How to be a heartbreaker escrita por Annie Chase


Capítulo 21
Capítulo 21: Halo


Notas iniciais do capítulo

Então, gente, me desculpem, mas estava em uma semana apertada de provas e não postei.
Enfim, era para ter postado ontem, porém eu acabei apagando o capítulo e tive que reescrevê-lo inteiro.
Então, me desculpem.



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"Everywhere I'm looking now, I'm surrounded by your embrace. Baby, I can see your halo. You know you're my saving grace."

Pov's Percy

Raios de sol atravessavam as frestas da cortina, indo direto de encontro com o meu rosto. Abri os olhos com calma, para não serem afetados com a luz. Tentei sentar na maca do hospital, o que devo dizer, foi uma atitude idiota, porque eu senti uma grande pontada na ponta da costela.

– Não te aconselharia a tentar sentar.

Eu olhei para a poltrona no canto do quarto, Layla se encontrava sentada lá.

Eu queria estar bravo, brigar e gritar com ela, mas vê-la ali, viva... Era impossível ficar com raiva, então lhe lancei um sorriso, o qual foi retribuído.

– Quando vai me contar o que aconteceu?

– Hoje, assim que sair do hospital, vou contar a todos.

Eu assenti. Ela jogou o cabelo para o lado direito, enquanto se aproximava.

– Eu gosto quando joga o cabelo assim. - Eu disse.

– Você gosta de tudo em mim.

– Não se iluda.

Ela se sentou na cama, ao meu lado e passou a mão pelo meu rosto.

– Minha irmã hein?

– Eu estava machucado. Sem Annabeth, sem você e os olhos da Margo, a risada dela é tão... você. Eu via o seus olhos todas vez que olhava para ela. Ela precisava de alguém depois que eu contei toda a verdade, sobre tudo, sobre o Stefan. E eu... bem, eu precisava me iludir que tudo estava bem. Fingir que perder você não tinha sido nada, sendo que eu fiquei perdido, porque era você quem estava me colocando no caminho.

– Isso foi bem gay, mas foi fofo também.

Eu sorri, a mesma Layla de sempre.

– Fiquei com medo de perder você, no acidente. - Ela disse ao encarar meus olhos.

– Eu senti sua falta.

Ela acariciou o meu rosto e se aproximou, selando nossos lábios em um selinho, que eu simplesmente não resisti e aprofundei o beijo. Eu sentia falta dela, eu tinha me apaixonado por ela. Seu toque era gentil e me causa cocegas, seu perfume não tão doce próximo a mim de novo. Mas os lábios dela, o beijo dela... não era nada perto da Annabeth.

– Senti falta disso também.

Eu brinquei, ela gargalhou e me deu mais um selinho no momento em que a porta foi aberta. Mostrando Thalia e Annabeth, a mesma tinha uma expressão irônica no rosto. Ela provavelmente viu o selinho.

– Atrapalhamos? - Perguntou a loira.

– A Thalia não, mas você sempre atrapalha. - Respondeu Layla.

– Desculpe, pode repetir? Só ouvi alguns latidos. - Retrucou Annabeth.

Eu e Thalia nos segurávamos para não gargalhar.

– Jackson, ótimas notícias, você acabou de receber alta. - Disse o doutor Parker, entrando na sala.

– Graças aos bons deuses, já estava pensando que morreria aqui.

– Não seja tão exagerado, meu filho. - Disse minha mãe sorrindo, atrás do doutor. O mesmo sorriu e disse que eu precisava de acompanhamento de alguém por uma semana, receitou os remédios e cuidados e saiu.

Meu pai estava ali, ele me lançou uma piscadela, eu sorri.

– Só passei para ver como estava. - Disse meu pai. - Estava com saudades.

– Também senti sua falta, pai. - Ele bagunçou meu cabelos e me deu um beijo na testa.

– Cuidado, tudo bem?

– Vou ter.

No batente da porta, Atena estava encostada. Olhei dela para o meu pai e sorri, a mesma se limitou a revirar os olhos.

– Não vou dizer "eu sempre soube", porque bem, você é minha ex-sogra e a deusa da sabedoria, então tenho medo de você. Porque, afinal de contas, você é assustadora das duas formas.

Ela riu, acompanhada de todos na sala.

– Posso falar com você um momento?

– Eu sei que você me ama, todos sabem.

– Menos, Percy.

– Gente, você podem nos dar um minuto? - Ele assentiram e foram saindo.

– Atena, não mate meu filho. - Disse meu pai.

– Vou tentar. - Ele saiu e ela se virou para mim.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Não. Eu quero falar sobre você e a Annabeth.

– Ahn, Atena...

– Percy, você ama a minha filha e ela te ama bem mais do que eu gostaria. Não se prive de ter ela por causa de uma tentativa falha de protegê-la, ela fica bem mais segura com você. Não a prive de estar com você e amar você. Não se prive de ter aquele futuro que vocês sempre desejaram.

Eu assenti.

– Pense no assunto, okay?

– Eu irei.

Ela me lançou um sorriso fraco e saiu pela porta.

Eu fiquei alguns segundos pensando sobre aquilo... Era tudo que eu queria.

– Posso entrar? - Annabeth perguntou na porta. Eu sorri.

– Claro.

Ela encarava as marcas do acidente, devido ao fato de estar sem minha camisa.

– Não ligue para isso. - Ela deu um sorriso triste e culpado.

– Como vai a memória?

– Sim, eu me lembro que você disse que me odeia.

– Eu não odeio você.

– Jura? Não foi isso que você me disse aquela noite.

Os olhos dela estavam lacrimejados, eu me arrependi de ter falado naquele tom tão duro, então brinquei com ela.

– Que foi, Chase? Sua consciência não está te deixando dormir? - Perguntei com um sorriso brincalhão.

– Você não estar na minha cama não me deixa dormir.

– Annabeth...

– Eu sei, você não quer. Tudo bem. Vou te deixar ir, de verdade.

Eu sabia que ela falava sério. Ela me propôs isso quando me pediu para ficar, ela disse que faria o que eu quisesse.

Eu havia recuperado minha memória por completo noite passada, mas eu precisava saber se ela realmente estava me deixando ir. Então antes dela sair pela porta, eu a chamei.

– Annabeth?

Ela se virou, eu conseguia ver as olheiras em seus olhos, das suas noites mal dormidas aqui no hospital, deixando seu lindo rosto cansado.

– Diga.

– Naquela noite, na ponte, ao norte do Central Park, no início do inverno. Começou a chover, você perguntou se nós não iriamos embora, eu perguntei se você queria... O que você respondeu?

Ela mordeu os lábios, aquela era seu tipico gesto de atitude sobre quando estava indecisa. Ela, provavelmente, pensava no que deveria falar e se deveria falar. Ela estava se lembrando daquela noite.

Flashback On

Trovões soavam fortes no céu escuro daquela noite.

– Zeus está irritado hoje. Vai chover. - Disse Annabeth ao encarar o céu.

Não deu tempo de responder, a chuva cai sobre nós. Eu olhei para ela e sorri, ela sorriu de volta.

– Não vamos embora? Está chovendo.

– Você quer ir?

Ela passou um braço pelo meu pescoço, me puxando para perto, enquanto sua outra mão acariciava meu rosto e eu a abraçava pela cintura.

– Eu quero estar em qualquer lugar, contanto que você esteja comigo.

Eu sorri e a peguei pela mão, girando-a. Ela gargalhou.

– Você quer dançar na chuva?

– Eu te devo algumas danças.

– Na chuva?

– Não imagino momento melhor.

Eu a girei mais uma vez, trazendo-a para mim e ficamos balançando de um lado para o outro.

– Eu não posso perder você. Nunca.

– Você não vai. - Ela disse. - Prometa-me que isso é para sempre.

– Eu prometo.

Ela sorriu para mim. Aquele sorriso capaz de por fim em uma guerra e ser a cura para o câncer.

Eu a puxei para mais perto e a beijei. Ali, na ponte, no inverno, no frio, na chuva.

Flashback Off

– Eu disse que queria ir embora, que estava cansada e estava chovendo.

– E depois?

– Nós entramos no carro e você me levou para casa.

Ela mentiu. Ela realmente estava disposta a me deixar ir.

– Obrigada.

Ela assentiu e saiu, parecendo abalada.

Eu não queria perder ela, mas também não queria coloca-la na confusão.

...

Minha mãe me deixou no meu apartamento, segundo ela, eu não me aproximaria de carros por um tempo.

– Qualquer coisa me ligue, okay, meu amor?

– Tudo bem, mãe.

– Não esqueça de tomar os remédios e nem preciso dizer que você precisa de acompanhamento por uma semana, passarei aqui todos os dias, apesar que tenho certeza que haverá uma grande briga entre Layla e Annabeth sobre quem será sua enfermeira por uma semana.

Nós gargalhamos.

– Com certeza. Tchau, mãe.

– Cuidado, tá bom?

Ela me deu um beijo e um abraço e se foi.

Assim que entrei no meu apartamento, estavam todos lá, preparados para me darem o sermão. Rachel estava com uma cara assassina, que me faria correr, se eu não tivesse lembrado que estava todo ferrado

Ela vinha em minha direção.

– Você pode deixar para me matar quando eu tiver condições de correr?

Ela revirou os olhos e me abraçou forte.

– Fique preocupada.

– Relaxa, te atentarei por um bom tempo ainda.

Ela sorriu. Eu conversei com todos ali e também ouvi tudo que eles tinham a dizer.

Piper, Jason, Leo e Calipso tiveram que ir embora, assim que eles passaram pela porta, eu me virei para o lado, para Layla.

– Pode começar a explicar essa história de ainda estar viva.

– Com certeza, Layla. Nem pense em fugir do assunto. - Concordou Thalia.

– Thalia...

– Sem desculpas, Layla. - Disse Rachel firme.

A morena suspirou e revirou os olhos.

– Quando Stefan me jogou do penhasco...

– Stefan foi quem tentou te matar? - Perguntou Annabeth surpresa.

– Não, querida, o Papa Bento XVI.

– Idiota.

– Loira azeda.

– Layla! - Eu a repreendi.

– Ah, desculpe! Esqueci que não posso falar do épico amor de Perseu Jackson.

– Que bom que você sabe que é épico. Não é tão burra quanto parece.

– Annabeth, chega.- Disse Luke, a loira se limitou a revirar os olhos.

– Enfim, com a queda já era para mim ter morrido, porém, naquela região, morram alguns japoneses no subterrâneo. Um deles me achou sangrando e desmaiada no chão. Ele me levou para sua caverna e me tratou, me deu ervas e chás para que curasse os machucados e todo o resto do meu corpo. Eu fiquei em coma por dois meses e quando acordei, eu estava extremamente fraca ainda e eu sabia que se eu voltasse naquele estado, os Bulgari não mediriam esforços para me matar. Então eu fiquei e o mesmo japonês que me acolheu me ensinou a lutar, um jeito diferente do da Interpol...

– Interpol? - Annabeth questionou assustada.

– Essa coisa não sabe da história, não?

– Não, Lay. - Eu respondi. Annabeth me olhou acusadora. - Mas ela vai saber, tenho certeza que ela já juntou algumas peças.

– É verdade, você não mentiu quando disse que ela extremamente esperta. - Disse Margo.

– Você não viu nada. - Eu sorri para Margo, Annabeth estava corada.

– Okay, posso voltar a história ou vai continuar citando qualidades do projeto de Madonna aqui?

Nico não aguentou e riu, Reyna deu-lhe uma cotovelada e Annabeth lhe lançou um olhar mortal.

– Continue, Lay. - Disse Luke.

– Eu treinei por um ano, além da luta, ele me ensinou sobre ervas e tratamentos com as mesmas, então quando eu achei que estava pronta, eu voltei...

– Quem é esse cara? - Perguntei. Layla não me olhou nos olhos e mordeu os lábios, ela estava apreensiva sobre falar. - Layla.

– Ele faz parte daquele clã japonês, que faz a própria justiça. E por favor, não estou afim de escutar vocês falarem o quanto foi perigoso e imaturo confiar em alguém daquele clã de assassinos. - Ela disse irritada e entendiada, ao mesmo tempo.

– Não vou xingar, o que importa é que você está viva e bem. Só isso.

Ela sorriu para mim e abraçou meu tronco, eu lhe dei um beijo no topo da cabeça.

– Eu senti falta de vocês.

– Nós também sentimos. - Alasca disse sorrindo para a amiga.

De repente se fez silêncio, todos se entreolharam e então olharam para mim e eu sabia o que aquilo queria dizer.

– Não, não mesmo.

– Percy, está na hora dela saber. - Disse Ian.

– Não vou contar sozinho, desistam.

– Você é a melhor pessoa pra isso, Pers. - Disse Reyna.

– É, sou obrigada a concordar, você vai ser o melhor para contar tudo para Barbie, moreno. - Disse Layla, apontando com a cabeça para Annabeth, que revirou os olhos com o "barbie".

– Olha quem fala, o projeto de paniquete. - Disse a loira, e eu não consegui segurar uma risada rápida.

– Tudo bem. - Eu disse.

Eu me levantei do sofá e caminhei até a cadeira da cozinha, pegando minha jaqueta e vestido sobre a camisa vinho fina de algodão, de frio.

– Vamos dar um volta? - Perguntei a Annabeth, a mesma que estava com uma calça jeans escura e botas de cano alto pretas, com uma regata preta e jaqueta de couro também preta, se levantou e assentiu.

– Vejo vocês mais tarde.

– A verdade completa, Percy. - Frizou Will.

– Eu já entendi, imbecil.

Me virei para Annabeth enquanto caminhávamos para o elevador, a olhei de cima a baixo.

– Está tentando imitar a Thalia?

Ela gargalhou e aquilo fez meu dia ganhar mais cor.

– Não.

– Que bom, porque eu não iria gostar.

– E você tem que gostar?

– Obviamente, sim. Puff.

Quando chegamos a garagem eu joguei as chaves da Ferrari preta para Annabeth. Ela me olhou surpresa.

Você não quer dirigir?

– Estou proibido de dirigir um carro por um bom tempo, ordem materna.

– Bebê da mamãe.

Eu ri.

– Para onde iremos?

Eu passei o endereço e ela seguia minhas instruções, no meio do caminho ela abriu a boca para dizer algo e desistiu, fez o ato mais umas duas vezes.

– Beleza, diz logo o que quer dizer.

– Você ama a Layla?

– Como eu te amo? Não. Com ela é paixão, você é amor. - Ela tentava segurar o sorriso, então eu ri do gesto bobo. - Pode sorrir, eu sei que você quer.

Ela apenas me mostrou língua, eu ri mais ainda e lhe dei um beijo na bochecha, o que fez a mesma corar.

– Perseu Jackson sendo fofo comigo? Deuses, ele morreu e alguém tomou seu corpo.

– Você me enlouquece.

– Fico honrada em saber.

– Eu sei que te enlouqueço também.

– Enlouquecer foi eufemismo do ano.

Eu ri e neguei com a cabeça.

– Chegamos. Vamos.

Era um galpão velho, eu abri com a chave que apenas eu e os outros tínhamos e entrei, pegando a mão de Annabeth por conta do escuro.

Então eu parei em frente uma porta que tinha um código de segurança, eu coloquei a senha e dei um passo a dentro, quando a mesma se abriu.

– Vem, mas cuidado, tem um degrau de escada.

– Tudo bem.

Então eu acendi as luzes revelando paredes com espadas e arcos- flechas pendurados, um espaço para de fazer exercícios e musculação, alguns sacos de boxe, daqueles de se da murro. Um área onde se podia lutar, uma mesa, com cerca de cinco telas de computadores, com câmeras e dados informativos e muitas outras coisas que só o Nico entende.

Havia também alguns armários, onde se guardava armas. Frascos com amostras de sangue ou coisas do gênero, era como uma base de trinamento da Interpol só que mais simples e secreta, somente eu, Layla, Nico, Reyna, Rachel, Will, Alasca, Lucas e Ian sabem e agora, claro, Annabeth.

– O que é tudo isso?

– Bem, hora de acabar com os segredos. Vem, vamos descer.

Annabeth encarava o local surpresa e admirada, como se não acreditasse.

Eu me encostei na mesma e cruzei os braços, vendo a mesma dar uma volta completa em seu próprio eixo.

– Uau.

Eu ri da sua cara e ela me mostrou o dedo do meio.

– Mal educada.

– Pode começar a contar. E comece pelo colar.

– É por ele que iria começar, é o começo de tudo.

Ela se aproximou e se encostou do meu lado, eu apenas parei e fiquei encarando-a. A mesma me ergueu uma sobrancelha.

– Esse colar é um jóia exclusiva da família real, tem alguns séculos, foi passado de geração por geração. Essa jóia sempre foi muito cobiçada por toda Europa, há cerca de uns 50 anos, ouve uma tentativa de roubo no castelo real, com o intuito de obter o colar. Apenas uma dupla, dois caras contra uma equipe, uma ótima equipe, a de honra da família nobre, mas a dupla, até onde eu sei, tinham belas habilidades.

– Quem era essa equipe e essa dupla?

– A dupla era Markus Bulgari e Vincent Miller.

– Espera, o pai do Stefan e do Jake?

– Exatamente.

– Meus deuses.

– Já a equipe era Richard Jackson, Charles Chase, Jonas Dare, Cameron Campbell. - Ela me olhava surpresa e me incentivou a continuar. - Mas eles não eram apenas guardas de honra da rainha, eles eram agentes da Interpol. Eles formavam uma equipe incrível. O Dare cuidava da criação de armamentos, ele criava armas realmente poderosas, potentes como uma bomba nuclear, meu avô e o seu costumavam dar ideias sobre armas. Porém, os dois cuidavam mais de estratégias, planos, caça a criminosos, passagens secretas que serviriam como refúgio de guerra, enquanto o Campbell cuidava mais da parte da computação, dados, informações, invasões de sistemas e blá blá blá.

Annabeth riu do meu final.

– Mas enfim, eles queriam essa jóia, porém os outros não deixaram. Nossos avôs quase o mandaram para prisão, mas eles fugiram, eles quase se mataram e foi ai que a rivalidade começou. Meu avô descobriu que o Bulgari fazia parte da máfia Russa e o Miller da Italiana. Como recompensa, a rainha deu uma jóia dela a cada um dos quatro, o colar ficou com meu avô. O mesmo deu a minha avô, porque ele tinha dito que daria a mulher que amasse de verdade. Então minha avó impôs isso, a jóia seria passada quando um filho ou um neto se apaixonasse de verdade e ela achasse que fosse um amor sincero, forte e épico.

Annabeth me olhava atentamente.

– Minha avó sempre foi encantada pela Layla, pela força que ela sempre transmitiu, por ser determinada e gentil, então minha avó disse que a história do colar combinava com Layla e a deu, porém, quando ela "morreu", antes, ela me entregou e então no dia do baile, minha avó disse que eu poderia dar para você, porque ela nunca havia visto um sentimento tão forte e verdadeiro como o nosso. Minha avó e toda minha família é apaixonada com você, resumidamente.

– Eu adoro todos eles. - Ela sorriu.

– Então, o Bulgari e o Miller decidiram fazer um acordo entre as máfias, se tornando assim um dos grupos mais perigosos e poderosos do mundo, grandes traficantes. Porém, eles queriam os armamentos criados pelo avô da Rach, porque eram de alta tecnologia e eles queriam iniciar uma guerra, porque queriam poder homogêneo do mundo, queriam as informações de localidades que apenas nossos avós tinham, como um ponto que dá acesso a praticamente todo lugar do globo e as prisões em ilhas desconhecidas, que guardam os maiores criminosos, porque eles queriam o melhor exército. Porém, acho que eles desistiram disso e se dedicaram completamente ao tráfico, tornando-se os maiores e mais poderosos traficantes.

– Acho que levarei um tempo para absorver tudo. - A loira respondeu em choque.

– Quando eu descobri tudo também me senti assim.

– Como você descobriu? - Ela perguntou, deixando a curiosidade transparecer em seu olhar.

– Uma ou duas semanas depois do nosso término, meu tio Liam, foi visitar a mim e minha mãe e eu ouvi uma conversa dos dois, em que meu tio falava que as coisas estavam sérias com as máfias e ele quase foi morto. Desde aquele dia fiquei com isso na cabeça, a procura de respostas.

– E como as conseguiu?

– Dois ou três meses após minha chegada em Londres, eu conheci Layla, ela e minha prima são melhores amigas e ela tinha as respostas de tudo, ela sabia disso tudo desde os 15 anos. Então ela disse que me ajudaria e daria respostas as minhas perguntas e ela fez isso. Contou da Interpol e de tudo. Então eu comecei a procurar algo na casa dos meus avôs que explicasse, então vi Liam entrando em uma passagem secreta, eu vi a senha que ele colocou na falsa parede e quando não tinha ninguém em casa, eu entrei e olhei tudo, cada papel, cada arma ou notícia, os computadores, tudo.

– Passagem secreta? Isso é coisa da sua avó, ser arquiteta tem suas vantagens. - Eu sorri para ela e assenti.

– Eu tirei xerox dos papéis que informavam sobre os Bulgari e os Millers e foi nesse dia que eu descobri que o Stefan estava envolvido em tudo, nós eramos amigos na época. Então contei tudo para Layla e ela disse que sabia, mas como Stefan namorava a irmã dela, começamos a ir mais a fundo e descobrimos um plano, que era... O Stefan usaria a Margo para conseguir as coisas que o pai queria e então ele... "Matou" a Layla e o ódio só aumentou, porque desde que descobri tudo, eu simplesmente... parei, me afastei. Então quando Layla se foi contei toda a verdade a Margo e esse é o real motivo do término deles. O Stefan cuida de alguns pontos de tráfico pro pai e a Margo não gosta dessas coisas. Sem contar que o cara é um babaca.

– Então eu entrei para Interpol, formando uma dupla com Layla, mas um dia no pentágono, encontrei Thalia e Luke e ele me disse que queria fazer parte daquilo e eu nem sequer sabia que ele estava lá, então eu chamei eles para fazerem parte da minha equipe e de Layla e eles aceitaram, com tempo contei para o Nico e ele entrou, então a Reyna e a Rachel descobriram, contaram para o Will, Alasca, Lucas e Ian e eles também entraram e a gente formou a melhor equipe de jovens agentes da Interpol.

– Eu não acredito nisso... Eu... Eu estou namorando o filho de um assassino psicótico! Meu namorado é um mini traficante. Como você pode me deixar fazer isso, Percy? E você e todos os outros nunca me contaram nada... - Tinha um certo medo em sua voz.

– Escuta, eu sempre te avisei que ele era perigoso, mas te contar antes poderia te por em um risco maior e eu não poderia fazer isso. Mas quando ele se aproximou de você, eu pensei que fosse com as mesmas intenções que foi com a Margo, por isso briguei tanto com você por causa dele.

– Foi ele que tentou te matar? - Ela perguntou, sua voz era medo, repulsa, dor, culpa. Era uma mistura. Ela queria uma resposta negativa. A loira estava assustada por descobrir a verdade sobre o namorado.

– Foi.

– Meus deuses, meus deuses! Eu não acredito nisso, eu vou terminar isso. Deuses! Você sabia disso e não me falou, você deixou lá, você... nem sequer tentou me proteger, como sempre fez. - Sua voz era engasgada e acusatória.

Talvez ela estivesse me odiando agora.

– Você realmente acha que não, Annabeth? Eu sou o maior alvo dos Bulgari, agora me diz, se eu tivesse te mantida perto desde o começo, o que você acha que teria acontecido? Ele teria te usado pra mim atingir e a sua vida, Annabeth, é a única coisa que eu não ponho em jogo, por mais que me custe a minha felicidade.

Ela chorava nesse momento, acho que era mais por raiva.

– Você não foi embora pelo beijo que o Peter me deu, não é? Não foi por mim. Foi para descobrir sobre isso tudo. Eu me senti culpada, sentia a dor, enquanto você estava aqui, transando com a magnífica Layla Campbell. - Ela soltou um risada sem humor e irônica.

– Não, a maior porcentagem foi por você, mas também teve esse assunto. E quanto a Layla... É complicado.

Ela passou as mãos pelos cabelos, levando-os para trás e andando de um lado para o outro.

– Me escuta, meu amor, eu sempre vou querer você. E eu sinto muito, eu me odeio por todas as vezes que te machuquei desde que chegou aqui, mas entenda, se eu não te fizesse me odiar, te deixar distante... você seria o alvo, e você sempre vai ser a minha maior fraqueza. Eu queria você desde o momento que te vi no ano novo, mas eu não podia, porque o Bulgari já havia ameaçado fazer algo com você e eu não podia te colocar em risco, a sua vida em risco, mesmo que me machucasse te machucar, te afastar.

– Você tem ideia do quanto eu sofri durante esse tempo? Vendo você com todas as outras garotas? Acabando comigo todos os dias? E você nem sequer me contou o real motivo, você nem sequer tentou, uma única vez.

Ela começou a se afastar, mas a puxei pela mão.

– Na nossa última noite, eu ia tentar, eu ia falar com você. Mas Stefan disse que se eu tentasse algo com você, ele te mataria ou melhor, o pai dele mataria, ele disse que você era dele e que você estava apaixonada por ele, havia dito a ele que o amava... e eu simplesmente não podia... Então eu só pedi uma última noite.

– Eu nunca disse que amava o Stefan, não antes daquela noite. Eu nunca quis uma última noite. Eu sempre quis você e só você e é tudo que eu sempre vou querer. Você acha que me protege me afastando, mas está errado, só fica mais difícil de me deixar em segurança. E agora não posso terminar essa droga de namoro porque aquele psicótico pode fazer algo com você, ou aquele pai maníaco dele querendo um colar por puro orgulho ferido! - Annabeth já gritava, a raiva dela era palpável, as lágrimas eram um bom exemplo.

Eu me aproximei, limpando as lágrimas do seu rosto.

– Não chora. Eu não vou me afastar. Eu não posso ficar com você oficialmente agora, claro. Mas eu estou aqui e não pretendo sair.

– Você está errado. Agora eu quero que você se afaste, não vou permitir que nada te aconteça por minha causa.

– Annie, eu só estou tentando te proteger.

– Acho que você sabe que eu não sou tão frágil assim, Perseu. Eu posso me cuidar.

– Você vai realmente me deixar ir? Você disse que eu escolheria. Eu escutei, Annabeth. Palavra por palavra. Eu voltei por você, então fique por mim.

Ela engoliu em seco e começou a andar em direção as escadas, subindo-as em seguida.

– Annabeth!

– Não quero me machucar, Percy. Não dessa vez e não quero que se machuque. Você gosta da Layla, fique com ela. Não quero ser machucada, mais uma vez.

Ela saiu pela porta e eu corri atrás dela.

Ela estava atravessando a rua, indo em direção ao carro, com passos apressados, devido as gotas de chuva que caia.

– Você mentiu para mim!

Ela se virou e me encarou.

– No hospital, você disse que queria ir, queria ir embora naquela noite. Mas naquela noite, nós dançamos na chuva, você disse que queria estar em qualquer lugar contanto que estivesse comigo. Eu te prometi que seria para sempre.

– E não foi. Você tem a Layla, fique com ela.

– O seu problema é a Layla, não é? Eu não vou dizer que não sinto nada por ela, não vou mentir pra você. E eu preciso de tempo, pra abrir mão dela e para as coisas acalmarem, para assim eu poder ficar com você, apenas. Para que todos saibam. Mas no momento, tudo que eu posso te oferecer é permanecer aqui, é estar com você e com ela ao mesmo tempo, assim como você terá que fazer com Stefan, senão, ele vai saber que te contei e ainda não estou recuperado do acidente para sofrer outro.

O céu estava nublado, gotas grossas de chuva já caiam em mais quantidade agora e ela continuava a sustentar o meu olhar.

Ela negou com a cabeça, voltando a andar.

Pov's Annabeth

A chuva já cai normalmente agora, deixando de ser somente pingos e caindo em grande quantidade e força.

Percy me pedia pra ficar, mas eu não podia deixa-lo em risco, assim, como também não suportaria dividi-lo com a Layla. Eu morreria de ciúmes todos os dias.

Mas eu não podia perde-lo.

Podia?

– Por que você quer tanto isso agora, Percy?

– Porque somos eu e você e todas as pessoas, com nada a fazer, nada a perder. Somos eu e você, e todas as pessoas e... Eu não sei porque não consigo tirar meus olhos de você.

A quem eu queria enganar? Eu não queria embora, ele já havia me conseguido desde que pediu pra ficar, pela primeira vez.

Eu só queria correr para ele, mas não podia ser tão egoísta com ele, por ele em perigo, permitir que o Stefan faça algo caso eu fiquei com Percy.

Ele estava me pedindo pra ficar, pela primeira vez desde janeiro. E isso era tudo que eu queria ouvir desde o início. Eu estava dividida, então continuava a ir em direção ao carro e então ele gritou.

– Você quer ir? - Ele fez aquela pergunta, na chuva, como quando tínhamos 17 anos, novamente. Eu me virei, eu chorava, chorava por pensar que realmente teria que deixa-lo, era o certo a se fazer.

– Você quer? Porque tudo que eu quero é estar com você, por mais que isso não possa ser mostrado para todos ainda, mas contanto que nós fiquemos juntos, eu estou feliz.

E então, em um momento de extrema coragem, eu me virei na direção dele novamente e caminhei até ele. Próxima o suficiente para sentir sua respiração descompensada.

Nós nos olhávamos nos olhos, sem desviar em momento algum. Verde no cinza. Cinza no verde. Como sempre foi e sempre terá de ser.

– Eu não posso perder você.

Ele sorriu, aquele sorriso que me ganha de todas as formas, que faz tudo em volta ficar mais bonito, mais vivo. O sorriso que ele dava apenas para mim. O sorriso que poderia salvar uma vida. A minha vida.

Então ele me beijou. Seus lábios se encaixaram com extrema sincronia nos meus. Suas mãos no meu rosto, enquanto uma mão minha se encontrava em seus cabelos e a outra no seu rosto. A gente não travava uma batalha por espaço agora, era um beijo calma, apaixonado, carinhoso. Nossas línguas dançavam de forma mais sincronizada possível, era o encaixe perfeito.

Nós nos separamos quando o ar se fez necessário, ele colou nossas testas, enquanto eu acariciava seu pescoço antes de dizer.

– Apenas faça isso ser para sempre.

– Eu irei. Eu prometo.

Eu sorri e ele retribuiu.

– Podemos esquecer o momento de adolescentes de 17 anos agora e irmos? Está chovendo.

– Tudo bem. Eu acabei de sair do hospital, não posso pegar resfriado.

– Deuses! É mesmo! Vamos embora, Percy.

Eu havia me virado, mas ele me puxou pela mão, fazendo nossos corpos se chocarem.

– Talvez depois de mais um beijo.

E ele me beijou, eu apenas sorria durante o beijo.

– Se... Você... For... Pro.. Carro... agora... Posso... Pensar... Em te dar... Mais... Um. - Disse dando selinhos nele. O mesmo assentiu, me puxando em direção ao carro.

– Eu vou dirigir. - Ele disse, decidido.

– Desiste, pro bando de passageiro. Rápido. - O mesmo de limitou a bufar. - Se você pegar um resfriado sua mãe vai me matar, mas eu vou te espancar primeiro.

– Não, não vai.

– Vou sim.

– Não vai.

– Vou.

– Não vai.

Ela bufou.

– Não vou mesmo. - Ele apenas soltou uma gargalhada.

– Pro meu apartamento, senhorita. Quero tomar um banho quente.

– Sim, senhor.

O caminho de volta foi tranquilo, tocava a música Life After You, Daughtry. Eu cantarolava baixo.

Ten miles from town and I just broke down. Spittin' out smoke on the side of the road. I'm out here alone just tryin' to get home to tell you I was wrong but you already know. Believe me I won't stop at nothin' to see you so I've started runnin'...

Eu pude ver, pelos cantos dos olhos, Percy olhar para mim, sorrindo. Ele se virou para mim e começou a cantar, como se cantasse para mim.

All that I'm after is a life full of laughter as long as I'm laughing with you. I'm thinkin' that all that still matters is love ever after. After the life we've been through
'cause I know there's no life after you... - Eu comecei a rir e então olhei para ele, ele sorria para mim, me mandando um piscadela.

– Ainda bem que você escolheu ser advogado e não cantor.

– Haha. Engraçadinha. - O mesmo disse me mostrando língua.

Já estávamos entrando na garagem do seu prédio.

– Vou com o seu carro embora, te entrego ele amanhã.

Ele assentiu, se virando para mim e pondo a mão no meu rosto, puxando-me para mais um beijo.

– Sabe o que eu acho? - Ele perguntou enquanto beijava meu pescoço, consequentemente me arrancando um suspiro.

– O que?

– Que você devia subir e tomar um banho quente comigo, mas então me lembrei que estou todo fodido, não teria forças nem se quisesse. - Eu ri e acariciei sua nuca.

– Que bom que você tem consciência disso. - Eu lhe dei mais um selinho. - Te vejo depois.

– Não vai nem subir? - Perguntou.

– E encontrar Layla pela segunda vez no dia? Não, obrigada. Uma é suficiente. - Ele riu e negou com a cabeça.

– Vocês são terríveis. - Dei mais um beijo nele. - Te vejo amanhã?

Eu assenti e ele saiu do carro, se afastando, indo em direção ao elevador, enquanto me observava sair com carro da garagem.

E pela primeira vez, em cinco meses. Aliás, em dois anos e cinco meses, eu senti que as coisas estavam realmente se acertando de novo.

Eu tinha ele de novo, de certa forma.


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Notas finais do capítulo

Bem, o que acharam? Comentem, dêem a opinião de vocês, ela é importante.
Se quiserem dar ideias, fiquem a vontade também.
Espero que estejam feliz com as meia volta de Percabeth.
Favoritem, recomendem e não esqueçam de comentar!
Até a próxima.
Beijos, Annie.



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