Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso
Notas iniciais do capítulo
Pessoas do meu core!!!!!!!! Saudades de vocês!!!!!!!!
Me desculpa por ter enrolado tanto, mas tá aí pra vocês um capítulo, quentinho!!
https://www.youtube.com/watch?v=My2FRPA3Gf8&spfreload=10
Música - Wrecking Ball
Karina POV
Abri meus olhos e tudo que eu enxergava era um branco ofuscante. Minhas mãos latejavam e eu tinha alguns cortes na perna. Observei o lugar, era algo parecido com um quarto, mas todo branco. Tinha uma poltrona, e um jarro com água, e dois copos. Pera aí, dois? Olhei pro lado e vi Cobra, deitado. Fui até ele.
– Cobra, acorda! – Disse, balançando seu braço. Ele abriu os olhos e levou a mão até a cabeça, com uma careta de dor.
– Onde a gente ta, K? – Perguntou, como se eu soubesse.
– Não sei, o que eu me lembro é de você sendo agredido por uns caras e eu indo te defender, e você...
– Falando nisso, você tava maluca Karina? – Ele me interrompeu.
– Cala a boca Cobra, deixa eu continuar. Aí a gente enfrentou os caras...
– Enfrentou não, a gente apanhou! – Resmungou ele.
– Ta, continuando. – O olhei com uma cara feia. – e aí alguém deu uma porrada na sua cabeça, e você desmaiou, e eles nos carregaram até um carro e nos trouxeram pra cá. – Terminei de falar. Cobra parecia pensativo.
– Ok, e agora a gente ta seqüestrado! – Sim! Sequestrados? Ai meu Deus! Comecei andar de um lado para o outro, com medo e com fome e com dor e com tudo. Eu só conseguia pensar que eu havia sido seqüestrada.
– Cobra, porque seqüestraram a gente? Eu não sou rica... – Pensei um pouco e encarei Cobra. – Seu pai! Ele ganhou na loteria e... – ouvimos um barulho e Cobra tampou minha boca.
– Quieta! – Falou ele, e me soltou quando a porta abriu e minha surpresa foi gigante quando eu vi quem tava ali, na minha frente...
Gael POV
– A senhora tem certeza Dona Dalva? – Perguntei mais uma vez, nervoso.
– Tenho sim Gael, era a Karina. Ela se debatia, mas os brutamontes não soltaram ela. E levaram o rapaz do QG também... como é mesmo o nome dele? Ah sim, o Cobra. – Meu Deus, minha filha foi seqüestrada! Eu ia matar o desgraçado que fez isso com ela. Mas por quê? A gente não é rico, nem nada disso. Fui para a casa, ainda atônito, e vi Bianca me olhar, preocupada.
– Paizinho, o que aconteceu? – Perguntou ela, nervosa.
– Sua irmã, ela foi seqüestrada! – Senti Bianca desmaiar no meu colo. Pronto, agora tinha dois problemas em minhas mãos.
Cobra POV
Não sei por que eu estava seqüestrado, mas eu tinha que proteger a K. Ela começou a ficar nervosa e falando igual uma matraca, e quando ela falou do dinheiro da minha família, eu fiquei nervoso de alguém ouvir e tampei sua boca. Mas quando a porta abriu eu vi que não era nada disso. Era pessoal, era vingança.
– Olá casalzinho. – Lobão nos encarava com uma cara cruel. Karina se encolheu e eu a coloquei atrás de mim.
– Calma Karina, eu não vou fazer nada contra você... eu sou seu pai. – Olhei para Karina e ela carregava uma expressão perplexa. Não acredito que o Lobão teve coragem de fazer isso, quer dizer, até acredito, vindo dele, acredito em tudo.
– É MENTIRA! – Berrou Karina. Lobão veio até mim e ficamos cara a cara. Eu tinha vontade de socar aquela cara podre dele, mas a Karina me empurrou e ficou encarando – o. Lobão puxou o braço de K, e lhe mostrou um papel, que ela olhou e começou a chorar. DNA. – Não é possível... – Ela repetia isso há cada 5 segundos e eu sentia muita pena de ver a minha marrentinha assim.
– É possível sim Karina. Eu e sua mãe, nós... tivemos um rolo quando ela era a Julieta da Ribalta e bem, você nasceu. Uma princesa linda de olhos azuis. Não vê como nós somos parecidos? – Perguntou ele, ironicamente.
– Nós não temos nada a ver! – Karina disse firme. Seus olhos carregavam tanta dor que me cortava o peito.
– K, calma! - Pedi, colocando a mão em seu ombro.
– Calma? Você não está vendo o que esse demente está falando? Ele é meu pai Cobra! – Ela recomeçou a chorar.
– Ele já sabia disso! – Falou Lobão, apontando pra mim. Karina me olhou, como se eu pedisse para desmentir isso.
– K, não é bem assim... – Tentei dizer, mas ela me olhou com reprovação, enquanto mexia a cabeça negativamente.
– Vou deixar vocês conversarem! – Falou Lobão, sorrindo e saiu, trancando a porta novamente.
– K, foi assim, o Lobão disse que tinha tido algo com a sua mãe, mas eu não acreditei. E nessa época a gente nem era amigo ainda. – Ela se sentou, e começou a chorar, enquanto eu me sentei em sua frente. – K... depois eu soube q o Gael desconfiava que não era seu pai, aí eu falei pro Lobão...
– Você falou pro Lobão. – Ela sussurrou, chorosa.
– Falei! Mas eu me arrependi! Só que ele ficou com isso na cabeça. K, me perdoa! -Pedi. Tentei pegar a mão dela, mas ela repeliu meu toque.
– Não encosta em mim! Não fala comigo! Você é um mentiroso! Mentiu pior que o Pedro e a Bianca! Você sustentou a mentira, me fez de palhaça! Eu te odeio Cobra. – Karina se levantou e eu me levantei também. Ela começou a socar meu peito e eu comecei a chorar, tentando segura – la.
– Para K! – Pedi, segurando suas mãos. A encostei no meu peito.
– Por que Cobra? – Disse ela. Ela se soltou de mim e me empurrou. – Não fala mais comigo! – Ela disse, quando eu fiz a menção de falar. Deitei do lado oposto ao dela e fechei meus olhos. Não podia socar nada, iria assusta – la e isso é o que eu menos queria agora... que a K tivesse medo de mim.
Gael POV
– Temos que saber que fez isso! – Falei andando de um lado para o outro. Duca, Bianca, Dandara e João estavam na sala. A campainha tocou e quando Bianca abriu, fez uma expressão de surpresa.
– Alan? – Disse ela. Alan estava de volta.
– Tenho que falar com vocês! – Falou ele, com uma cara nada boa.
Karina POV
Fui enganada de novo! Eu odeio todo mundo, eu quero sumir, morrer sei lá. Respirei fundo e decidi procurar meu celular, mas não achei, que ótimo, eles tiraram nossos celulares. Ouvi barulhos e fiquei esperando. Dois rapazes encapuzados entraram e puxaram Cobra.
– Não! – Falei, assim que a porta fechou. Eu fiquei lá, caída no chão, chorando. O que fariam com ele?
Não sei quanto tempo passou, mas parecia uma eternidade, quando ouvi de novo a porta se abrir e um Cobra machucado ser jogado lá dentro. Pelo menos não o mataram. Cobra se contorcia de dor. Fui engatinhando até ele. Não tinha forças para ficar de pé, eu estava desolada.
– Cobra... fala comigo! – Pedi segurando seu rosto. Ele abriu os olhos, mas seu supercílio sangrava.
– K... – ele disse. O ajudei a encostar na parede. Mandei ele levantar os braços e tirei sua camisa. Me levantei com cuidado, eu estava fraca e peguei o jarro com as duas mãos. Parecia que tudo que eu fazia precisava de uma força imensa. Sentei ao lado dele, e levantei sua calça até o joelho, limpando ali também. Sua barriga tinha várias marcas, mas seu rosto era o pior. Seu nariz sangrava, por isso mandei que ele ficasse olhando para o teto, com a cabeça pra cima. Seu lábio também sangrava. Ele podia ter mentido pra mim, mas ele era o homem que eu amava e eu precisava cuidar dele.
Gael POV
– Então mestre, o Lobão mandou alguns homens me seguirem, e não sei se vocês sabem, mas ele fugiu da prisão.
– O que? – Eu, Bianca e Duca falamos juntos. – Como isso não foi noticiado? – Perguntei.
– O Lobão tem seus ajudantes. Ele tinha amigos importantes, conseguiu sair facilmente. Eu consegui fugir dos caras, mas talvez a Karina e o Cobra estejam nas mãos dele. – Ele despejou tudo de uma vez.
– Foi por isso que você não atendeu seu celular. – Falou Duca.
– Eu joguei meu celular fora, e tentei sumir por uns tempos. Afinal, não seria tão difícil me esconder. – Falou, irônico.
– Meu Deus! A gente precisa salvar a K. – Falou Bianca.
– A gente precisa ir na casa do Lobão. – Falei, saindo e sendo seguido por eles.
Cobra POV
Fui tirado a força da sala em que estava com Karina. Cheguei em um local com pouca iluminação, e eles me prenderam com as mãos pra cima. Senti os golpes. O Lobão estava se vingando de mim. A dor era grande, mas não tão grande quanto a raiva da Karina por mim. Fui carregado de volta para o quarto, sentindo dor em todo meu corpo e gosto de sangue.
Karina pareceu se preocupar com o meu estado e cuidou de mim. Sentir o toque dela já deixava tudo melhor. Ela acabou de cuidar de mim e ficou me olhando.
– K, me perdoa. – Pedi, ainda fraco. Minha voz estava rouca.
– Não fala nada Cobra. Poupa sua voz e a sua força. Eu to com medo. – Ela sussurrou a última parte, mas eu ouvi.
– Não precisa ter medo, eu to aqui, pra você, pra sempre. – Eu disse e coloquei a mão em seu braço. Ela estava sentada encostada na parede, ao meu lado. Ela segurou minha mão, e nós entrelaçamos as nossas mãos.
Gael POV
Chegamos na casa do Lobão. Desci do carro pronto para entrar, mas Duca me segurou.
– Temos que dar um jeito antes. É melhor a gente ficar naquele bar vendo o movimento e de madrugada entrar lá. Aceitei e fomos pra lá.
Bianca só rezava, enquanto eu me enchia de água. Fui ao banheiro, e Alan veio atrás.
– Não sabia que o senhor sabia onde o Lobão morava. – Falou ele, pensativo.
– Eu e o Lobão fomos amigos, e ele nunca saiu da casa onde os pais moraram, só ampliou... – Lembrei de uma coisa muito importante.
A noite caiu, e logo eu vi o Luiz sair da casa. Ele pegou sua moto e foi embora, aparentemente. Ficamos mais alguns minutos lá, quando decidi que era hora de enfrentar o monstro.
– Vamos. – Falei e Bianca tentou ir junto com a gente. – Você, mocinha, fica. – Falei.
– Mas pai e se o Luiz voltar? Eu não vou ficar sozinha aqui. – Fiz uma cara de reprovação, mas aceitei que ela fosse com a gente.
– Cuidado! – Falei para ela. Fomos andando, até que Bianca tomou a frente e tocou a campainha. Duca e Alan se esconderam e eu fiquei atrás dela. Lobão abriu a porta e se assustou ao me ver lá. Empurrei Bianca e fiquei cara a cara com ele, o puxando pelo colarinho da camisa.
– Cadê a minha filha?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ai gente ta acabando!
Vou morrer de saudades de vcs!
Faltam 3 capítulos e Adios! :(
COMENTEM!!
Beijos