Assassin's Creed; Sombras escrita por P B Souza


Capítulo 18
Final 1° ATO - Resgate


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo representa muita coisa, a mais importante e o fim da parte inocente e tranquila da Fic. Ethan já passou pelo que eu chamaria de testes; Fugiu, voltou ao credo, criou uma sucursal do zero, venceu um forte templário, explodiu um Cutter, matou franceses, viu Walltimore morrer, brigou com os próprios amigos, se tornou capitão de sua própria embarcação e cresceu de 15 para 18 anos. Sim, tanto tempo passou e ele agora é um Assassino, sabe e aceita isso! ---- Do outro lado do tempo temos Edgar, um jovem querendo ser ator, raptado como Desmond, forçado a trabalhar no Animus. Porque?
Finalmente a verdadeira história vai começar!



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Jorge Palmer arrumou seu lápis para ficar alinhado junto das canetas azul preta e vermelha, todos, um do lado do outro na mesa altura a cinco centímetros da borda da mesa, a tela de vidro semitransparente do computador estava acessa com informações e documentos abertos, em volta da sua sala a lareira artificial tinha as chamas projetadas em hologramas enquanto pelas laterais o ar-condicionado esfriava o local. Ele pegou as folhas que havia acabado de assinar e as juntou uma a uma, passou os olhos uma vez mais sobre os títulos.

Timet em Roma; abertura do projeto #02. Aprofundamento Timet; Cobaia sofreu danos irreversíveis por exposição ao Animus. Morte da cobaia Projeto Timet; Recolhimento de material genético. Resignação P Timet; Valéria Woo. Novo coordenador P Timet; José Sales. Diminuição de verba P Timet; Aprovada. Encerramento do P Timet; Em andamento. Jorge tinha assinado cada uma das páginas, o processo de pesquisa da linha daquele ancestral tinha se mostrado uma completa perca de tempo, nem mesmo se envolvido com figuras importantes Timet tinha, felizmente Ethan apareceu e Jorge que no começo tinha reclamado da ideia agora estava feliz do grão-mestre ter dado tal ordem.

Finalmente ele se levantou, sairia para almoçar com sua esposa e seu filho, era aniversário do pequeno garoto. Ele discou para sua secretária a partir da estação fixa de sua mesa, o fone wireless preso a orelha.

– Estou saindo para o almoço com meu filho, quero a BMW na porta do prédio em quinze minutos. – Ele teria esperado alguma resposta, mas no mesmo instante uma luz vermelha se acendeu em seu monitor, ele interrompeu a ligação com um toque no fone e olhou para o monitor, mas de alguma forma o alerta estava atrasado, e sua sala inteira piscou vermelha, as luzes de alerta quando alguma coisa dava errado. Mas oque?

Jorge tocou na tela empurrando todos seus documentos para o lado abrindo o scanner de anomalias, as câmeras tudo. Fez uma ligação para o chefe de segurança.

– O que está havendo? – Sua voz era calma, porem carregada de preocupação.

“Como? ” – Gabriel parecia não entender, realmente não entendia. “Tem algum problema senhor? ”.

Jorge bateu duas palmas e as luzes vermelhas se apagarão, apenas o alerta de alarme continuava. Ele não respondeu o chefe de segurança, percebeu que fosse o que fosse estava acontecendo apenas em seu andar, então o scanner de anomalia detectou o que causava o distúrbio.

– Gabriel, alguém invadiu o prédio. Corte o acesso, todos os cabos. Agora. – Jorge só pediu aquilo porque quando tentou fazer ele mesmo não conseguiu.

Então deixou seu computador e foi para a porta, mas quando chegou as portas duplas não deslizaram abrindo espaço para que ele passasse, então Jorge as puxou, mas estavam travadas. Olhou para a saída pela sacada, as portas também estavam fechadas e ele percebeu o que estava acontecendo.

– Quero esse prédio fechado. – Disse nervoso, visivelmente exaltado, zangado por estar trancado. Do outro lado da porta sua secretária olhava-o sem saber o que fazer, ele pegou o tablet e digitou uma frequência, para que todos com comunicador ouvissem. – Quem sair desse prédio será alvejado. Atiradores, qualquer um saindo do prédio é um alvo, atirem para matar.

Então desligou o comunicador geral e chamou sua secretária com gestos, ela veio até a porta e Jorge a encarou.

– O que posso fazer senhor? – Ela disse com sua voz vindo abafada pelos vidros fechados da porta.

– Vá até o servidor menor, inicie uma sequência de segurança com varredura em nível 3. Abra o gerenciador de sistema e veja onde está sendo utilizado mais memória RAM, me passe todos os resultados.

***

Lá em baixo Gabriel corria para fora do prédio, um dos poucos com esse privilégio, em uma construção bem mais simples ele entrou, era a casa de segurança, armamento, munição, explosivos, tudo ficava ali, incluindo os controles. Ele podia desligar energia, fechar água, fazer tudo dali. Então colocou a mão em um scanner de digital, em seguida as funções se tornarão disponíveis e ele por meio de um computador selecionou o que queria, olhou para a janela, uma pequena abertura horizontal com doze centímetros de altura e um metros e meio de largura.

Do lado de fora da casa d Segurança cabos passavam presos ao chão cobertos por um grande tubo transparente com os dizeres “Indústrias Abstergo” em toda parte, a trinta metros de distância do prédio e vinte da casa de segurança existia uma estrutura de concreto em volta desse tubo plástico transparente, nessa área uma fumaceira surgiu seguida por um som abafado de explosão, quase nada. A fumaça correu pelo tubo em volta dos cabos indo de um lado ao outro até se dissipar.

Gabriel olhou para aquilo, sempre teve vontade de fazer isso, mas não era isso que esperava, uma onda de medo lhe invadia até os ossos.

– Conexão com o mundo exterior desativadas, apenas a rede interna senhor. – Ele disse no comunicador, sabendo que Jorge Palmer iria ouvi-lo.

Então alguém chamou, Gabriel ouviu um chiado em seguida sintonizando.

–... Vos

– Repete! – Disse percebendo que era um dos seus homens.

– Múltiplos alvos, avançando contra o pré...

Sons de tiros vieram de simplesmente todos os lugares. Ao mesmo tempo Gabriel viu um camburão vindo da avenida de acesso ao prédio da Abstergo, olhou para trás e viu o atirador caindo da sacada do segundo andar.

– Invasão! – Ele disse para que Jorge ouvisse. – Vou trancar o prédio senhor.

***

Dentro do térreo Melissa se virou desesperada sem saber o que fazer, então subitamente ouviu a palavra “Invasão” e foi como se uma caixa d’água fosse derramada sobre sua cabeça, as pessoas corriam de um lado para o outro e aos poucos o longo átrio se esvaziava, os seguranças desciam em massa pelos elevadores e escadas se juntando ali.

– As cobaias. – Lhe ocorreu aquele pensamento, entre tantos outros... Eles sabiam? Teriam sido avisados? Se viu indo para o elevador isolado, inseriu a senha de funcionários e o elevador do bunker se abriu, quando entrou a porta se fechou e a assistente eletrônica disse.

– Andar? – Uma voz delicada e feminina, mas fria e computadorizada.

Só havia um andar, e essa era a pegadinha, se alguém pedisse qualquer andar que não o correto o elevador seria travado, segurança ativada...

– Isolamento. – Disse e o elevador começou a descer.

***

Jorge lá em cima estava parado encarando sua porta quando um dos lados deslizou para a lateral lentamente, ele esperou o bastante para que desse para ele passar, avançou correndo até sua secretária.

– O que está acontecendo?

– Um vírus, estava dormindo e não foi detectado, agora parece que está copiando tudo.

– Copiando? Pra onde? – Jorge tinha mandado explodir a comunicação, o prédio estava isolado de qualquer tipo de transmissão de dados.

A secretaria apontou para a descrição do local onde os dados estavam sendo enviados.

– Não sei onde fica, mas é no prédio. – Ela disse enquanto Jorge escrevia o caminho dos arquivos no seu tablet, o resultado apareceu assim que ele terminou.

– Protejam as cobaias do bunker! – Berrou no comunicador, pela primeira vez sua voz perdeu o tom de controle e calma. A situação era séria – Matem todos os invasores.

***

Gabriel girou nos calcanhares puxando o revolver indo para fora da casa de segurança, quando o fez uma salva de tiros o acertou antes que ele pudesse dar dois passos através da porta, caiu no chão olhando em volta sentindo o seu mundo escurecer enquanto o camburão parava a dez metros da entrada do prédio.

– Não vão entrar! – Ele disse cuspindo sangue, uma comporta de aço subia selando a entrada do prédio. Uma última defesa que ele fez questão de ativar.

Do camburão desciam homens e mulheres com os rostos tampados por capuzes negros, roupas lisas e minimalistas, pareciam sombras em rápido movimento na noite crescente.

– Destruam a porta. – Um dos Assassinos disse apontando para a comporta de aço que ainda estava sendo lacrada, ele também usava um comunicador e naquele momento disse para todos os Assassinos em volta do prédio da Abstergo. – Invadam o prédio por onde der, achem Edgar!

***

Passou-se trinta segundos e as portas do elevador se abriram, Melissa desceu tremendo, o som dos tiros tinha desaparecido, nada penetraria aquele Bunker. Ela respirou fundo, pensando em todos os lugares que poderia ir, todas as seis cobaias ali, mas ela foi direto para Edgar.

– Veio salvar seu namorado? – A voz veio de dentro de uma das salas e Melissa deu um pulo de susto, olhou para o homem, era Tarcísio, o descendente de James D.B Cook.

Ela abriu a boca para responder, mas não o fez, em vez disso foi para Edgar que, para sua surpresa ainda estava deitado no Animus. Ela tinha descido a um dia atrás, e ele estava no Animus, achou melhor não interromper uma sessão, então deixou-o, mas agora ela não iria deixar.

Avançou sobre o teclado sem monitor do Animus remoto, apenas digitou o comando e em vinte segundos o Animus desligaria, independentemente de onde Edgar estivesse.

Edgar sentiu a vida voltar ao seu corpo em um turbilhão, era como se socassem-no o estomago, então percebeu que era só fome, as costas doíam, não mais que a cabeça, nossa, como sua cabeça doía.

– Edgar? – Melissa chamou delicada.

Quando o fez ele se sentou na cama abrindo a boca e o som de quem vai vomitar surgiu, ele projetou o pescoço para frente mais nada veio, o óculos de projeção do Animus caiu sobre suas pernas, ele se jogou do animus para o chão, mas suas pernas tremeram dobrando e ele caiu.

– Ed...

Melissa começou mas deu um passo para trás horrorizada quando Edgar caído no chão abriu a boca uma vez mais e vomitou, sangue.

***

De dentro do camburão outro Assassino desceu, com uma RPG sobre os ombros, foi um único disparo contra a parede de aço.

A explosão estourou todas as janelas ao redor até o terceiro andar do prédio, choveu vidro por poucos segundos.

Finalmente quando a fumaça e o fogo se dissipavam o Assassino atirou novamente.

O disparou entrou pela abertura e atingiu alguma coisa lá dentro causando comoção, o prédio inteiro vibrou e mais janelas se romperão.

– Ótimo, larga isso e vamos. – O Assassino que aparentemente comandava aquilo tudo disse, puxou dois revolveres 9mm de dentro das vestes longas. – Deve existir uma instalação de segurança, encontrem.

***

Edgar olhou para cima lentamente, seu mundo girava enquanto tudo parecia perder as cores.

– O que você fez?

Ele se virou sujando-se no próprio sangue, o cheiro do ácido estomacal era insuportável.

– Vocês me deixariam morrer aqui de qualquer jeito... Eu liguei o Animus...

– Para. – Ela disse puxando ele para cima, olhou para a mesa onde três refeições estavam colocadas, intocadas. – Você não tem comido... Nem vivido...

– Que vida. – Edgar olhou para ela com os olhos tortos, nem mesmo via ela, tentava focalizar sua visão, mas era sombra e trevas, nada fazia sentido, e até mesmo o som estava se tornando confuso. – Vocês tiraram ela de mim e me deram a vida do Ethan.

Ela olhou ao redor sem saber o que fazer, confusa e amedrontada, então pensou que aquilo talvez pudesse ajudar, disse.

– Estão invadindo o prédio, acho que querem vocês.

– Nós... Porque? Alguém iria...

– Melissa. – Era Tarcísio. – Melissa...

– FALA! – Ela berrou, mas quando o fez ouviu um CLICK, e as portas dos quartos do bunker se abriram.

Tarcísio foi o primeiro a sair, apenas virou na esquina das portas e entrou no quarto de Edgar, quando o fez seu rosto se transformou em uma careta.

– Nossa, quem tá morrendo... – Então viu o sangue e Edgar todo sujo com sangue. – Santo Pai. Fui eu, eu mandei um SOS, avisei do Edgar e Ethan logo quando cheguei. Como fazemos para sair daqui?

– O elevador tá aqui! – Alguém berrou lá atrás.

Melissa olhou para eles, para Edgar então para Tarcísio.

– O que você fez? – Ela disse sabendo que se aquilo estava acontecendo a culpa era de Tarcísio, então saltou em fúria para cima dele, Tarcísio a jogou para o lado, Melissa girou batendo-se contra a mesa e derrubando os pratos, uma maça rolou sobre o sangue com vomito.

– O que vim aqui fazer. – Ele disse pegando Edgar nos braços ignorando o cheiro e o estado dele. – Ou acharam mesmo que vocês pegariam um Mestre Assassino e ele trabalharia pra vocês?

– TARCÍSIO! – Ela berrou se levantando em fúria, mas viu que ele levava Edgar e alguma coisa a forçou a não agir. – Você armou tudo isso.

– Menos isso. – Ele apontou com os olhos para Edgar apoiado em suas costas. – Como saímos daqui?

– Eu não posso falar. – Melissa apontou com os olhos para a esquerda, Tarcísio olhou para onde ela apontava.

Então entregou Edgar para uma das outras cobaias e virou um com um tapa na cara de Melissa, ela tropeçou nos próprios pés e gotas de sangue espirrarão na parede, ele agarrou a cabeça dela e bateu contra a parede do outro lado, então olhou para câmera descaradamente.

– COMO?

– Diga térreo. – Ela respondeu sentindo os dentes moles

Edgar olhou para Melissa caindo no chão e então gemeu como se quisesse fazer algo, mas estava fraco demais para isso, então Tarcísio agarrou ele novamente e os seis entrarão no elevador.

– Quem são vocês?

– Assassino.

– Assassino.

– Jornalista. – Um deles disse amedrontado, apenas seguindo o que os outros fazia.

– Taxista. – Disse o último.

– Me sigam, e cuidado para não morrer! – Tarcísio disse empurrando Edgar pendurado em seus ombros, então a porta do elevador se abriu e o som dos tiros invadiu, era o átrio do prédio, o hall de entrada.

***

Do outro lado do átrio o Assassino que parecia liderar a ação entrou disparando perfeitamente contra os alvos armados, guardas caiam como se fosse chuva. Ele avançava em dribles e cambalhotas, deslizando por cima de mesas e chutando cadeiras para criar distrações, usando trabalhadores como escudo-humano. Então parou dando mais dois tiros contra um homem que usava uma pesada armadura blindada.

– Ótimo! – Ele disse avançando em uma corrida curta, os braços deslizaram para trás em movimentos suaves e ele saltou, quase alcançando um metro e meio de altura do chão, as mãos foram para a frente e laminas deslizaram do seu antebraço, maiores do que simples laminas ocultas, aquelas tinham quase trinta centímetros e perfurarão a blindagem com um som de motores, o Assassino passou por cima do seu alvo girando as laminas que saíram do peito estraçalhando colete e espirrando sangue. Eram grandes laminas serrilhadas como uma máquina de cortar cabelos antiga, mas esses dentes metálicos eram bem mais afiados e letais, então a máquina parou e os dentes cortantes pararão, a lamina deslizou para o antebraço do homem em um segundo sumindo.

Quando ele olhou para frente viu algo que lhe fez abrir um sorriso de esguelha.

– Tarcísio. – Era uma visão bem-vinda.

– Não peguei o HD, tá na sala do servidor – Tarcísio apontou para um corredor, no meio do tiroteio.

– Leve ele pra fora. – O Assassino disse sério se abaixando e pegando seus revolveres, levantou e disparou contra os dois que disseram antes serem assassinos, o taxista e o jornalista pularam para o lado sem saber o que era aquilo, mas Tarcísio nem mesmo olhou para trás – Traidores da ordem.

O homem se esclareceu, não que fosse necessário.

– Venham ou morram também. – Tarcísio riu andando arrastando Edgar como um peso morto ouvindo-o resmungar.

***

Jorge estava no elevador que descia na mesma velocidade de sempre, mas desta vez essa velocidade parecia ser dez vezes mais lenta. Quando chegou no terceiro andar teve uma visão do Átrio pelo vidro do elevador, estava um caos, o centro tinha sido explodido e a estatua que antes ali existia tinha sido reduzida a migalhas espalhadas em volta de corpos despedaçados, o chão coberto de detritos e corpos, pouquíssimos de seus homens ainda estavam mantendo guarda tentando resistir enquanto muitos homens com roupas negras e capuzes corriam daqui para lá pegando coisas e as levando para fora. Ele viu que no térreo um grupinho de boas-vindas o aguardava e nesse instante apertou o botão de parada, o elevador gemeu travando entre o equivalente ao segundo andar e o primeiro.

– Algum chefe de segurança? Alguém? – Jorge berrou no comunicador, mas ninguém respondia.

Como tinham feito isso? Ele se perguntava, uma ação tão bem pensada, um vírus dormente que de repente se ativou, copiou o que para os HD’s da sala do servidor? E onde estava as cobaias? Mortas? Sequestradas?

Enfim parou de pensar quando viu um homem vindo da sala do servidor carregando as caixas de HD. O homem pareceu velo também pois lançou um sorriso, os dentes brilharam na sombra que o capuz fazia.

Lá embaixo o Mestre Assassino falou para todos, mas apenas para um em especial.

– RPG, elevador principal. – Foram suas palavras especificas no comunicador.

Jorge olhou para o que acontecia enquanto atiravam contra ele, os disparos não podiam e não iriam passar o vidro blindado. Mas algo chamou sua atenção. Da entrada destruída por uma explosão onde a porta de metal se encontrava retorcida e o concreto destruído um outro Assassino entrava, com uma maldita bazuca na mão.

Ele se virou dando um pulo que empurrou a tampa do elevador, outro pulo com a mão estendida para se agarrar na borda, mas inutilmente, não conseguiu, olhou para o homem com a bazuca uma vez mais, temendo, pulou. Os dedos agarraram a borda e seu corpo balançou pendurado, o tablet caiu, e caído ficaria, ele se abaixou levantando a calça, carregava um revolver .38 sempre, puxou o revolver quando ouviu o disparo da bazuca... arregalou os olhos agarrando a corda de metal do elevador quando atirou também e tudo aconteceu em um segundo quando ele voou sendo jogado para cima e o tubo de vidro do elevador explodiu em chamas e cacos, o elevador mesmo deveria ter sido jogado para longe.

***

Tarcísio arrastou Edgar até um dos carrinhos parecido com carrinhos de golfe.

– Onde é o ponto de fuga? – Perguntou para um dos Assassinou que lhe entregou uma lamina oculta.

– No fundo do prédio, contorne e vai encontrar uma equipe...

– Eu vou ir com Ezy. – Tarcísio afirmou, o Assassino percebeu uma afinidade daquele homem como o Mestre Assassino incomum. – Leva ele, ele é a sua missão. Edgar Cavendish.

O Assassino percebeu a seriedade da frase, o nome. Então entrou no carrinho e foi.

Tarcísio se virou para trás enquanto duas dezenas de Assassinos saiam de dentro do prédio, todos com alguma coisa, computadores, HD’s, discos de câmeras... Um dos últimos a sair foi o Mestre Assassino.

– O que ainda faz aqui?

– Esperando você! – Tarcísio respondeu. – Edgar está em segurança. Droga Ezy, pensei que íamos morrer aqui.

– E os seus amigos?

– Despachei, estão com os membros da irmandade.

– Ótimo, ótimo. – Ele apontou para o céu. – Vamos sair daqui antes que a polícia chegue.

– Não vai limpar? – Tarcísio perguntou e no mesmo instante o tal Ezy sorriu.

– Limpar o que? Não existe digitais, os que morrerão hoje foram apagados dos bancos de dados do governo, está limpo. Não seremos rastreados.

Tarcísio deu de ombros, se aquele homem falava, ele acreditava, tinha sido assim quando dias atrás ele havia dito “Tarcísio, preciso que seja pego pela Abstergo e levado para a sede deles aqui, vamos libertar alguém importante”.

Passou mais quinze minutos e nesse tempo ‘Ezy’ Tarcísio e Edgar estavam juntos passando por um fétido túnel que demorarão quase uma hora para atravessar.

Quando saíram na outra ponta Edgar já andava sozinho, muito mal, mas andava.

– O que... Porque me salvar?

– Depois. – Foi a resposta do Mestre Assassino.

– Quantos? – Tarcísio perguntou.

– Quase cem. – Foi a resposta. – Ainda não sei quanto sobreviverão, vamos escapar primeiro.

Mais dez minutos e siarão do túnel após Edgar começar a pensar que morreria sem nunca mais ver a luz da lua ou do sol.

Quando saiu do túnel a primeira coisa que viu foi um grupo de três homens, e quase dez carros para sete pessoas cada.

– Rápido, para os carros, sabem onde ir

Tarcísio olhou para os carros, era como se soubessem que nem todos sobreviveriam, não tinha carros o bastante para levar todos de volta.

– Lion. – Edgar disse reconhecendo o homem que já se virava. – Lion...

– Venha. – O Mestre Assassino chamou, então o homem voltou.

– O que ele... Aqui? – Edgar parecia confuso, morrendo.

– Eu era sua proteção em Los Angeles cara. – Lion explicou. – Mas não estava com vocês no dia do píer. Falhei.

– Carro. – Tarcísio apontou, eles podiam ouvir sirenes. Dentro de um dos carros entrou Edgar o Mestre Assassino, Tarcísio o tal Lion e o Jornalista.

Então com Lion no volante o carro partiu.

– Me explica. – Edgar pediu, e pela primeira vez, sua vontade foi feita.

– Está bem. Meu nome é Ezequiel. – O Mestre Assassino disse. – Sou o Mestre da ordem no Brasil. E você não percebeu mas fala português fluentemente, devido ao Animus, seu cérebro está danificado por exposição ao animus. Quando você foi raptado logo começamos a ir atrás do porquê, quando seu pai descobriu que você estava no Brasil ele passou o caso para mim. Antes de resgata-lo peguei um documento indígena, falarei sobre ele depois. O que importa é, o resultado disso tudo é que você de alguma forma é importante devido seu ancestral. Então copiei todo o progresso já feito com seu ancestral nesses HD’s. – Ele mostrou os HD’s. – E espero que em breve possamos voltar a estudar seu passado. Precisamos manter a vantagem, a Abstergo não tem nada além do seu DNA, sangue, excrementos... Eles vão recomeçar as pesquisas.

– O jornalista. – Tarcísio disse baixinho, como se Ezequiel tivesse se esquecido que o homem estava ali entre eles, ouvindo tudo.

– Depois do que ele viveu esse homem ou se juntará a nós ou morrerá. – Foi a resposta, então ele olhou uma vez mais para Edgar que estava revirando os olhos caindo no inconsciente. – Não é justo mas eu não estou aqui lutando por justiça, isso vem depois. Eu sei de todos os riscos, minha irmã morreu fazendo isso. Mas precisamos que volte para o Animus quanto antes o possível.


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Notas finais do capítulo

Ps. A capa dessa fanfic está cheia de Spoilers da história, observem-na com atenção!
Fato interessante; A peça do éden pela qual a história da fic vai girar é citada na história original de Assassin's Creed.



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