Assassin's Creed; Sombras escrita por P B Souza


Capítulo 9
Olhos Templários.


Notas iniciais do capítulo

Ethan está certo que Walltimore é um templário, porem chegou o dia em que o Desgraça Holandesa ira singrar o mar uma vez mais!



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Era madrugada quando a porta da estalagem se abriu, o vento frio entrou primeiro que o homem encasacado, o Hall da estalagem estava vazio, as únicas pessoas que ainda estavam ali eram o estalajadeiro e o Ethan.

Walltimore entrou olhando em volta, algumas das lamparinas estavam apagadas e Ethan estava sentado em uma mesa com uma lâmpada a gás queimando. No balcão o estalajadeiro pegou sua lamparina, as sombras se projetaram contra a luz da lamparina e o estalajadeiro foi até a porta, Walltimore deu licença a ele enquanto ele a fechava, todos os hospedes estavam lá dentro, então ele podia trancar pelo lado de dentro.

– Senhor, o garoto insistiu em ficar aqui e o esperar, disse que tem um assunto importante. – O estalajadeiro olhou para Ethan sentado na mesa enquanto ele mexia nos dedos como se tirasse sujeira das unhas. – Não façam barulho.

Walltimore foi até a mesa e parou alguns passos antes de ficar realmente na mesa.

Ethan olhou para Walltimore sem saber bem ao certo se deveria fazer aquilo sendo Walltimore quem havia o acolhido ali. Porem era incontestável, a relação do Capitão com os templários.

– Ouvi da sua aventura no mercado mais cedo.

Ethan olhou Walltimore nos olhos, as sombras de seus cabelos escureciam as orbitas oculares.

– Eu também ouvi coisas interessantes. – Ethan se levantou deixando a lamparina na mesa. – Como Lorde Connail.

– Não escondi de ninguém que iria me encontrar com ele.

– Verdade, mas e o assunto desse encontro? Eu já sei Capitão.

– Que bom para você. Sendo assim vamos pular essa parte da conversa sobre minha reunião com o Lorde Connail e falar sobre sua tentativa de matar o Duque Robert.

Ethan deu a volta na mesa puxando o pulso para trás, a lamina oculta deslizou.

– Eu não tentei matar Robert, queria ver o que ele estava fazendo. Esse Duque é um templário, assim como o Lorde Connail com quem o Duque estava falando, o que me leva até você, Capitão.

Walltimore segurou os braços de Ethan e dobrou seus pulsos fazendo as laminas serem guardadas na bainha do bracelete.

– Você está se precipitando criança. Tem uma informação e está deduzindo coisas. Isso pode ser perigoso.

– Sim, mas perigoso pra quem? Eu sei exatamente o que estou fazendo.

Walltimore se virou bufando. Parecia desacreditado.

– É assim que me agradece por não te mandar para morte? Tentando me acusar de algo que eu não sou, de uma culpa que não é minha?

– O seu navio estava ancorado em Aldeburgh, a vila estava sob controle templário...

– E você acha que os templários iriam impedir um navio a serviço do Rei de ancorar? Você acha que eles correriam o risco de ter o Rei como inimigo? Pense criança tola. – Walltimore estava exaltado, sua voz mais grossa que antes parecia realmente carregar decepção. – Lorde Connail é um homem muito perigoso, ele tem poder para fazer o que quiser, mesmo assim, minha reunião com ele foi para receber ordens. Ordem de partir daqui para mar aberto e defender nosso país.

– Como posso confiar em você?

– Da mesma maneira que eu confiei em você! – Walltimore disse empurrando Ethan contra a cadeira, o garoto caiu sentado na madeira fria do assento, Walltimore se debruçou sobre a mesa e encarou Ethan. – Se tem tanta certeza que o Duque Robert é um templário, ótimo que bom para você, mas deixe-me te lembrar de algumas poucas coisas antes que mate algum inocente. Lorde Connail é um homem de negócios, pertence a cúpula dos Lordes e tem contato direto com Rei! Se Connail for um templário assim como alega que Robert é, então não tens o que fazer além de deixá-los ser. Sei muito bem o que move os Assassinos mas você precisa aceitar, no dia em que entrou no meu Navio em Aldeburgh você abandonou os Assassinos, abandonou o credo que seguia e os costumes, os deveres e obrigações, abandonou tudo porque queria uma nova vida, e agora a tem. Então comece a vive-la criança, mas para isso vai ter que enterrar seu passado. Se quiser continuar com o Desgraça será bem-vindo desde que saiba manter a compostura e ir atrás de provas e não boatos. Hoje você se mostrou corajoso e burro. Felizmente as duas coisas são bem parecidas.

– Então não é um templário. Eu pensei, - Ethan notou o tamanho da burrice que tinha acabado de fazer. – O Duque e o Lorde, você, como pude ser tão...

– Ingênuo. – Walltimore respondeu para Ethan que visivelmente não completaria a frase. – Ainda és criança, terá tempo para aprender!

Uma semana depois.

Um trovão cortou o céu com seu estrondo poderoso nas alturas, no chão o tilintar do metal fazia uma canção diferente.

– Frente, atrás. Frente esquerda. – Dizia levantando a espada em punho enquanto os pés deslizavam no chão de terra com fluência como se ele dançasse. Do outro lado Dominik brandia a espada seguindo as direções que Ethan falava, seus pés se levantavam e batiam contra o chão de terra levantando pequenas nuvens de poeira, os golpes eram fortes porem falhos. – Pés forte demais, relaxe as pernas, músculos de cima não os de baixo.

Dominik tinha a testa brilhando quando outro clarão cobriu os céus de Plymouth junto de mais um trovão. A espada dele subiu da extrema esquerda da altura do chão para o peito de Ethan, que soltou o cabo da sua lamina a jogando no ar, girou agarrando a lamina com a outra mão com maestria e a lamina prateada de Dominik colidiu contra a lamina de Ethan faiscando no impacto, se Dominik forçasse a espada a empurrando para frente iria perfurar as costas de Ethan.

– Suas costas ficaram desprotegidas.

Ethan terminou de girar, e quando o fez a espada na mão de Dominik se entortou além do contorcionismo de um pulso normal e ele teve que solta-la.

– Apenas porque dei tempo o bastante para que visse o que ia fazer. – Ethan disse guardando a espada na bainha, passou a ponta da sandália por baixo do gume da espada de Dominik no chão e chutou a lamina para o alto entregando-a para Dominik. – Caso contrário teria o desarmado, então cortado os tendões do joelho em seguida atravessado sua garganta com a lamina oculta, passara para a suas costas onde a espada atravessaria seu pulmão, se não morresse na hora se afogaria no próprio sangue em minutos.

Dominik olhou para Ethan que desde que tentou inutilmente confrontar Walltimore estava de mau humor, ele se dirigia para dentro da estalagem abandonando o pátio onde barris e caixas ficavam.

– Aonde vai?

– Olhe o céu. Não quer me molhar ainda.

Nuvens negras como a noite se organizavam em grupos poderosos que anunciavam uma tempestade.

Quando entraram no Hall da estalagem e deram a volta pela escada em L Ethan viu boa parte da tripulação do Desgraça ali, eles estavam ocupando quase todos os quartos da estalagem, e dividindo camas em turnos, Walltimore não queria gastar muito e aquela estalagem era barata, além do que muitos marujos passavam a noite nas ruas de Plymouth.

– Ali está Joly, vou falar com ele. – Ethan disse para Dominik passando por entre os marujos que normalmente fediam a álcool. – Joly, o que fazem todos aqui?

– John os chamou, estava atrás de vocês dois também. Pelo jeito estamos de partida.

– Com esse tempo?

– O tempo passa garoto. – Joly disse como se Ethan estivesse de frescura por causa de uma chuvinha boba.

Walltimore desceu da escada em L junto de mais dois marujos, ele foi até a frente e fez um pequeno pronunciamento, avisou que o navio partiria em dois dias a partir de agora, iriam patrulhar as águas enquanto os recursos durassem, ordens do rei, seriam pagos pelo dinheiro do rei.

Ethan observou que Walltimore carregava consigo um papel que brilhava amarelo em um tom de ouro puro, não era metal, era diferente, era papel, mas tudo ao redor estava desfocado e em tons escuros, como se apenas aquilo ali fosse importante e dessa certa forma ele queria entender, o que era aquilo. Então coçou os olhos com força como se areia tivesse caído neles, quando os abriu novamente o rosto estava molhado com gotículas de lagrimas esfregadas, e o que ele via era Walltimore como era, nada de papel dourado ou ambiente escuro.

Walltimore disse que eles podiam ir, e a tripulação foi se dispersando. Ethan se sentou em uma das várias mesas ali no Hall, virou a cabeça para cima e respirou fundo, seu crânio inteiro doía como se algo lá dentro lutasse para sair.

– Aconteceu alguma coisa? – De repente Walltimore surgiu puxando uma cadeira. Ethan se ajeitou olhando para ele, eles poucos haviam se falado desde a incriminação falhada de Ethan.

– Não, na verdade, to bem. Só a cabeça doendo um pouco. – Ethan não conseguia mentir para si mesmo e seu rosto o traia, estava visivelmente com dor – Eu não sei, mas você tem uma carta não tem, a resposta.

– Sim. Mas como sabe?

Ethan se abaixou na mesa cobrindo o rosto, aquilo não era normal de se dizer.

– Não me tache como louco senhor. – Se lembrou na mesma hora, deveria chama-lo por Capitão. – Mas eu vi, brilhando dourado no bolso da jaqueta, agora minha cabeça está doendo e, eu não sei o que é isso, mas eu sinto que algo ruim, não pra mim, mas pra você...

– A carta era pra minha família. Eles vivem em Newton Abbot, bem perto, na verdade, podíamos ter parado por lá, mas eu e você não somos tão diferentes, ambos fugimos de casa, e ambos não podem voltar. – Walltimore disse puxando a carta. – Meu pai porem está, estava velho e doente. Minhas irmãs e irmão me mantinham informado por cartas, bem agora que o velho morreu acho que posso voltar para Abbot.

Walltimore deixou a carta na mesa e se levantou, ajeitou a roupa e sorriu para Ethan.

– Pode ler, jogue fora depois, certo!

Ethan olhou para o papel dobrado, para Walltimore se distanciando até que ele sumisse, então pegou a carta e abriu, pensou em não ler e respeitar a privacidade de John Walltimore, mas ele havia lhe dado permissão. Ethan desdobrou o papel e Dominik veio correndo até ali, se sentou na mesa onde segundos atrás Walltimore estava.

– O que é isso?

– Nada. – Ethan disse apertando o papel contra a mão até formar uma bolinha que jogou no lixo próximo a mesa. – Então, o que foi?

– Sabe pra onde a gente vai afinal?

– É como Walltimore disse. – Ethan olhou de relance para o cesto de lixo, não poderia parar de pensar no que havia naquela carta, no que Walltimore falava quando não falava com sua tripulação. – Vamos proteger a costa, garantir que os franceses não avancem.

– Eles não vão. Somos mais em número.

– Números não vencem batalhas, treinamento e preparo vencem nove em dez vezes.

Dominik riu alto e falsamente.

– E quem disse essa bobeira?

– Meu pai. – Ethan respondeu, Dominik corou no mesmo instante. – Mas alguém disse antes dele, e provavelmente alguém antes deste também.

– Que seja, queria ver você mais dez franceses, quem iria sair vivo.

– Eu. – Ethan garantiu sério se levantando. – Isso já aconteceu não se lembra? Não faz muito tempo, foi em um Cutter francês a poucos dias e eu explodi ele.

Ethan sorriu passando por ele, pegou a carta no lixo indiscriminadamente, então saiu andando como se quisesse ficar sozinho, e queria.

Dois dias depois.

Ethan jogou a bolsa em cima da cama enquanto tirava seus braceletes de Assassino, Walltimore o tinha feito ver, ele nunca estaria sendo ele, sendo o novo ele, se continuasse preso ao que um dia ele foi forçado a ser. Não era esquecer o passado, era viver o presente.

Tinha guardado tudo que lhe era de direito, roupas, documentos, armas e espada que havia ganhado das mãos de Vince Knill quando foi formalmente reconhecido como membro do Desgraça Holandesa.

Fechou um dos dois bolsos, no outro estava um livro e no canto uma folha de papel amassada com um selo de cera intacto. Ethan sabia que queria ler o conteúdo daquele papel, mas não podia, não era correto fazer isso com Walltimore, o luto era algo particular de cada um, por isso ele havia selado a carta.

Pegou a mochila e jogou nas costas, saiu do quarto da estalagem já sentindo saudades, no navio seriam dias e mais dias balançando com a maré, felizmente ele não enjoava facilmente. Quando chegou no Hall Joly o estava esperando.

– Finalmente criança. – Joly apontou para fora enquanto dava tchau para o estalajadeiro. – Mais um pouco perdemos a partida.

– Eles não iriam sem você.

– Nem você! – Joly disse olhado para Ethan enquanto andavam pelas ruas de Plymouth uma última vez. – Agora é tão membro do Desgraça Holandesa quanto eu ou o próprio Walltimore.

Ethan sorriu, era bem diferente poder chamar a si mesmo de “marujo”.

– Mas porque me esperar, eu sei o caminho para as docas.

– Sabemos que você conhece o caminho. Mas o capitão já entendeu como você funciona.

– Que?

Ethan riu enquanto andavam, o cheiro das ruas era de chá leite e pão, ainda era cedo e as pessoas acordavam. O céu estava com nuvens brancas e claras, mas não parecia que ia chover, o chão estava molhado ainda e aqui ou ali tinha uma poça, a madrugada foi constantemente assolada por raios e água o tempo todo.

Então de uma taverna um Capitão conhecido de Ethan saltou da cadeira deixando algumas libras sobre a mesa. Era James D.B Cook com seu tricórnio torto.

– Já pensou você acha um templário no meio do caminho e decide ir atrás dele.

Ethan riu novamente enquanto Cook se aproximava.

– Não iria. Eu já sei que tenho que priorizar minhas ações.

– Priorizar... Isso mesmo, é um importante passo para o sucesso. – James Cook disse como um bom bêbado.

– Quanto orgulho. – Joly falou para ninguém.

– Falavam de templários? – James Cook soltou um guincho como um porco, então arrotou alto. – Lembra a cabeça do Assassino que lhe falei menino. Foi arrancada por um desses templários.

– Veio fazer o que aqui? Não deveria estar no valquíria?

– NA valquíria. – Cook corrigiu Joly. – Não preciso de sermão dos caçulas está certo. O vosso grande rei-borra-calças me dispensou de seu exército marítimo.

– Não consigo descobrir o porquê. – Joly disse sarcástico.

– Quão menos eu meu querido irmão. Então vim me despedir de vocês, façam-me um grande dum favor e mate alguns franceses por mim. Odeio aquela raça.

E foi assim que Cook ficou para trás quando uma moçoila qualquer passou com um decote mais aberto.

– Sempre bêbado e caindo por ai. Me surpreende ter conseguido um navio.

– Ele parece ser um cavalheiro como muitos outros. O álcool é parte fundamental da vida de um marinheiro, pelo menos de acordo com Vince.

– Sim, de acordo com Vince.

Então seguiram até o Desgraça onde Ethan subiu a bordo junto de Joly, o Capitão ainda estava lá fora, terminando os negócios com o estaleiro, quando subiram uma pequena multidão havia se juntado para ver o navio partir. Um Fluyt era um navio raro de ser ancorado por ali, então quando ancorava chamava a atenção pelo seu formato “pouco convencional”.

Ethan ajudou a levar algumas coisas para os alojamentos abaixo do convés, quando voltou para cima a doca estava sendo inundada, o navio vibrou com a água batendo em seu casco que a tanto tempo estava seco, o lugar onde havia um buraco estava simplesmente intacto como se nunca tivesse ocorrido o acidente. Ethan foi até a popa onde podia ver boa parte da Doca, Walltimore estava na cabine do Capitão traçando um rumo especifico, o imediato Vince Knill berrou para que soltassem as velas relaxos e joanetes, Ethan se virou olhando para cima quando os berros vieram “Solte os panos” “Abrace o vento” “Solte as cordas”, então todas aquelas armações de madeiras, os três mastros com todas suas ramificações e cordas presas em todos os cantos, tudo se encheu com um tecido branco que refletia a luz do sol fraca coberta por nuvens, no meio dos enormes panos existiam leões bordados em fio dourado e vermelho fazendo o símbolo, não só da Grã-Bretanha como da Holanda também, outra ironia que Walltimore cuidadosamente criou em seu Desgraça Holandesa.

Ethan sorriu sentindo o navio dar um tranco com as correntes lá em baixo no casco no navio sendo puxadas, as roldanas girando cobertas de água empurrando toneladas de madeira e metal para frente. Walltimore saiu da cabine do capitão com uma carta náutica e foi até Vince Knill e Gregor que segurava o timão, Ethan não se preocupou em olhar para eles, as pessoas lá em baixo davam adeus para eles, as damas balançavam os lenços brancos com os braços erguidos, os homens aplaudiam, assovios e gritos. Era uma cena bela, algo memorável.

– É bonito não é! Ver a partida de um navio do outro lado. – Dominik disse ao lado de Ethan.

Ethan fez uma careta contorcendo o rosto em um espasmo de dor, o ambiente escureceu em sua visão e ele podia ver no meio da multidão um pontinho dourado reluzente, um homem que não batia palmas, não assoviava, apenas olhava, Ethan olhou para ele enquanto analisava seu rosto, podia vê-lo com mais clareza que podia ver Dominik ali do seu lado. Era como se tivesse com lunetas nos olhos. Então quando Ethan pensou que era só aquilo o homem levantou o braço e acenou, não como os outros, não acenou para o navio, acenou para Ethan, ele estava olhando para Ethan da mesma forma que Ethan estava olhando para ele.

– Robert. – Ethan cochichou quando sua visão voltou ao normal e ele percebeu que não tinha ouvido som algum, ou sequer respirado naquele período, estava apenas enxergando.

– Que? – Dominik perguntou olhando para Ethan que levou a mão no nariz limpando um fino fio de sangue que nem chegou a escorrer.

– É bonito sim. Estar, do outro lado! – Ethan disse por fim, sua cabeça doía, seus olhos coçavam e o nariz sangrava, mesmo assim ele estava feliz, feliz por deixar Plymouth, aquele lugar estava infectado. Infectado pelos templários.


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Notas finais do capítulo

Espero que esteja bom e agradando tanto aqueles que jogam e os que não jogam a série!



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