Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso


Capítulo 25
"Meus olhos choram por você..."


Notas iniciais do capítulo

Gente linda!! Que bom que vocês gostaram do meu capítulo anterior, fico muito feliz com as reviews!!
Bom, capítulo de hoje ta triste!! :(

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Música - Meus Olhos - Drive



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Gael POV

– Gostou da casa Gael? – Perguntava Lobão debochado. Eu ainda segurava a sua camisa e só não o matava ali mesmo, porque ainda queria saber onde estava a minha filha.

– Cadê. A. Minha. Filha? – Perguntei ameaçador. Bianca assistia a tudo aflita. Lobão manteve o sorriso debochado.

– Minha filha você quer dizer! - Lobão disse e eu fiquei atônito. – Isso mesmo Gael, a loirinha, bonitinha é minha filha. – Disse ele, me encarando. Eu estava arrasado. Como aquilo era possível? A Ana e o Lobão? – Até que a Ana era bem gostosinha... – Ao ouvir aquilo me recompus e soquei Lobão. Ele caiu e eu continuei batendo nele. Eu tinha tanto ódio que não conseguia parar de bater. Vi quando Duca e Alan entraram e me seguraram. – Olha, os cães de guarda. – Disse Lobão, se levantando e limpando a boca suja de sangue.

– Cala a boca Lobão. – Falou Duca. – Calma mestre. – Pedia ele, enquanto segurava meu braço. – Cadê a Karina? – Perguntou Duca, firme, para Lobão.

– Minha filhinha está sendo muito bem tratada. – Ao ouvir isso fui para cima dele novamente.

– Não chama ela assim! – Falei, mas vi Bianca se aproximar.

– Pai! – Disse ela, tentando me acalmar. Decidi que eu quebraria a cara daquele canalha depois, primeiro eu tinha que tirar Karina da garra daquele bandido.

Vi quando Alan se aproximou de Lobão e pegou sua arma que estava escondida no bolso da calça.

– Vamos conversar agora Lobão? – Perguntou ele. Eu não gostava disso, mas era necessário. Lobão pareceu amedrontado pela primeira vez, e eu gostei disso.

– Ok, ok, vocês me venceram. – Ele disse e ainda tentou sorrir, mas não conseguiu. – Deixa só eu ligar para o André. – Ele ligou para o aluno dele enquanto esperávamos. Duca olhava apreensivo para o irmão, que segurava a arma. – A Karina já vem. – Disse ele, agora com cara de poucos amigos. Alan guardou a arma, mas manteve – se próximo de Lobão.

Vi Karina subir as escadas e senti um alívio por ver minha filha ali, bem. Cobra vinha junto dela. Parecia cansado e machucado, me preocupei com ele.

– Pai! -Disse Karina quando me viu. – Nos abraçamos. – Eu só quero ir embora. – Dizia ela, chorando. Bianca a abraçou.

– Lobão, você vai ter que se explicar para a polícia. – Peguei meu celular e comecei a discar, quando vi Lobão puxar Karina e colocar uma arma em sua cabeça.

– Você é um idiota mesmo, achou que eu não fosse estar armado. – Disse Lobão, debochado. Karina tentava se soltar e eu tinha medo que ela fizesse algo que acabasse causando uma tragédia.

– Karina, não faz nada. – Disse Cobra. Lobão saiu andando de costas, levando Karina consigo.

– Por que eu soltei ele mestre? – Perguntou Alan, se culpando.

– Porque violência não leva ninguém a nada. – Eu disse. Eu estava com vontade de socar o Lobão, mas eu precisava pensar de salvar a Karina.

Karina POV

Eu estava com uma arma apontada para minha cabeça, por um homem que dizia ser meu pai... é a que ponto eu cheguei. Ignorei meus pensamentos, e decidi agir como uma atriz, talvez eu tivesse puxado algo da mamãe.

– Lobão... – Chamei, sussurrando. Meu pai, Cobra, Duca, Alan e Bianca observavam cada movimento nosso. Lobão olhou para mim. – Você não é meu pai? - Ele assentiu. – Então, você assume a minha paternidade. Eu quero ficar longe desse cara que me enganou. – Disse, me referindo a Gael. Na verdade eu só queria sair dali e esclarecer tudo.

– Minha filha... – Começou ele. Vi Nat chegar. Ela olhou para Lobão, que vacilou um pouco. – Nat? – Falou ele, em tom de pergunta.

– Lobão, vamos recomeçar, solta ela. Você não precisa disso. – Dizia ela, tentando me ajudar. Lobão começou a abaixar a arma. Ouvi um barulho de carro, e olhei para meu pai. Era aquela hora. Dei uma cotovelada em Lobão e ele caiu no meio – fio. Corri, e quando Lobão estendeu a arma, um carro veio e o atropelou.

– Ele morreu? – Perguntei, abraçada em meu pai, sem olhar. Eu não queria que ele tivesse morrido, porque assim, eu me sentiria culpada.

– Não filha. – Disse meu pai. Me virei lentamente, e vi Lobão com o corpo machucado, mas consciente. Me aproximei dele.

– Você é um canalha. – Falei e Cobra veio até mim, segurando meu ombro. A ambulância chegou e o levaram para o hospital. Meu pai queria que eu fosse também, mas eu disse que não precisava, só queria comer e dormir. Pedi que Cobra fosse, para cuidar dos machucados.

Cheguei em casa e Beth estava lá. Fui até ela e a abracei.

– Minha menina! – Disse ela, chorosa. – Fiquei tão preocupada. Na verdade, todo mundo ficou. Sabe quem perguntou de você? O Pedro. – Percebi que ainda tinha que conversar com ele e acertar os ponteiros do relógio da minha vida.

– Pai, agora que eu acabei de comer, eu posso ir na casa da Delma conversar com o Pedro. – Eu tinha acabado de comer um X – Gael gigante. Meu pai me olhou confuso. – Eu acho que eu devo isso à ele, e ele deve isso à mim.

– Vai então filha. Mas volta cedo. – Ele falou e eu sorri.

Cheguei na casa de Pedro e ele abriu. Sua boca abriu diversas vezes, então eu falei:

– Posso entrar?

Pedro POV

Minha esquentadinha estava ali, na minha frente, com seus olhinhos fechadinhos. Como eu ia resistir? Será que ela estava bem? Será que ela queria voltar? Ai força superior, me ajuda!

– Pode K, entra. – Falei e dei espaço para ela. Fechei a porta e me sentei no sofá. – Senta K, a casa é sua. – Falei e ela se sentou, na minha frente. Ela mexia e remexia as mãos, nervosa.

– Pedro, a gente já adiou demais essa conversa. Sabe, acho que não é segredo pra ninguém que eu estou namorando o Cobra. – Eu acho que a ouvi sussurrar “ou estava”, mas não sei se é a minha cabeça pregando peça. – Mas em nome de tudo que a gente teve, a gente deve conversar.

– Eu também acho esquenta... Karina. – Falei, me segurando, ao ver sua cara feia para o apelido. – K, eu posso começar? – Perguntei, indeciso. Ela assentiu, então, mesmo nervoso, eu comecei a falar. – Quando eu te vi, pela primeira vez, lá no Perfeitão, eu achei que estava de frente pra uma gatinha linda. Eu me interessei por você ali K. Mas depois, a gente não conseguia se entender, você não me dava abertura. Aí, quando a Bianca surgiu com a idéia do dinheiro da demo eu aceitei e de quebra ainda levava você, por quem eu já estava muito interessado. E as coisas foram fluindo naturalmente, até que eu descobri que estava apaixonado por você. – Falei tudo, de uma só vez, sem gaguejar. Quer dizer, gaguejei em algumas partes, mas isso não vem ao caso.

– Pedro, eu fiquei muito chateada, chateada não, fiquei com raiva, com ódio mesmo de você. Eu queria te matar, me considerei enganada, mas na verdade eu fui enganada. Mas sabe, eu acredito nisso que você diz que sentia por mim. Agora, relembrando tudo, eu acho que acredito. Mas o que eu sentia por você P, passou. Eu acho que a gente é muito novo, e a gente achou que estava amando, mas na verdade era uma paixão adolescente. Foi uma história linda, mas acabou. – Ela tinha lágrimas nos olhos e eu também. Era isso, era o fim. Ali realmente eu vi que tinha acabado.

– K, mas eu te amo... – Eu tentei dizer e ela segurou a minha mão.

– P, você vai encontrar uma menina que merece o teu amor. Quero tudo de melhor pra você. – Nos abraçamos. Ela secou as lágrimas. – Acho que tudo foi dito. Vou embora. Nos levantamos e eu a levei até a porta.

– Posso te dar um beijo... – ela me olhou desconfiada. – no rosto? – Ela sorriu.

– Pode. – Eu dei um beijo em seu rosto e ela sorriu para mim, como uma forma de despedida, mas seus olhos esbugalharam quando ela viu o peçonhento, do outro lado, nos observando, com uma cara nada boa.

Karina POV

Que ótimo, eu vou falar com um, agora me vem o outro.

– Cobra! – Gritei, mas ele fingiu não me ouvir e entrou no QG. Atravessei e chutei a porta antes que ele fechasse.

– Karina, olha o que cê faz! - Disse ele, com a cara de ódio. Mas eu tinha motivo para estar com raiva dele, ele me enganou! – Vai lá falar com o teu rockeiro! – Ele estava sendo irônico. Fechei a cara e cruzei os braços, e fiquei o encarando.

– Cobra, para de palhaçada! Eu fui conversar com o Pedro sim. Eu disse que acabou tudo, acabou a raiva, o ódio, qualquer sentimento. Sabe por que seu idiota? Por que eu amo você! – Ele passou a mão pelo pescoço e veio até mim. – Não Cobra! Dessa vez não! Dessa vez acabou, não dá mais. Você mentiu em relação ao Lobão! – Falei, chorosa.

– K, eu tentei te proteger. Você acha o que? Que eu ia chegar e dizer que o Gael talvez não fosse seu pai? – Ele falou, nervoso.

– Cobra, eu to cansada. Achei que a gente ia melhorar, mas acaba que tudo acontece de novo e de novo e de novo. A gente não consegue ficar como um casal normal. – Falei, me sentando.

– Talvez, porque a gente não é um casal normal. – Ele sorriu. – K, a gente se ama. – Falou ele.

– Não Cobra, não dá mais. Pelo menos não agora. Me dá um tempo. Por favor, esse tempo que eu te peço. – Eu disse, implorando.

– Ok Karina, faz o que você quiser. Mas saiba que eu não estarei aqui pra sempre. – Ele está sendo grosso comigo?

– Ok Cobra! - Levantei e saí do QG. Cheguei em casa e chorei, deitada na cama. Meu pai e Bianca vieram saber o que tinha acontecido. Os tranqüilizei e fui dormir.

Cobra POV

Cheguei no QG e Gael veio até mim:

– Como você está? – Perguntou, enquanto eu colocava as luvas.

– Estou bem mestre. – tentei sorrir. Os machucados doíam menos que as palavras da Karina. Não sei porque ela queria se separar de mim, mas agora, quem queria um tempo era eu. Estava cansado de ser um cachorrinho abanando o rabo.

Vi um homem, parecia lutador, mas era mais velho, junto com o mestre Gael.

– Hoje, vocês vão lutar uns com os outros. Vamos lá. – Disse Gael e eu estranhei, mas aceitei. Formamos uma fila e começamos a lutar. No fim do dia todos nós estávamos exaustos. – Como hoje foi diferente, vocês estão dispensados. – Eu ia saindo. – Menos você Cobra. – Ok, que merda eu fiz agora? Fui até Gael, que estava com o cara. – Esse é Romeu Silvan, ele treina lutadores para fora. E ele gostou de você. – De mim?

– Ricardo Cobreloa, o que você acha de treinar comigo no exterior?


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Notas finais do capítulo

Favor não me matar, porque se me matarem eu não conseguirei escrever os outros 3 capítulos que faltam.
Isso mesmo galerinha, 3 capítulos *o*
Beijos!!
Titia ama vocês!!
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