How to be a heartbreaker escrita por Annie Chase


Capítulo 6
Capítulo 6: I never told you


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez nem demorei, espero que gostem!



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"But I never told you
What I should have said
No, I never told you
I just held it in"

POV. Annabeth

A festa de virada do ano foi incrível. Soltamos fogos de artificio, dançamos, bebemos, provocamos, ignoramos. Mas, bem, essa parte de ignorar e provocar foi somente eu e o Percy. Eu estava surpresa com ele, eu admito. Ele realmente havia mudado, não só pelo fato de ter se tornado um galinha cafajeste, como deu para ver. Ele havia pegado uma garota por uma simples aposta com os amigos e mais outras duas. Uma delas chamava Megan, a maldita era realmente bonita, cabelos pretos, olhos azuis e pele branca como neve, eu fiquei bem puta. Mas as outras duas que ele pegou foi para me provocar, afinal, ele me lançou um sorriso sarcástico antes de ficar com cada uma. Babaca. Mas no final, ele acabou ficando todo o resto da festa com a Margo. Nojo.

Eu não deixei barato, claro. Eu fique com dois garotos. Um chamado Jake e outro Stefan. Stefan eu já conhecia, o conheci logo que cheguei em Londres, em um Starbucks. Nós conversamos bastante, nos adicionamos em redes sociais e trocamos números de telefone, ele era um cara ótimo, além de lindo. Ele possuía cabelos castanhos claros e olhos castanhos, a pele um pouco bronzeada, alto e um físico definido. Percy me viu beijando ele, e admito que a cara dele foi incrível.

Já o Jake, eu peguei enquanto o Percy não olhava, não queria que ele pensasse que eu me importava com quem ele ficava, não queria que ele visse que me atingia, não queria dar esse gostinho para ele. Quanto ao Jake, ele era realmente bonito, era loiro dos olhos azuis, alto e com um físico impecável. As fisionomias do seu rosto eram serias o que o deixava bem sexy, ele era gentil e engraçado. Eu gostei dele, até marcamos de nos ver novamente, nem que seja somente como amigos.

E minha noite foi assim, eu já estava amando Londres.

Porém, hoje é um novo dia, 2 de janeiro. Estou me arrumando para sair. Todos nós iremos para uma boate que irá inaugurar hoje. Stefan havia me mandado uma mensagem dizendo que iria, eu respondi que o encontrava lá.

Eu estava com um vestido preto colado no corpo, ele ia até metade das minhas coxas. Ele era todo preto, porém tinha uma faixa, com um tamanho de um palmo, feita de telinha, o que deixa um pouco da minha barriga a mostra. Coloquei um scarpan preto, fiz uma maquiagem escura. O lápis destacava meus olhos, a sombra preta e dourada dava um toque sensual e para fechar, um batom vermelho vivo. Eu estava completamente sexy. E sim, humildade foi uma coisa que perdi nesses dois anos.

Eu poderia dizer como as meninas estavam magnificas, mas estou com muita preguiça. Então: elas estavam lindas. Os meninos também. Mas o Percy, deuses. Ele estava realmente sexy. Ele devia ter tomado banho a pouco tempo, o cabelo estava molhado com alguns fios caindo na testa e com o resto do mesmo bagunçado e meio arrepiado ao mesmo tempo, verdadeiramente sexy. Eu consegui sentir seu perfume - e olha que eu ainda estava dentro do carro e ele fora. - o cheiro amadeirado, suave e penetrante, mas com a mesma essência de maresia. Ele vestia uma calça jeans preta, uma blusa branca que ia até um pouco mais abaixo da sua cintura, com uma blusa xadrez vermelha - uma mistura de vermelho claro e escuro - aberta por cima da blusa branca. Ele calçava um vans azul. E o modo como estava com uma mão no bolso e outra segurando um telefone me enlouquecia. Ele ainda me mata.

A boate não era longe, nós chegamos lá rapidamente. Todos nós entramos e fomos para uma área VIP, coisa do Percy. Assim que entramos vi Stefan, ele me viu e sorriu, andando até mim:

– Como vai a loirinha mais bonita de Londres? - Ele disse com um sorriso de lado, eu gargalhei, afinal, eu sabia da história dele com a Margo, sabia que nunca nenhuma garota seria mais bonita que ela para ele. Eles haviam namorado por um ano, mas ele foi em uma festa após eles terem brigado feio, ele acabou bêbado descobriu que ela ficou com o Percy. Desde então eles não se falam mais, principalmente ele e o Percy, eles tiveram uma briga feia depois do ocorrido. E não, não fiquei com ele porque o Percy não gostava dele, fiquei sabendo disso tudo ontem.

– Vou bem e você, senhor Bulgari? - Eu disse sorrindo. Ele me puxou pela cintura e me deu um selinho.

– Bem melhor agora. - Então nós fomos nos sentar na mesa, pois não estavam tocando músicas boas para dançar.

Percy me olhava com uma cara, que parecia, de nojo. Ele disse que iria ficar com os primos e saiu, Rachel chamou ele e pediu para ele passar a noite com a gente, como nos velhos tempos e tudo que ele disse foi:

– Nos velhos tempos, nosso grupo era mais bem frequentado.- Então lançou um sorriso irônico na minha direção e de Stefan.

– Você não tem motivos para me odiar, aliás, você não pode me odiar para sempre.

– Paga pra ver, Stefan.

– Achei que eramos amigos. - Stefan disse irônico.

– E eu pensava que você tinha caráter. - Percy respondeu rude. Eu decidi intervir, eles já estavam próximos, se preparando para uma briga. Luke, Nico e Jason foram para o lado de Percy para afasta-lo. Thalia chegou no seu ouvido e disse algo, admito que fiquei incomodada.

– Já chega, Perseu. - Eu disse lhe mandando um olhar sério.

– Ninguém falou com você, loira. Não te deram educação, não? Se intrometa quando for chamada. - Ele disse com seu típico sorriso sarcástico.

– Pelo menos, eu não peguei a namorada do cara que eu chamava de amigo. - Sim, eu estava defendendo o Stefan. E sim, estava sendo sarcástica. Mas então ele gargalhou e eu fiquei sem entender.

– Foi isso que você contou para ela? Porque não diz a verdade, Stefan, hm? Porque não conta a história toda, que tal?

– Cala a boca, Jackson.

– Ele já me contou toda a história, Percy.

– Só não contou a verdade. Conta para ela, Tefinho, conta o porquê de você ter brigado com a Margo, conta do seu ciúmes idiota, conta da traição.

– Chega, Percy. Não vale a pena mais uma briga. Por nenhum dos motivos. - Margo chegou, acho que alguém a tinha chamado, porque Nina chegou ao seu lado, junto com Ian, Alasca e Lucas. Nina segurava o ante-braço de Percy e o puxando para trás.

– Como assim? - Eu disse, Stefan olhava fixamente e com ódio para Percy.

– Eles brigaram feio, porque o babaca ai estava com ciúmes de um amigo dela. Então eles falaram coisas não muito legais um pro outro, coisas que ele escondia e ela descobriu, aí ele saiu dirigindo feito um louco, foi para um festa de um garota que a Margo odeia e ficou com essa garota. Tiraram fotos e mandaram para ela e ele teve a cara de pau de negar tudo, eles ficaram um tempo sem se ver e se encontraram em uma festa, na qual ele estava pegando várias para a Margo ver, para provocar ela, então eu fui lá e a beijei. Fim. Não me confunda com o babaca do seu namoradinho, Chase. Eu sei o que é lealdade, mas e você, sabe?

Eu sabia que ele se referia ao acontecimento com Peter e nada nunca doeu tanto quanto ouvir aquilo dele, ver ele com outras não doeu tanto assim. Eu apenas o olhei, como quem diz "não fala isso".

– Eu vou acabar com você. - Stefan disse com os punhos cerrados e olhos estreitos, ele estava preparado para avançar no Percy.

– Aposto que não aguenta. - Stefan partiu para cima de Percy. Percy apenas desviou no soco dele se abaixando, se preparando para dar um soco na cara de Stefan, mas então eu impedi Stefan de voltar a avançar, pondo a mão em seu peito, enquanto Jason, Frank, Nico e Will o impediu de sair dali. Luke segurou Percy pelo braço com a ajuda de Lucas e Justin. Ian pos a mão em seu ombro, dizendo algo que não consegui ouvir. Até que Margo interviu, pondo a mão no peito do Percy, ela olhou- o nos olhos e disse:

– Para, por favor. Só vamos sair daqui. - Ele me lançou um último olhar, um último olhar a Stefan, então virou as costas e saiu.

Eles foram para um outro lado da área VIP, eles pareciam discutir com Percy, eu estava atenta aquilo, até que Rachel me tirou dos meus pensamentos.

– Desculpe, gente. Mas eu preciso ir falar com o Percy, preciso ver se ele se machucou. - Eu sabia que ela estava preocupada, era o melhor amigo dela e eu não queria admitir, mas estava preocupada, queria correr e ver como ele estava, ver se o murro ou a cotovelada o atingiu ou se o machucou. Mas tudo que eu fiz foi ficar parada, enquanto Luke seguia Rachel e ao seu lado, Will e Thalia.

– Me desculpe, Annabeth. Eu devia ter te dito a verdade, só me desculpe, por favor. Só que tem coisas que não devem ser contadas. - Eu conseguia ver em seus olhos que eles estava sendo sincero. Mas aquela fala ativou minha curiosidade.

– Devia mesmo, mas não se preocupe. Você está bem?- Ele assentiu.

Eu ergui meus olhos e encontrei os de Piper, ela sorriu como se dissesse para eu manter a calma, logo após olhei para Hazel que me olhava com compreensão e por fim Reyna, que me olhava como se dissesse "ele está bem". Eu apenas sorri. O local onde eu estava me permitia ver Percy abraçado a Margo, até que Thalia entrou em meu campo de visão, ela me lançou um olhar que eu soube o que ela queria dizer: "esqueça isso, tudo isso."

– Nós vamos sair daqui, vamos a um lugar que eles gostam de ir. Vamos embora. - Nós apenas a seguimos. Faltava apenas eu e Thalia para entrar no carro, então segurei seu pulso, ela se virou e disse:

– Não, ele não se machucou. Vamos lá, Annie.

O lugar em que estamos é chamado de Topo do Mundo, quer dizer, meus amigos chamam assim. É verdadeiramente alto e lindo, uma parte se parece uma campina, na outra já tem bancos e algumas estatuas, como uma praça. Todo mundo se espalhou, cada um se sentando em um lugar diferente. Na verdade, meio que ficou dois grupos, em um estava Nico, Reyna, Jason, Piper, Hazel, Frank, Leo, Calipso, Stefan e eu. No outro Rachel, Will, Nina, Ian, Alasca, Lucas, Margo, Thalia e Luke. Percy estava mais afastado, sentado na ponta da colina, olhando toda a cidade, ele não me ouviria, mas fui até lá de qualquer jeito.

– Acho que a gente precisa conversar.

– Não tenho nada para falar com você.

– Percy, olha pra mim. - Ele não olhou. - Por favor. - Ele se virou, seu cabelo balançava por causa do vento que batia.

– Me deixa te explicar o que aconteceu aquela noite...

– Você beijou o Peter, o que se tem pra explicar nisso? - ele disse de forma ríspida.

– Só cala a boca e me escuta, eu não beijei ele, eu jamais ficaria com alguém estando com você, porque eu estava com você, eu não precisava de nada nem de ninguém. Mas ai, ele me beijou, ele me agarrou, ele disse que precisava daquilo, que precisava de mim, mas eu não dava a minima, porque eu estava perdendo você. Eu nunca, nunca beijei ele, ele me beijou a força, você viu o tapa que dei na cara dele. Eu jamais faria uma coisa dessas com você.

– Durante os primeiros quatro meses, eu nem sequer vivi. Eu comecei a ficar com uma garota, mas parecia errado. - ele soltou um sorriso sarcástico e sem humor. - Nos seis primeiros meses tudo que eu fiz foi ficar acordado a noite toda e pensar sobre nós, ficar acordado como nos ficávamos durante cada discussão, durante cada golpe que trocávamos em uma briga, e com todos aqueles sentimentos me rondando, com tudo que eu estava sentindo, eu me recusava a sentir sua falta. Todas as noites eu me lembrava de tudo, tudo que ouve de bom e de ruim, de cada um dos nossos amigos preocupados com nossas brigas, com os gritos e suspiros que davamos. No final de cada noite eu sempre chegava a mesma conclusão, eu nunca poderia sentir nada mais que ódio ou amor por você, mas esses sentimentos andam tão próximos, segue a mesma linha, sempre lado a lado. Porém, odiar é mais fácil que amar e somente quando eu paro para pensar sobre isso, sobre nós, sobre tudo - ele parou, se virou para mim novamente e continuou - eu odeio tudo sobre você.

– Eu não vou considerar esse "eu odeio tudo sobre você", porque até quando estávamos juntos nós nos odiávamos. - eu sustentava seu olhar, que era tão profundo e ao mesmo tempo tão pesado - Durante os seis primeiros meses eu nunca senti tanta culpa, tanta dor na minha vida. Porque eu pensava sobre tudo, e eu sei, eu tive inúmeros erros com você, com o nosso namoro, eu nunca demonstrava nada, eu sempre mantia meu orgulho. Os seis primeiros meses foram o inferno, pois eu sentia falta dos seus olhos verdes, do modo como me beija a noite, eu sentia falta de como nós dormiamos, sem você a cama ficava tão grande e gelada. É como um verão sem sol, eu sentia falta de como nos respiravamos. Mas eu nunca te disse o que deveria ter dito. Não, eu nunca te disse, eu me segurei. E agora eu sinto saudades de tudo em você, eu não acredito que eu ainda te quero, mesmo depois de tudo que nos passamos, sinto falta de tudo em você. - Eu disse tudo, segurando cada lágrima que tentava cair.

– Depois de tudo que nos passamos, eu acreditei que quando estivéssemos juntos, seria diferente, mas não, seu orgulho e seu egoísmo nunca permitiram isso. Eu não acredito em como eu pude te querer tanto. Eu não acredito que eu ainda sou capaz de ver os seus olhos, algumas vezes, quando fecho os meus. Você tornou tudo tão complicado, você deixou complicado de ver o que você queria. - ele balançava a cabeça negativamente enquanto falava, como se ainda não acreditasse.

– Eu sei que eu errei, mas sem você eu não sei aonde eu pertenço, porque quando você não está a minha volta é a mesma coisa que estar sozinha comigo mesma. Eu nunca devia ter te dado motivos para ir embora, eu nunca devia ter ido embora, nunca devia ter permitido que você fosse embora. Mas eu não posso voltar no passado e mudar tudo, porque se eu pudesse, eu mudaria, tudo que posso fazer é sentar e esperar que você me perdoe, tudo que eu posso fazer é tentar te ter de novo. - Ele me olhava nos olhos e eu estava prestes a chorar, mas ele sorriu, deu um lindo, porém triste, sorriso de canto e disse:

– Quanto ao assunto do Peter, eu acredito e perdoo você, mas... Eu queria poder perdoar você por todo o resto, queria que fosse fácil fazer isso e eu quero acreditar em cada palavra que você diz, mas eu não posso, eu não consigo. Eu construí um muro bem alto ao redor do meu coração, um muro que nem eu mesmo consigo destruir tão fácil, não vão ser suas palavras que irá levar esse muro a baixo, você precisará de muito mais que isso. Eu não me sinto preparado para ser ao menos seu amigo de novo, porque eu sei, eu sempre irei brigar com você. Eu acho que naquela noite tudo se foi. Acabou naquela noite. Eu sinto muito, Annabeth.- Eu desviei o olhar, senão eu choraria, eu não estava mais conseguindo aguentar segurar nenhuma lágrima. Então ele se levantou, deu um beijo no topo da minha cabeça, murmurou um "me desculpe" quase não auditivo e começou a se afastar, mas então eu sorri virando a cabeça em sua direção e falando em uma altura que ele pudesse ouvir:

– O que eu ganho se fizer você apaixonar por mim de novo, Cabeça de Alga? - Ele se virou com um sorriso lindo e completamente sincero e disse:

– Consiga fazer meu ódio por você ir embora, Chase, ai nós pensamos no resto.

– Vai conseguir resistir aos meus magníficos encantos e me tratar como uma pessoa que você odeia? - eu disse sorrindo desafiadoramente. Ele gargalhou e disse:

– Tentarei. - Ele me lançou um piscadela e voltou a andar.

–Ainda não respondeu, o que eu ganho se fizer você se apaixonar por mim de novo? - Ele parou, virou o tronco em minha direção e respondeu:

– O meu coração, o que acha?

– Prepare- se para se apaixonar de novo, Cabeça de Alga. - Disse sorrindo. Ele voltou a andar e pela sua voz dava para ver que estava sorrindo quando disse:

– Tentarei continuar a te odiar com todas as fibras do meu corpo e farei o máximo para você me odiar também. Boa sorte, Sabidinha. - Dessa vez ele disse isso enquanto continuava a andar, mas eu sabia que ele estava me dando a chance de tentar, por mais difícil, por mais que ele fosse resistir e não admitir, ele estava me dando a chance, mas eu também sei que posso esperar inúmeras brigas e o pior dele, mas eu não me importava.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal, o que estão achando? Vocês não comentam, ai fica difícil continuar com a fic.
Comentários ou recomendações??
Até a próxima.
Beijos, Annie.