risadas, se divertindo e apreciando cada momento de tranquilidade dentro do carro.

— Cuidado com o poste! — alertava Percy.

— Diminui! — gritava Annabeth. — Ah, meus deuses!

— Cuidado com o cachorro! — exclamou Ashley.

Os carros buzinavam à medida que eu passava por eles a toda a velocidade. O vento entrava no carro fortemente, assanhando os cabelos das meninas.

— Saiam da frente. — murmurei.

— Olha a velhinha! — gritou Percy, apontando.

— Estou vendo. — resmunguei. — Dá para pararem de gritar? Estão me dando nos nervos.

— Você dirigindo é que está me dando nos nervos. — retrucou Percy, colocando o cinto de segurança.

— É isso mesmo. Coloquem o cinto de segurança. — Avisei. — Porque a viagem vai ser... Em um piscar de olhos. Hehe.

Passei a marcha e pisei no acelerador. O carro impulsionou-se para frente, a medida que ia ficando mais rápido. Cento e sessenta quilômetros.

— DIMINUI! — gritou Ashley, me batendo na cabeça. Mas depois gritou, enojada. — Eca! Sangue em minhas mãos. Acho que vou... — ela colocou a mão na boca, indicando que ia vomitar.

— Ah, deuses! — reclamou Annabeth. Seus cabelos se esvoaçavam, parecendo que estavam vivos. — Ponha a boca para fora e vomite, por favor.

Biiiiiii!

Buzinou um carro que, por sorte, não colidiu com o nosso táxi.

Eu não estava conseguindo pensar direito. Minha vontade era de chegar a São Francisco e derrotar os dois deuses idiotas. Nem sequer sentia culpa por estar infringindo a Lei e de estar pondo a vida dos meus amigos em risco.

— Raphael! — gritou Percy, com os dentes trincados. — Tire a Máscara! Você está pondo a gente em perigo! E está encharcando o banco e o volante de sangue. E está com o corpo todo deformado! Se você não parar de dirigir assim, vamos acabar...

Atrás de nós, ouviu-se a sirene da polícia.

— Ah! Ótimo! — Percy bateu em sua coxa. — Simplesmente ótimo! Vamos acabar sendo presos.

— Talvez não. — sorri. — Posso freiar o carro de uma vez e atropela-lo.

— Não!

— Agora não tem mais jeito. — disse Annabeth, zangada. — Acelere o carro! Talvez ele desista de nos perseguir.

— Acelerar ainda mais? — exclamou Percy. — Quer nos matar?

O som da sirene ia ficando mais próximo. Percy olhou para trás.

— Uau! A moto da polícia é rápida.

— Oh! Então é uma moto? — perguntei. — Por que não disse antes?

Diminui a velocidade do carro.

— O que está fazendo? — quis saber Ashley.

O policial que estava na moto ficou do nosso lado, enquanto dirigia.

— Você está em alta velocidade! — gritou ele. — Por favor, pare o carro no acostamento.

— É para fazer o quê no capotamento? — disse Percy, estranhando a pergunta.

Coloquei a cabeça para fora do carro.

— E aí, Policial? Bela noite, não é? Que tal um racha entre você e eu?

— Pare o carro!

— Aposto que meu táxi é mais rápido do que essa sua lata velha com rodas.

— Pare o carro, agora! — exigiu o policial.

— O vencedor deixa o outro em paz? Que tal?

O policial se desviou de um carro, e não sei se foi minha impressão, mas vi a cabeça dele balançar como se estivesse dizendo “sim” para a minha proposta.

— Ah! Isso ai! Então vamos. Preparado?

Ele me fuzilou com o olhar.

— Você não vai fazer isso. — disse Ashley com cautela.

Comecei a contar.

— Um.

— Ele não vai fazer. — assegurou Annabeth.

— Dois.

— Acho que vai. — murmurou Percy, arregalando os olhos.

— Três!

— NÃO! — gritaram os três juntos.

Passei a marcha e pisei fundo no acelerador. O motor gemeu. O velocímetro avançava para cento e sessenta quilômetros novamente. Desviava de carros, de caminhões, e de crianças atravessando a rua. Os prédios, casas, e outras construções passavam do lado de fora em um borrão.

— AAAAHHH! — gritava Ashley. — É a pior viagem da minha vida!

O policial estava incrivelmente colado conosco, atrás da gente.

— Seria melhor se a rua estivesse sem nenhum desses carros lesados. — murmurei.

De repente, ouvi um som de tiro.

— O que foi isso? — exclamou Percy.

Outro tiro. O vidro traseiro rachou-se e se abriu, ficando com um buraco do tamanho de uma bolinha.

— Ele está atirando!

— Se abaixem! — disse Annabeth.

— Ah, aquele traiçoeiro. — resmunguei. — Não sabe nem perder.

Girei o volante, dobrando em uma curva. Os pneus gemeram. As meninas caíram no banco de lado.

— Se ele atirar de novo...

Outro tiro, e dessa vez pegou bem na minha nuca, atravessando-a e saindo por meu pescoço.

— Ah. Então ele quer brincar de trocar tiro? Tudo bem. — Tirei de dentro do terno uma metralhadora. — Vamos brincar.

O quê? — berrou Annabeth. — Você vai...?

RATATATATATA!

Coloquei a metralhadora para fora do táxi e comecei a atirar. Alguns carros se afastaram de mim. Outros bateram um no outro enquanto tentavam se desviar.

— Hehe. — sorri. — Ele está adorando a nossa brincadeira.

De repente o policial se emparelhou com o nosso táxi, mirou seu revólver em mim, e atirou. A bala entrou em minha testa, fazendo minha cabeça pender para trás. Segundos depois, ele ficou boquiaberto quando eu permaneci dirigindo.

— Agora é minha vez! — gritei.

Apontei a metralhadora para ele e comecei a atirar. O seu corpo encheu-se de pequenos buracos. O policial perdeu o controle da moto e, juntamente com ela, caiu no chão. A moto capotou terrivelmente, enquanto o dono rolou pelo o chão como se fosse um boneco. O seu corpo veio para debaixo do carro, o qual deu dois solavancos conforme o corpo passava pelo as rodas da frente e de trás.

— E eu venci! — comemorei.

— Você matou o policial? — perguntou Annabeth, incrédula.

— Raphael, chega! — berrou Ashley. — Tire a Máscara.

— Não quero tirá-la. — sorri. — Sentem-se. Vamos chegar a Las Vegas daqui a pouco.

E acelerei ainda mais o táxi. Cento e oitenta quilômetros.

***

Quando chegamos a Las Vegas, o sol já estava se elevando por detrás de vários cassinos e Prédios. A cidade era impressionante. Totalmente incrível. Havia muitos e muitos cassinos e várias outras construções lindas. Porções de letreiros de neon estavam apagados agora, devido ao sol. E milhares de carros estavam nas ruas.

— Odeio ter de esperar. — falei.

Graças aos deuses, Ashley, Annabeth e Percy haviam dormido durante a viagem. E por incrível que pareça, eu não estava cansado e nem como sono.

— Uau! Tantos lugares para aproveitar. Olhem só a Estátua da Liberdade. Uma bela réplica da de Nova Yorque.

Após alguns minutos, estacionei perto de um beco sem saída. Já ia acordar meus amigos, quando senti o cheiro de ar condicionado e um aroma delicioso no ar, vindo do beco. Saí do carro e entrei no beco. Lá, havia um homem perto de uma porta, cuja a entrada era uma flor de néon, com as pétalas piscando. Fui ler o nome do lugar:

Hotel e Cassino Lótus.

Incrível, pensei. Eu consigo ler muito bem quando estou usando a Máscara.

O porteiro olhou para mim e juntou as sobrancelhas, achando estranho, mas se aproximou.

— Olá, hã, senhor. Gostaria de entrar um pouco e descansar?

— Claro, cara. Estou precisando mesmo descansar. Sabe, passei a noite inteira viajando.

— Pode entrar.

— Muito obrigado. Hehe.

Entrei no hotel, e exclamei:

— Pelas pernas horríveis da empousa.

O saguão inteiro era uma sala de jogos imensos. Havia uma ponte interna onde você podia fazer bungee jumpe. Uma parede de escalada ao lado de um edifício. Um toboágua que rodeava quase que toda o local. TVs de tela plana gigantes onde vários garotos e garotas jogavam jogos incríveis. Havia também uma pista de neve artificial onde você podia praticar snowboard. Lanchonetes e garçonetes passavam por todo o lugar oferecendo lanches.

— Esse é sem duvida... — suspirei. — o melhor lugar de todos. Vamos agitar!


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