Assassin's Creed; Sombras escrita por P B Souza


Capítulo 2
LA & Norwich


Notas iniciais do capítulo

A busca pelas cobaias perfeitas para começar o projeto Cavendish começa aqui.



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Os portões do colégio se abriram quando as crianças começaram a sair indo para a calçada onde piruás vinham as pegar, ou carros com seus pais, ou até mesmo pais a pé que gostavam de caminhar um pouco. Todos muito bem vestidos e todas as crianças impecavelmente educadas. Um dos carros era um Sedan preto de vidros escuros e janelas fechadas, parecia não esperar criança alguma.

Dentro da escola um garotinho estava encurralado no banheiro chorando com a boca cheia de fita adesiva o impedindo de gritar, o braço com uma pintinha de sangue onde uma agulha havia sido inserida, e no banheiro três homens de terno negros e gravatas vermelhas com uma cruz branca pequenina trabalhavam contra o tempo, em cima da pia de lavar mão estava um notebook com uma um pen-drive plugado. O pen-drive porem era maior que o de costume e emitia sons metálicos enquanto algo girava dentro dele. Nenhum dos homens disse nada, os três usavam luvas cirúrgicas para não deixar rastros.

Enquanto o programa rodava no computador eles se entreolhavam e olhavam a criança presa e imóvel junto a um vaso sanitário. Então o computador apitou e na tela apareceu a mensagem “nível de parentesco mínimo não atingido”.

– Solte e sai. – Um deles disse guardando o notebook e se retirando dali, o outro saiu em seguida, o ultimo que ficou pegou uma outra seringa e enquanto o garoto se debatia ele aplicou em cinco segundo a criança caiu no chão desacordada.

O motorista do sedan preto viu o terceiro e último parceiro saindo de dentro da escola enquanto um pai ainda aguardava lá fora.

– Não é ele?

– Não. – Os homens concordaram.

Então o motorista ligou para seu superior.

– O alvo está em Los Angeles senhor. – Disse desligando contente por não ter que raptar uma criança.

Do outro lado do mundo Edgar Turner olhou para trás, nenhum guarda estava por perto.

– Agora não dá para voltar atrás! – Neil sorriu se balançando na balaustrada que vibrava.

Edgar olhou para baixo e via o mar agitado com as ondas colidindo contra os alicerces do píer. Se virou ficando de costas para o mar olhando os amigos, todos com garrafas de cerveja nas mãos e sorrindo, ele tinha perdido uma aposta.

– Me chupa! – Berrou quando soltou as mãos e o corpo se deitou no ar antes de virar e em descontrole bater contra a água.

Os amigos todos se encostaram ali olhando se ele surgia, mais Edgar sumiu. Mergulhado ele deu braçadas enquanto batia contra as muitas toras de madeira que seguravam o píer, agora teria que nadar 250 metros até terra. Lembrou do celular quando emergiu da água e berrou palavrões pegando o aparelho vendo que a tela apenas piscava sem nunca ligar por completo, então uma onda acertou sua nuca e ele afundou, enfiou o celular no bolso e voltou a nadar. Quando finalmente chegou na areia estava cansado e sóbrio.

Seus amigos porem estavam tão bêbados quanto antes e gritavam de tudo um pouco.

– Ai ED. Você caiu feito bosta. – Um dos amigos disse derrubando um pouco de cerveja enquanto andava.

– Ferrei meu celular.

– Mais um né! – Neil disse dando um tapinha nas costas de Edgar mais sua mão se encheu de areia e ele esfregou na coxa para limpar

Eles saíram da praia e foram perambulando até chegar nas ruas e continuaram andando, estavam indo para o campus, só não sabiam se estavam no caminho certo. Então um carro parou na frente deles com os faróis altos.

– Vamos dar um pau nesse mané. – O mais valente e menos racional dos colegas ali disse indo pra cima do carro com faróis altos na frente deles. Quando passou pelo capo deu um soco no metal. As portas se abriram.

De dentro do carro sairão homens armados com revolveres brancos, eles usavam calças sociais, ternos e gravatas com broches em formato de cruz que Edgar reconheceu no mesmo instante, era o único não tão bêbado dali, se jogou atrás de Neil quando a primeira salva de tiros ocorreu, os disparos eram incapacitantes, armas elétricas. Seus amigos caíram no chão, incluindo Neil, sobrou ele mais dois, e eles três saíram correndo dali, Edgar na frente dos outros dois enquanto os homens recarregavam as armas, havia um beco logo na sua frente, tinha que chegar lá. Olhou para trás e os homens de terno andando atrás deles levantavam os revolveres novamente, Edgar se jogou no chão dando uma cambalhota para o lado quando eles dispararam e seus outros dois amigos caíram batendo cara e braços e costas contra o chão.

– Não dificulte mais as coisas. – Um dos homens disse levantando seu revolver, era o único que não havia disparado, quando levantou a arma Edgar chutou uma lata de lixo que estava do seu lado para frente e os espetos do projetil bateram contra a lata, ele pode ouvir a eletricidade contra o metal. – Peguem-no.

Todos os soldados começaram a correr, Edgar sentiu que não iriam o matar, mais tinha medo só de pensar em porque estavam atrás dele, então rastejando ele se levantou e correu para dentro do beco, o beco fez uma curva para direita e assim que ele virou deu de cara com uma parede, sem saída, voltou alguns passos e correu pulou contra a parede, os pés deslizaram nos tijolos e ele foi impulsionado para cima, as mãos se agarraram nos canos que passavam mais acima e ele forçou os braços, os músculos enrijeceram e quando ele subiu um pouco e conseguiu apoiar a perna nos canos ouviu os passos atrás dele.

Se soltou e caiu em pé suspirando, cansado, se virou e encarou os três, quatro, agora cinco homens de terno ali.

– Eu não tenho nada com os assassinos. – Edgar anunciou. – Não tenho o que vocês estão procurando.

Um dos homens, aparentemente o mandante daquilo tudo olhou para ele com cuidado analisando-o e finalmente falou.

– Muito pelo contrário Sr. Cavendish, você é o que estamos procurando.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo vai ter a primeira viagem para os antepassados de Edgar.



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