Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso


Capítulo 9
"I think I could like you, but I keep holding back..."


Notas iniciais do capítulo

Uma leitora me deu a ideia de colocar a música logo aqui no início, então a partir de agora é assim que vai ser!! Acho que facilita a vida de vocês né?

https://www.youtube.com/watch?v=lovyCq1N8ks
Música: How to touch a girl - Jojo

Essa música pra mim combina muito com eles, espero que vocês concordem comigo. :)



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Cobra POV

Arregalei meus olhos e fiquei encarando Karina. Ela parecia impaciente. Vi João e Vick do outro lado e vi quando Karina os olhou rapidamente.

– Ok, já entendi tudo. – Disse, com a mão na cadeira. – Karina, você quer me usar pra fazer ciúme no guitarrista? – Falei, me sentindo um lixo.

– Não Cobra! – Falou ela, se aproximando de mim. – Eu quero esfregar na cara da tua ex que eu consegui o bonitão! – Ela disse. Eu a olhei desconfiado. Será que era isso mesmo.

– Karina, olha bem pra minha cara! – Disse, levantando seu queixo, para que ela me encarasse. – Eu tenho cara de burro? – Perguntei. Eu estava com muita raiva.

– Não Cobra... você ta entendendo tudo errado. – A olhei e cruzei os braços, a espera de uma resposta razoavelmente possível. – A Jade e a Bianca acham que eu não tenho capacidade de arranjar um namorado que não seja pago, lógico. – Ela disse isso com desgosto. – A Bianca ta achando que eu to de olho no Duca, o que não tem nada a ver. O Pedro fica no meu pé, querendo ficar com essa Vick para me provocar. – Senti um certo incômodo em sua voz. Eu sabia que ela estava incomodada com o Pedro estar com outra menina.

– Karina, esquece essa idéia. Seu pai ia me matar se soubesse. – Eu disse, tentando faze – la mudar de idéia.

– É... meu pai não ia gostar mesmo. – Ela disse, e se sentou na cadeira, emburrada. – Eu queria fingir ser sua namorada, porque na frente dos outros, a gente podia sei lá... – Ela disse e parou, constrangida.

– Na frente das pessoas o que K? – Eu disse rindo maliciosamente

– Para Cobra. – Disse ela, sorrindo. Ela se levantou e eu a abracei pela cintura dando um beijo em seu pescoço, deixando – a arrepiada. – Vou embora. – Ela me deu um beijo na bochecha e saiu.

Karina POV

Eu estava incomodada com o Pedro. Não era ciúme, era como se fosse uma constatação do que eu já acreditava: ele nunca gostou de mim de verdade. E ter certeza disso me fazia querer esfregar o Cobra na cara dele. Mas não era só isso. Eu queria ficar com o Cobra, beijar o Cobra, agarrar o Cobra, abraçar o Cobra, passear com o Cobra, eu só não iria admitir isso pra ele, tipo, nunca!

Fiquei deitada na cama, pensando no beijo de mais cedo. Era diferente do beijo do Pedro. Era mais maduro, mas agressivo, era bem a cara dele. Dormi sorrindo, feito uma boba.

Cobra POV

Vi Karina de manhã indo comprar pão. Apesar de não aceitar ser seu namorado, eu não conseguia ficar longe, e ela estava com a cara de sono mais bonitinha que eu já vi na vida. Ela voltou e eu me aproximei apertando sua cintura, sabendo que ela sentia cócegas.

– Ai que susto! – Disse ela quando me viu. A praça era vazia de manhã e nós podíamos conversar um pouco.

– To com fome! – Disse, pegando o saco de pão da mão dela e correndo para o QG. Ela começou a rir e correu atrás de mim.

– Me devolve Cobra! – Ela pediu, fazendo bico. Lhe dei um selinho e ela me retribuiu com um tapa no ombro. – Eu to com fome! – Me disse. – Minha barriga ta doendo... eu vou morrer! – Ela colocou a mão no coração e caiu sentada na cadeira, fingindo desmaio.

– Oh Karina, não morra! – Eu disse, entrando na brincadeira. – Ela deve acordar com um beijo de amor verdadeiro! – Beijei seu rosto inteiro e quando chegou na boca, segurei seu rosto e ela, abriu os lábios. Sorri ao vê – la fazer aquilo. Nossos lábios se tocaram em um beijo calmo.

– Agora meu pão! – Disse ela, me empurrando e se levantando para pegar o pão.

– Ah K, só um! – Pedi. Ela riu e fez que não com a cabeça. – Você atuaria bem Karina. – Eu disse irônico e ela riu.

– Aprendi com a Bianca. Só que ela faz um pouco melhor. – Ela disse, embrulhando o saco de pão. – Acho que já vi e revi mil vezes a cena da Julieta, que a mamãe fazia. – Ao falar da mãe, senti Karina triste.

– K, o que aconteceu com sua mãe? – Perguntei. Ela me olhou com os olhos marejados.

– Ela... morreu no parto. – Disse. Entendi que era no dela, por ela ser a caçula e a abracei, tentando não amassar o pão. – Eu queria ela aqui sabe. Ela ia me aconselhar, ia saber o que fazer quando eu estivesse triste, ou confusa. – Disse. Peguei seu queixo e vi que algumas lágrimas escapavam. As limpei com o polegar.

– Você será uma ótima mãe K! – Eu disse, a trazendo mais para perto. Eu não gostava de ver a Karina chorando, sofrendo, triste, magoada, infeliz. Eu queria a K bem, e se fosse comigo, melhor ainda. Percebi que eu realmente estava começando a gostar dela, mas dessa vez eu não queria afasta – la, eu não queria sofrer e nem faze – la sofrer. – Eu te vi com as crianças ontem. Você estava sorrindo, parecia tão doce, tão inocente. Sabe qual era minha vontade? – Ela negou. – Eu queria te abraçar assim, e te dar muitos beijos. – Eu estava sendo fofo e carinhoso? Eu não era assim, mas a Karina me fazia ser assim. Ela riu ao me ouvir dizer isso e se afastou um pouco de mim, colocando o saco de pão na mesa. A olhei confuso, mas sorri quando ela se aproximou de mim, e entrelaçou seus braços no meu pescoço.

– O que ta acontecendo com a gente Cobra? – Falou ela, sussurrando. – Você ta fofo e eu to carinhosa, é isso mesmo? – Nós rimos.

– Isso mesmo loirinha. – Eu ia beija – la, mas ouvi alguém entrar no QG.

– Atrapalho? – Ouvi uma voz que não me agradava nem um pouco.

Duca POV

A Karina tava muito estranha. No Perfeitão ela fugia de toda a pergunta sobre o Cobra, mas seu rosto se iluminava quando eu falava sobre ele. Eles dois tavam juntos, eu só precisava descobrir.

Vi Karina sair de manhã para comprar pão, quando eu ia para o Aquazen. Esperei ela sair, mantendo – me escondido. A acompanhei, até que vi Cobra se aproximar e os dois brincarem. Cobra lhe roubou o pão e ela seguiu com ele para o QG. Fiquei escondido próximo ao QG e os ouvi brincando, rindo e se beijando? Tentei ver melhor e ouvi a conversa, mas só vi Karina entrelaçando seus braços no pescoço de Cobra e ele dizendo:

– Isso mesmo loirinha. – Isso mesmo o que? Decidi tirar essa história a limpo e entrei na cara dura no QG.

– Atrapalho? – Perguntei. Os dois se afastaram e Karina me olhou sem graça.

– Qual é mala sem alça? – Falou Cobra irritado.

– Duca, não é o que você ta pensando... – Disse K, nervosa.

– Karina, eu não tenho nada a ver com a sua vida. Quer dizer, tenho. Você é minha amiga, minha irmã, e eu sempre quero te ver feliz e te proteger. Então Cobra... – me aproximei dele, que me encarava com a feição dura. – Não faz a Karina sofrer, chorar. Não a magoe, porque senão eu quebro a sua cara. – Eu disse e Karina entrou entre nós.

– Ok, recado dado meu amigo, pode sair. – Disse Cobra, ainda raivoso.

– Duca? – Chamou Karina, antes deu sair. – Não fala nada pro meu pai não ta? – Pediu ela. Assenti e saí.

Karina POV

Não acredito! Quando Duca concordou em não contar nada pro meu pai, me senti melhor. Vi Cobra com os punhos cerrados, de costas pra mim. Fui até ele e beijei seu ombro.

– Vou embora. – Disse. Eu não sabia o que estava rolando, só sabia que queria ficar com ele, seja como amiga, seja como namorada, ou como algo que ainda não denominamos. Eu só acho que como amiga seria muito difícil depois dos beijos que trocamos. E por falar em beijo, que beijos! O Cobra beijava muito bem e eu se pudesse ficaria o dia todo aqui, beijando ele. Mas eu precisava levar o pão, meu pai já devia ta querendo me matar.

– K, você volta né? – Disse ele, me olhando preocupado.

– Claro! – Eu disse e sorri para ele, saindo. Cheguei em casa e coloquei o saco de pão todo amassado na mesa.

– Karina! Isso é hora de chegar? – Disse meu pai, com a cara contrariada.

– Mas o pão demorou pra sair pai! – Inventei a primeira desculpa que me veio.

– É Gael, as padarias andam atrasando. – Dandara piscou pra mim. Sentamos e comemos tranqüilos.

Mais tarde, fui para a escola e recebi uma mensagem no celular:

Topa ir no show da Ribalta comigo hoje? Ass: Cobra

Como ele tinha meu número? Respondi, sorridente.

Como vamos juntos? Podemos nos encontrar lá, o que acha?

Eu tinha que descobrir quem tinha dado meu número pra ele.

Ok novinha, a gente se vê lá umas 20:30! Beijo.

Sorri e foi aí que eu notei... Não podia estar acontecendo... mas já estava. Eu estava gostando do Cobra.


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Notas finais do capítulo

Eu achei esse capítulo muito bonitinho!! Espero que tenham gostado!!
Comentem please!!
Beijos!!



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