Assassin's Creed; Sombras escrita por P B Souza


Capítulo 16
Medidas Preventivas.


Notas iniciais do capítulo

Esses Assassinos, sempre dando trabalho pros coitadinhos dos templário... Como que vamos controlar o mundo desse jeito?



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O cenário antigos daquela embarcação a velas começou a ficar cinza, as velas o mastro, o casco, tudo perdeu a cor de madeira, o Capitão do navio que aceitou levar Ethan para Portugal estava cinza e ficando imóvel, quando deu um passo sua perna se partiu ao meio caindo em pedaços e o corpo caiu dentro do chão sem gostas de sangue.

Ethan se virou e olhou para o outro lado, a cidade de Plymouth sucumbia toda cinza e sem vida enquanto o sol morria dando lugar para uma luz branca e fria. Então a luz branca ia aumentando e aumentando. Até ser a única luz existente e ter coberto todo o resto, ou até todo o resto ter deixado de existir. Então a luz fortíssima se apagou e sua visão foi mergulhada em trevas, não se via um palmo a frente do nariz, as mãos foram até os olhos e ele puxou os óculos de projeção do Animus.

Edgar se sentou em sua estação de trabalho suspirando. As costas estavam doloridas de tanto ficar deitado, sua cabeça doía um pouco, nada além do comum.

Se levantou e olhou para o calendário preso na parede de seu ninho, fazia quase um mês que estava ali, e qualquer ideia de fuga tinha sido eliminada de sua mente, guardas protegiam as saídas daquele andar, 24 horas por dia.

Edgar puxou o teclado de baixo da mesa e colocou as informações que Melissa havia lhe ensinado a pôr nos dados que tinha acabado de extrair sobre o Projeto Cavendish. Então enviou para análise e filtragem de conteúdo. Trabalho orquestrado por Érica, uma adorável mulher, curiosa até demais, mas adorável.

Ele atravessou o andar de ponta a ponta, parou na área de lazer disponibilizada para as cobaias. Lá tinha mesas para os funcionários conversarem, café, pão, e almoço e janta, nos horários corretos claro.

Edgar pegou fatias de torrada com azeite e orégano e um pouco de chá, foi para uma mesa de apenas dois lugares, as menores eram assim. Se sentou e começou a comer.

Precisava descansar pelo menos duas horas entre as seções do Animus, para seu cérebro descansar, pelo menos isso foi o que lhe foi dito. Mas Edgar sabia muito bem que o cérebro precisa de mais que duas horas para ‘descansar’. Ele tinha achado um livro que também estava lendo, era sobre o animus e como ele funcionava, seus defeitos, o livro possuía fotos e essas imagens eram aterrorizantes, cânceres enormes, deformações no crânio por radiação usada nos primeiros protótipos do Animus durante a segunda-guerra-mundial, Hitler mesmo teria sido um importante aliado para a criação daquela cama de memórias, mas teria traído os interesses templários em busca de seus próprios interesses.

– Chá com torradas? – Melissa disse passando por Edgar e se sentando na outra cadeira. – Está esperando alguém?

– Sim, chamei uns amigos pra uma festa daqui a pouco. – Edgar disse sorrindo sarcástico para ela.

– Bem britânico esse seu lanchinho. Acho que se arrepende de ter fugido da Grã-Bretanha não?

– Não. – Ele respondeu rude. – Está realmente certa que os templários estão fazendo o que é certo?

– Sim, e esperava que depois de tantos dias aqui você também percebesse...

– Hitler! – Edgar indagou. – O que ele fez, foi certo?

Melissa olhou para a mesa com vergonha de olhar nos olhos de Edgar.

– Todas as histórias, não apenas dos templários como dos assassinos possuem aqueles que fazem vergonha a ordem.

– Então ele não era um de vocês?

– Era. – Melissa respondeu. – E foi um grande, grande homem para nossa causa. Graças a todos aqueles negros e judeus e homossexuais e quem mais discordasse dele servindo de cobaias para as primeiras versões do animus que hoje chegamos onde chegamos, graças a tecnologia que ele conseguiu desenvolver naquela época. Mas Adolf tinha suas próprias vontades e as colocava em cima das vontades da ordem. Desobedecia nosso credo, matava por matar e não porque precisava, ele era mau...

– E vocês não?

– Templários não matão sem propósito. Nenhuma vida é tirada sem um motivo.

– Hitler...

– Foi assassinado por Assassinos. – Melissa respondeu. – No momento em que ele estava fugindo da morte certa um sósia sob dissuasão mental causado pelos efeitos da quarta maçã do éden se matou passando-se por Adolf, que iria se encontrar com outros grandes mestres da nossa ordem, incluindo o primeiro ministro britânico e o presidente dos Estados Unidos.

– Isso não faz sentido.

– Eu sei. – Ela sorriu para ele, fazia aquilo com frequência. – Acontece que a guerra era a forma de alcançarmos paz. Hitler desempenhou seu papel tal como foi mandado, e no final ele deveria se sacrificar perdendo a guerra e deixando que outros bons homens governassem o mundo na nova ordem de paz. Mas a chance de vitória e de governar o mundo sob sua própria doutrina lhe subiu à cabeça, acreditamos que a maçã tenha lhe corrompido como fez com muitos, sabendo que ele tinha encomendado a morte de seus aliados templários nós permitimos que um grupo de assassinos ficassem de tocaia na saída secreta do bunker de onde Hitler fugiria para a reunião onde mataria Roosevelt, Churchill e Stalin. Então os assassinos trocaram os corpos do sósia pelo do original. E tivemos nossa paz, não como deveria, não como era para ser, pois os Assassinos levaram a maçã do éden consigo, e isso iniciou outras guerras.

– Mataram milhões de pessoas pela paz. E dizem-se corretos e bondosos.

– Se tivesse dado certo hoje bilhões não teriam morrido em milhares de outras guerras das quais os templários nem mesmo se envolverão. – Melissa disse tristonha se levantando. – Eu concordo com você que foi um ato desnecessariamente brutal, foi uma aposta muito alta, onde nosso prêmio caso ganhássemos seria a paz eterna, e se perdêssemos...

– Seria isso. – Edgar olhou em volta gesticulando. – Vocês sequestrando pessoas para conseguir achar essas peças do éden enquanto guerras acontecem e mais e mais pessoas morrem. Se eu pudesse mudaria tudo!

– É uma pena que não possa. – Melissa disse, e sua voz estava carregada de tristeza, não havia sorrisos ou falsidade naquela frase, ela realmente achava uma pena.

Edgar continuou ali com suas torradas e seu chá que já esfriava. Bebericou o chá e mordiscou as torradas, então virou tudo no lixo mais próximo e foi de volta para sua estação Animus.

Entrou em seu ninho e jogou alguns jogos disponibilizados pela Abstergo, passou um bom tempo ali, quase uma hora quando a tela curva da sua estação de trabalho se iluminou.

– Érica? – Edgar perguntou-se, então baixou o controle do videogame e se arrumou na cadeira, olhou para trás, o nicho que vulgarmente chamavam de ninho não tinha porta. – Atender.

Um contador apareceu na tela com 3... 2... 1... Então o rosto de Érica apareceu.

– Olá! – Ela disse com um sorriso branco como leite. – Está bem?

– Tão bem quanto uma vítima de sequestro pode estar.

– Eu queria conversar com você, sobre Ethan...

– Claro, é a única coisa que todo mundo quer conversar. Pergunta.

– Você acha que consegue ir mais rápido com a história dele, ou pelo menos não focar tanto em coisas supérfluas e irrelevantes?

Edgar enrugou as sobrancelhas, não tinha entendido, a única coisa que tinha feito nos últimos dias era tentar agradar eles, e de repente, isso não os agradava mais.

– Supérfluas?

– Sim, eu estava analisando seus dados, e você parou para tomar café da manhã e conversar, coisas que não nos interessam em nada, e isso está me preocupando, porque é informação que seu cérebro está absorvendo, e é informação inútil.

– Como? Pensei que eu devesse reviver essas lembranças uma a uma, foi o que Melissa disse. Se não pode dar erro nas memórias...

– Não, isso é uma confusão, tudo que você faz no Animus é guardado nos HDs da Abstergo, mas também é guardado no seu cérebro, as coisas que seu ancestral está aprendendo, você também pode aprender elas, sem nunca ter treinado, simplesmente por vê-lo fazer, é nisso que estão os riscos, é possível que sua personalidade seja fundida com a dele se você ficar focando em coisas como conversas triviais, discussões por nada ou momentos irrelevantes para a história.

– Parece que eu corro esse risco normalmente.

– Sim, é verdade, mas o risco é bem menor se for direto ao ponto, não ficar dando rodeios.

– Senhor Cavendish. – Edgar olhou para trás assustado quando uma voz de homem o chamou, era Pedro.

– Turner.

– Estamos executando um procedimento de segurança. – Edgar ficou olhando para Pedro que levou as mãos ao seu tablet Abstergo, deu alguns cliques e então voltou a olhar para ele. – E preciso que o senhor me acompanhe.

– Aonde? – Edgar olhou para seu monitor curvo, mas a chamada de vídeo tinha sido interrompida e a tela estava escura novamente.

– Para um lugar muito especial, que vai descobrir quando chegar lá! – Pedro respondeu como se falasse com uma criança, Edgar encarou-o sério.

– Não vou a lugar nenhum, Melissa...

– Minhas ordens são diretas de Jorge Palmer. Todas as cobaias estão sendo extraídas deste andar. Pode ser cooperativo e ir de boa vontade, ou pode ir dormindo.

Edgar se levantou. Pedro sorriu se virando.

– Por aqui.

Ele escoltado por Pedro até um corredor mais isolado do andar onde todas as cobaias do projeto Cavendish estavam. Ali existia um segundo elevador, bem maior em relação a seu concorrente de vidro do outro lado do andar. Este era uma grande caixa de metal cinza polido sem espelhos, sem vidro, apenas uma caixa pendurada por cordas de aço.

Edgar olhou ao seu redor, tinha mais cinco cobaias ali, seis com ele. Pedro e mais cinco seguranças da Abstergo, as cobaias foram escoltadas para dentro do elevador, quando entrarão os seguranças entrarão atrás, Edgar olhou para Pedro que apertou o botão do décimo segundo andar. Então Pedro virou para ele e esticou a mão para a barriga de Edgar, tinha um bastão elétrico faiscante.

Edgar sentiu eletricidade correndo pelo seu abdômen, seguiu para as pernas e braços, ele virou a cabeça durante os espasmos cada vez mais fortes e viu que o mesmo acontecia com as outras cinco cobaias.

Os seis sujeitos de testes caíram no chão do elevador desacordados. Pedro olhou para cada um deles.

– Muito bom. – Disse quando a porta se abriu no décimo segundo andar, ele apertou o botão do térreo e em seguida o elevador começou a descer. Pedro pegou o tablet e ligou para um contato com nome “Supervisor Nogueira” – Abre a casamata, as cobaias estão descendo.

Edgar acordou e passou a mão acima do umbigo, a pele estava ardida e queimada toda chamuscada pelo choque, sua camisa também estava corroída pela eletricidade. Abriu os olhos e se percebeu que estava em outro lugar.

– Oi? – Chamou se sentando naquela dura cama com um colchão fino que não impedia o frio o concreto abaixo passar para cima.

Ninguém respondeu. Ele olhou ao redor, a cama era um suporte de concreto com um colchão fino e sem travesseiro, tinha um guarda roupa de apenas uma porta de correr, uma mesinha de concreto suspensa, filetes de luzes passavam por todo o teto iluminando o concreto cinza escuro de forma fria, não havia quadros, tapetes, janelas ou cortinas. Uma porta de metal aparentava ser a única saída dali, mas outra porta existia do outro lado. Edgar foi até lá e viu um banheiro com uma privada um chuveiro e uma pia com prateleira, escova e pasta de dente.

– O chuveiro passa nove minutos funcionando até ser automaticamente desligado, apenas duas descargas diárias, e a torneira passa dez minutos abertas por dia. – Ele leu o bilhete preso a parede.

Voltou para dentro do quarto, na mesinha percebeu outro bilhete.

– Cobaia um, o projeto Cavendish foi transferido para um local seguro nas industrias Abstergo. Em breve novas instruções serão passadas para todas as cobaias. Sinta-se livre para fazer o que desejar, desde que não saia do seu quarto. Lembre-se, isto é para sua segurança.

Edgar deixou o bilhete ali e olhou para o quarto girando várias vezes, foi para a porta e bateu, puxou e tentou abrir, mas nada funcionava.

– Acordou? – Uma voz veio da sua esquerda, Edgar se virou e subiu na mesa de concreto. – É a cobaia um não é?

– Oi, você, você sabe... – Edgar achou uma abertura, grades de ventilação. – O que está...

– Calma, sei tanto quanto você. Acordei a umas duas horas. – A voz do outro lado de um homem, parecia ser mais velho de Edgar. – Ninguém apareceu. Acho que estão tendo problemas lá em cima.

– Cima? – Edgar perguntou. – O elevador subiu...

– Isso aqui é um bunker rapaz. – O homem do outro lado riu como se a inocência de Edgar fosse algo fofo e infantil. – Esses tipos de construção não ficam no meio de prédios, ficam no térreo para o subsolo. Tentaram nos enganar, pelo jeito conseguiram enganar você.

Edgar ficou em silêncio por um tempo, como não tinha pensado em nada daquilo?

– Como que sabe? – Finalmente perguntou, não importava como ele não havia pensado, e sim como aquele homem tinha deduzido.

– É meu dever saber.

– E quem é você?

– Seu companheiro de cela. – A voz disse sem a mínima intenção de revelar o nome. – Já não basta?

– Éramos seis, acha que todos estão vivos?

– Sim, se não estaríamos mortos também.

– Eles têm porque me manter vivo. – Edgar disse. – Sou a linha de pesquisa do Ethan.

– Parabéns. – O homem disse com uma ironia carregada na voz. – Agora já sei quem é. Não que antes já não soubesse. E se acha que isso é motivo, nunca esteve mais enganado, você corresponde ao ancestral de Ethan Cavendish, assim como eu correspondo a James D.B. Cook, a menina corresponde a Elliott, outros dois são Lorde Connail e adivinhe? Ninguém menos que John Walltimore.

– Eles estão revivendo as lembranças de todos os personagens com quem eu me envolvi?

– Não, estão revivendo os personagens com quem eu me envolvi. – O homem respondeu. – Porque acha que o mundo gira em torno do seu umbigo sujo?

Edgar por extinto levou o dedo ao umbigo para limpá-lo, mas a carne estava machucada e ele não o fez.

– Eu...

– Não existe um principal aqui, não ainda, eles estão procurando em todos os cantos para achar alguma coisa poderosa. Querem entender o porquê das coisas.

Edgar entendeu, ele não era insubstituível, ele era apenas mais um.

Um dia e treze horas depois.

A porta metálica deslizou sobre o trilho do chão com estardalhaço. Edgar pulou da cama dura e a coberta fina que o envolvia caiu no chão. Ele olhou para a porta querendo ver além dela, tinha uma escada no meio daquele lugar e outras portas como se estivessem em um pentágono, ou um hexágono, eram seis, aquilo fazia mais sentido.

– Melissa. – Ele abriu um pequeno sorriso de esperança, mas dois seguranças da Abstergo entraram junto puxando um carrinho com aparato tecnológico.

– Eu consegui trazer os Animus para cá, o isolamento vai ficar menos tedioso assim. – Ela disse mostrando para ele os óculos de projeção, a tela, tudo sendo instalado na mesa de concreto. – Também é bom que vocês não ficam parados, e continuam produzindo. Se não perderíamos muito dinheiro e tempo.

Edgar olhou em volta, os dois seguranças já tinham terminado e se retiravam.

– Bem, eu vou ir...

Ele se levantou e esticou o braço agarrando melissa pelo antebraço com sua mão forte. Tinha acabado de acordar estava apenas de cueca, não esperava que ninguém fosse aparecer, mas tinham aparecido. E agora ele viu uma chance, uma oportunidade única, que não poderia deixar passar.

– Espera. – Disse delicado soltando o braço dela, respirou fundo endireitando a coluna, garantindo que o peitoral estivesse visível, e os músculos fossem notados. Uma arma que toda pessoa possuía era o apelo sexual. E Edgar já tinha percebido que Melissa era uma mulher carente. – Me fala porque estamos aqui?

Ele deu um pequeno passo à frente se aproximando dela, Melissa olhou para a porta, os seguranças nem ali estavam, tinham outras estações moveis do Animus para instalar. Ela teve que levantar um pouco a cabeça para poder encarar Edgar, de repente sentiu seu corpo esquentar, se perguntou o que estava acontecendo, o que aquele homem fazia com ela?

– Eu, não, sou a melhor...

Edgar virou a cabeça e deu dois passos para trás virando de lado, se apoiou na mesa olhando o seu Animus novo.

– Tudo bem. – Disse suspirando baixo de forma sensual olhou-a virando os olhos sem virar a cabeça, a sombra era sua aliada, aumentava o clima de mistério e tensão, tornava tudo mais e mais propicio para o inevitável. – Eu deveria imaginar...

Melissa não se controlou, avançou sobre passos vacilantes e colocou a mão no ombro de Edgar o puxando, encarou ele levantando a cabeça, então cochichou.

– Um assassino foi morto no perímetro do prédio, estava espionando. Jorge acha que um de vocês mandou um SOS. Edgar, que não tenha sido você, ele vai matar o responsável. – Ela disse se virando e esfregando as mãos nos olhos.

Edgar olhou para cima, para as grades de ventilação que o permitia conversar com seu desconhecido colega de cela, então se virou e agarrou Melissa pelos braços com força, mas delicadamente para não machuca-la.

– Não foi eu. – Ele disse sério, precisava que ela acreditasse naquilo, precisava que ela acreditasse naquilo de uma forma que quando contasse para Jorge ele acreditasse também.

– Eu acredito em você... – Ela olhou ao redor, sem saber o que fazer, como agir. – Mas, vocês vão ficar aqui até o fim das pesquisas quando serão libertos, ou até a ameaça passar e os culpados serem pegos...

– Vamos ficar aqui até morrermos. – Edgar resumiu olhando para ela, estendeu os braços mais uma vez, dessa vez a abraçou com força, as bochechas se tocaram e ele pode ouvir o coração acelerado dela. Não fez nenhum esforço para manter seus corpos separados, Edgar precisava dela influenciável, e aquela era a única forma que conseguiu, seria essa a forma que iria utilizar.

Finalmente quando ia soltando-se dela ele deu um beijo suave e amoroso na bochecha de Melissa, os lábios encostaram na pele dela e no mesmo instante Melissa se arrepiou toda.

– Você não é uma pessoa ruim. – Ele disse olhando sério para ela. – Saia daqui, se puder.

Melissa compreendeu que não era para ela sair da casamata, mas sim das indústrias Abstergo. E a cada momento ela sentia que era aquilo o certo a fazer, deixar aquele lugar.

Depois que Melissa saiu e os seguranças também, e tudo estava calmo a companhia de cela chamou-o.

– Está tentando arranjar um passe de fuga?

– O que? – Edgar perguntou enquanto ligava seu Animus.

– Eu ouvi o que falou para a moça. – Disse o homem descendente do irmão bêbado de Joly Wolfeye. – Ela está na sua. Vai tentar fugir?

Edgar pegou os óculos do Animus, ligou a máquina sem timer para ser desligada depois de um horário de uso, provavelmente aquilo era fatal. E ele já não se importava, morreria ali mesmo, pelo menos assim morreria logo. Se não pudesse viver sua vida reviveria a de seu antepassado até onde desse para ir.

Pensou se no final seu cérebro ia derreter, se teria doenças e sofreria por anos até morrer, se seria rápido e indolor, pensou naquele livro de onde veio todos esses pensamentos. Mas todos esses tipos de mortes eram melhores do que viver para ser usado pelos templários.

– Não. – Ele disse ligando o Animus e sua visão foi coberta pelo branco com polígonos cinzas surgindo montando o cenário. – Não vou.


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Notas finais do capítulo

E então, gostando?
O que acham que realmente está acontecendo?
E Edgar com Melissa? E esse descendente do irmão de Joly? O Assassino morto na floresta?
Muita coisa pra acontecer!



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