Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso


Capítulo 15
"Just a kiss on your lips in the moonlight, just a touch in the fire burning so bright..."


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo tem cena hot!!
Bom espero que gostem!!

http://www.youtube.com/watch?v=v_yTphvyiPU
Música - Just a Kiss - Lady Antebellum



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Karina POV

– Pai... – Tentei falar. Meu pai parecia que iria estrangular o Cobra e arrancar a cabeça depois.

– Karina, está tarde, vamos! – Disse ele, vindo até mim e me puxando pela mão, até eu levantar. – Karina, que blusão é esse? – Meu pai parecia que ia sofrer um enfarte. – Não me diga que... – Sim, ele ia sofrer um enfarte.

– Gael, eu emprestei meu blusão para a K, ela chegou aqui, estava chovendo. – Disse Cobra, com a maior naturalidade. Eu acho que ele estava fingindo, porque quando eu o olhei, seus olhos pareciam temer.

– Ok, amanhã ela te devolve, vamos. – Meu pai me tirou de lá arrastada. Acenei para Cobra rapidamente e ele acenou de volta.

Cheguei em casa e sentei emburrada no sofá. Meu pai bateu a porta, e se sentou ao meu lado.

– Karina, olha a hora! Saindo na chuva atrás desse rapaz, minha filha! – Começou ele. Logo Dandar, Bianca e João chegaram, com cara de sono e sem entender nada.

– O que está acontecendo? – Perguntou Dandara. – Karina, você ta com o cabelo molhado por quê? - Perguntou ela me olhando estranha.

– K tava aprontando ou aproveitando? – Falou, olhando o blusão de cima em baixo. Ele era de manga cumprida, preto, com um tigre na frente. A cara do Cobra.

– Para já mocinha! – Disse meu pai olhando para Bianca.

– Ih Bianca, não aconteceu nada não! – Eu disse. Mas bem que eu queria ficar lá com ele, abraçar, sentir seu cheiro... definitivamente eu to amando o Cobra.

– Esse blusão é coisa do peçonhento né? – Falou João e eu o encarei com raiva.

– Chega todo mundo, eu quero conversar a sós com a Karina. – Todos reclamaram baixo, mas voltaram para seus lugares.

– Pai, não aconteceu nada, o Cobra já não te disse? – Falei.

– Karina, você acha que eu nunca reparei seus olharem pra ele? Eu sou pai, eu sei quando minha filha está apaixonada. – Ok, agora eu me surpreendi. – Não vou dizer que era meu sonho você com ele, mas filha tenta só não se machucar, nem se apressar demais. – Meu pai tava me deixando ficar com o Cobra? – Você pode estar estranhando, mas esse menino te ajudou muito, e eu vejo que ele também olha pra você de jeito diferente. – Sorri. – Não to dizendo que a vida dele vai ser fácil... – tinha que ser! – Mas eu não posso te impedir. Só faz uma coisa pra mim... – lá vem! – Tenta trazer ele pra minha academia de novo. – Só isso? Ah, mole! Abracei meu pai.

– Obrigada pai! – Falei e ele sorriu. Deitei na cama sentindo o cheiro dele impregnando meu corpo, devido a camisa que eu usava

Cobra POV

Era domingo e eu queria muito pegar uma onda, mas sei lá, eu queria ir na praia com a K. Vi Gael ir cedo para a academia, era dia de limpeza. Decidi ir atrás dele, precisava alerta – lo.

– Gael, posso entrar? – Perguntei e ele se virou e assentiu.

– A Karina não está aqui, como você pode ver. – Ele disse, áspero.

– Eu sei, vim falar com o senhor. – Ele soltou o balde e veio até mim. – Ontem, eu ouvi uma conversa entre o Lobão e o Dr Haideguer. – Gael fez uma cara confusa.

– Lobão e o Dr? Eles são amigos? – Perguntou mais para si do que pra mim.

– Eu já o vi algumas vezes na academia, mas dessa vez eu escutei o papo deles. – Gael me olhou indagador. – Eles querem fazer algo contra o Alan. – Gael me olhou chocado. – E disseram que também podem machucar o Duca e que o próximo é você. – Eu revelei tudo logo. Gael se sentou na ponta do tatame, parecia não acreditar.

– O Doutor Haideguer fingiu esse tempo todo que estava do nosso lado, mas na verdade, ele está contra a gente. – Disse ele, tentando acreditar nisso.

– Bom, era isso Gael, vou indo. – Bati a mão em seu ombro e saí. Ele pareceu nem me escutar. Assim que saí vi Lobão se aproximar.

– Fazendo o que ainda dentro em Cobreloa?

Karina POV

Acordei cedo e lavei a blusa que Cobra me emprestou. Fiquei pensando, e agora? A gente tava como? Vi Bianca se aproximar.

– Pode falar agora K, o que rolou? – Perguntou ela, curiosa.

– Eu falei pra ele que gostava dele, e que precisava dele, e a gente ia se beijar, mas o papai chegou. – Ela bateu palmas e sorriu.

–Own, que lindo ia ser o primeiro beijo do casal Cobrina! – Disse ela, juntando nossos nomes, como eu fiz outro dia.

– Que primeiro beijo Bianca! – Ri. – A gente já se beijou algumas vezes. – Ela me olhou e sorriu de forma engraçada.

– Algumas? Dona Karina, pode ir me falando isso agora. – Contei para ela sobre nossos beijos e ela ouvia tudo atentamente. Depois, peguei a blusa e decidi ir entregar para ele.

Assim que cheguei à praça, vi Cobra com Lobão perto da minha academia. Eles estavam com a cara péssima, e eu decidi prestar atenção e intervir, caso Cobra precisasse.

– Anda Cobreloa, fala! O que você tava fazendo na academia do nosso inimigo. – O Cobra tava na academia? Decidi ir lá.

– Falando de mim né? – Falei e coloquei meu braço no ombro de Cobra, que me encarou como se eu fosse louca.

– De você? Por quê? - Lobão perguntou, olhando de mim para Cobra.

– Seu aluno não te contou? – Ele negou. Cobra me encarava. – A gente ta junto! – Eu disse e Cobra arregalou os olhos.

– Tá pegando a mais bonita hein! - Disse Lobão, com cara de safado. Nojento! – Não vai me trocar só porque ela é filha do mestre dessa academia. – Disse apontando com o queixo para a academia trás de nós.

– Ok Lobão, não vou trocar, pode deixar. – Ele disse e sorriu. Lobão saiu passando a mão na barba e olhando para trás de vez em quando. – Juntos? – Disse ele. – Você pirou?

– Foi só pra te ajudar! – Eu disse e ele assentiu, rindo. – Afinal, o que você tava fazendo na minha academia? – Perguntei. Cobra olhou para os lados e nós sentamos no banco da praça.

– Eu fui avisar ao seu pai sobre uma conversa suspeita que eu escutei do Lobão com o Doutor Haideguer. – Que história era essa? – Mas eu ainda não sei de nada, quando eu souber, eu te falo. – Ele disse.

– Ok, vou deixar passar só hoje hein! – Eu falei e ele riu. – Cobra, eu tenho que ir ajudar meu pai a limpar a academia. – Falei enfezada. Eu não queria ter que ir lá, mas tinha. – Depois a gente se vê.

– Me dá um beijo! – Pediu ele, fazendo biquinho. Para Cobra, eu não resisto.

– De noite eu vou lá. – Falei e pisquei pra ele, que cruzou os braços. – Um beijo só em Ricardo. – Falei seu nome e ele riu.

– É muito engraçado quando você me chama assim. – Ele disse e me deu um beijo na bochecha. Levantei e coloquei a blusa em suas mãos. – Ah, você tem que ir lá, sua roupa ficou no meu banheiro. – Senti vergonha de ter esquecido a roupa lá. – Dormi abraçadinho nela. – Me aproximei e lhe dei um tapa no braço.

– Para palhaço! – Falei e ele riu. Saí andando e fui para a academia. Cheguei lá dentro e meu pai parecia desolado. – Pai? – Falei me aproximando.

– Oi filha. – Falou ele, melhorando um pouco a cara.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, preocupada.

– Ah filha, eu descobri que fui enganado. Mas deixa, vamos limpar a academia. – Fomos limpar a academia em silêncio.

Saí de lá molhada e suada. Já eram 16 horas, ainda podia ir em casa me arrumar e ir ver meu quase namoro. Cheguei em casa e fui tomar um banho.

Saí de lá e meu pai estava preparando dois X – Gael, um pra mim e um pra ele.

– Fiz um pra você, porque me ajudou hoje na academia. – Falou rindo. Devorei o lanche, enquanto Bianca nos encarava com cara de nojo.

– Ai gente, vocês são nojentos comendo isso. – Disse ela. Acabei, fui pegar uma roupa, mas Bianca veio atrás de mim.

– K, coloca uma roupa mais sexy! – Disse ela rindo. Rolei os olhos.

– Ah Bianca, para! – Falei. – Nem vem.

– Você não vai encontrar com o Cobra? – Perguntou ela.

– Vou né! – Falei como se fosse óbvio.

– Então K, vai, por favor! Ele vai gostar! – Ela disse, implorando.

– Ta, mas nada demais também, pro papai não reclamar. – Ela comemorou com um gritinho.

Bianca me escolheu um vestido étnico com vermelho e uma sapatilha preta super apertada, já que ela calçava um numero a menos que eu.

– Bi, ta apertada. – Falei apontando para o sapato.

– Para de fogo Karina e vai logo. – Falou. Tentei passar despercebida, mas meu pai me viu.

– Filha, você ta linda! – Disse ele. Sorri. – Não. Volta. Tarde! – Soletrou e eu assenti, saindo. Meu pai estava tão liberal que chega me dava medo. Fui para o QG rapidamente e bati na porta.

Cobra POV

Abri a porta para a loirinha e Meu Deus, ela estava linda!

– K, você está linda! Tudo isso é pra mim? – Perguntei e ela entrou envergonhada.

– Oi pra você também Cobra. – Disse ela, tentando mudar de assunto. – Cobra, posso fazer uma coisa rapidinho. – Assenti, a encarando e ela foi até a cadeira e tirou o sapato. – Tava me apertando. – Disse enquanto os massageava. Ri daquele jeitinho de K e fui até ela, me ajoelhando na sua frente e massageando seus pés, enquanto ela me olhava.

– Ta melhorando? – Perguntei.

– Ta... sim. – Disse, constrangida. Isso porque eu toquei em seus pés, imagine o resto. Sorri com o meu pensamento. – Ta rindo de que? – Perguntou ela.

– De nada. – Beijei seu pé, a encarando e ela riu. – Faz cócegas? – Perguntei. E ela fez que sim.

– Cobra, aquilo é um sofá? – Perguntou quando o silêncio se fez presente. Era um sofá velho que eu tinha e trouxe para o meu quarto improvisado.

– É, eu trouxe pra cá. – Falei. – Baixei um filme pra gente. – Falei e ela sorriu de lado. – Quer ver? – Perguntei.

– Claro. – Ela disse. Ela se sentou e eu fui colocar o filme na TV. Me sentei do lado dela e nós ficamos assim, sentados, cada um do seu lado. Toda hora eu via K me olhar, e toda hora eu a olhava também. A gente estava assistindo “Como se Fosse a Primeira Vez”. Era um filme bobo de amor, mas com ela, tudo ficava lindo.

Acabou o filme e eu vi Karina limpar algumas lágrimas.

– Olha, a marrenta também chora. – Falei e ela bateu em meu braço. – K? – Falei e ela se virou para mim. – Eu posso não ser fofo e romântico como o cara do filme, mas se você quisesse eu te conquistaria todos os dias das nossas vidas. – Falei. Essa era minha forma de me declarar para ela. Essa era a forma de dizer que eu queria ficar com ela, para sempre.

– Cobra! Como você diz que não é fofo nem romântico e me diz isso? Você não precisa ser fofo nem romântico, sendo você é o que vale. – Ela disse e se aproximou de mim. – Cobra, eu não devia nem te falar isso, mas... – fiquei esperando, nervoso. – Eu acho que te amo.

Karina POV

A hora era aquela! Me declarei para Cobra, depois de ouvir que ele iria me conquistar todos os dias. Aquilo era uma declaração né? Ele me olhou quando eu disse que achava que o amava e me puxou pela cintura, roçando nossos lábios, e me fazendo fechar os olhos.

– Eu acho que é recíproco. – Ele sussurrou. Cobra me beijou lentamente segurando a minha cintura com uma mão e com a outra ele segurou minha mão livre. Minha outra mão estava em sua perna, apertando. Cobra foi me deitando no sofá, enquanto deitava por cima. Nosso beijo foi ficando mais quente. Cobra tirou minha mão de sua perna e segurou minhas duas mãos sobre a minha cabeça, enquanto sua outra mão passeava por todo meu corpo. Eu nunca senti tantos choques e tanto calor. O ar nos faltou e ele beijou meu pescoço, dando pequenas mordidas.

– Cobra... – Gemi seu nome com vontade. Aquilo era muito bom, poderia ficar ali para sempre. A mão de Cobra parou na minha coxa, e eu queria me soltar para toca – lo, mas ao mesmo tempo era prazeroso ficar ali, submissa aos toques dele. Sua mão foi subindo para dentro do meu vestido.

– Karina, você me deixa louco sabia. – Falou com a voz rouca, enquanto beijava próximo dos meus seios, ainda cobertos. Ele voltou para o meu pescoço, mas eu sentia arrepios na minha coxa. Ele estava próximo demais...

– Cobra! – Berrei, ao sentir sua mão invadir aquele lugar! Eu tenho até vergonha de falar qual lugar que era. Cobra mexia, brincava. Seus dedos se mexiam e eu sentia tanto prazer... – Cobra! – Ele beijou meus lábios novamente e era um beijo selvagem, violento. Cobra soltou meus pulsos e minhas mãos foram para o seu pescoço. Comecei a mexer meu quadril indo de encontro aos seus dedos. Comecei a sentir algo vindo do meu quadril e me separei dele. Minha respiração se descontrolou e meus olhos pesaram.

Cobra se afastou de mim, e eu estava mole, no sofá. Meu vestido estava levantado e eu me sentia tão bem e ao mesmo tempo, zonza. Cobra me olhou com ternura.

– Cobra, por que você me tocou assim? – Perguntei, com a voz arrastada.

– K, você não gostou? Ai desculpa! – Disse ele, nervoso.

– Não Cobra, eu gostei e muito. – Ele sorriu. – Mas você disse que só queria um beijo e você me faz isso. – Ele riu, jogando a cabeça para trás.

– K, você é virgem? – Perguntou ele, do nada.

– É... – Fiquei sem jeito.

– Tudo bem K. Desculpa por ter ido tão rápido. – Pediu ele. Me levantei e fiquei sentada no sofá. – Eu devia ter ido com mais calma e... – Fui até ele e o beijei. Um beijo de língua daqueles que te deixam ser ar.

– Ta vendo, você ta me deixando corajosa. – Falei e ele riu.

– Ta ficando é safada, isso sim. – Ele disse e me pegou pela cintura me fazendo cócegas.

– Para.... – Pedi rindo. Ele parou e me deu um selinho, mas não saiu de cima de mim.

– K, eu não acho que te amo... – o olhei confusa. – Eu tenho certeza que você é a mulher que eu quero pro resto da minha vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Comentem!!
Beijos *-*