How to be a heartbreaker escrita por Annie Chase


Capítulo 19
Capítulo 19: Losing your memory


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Desculpem os erros, é a pressa porque estou passando mal.
P.S: caso não dê para abrir o anel : http://www.raulsouza.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/03/anel_escudo.jpg



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"You're losing your memory now... Call all your friends and tell them you're never coming back. 'Cause this is the end. Don't react."

Pov. Percy

– Pegue o colar. Eu não sei como isso aqui vai acabar. Você irá amar de novo, tem que estar com você.

Ela colocou o objeto dentro do meu bolso. No seu rosto havia cortes e filetes de sangue, assim como no meu.

– Eu cuido dos russos e você dos italianos.

– Não vou te deixar sozinha com eles!

– Eu consigo, confie em mim.

Então ela se afastou.

Eu ouvia tiros, de todos os lados. Eu a procurava desesperadamente com o olhar, porém, não havia sinais dela.

Eram muitos caras, os italianos e russos realmente pegavam pra valer, eram muitos, cerca de 30, apenas contra dois. Eu lutava e atirava em todos que entravam em meu campo de visão, foi quando a avistei. Ela tentava combater pelo menos sete homens de uma vez só.

Eu lutava lado a lado com ela, estava no fim, faltava um homem e então eu ouvi um tiro mais forte mais perto, onde o alvo era ela. Um dos caras vestidos de preto, veio por trás e me injetou alguma coisa, não sabia dizer o que era, apenas que minha cabeça começou a girar, a visão ficar turva e a perda de controle sobre o meu corpo.

Eu estava quase apagado quando vi dois caras mirando na garota a frente, mas então das sobras do pequeno jardim, surgiu Stefan. O mesmo lançou um rápido olhar para o pai, que observava tudo metros acima, na sacada da sua enorme mansão e foi ai que ouvi o tiro e o grito agudo da garota.

Eu tentava me manter acordado, mas tudo que eu via era sangue escorrer por seu peito, nunca saberia dizer se foi um tiro no peito ou no coração. A única coisa que me lembro antes de apagar foi a imagem da garota sendo jogada sobre o enorme abismo, que havia em frente a mansão de praia dos Bulgari.

Logo em seguida, pode sentir toda a força restante que residia em meu corpo se esvair, durante meu grito, para logo após cair em total inconsciência.

– Layla!

Eu acordei assustado, me levantado abruptamente no sofá - onde eu provavelmente teria dormido a noite toda. Eu estava um poça de suor. As pessoas na sala me olhavam assustados e apreensivas. Meu coração estava disparado devido a lembrança que veio em forma de sonho. Ou melhor, pesadelo. Não demorou muito para a culpa me atingir em cheio. Eu estava confuso, sem saber onde estava, até que consegui me lembrar que me encontrava na fazenda dos Dare.

– Você está bem, Percy? - Perguntou Rachel próxima a mim.

Eu respirei fundo e peguei o celular para saber as horas e então eu vi, eu lembrei. E eu queria uma tiro no peito agora.

Ano passado... Abril... 21.

Um ano desde que Layla morreu.

Margo, Alasca, Rachel, Nico, Reyna, Thalia, Luke, Will, Ian e Lucas, trocaram rápidos olhares de compreensão, afinal, eles sabiam de tudo. Nina sabia da morte, mas nem a causa e nem como. Enquanto eu me levantava - meio cambaleante -, Margo veio ao meu encontro.

– Se mantenha no controle. - Eu a olhei, os demônios a solta e o desespero, deveriam estar refletidos no meu olhar. - Você está bem?

Eu olhei Stefan, com nojo, ódio e desprezo.

– Eu estou ótimo.

Eu os deixei lá, na sala de estar e fui a caminho da biblioteca. Ao passar pela entrada, elevei a manga da minha blusa preta até a altura dos cotovelos - eu não pude deixar de lembrar de como ela gostava desse gesto -, enquanto ia a bancada de bebidas que havia no cômodo, abrindo um Wisky.

Flashback

Eu estava terminando de abotoar minha calça jeans escura, pegando em seguida minha fina blusa de frio verde musgo e a colocando no corpo, logo após subindo as mangas à altura do cotovelo.

Ela sorria de modo malicioso para mim, enquanto se encostava na cabeceira de sua cama, com apenas um lençol cobrindo seu corpo.

– Qual o motivo desse sorriso? - Eu perguntei arqueando uma sobrancelha.

– Já te disse como eu amo esse movimento seu?

– Qual?

– Esse, de puxar as mangas até o cotovelo.

Eu fui até a cama, onde apoie cada mão em uma lado do seu corpo, não permitindo que o meu caísse sobre o seu, mas que nossos lábios ficassem próximos.

– Posso saber o por quê, senhorita?

Ela puxou minha camisa pela gola, nos deixando mais próximos e então sussurrou:

– Porque eu acho extremamente sexy.

E me beijou.

Flashback Off

Eu bebia o líquido depositado no meu copo, enquanto olhava a lareira.

As lágrimas vinham tanto com força como com velocidade, mas eu não as queria deixar cair.

A voz do repórter, mesmo baixa, chegava aos meus ouvidos. O mesmo anunciava: "Hoje faz um ano desde que Layla Campbell desapareceu, dando-se como morta." Eu lembrei como a conheci, naquele instante.

Flashback

Eu andava pelas ruas de Londres, abraçando meu próprio corpo por conta do frio. Fazia poucos dias desde a minha chegada, meus pensamentos estavam presos em Annabeth e na conversa que Liam teve com a minha mãe, durante a celebração de Natal. Aquilo estava estranho. Eu estava completamente distraído, até sentir um baque contra o meu corpo.

– Você devia prestar mais atenção ao andar, antes que dê de cara em um poste.

A garota a minha frente era simplesmente linda, sua beleza devia ser rara. Sem dúvidas. Seus olhos eram de um verde ardente, tão claro e puro como a grama durante a primavera. Seus cabelos negros e longos, davam uma forma mais afinada e ao mesmo tempo sexy ao seu rosto. Seus lábios tão avermelhados quanto sangue, um sorriso tão bonito que me deu vontade de sorrir e assim o fiz.

– Desculpe, estava distraído. - Ela fez um gesto de "deixa" e me estendeu a mão esquerda.

– Hey. Qual o seu nome? - Eu dei um sorriso de lado. a mão direita.

– Layla Mills Campbell. - Ela estendeu a mão esquerda e sorriu.

– Percy Schmidt Jackson.

– Um Schmidt Jackson?

– Você conhece minha família?

– Você não tem ideia do quanto. Sou uma grande amiga da sua prima. Alasca Schmidt.

Eu a olhei sem entender, ela apenas sorriu misteriosa.

– Bom conhecer você, Percy. Até mais.

Eu não sei o que houve, eu senti que teria uma forte ligação com a garota. Eu não podia estar mais certo.

Flashback Off

Creio eu que todos na sala entendiam o que estava acontecendo agora, porque eu conseguia ouvir os murmúrios e perguntas direcionados a Margo, "Ela era sua irmã?" "Sim" , "o que aconteceu?" "É complicado de se explicar."

Mas ao ouvir a voz do Stefan dizer "eu sinto muito", eu quis matá-lo ali. Quando eu contei tudo sobre o que eu e Layla fazíamos para Margo, quem a matou, como foi e outros segredos que estavam escondidos, a própria terminou com Stefan. Onde ela o chamou de assassino e logo após veio a briga, que eles usam como real motivo de término.

Eu me lembrei do outro motivo que me fez vir para Londres, além do fim do meu namoro. E eu me lembrei em como estava confuso e cheio de perguntas. E Layla... Layla tinham todas as respostas.

Flashback Off

– 50 euros pelos seus pensamentos, moreno.

– Layla. - Eu sorri ao ver a garota, havia dois meses desde a minha chegada e ela era a única com a qual eu conversava, de verdade. Ela sorriu de volta.

– Annabeth? - Eu neguei.

– Além dela, teve outro motivo para minha vinda.

– Qual?

–Eu ouvi uma conversa da minha mãe com meu tio, onde o mesmo disse que as coisas estavam ficando perigosas, que a pequena equipe formada quase o havia matado. Ele disse que parecia o início de uma guerra, onde eles não podiam deixar os outros chegarem perto das armas e arquivos. Eu não entendi nada.

– Ah, eu sei sobre o que o Liam estava falando.

– Como você sabe que era ele? Eu já notei que minha família tem extrema proximidade com a sua, mas não citei o nome dele... - Eu disse atordoado.

– Eu sei, porque eu sei de tudo que está acontecendo. E eu te contarei e a escolha de entrar ou ficar, será sua no final. Eu sei sobre as equipes, sobre os segredos, sobre tudo.

– Você contará tudo mesmo, não é?

– Pode ter certeza que sim. As revelações começam agora, moreno.

Eu a olhei nos olhos e então eu soube, eu descobriria coisas que mudariam tudo, que me mudaria.

Flashback Off

Eu conseguia ouvir a voz de todos, todos queriam vim ver o que eu tinha, mas então Rachel disse que apenas ela, Reyna, Nico, Thalia, Luke, Will, Lucas, Ian e Alasca entrariam ali agora. Pois eu não falaria com mais ninguém e eles sabiam disso. Eu ouvi uma reclamação de Annabeth, mas Nina pediu que ela desse um tempo.

Os passos se aproximavam da porta, já havia umas três horas em que eu estava ali, sozinho, pensando, sentindo a culpa. Culpa por ter deixado- a enfrentar os russos sozinhos e agora tudo que restava era o seu anel, que estava ao lado do meu corpo quando eu acordei aquela noite.

Eu perdi a noção do tempo somente girando o anel

– Percy? - Rachel chamou, com a voz calma. Eu não desvie a atenção do anel.

– Você ainda tem o anel dela. - Disse Margo.

– Eu nunca jogaria fora.

– Todos ainda temos os nossos. - Disse Nico. - Thalia e Luke sempre estavam presentes quando necessário, ou apenas atuavam no EUA. Era, com certeza, uma boa equipe. Ainda é.

"Um símbolo para a melhor equipe. Esse símbolo, nos descreve muito bem e eu espero que você nunca o tire." - Reyna disse as palavras Layla ao dar o objeto.

– Ela gostava de ter algo que diferenciasse. Ela era ótima. - Disse Alasca, ao relembrar de sua melhor amiga.

– A flor-de-lis é símbolo de poder... - Disse Luke.

– Soberania... - Continuou Lucas.

– Honra... - Acrescentou Thalia.

– E lealdade. - Eu finalizei. E Ian leu meus pensamentos naquele segundo.

– Você foi leal a ela, Percy. Não havia nada que você pudesse fazer naquele momento, você havia sido nocauteado.

– Eu posso não ter participado de tudo desde o início, por Layla querer me proteger. Mas quando ela... Ela se foi, eu tenho certeza, ela não foi com raiva ou magoa de você. Eu conheço ela o suficiente e você também.

– Layla te amava, Percy. Ela era apaixonada por você. - Disse Luke ao meu lado.

– Da mesma forma que você se apaixonou por ela, sem ver, mas foi forte. Ainda é forte. Ela curou um pouco da cicatriz causada por Annabeth e você curou algumas dela. - Disse Reyna, que estava no colo de Nico.

Eu permanecia ali, olhando o fogo, o fogo que eu costumava ver nos olhos dela durante nossas noites ou a cada luta que ela travava.

Então Rachel soltou uma gargalhada e logo em seguida disse:

– Era engraçado o modo como ela se declarava pra você ou dizia como foi conhecer você, se apaixonar por você.

Todos estavam com sorrisos nostálgicos naquele momento e provavelmente, todos estavam tendo a mesma lembrança.

Flashback

– Layla, como você se apaixonou pelo Percy? Aliás, como você conheceu ele?

– Eu estava andando na rua e ele, como é muito lerdo, esbarrou em mim...

– Hey! - Percy protestou. Ela deu um selinho nele.

– Calado. Continuando...- Havia seis meses que estava em Londres, mas havia dois que estava ficando com Layla, somente com ele. Ela era incrível.– Ele disse "Ei, Qual é o seu nome?" e deu aquele sorriso que derreteria qualquer uma. Bastou um olhar e eu não fui mais a mesma. Desde aquele dia, ele roubou meu coração e ele é o único culpado.- Ela dizia como se recitasse um poema em um tom melodramático.

Ela riu, sendo seguida por todos, inclusive por Percy, que se pronunciou em seguida:

– Então ela descobriu que se me desse o que eu queria, eu daria o que ela gosta. - No seu rosto havia um sorriso malicioso, o que arrancou uma gargalhada de Luke e Thalia, que conversavam conosco por Skype.

– Eu tenho o que quero dele, quando eu quero. Ele sabe.

– Porque você joga baixo.

– E você adoro quando eu jogo baixo. - Ele assentiu e a beijou.

– Tá bom, vão para um quarto, por favor. - Disse Nico, com uma falsa careta.

Flashback Off

Uma garrafa de Wisky vazia.

Agora eu já estava um pouco alterado.

Eram 20:00 da noite.

Thalia chegou ao meu lado pegando a garrafa.

– Chega por hoje, Percy. - Ela disse, ao passar a mão pelo meu rosto.

– Eu sinto falta dela.

Eu ouvi suspiros carregados e com vestígios de dor, se apoderarem da sala.

– Todos nós sentimos, Percy. - Foi uníssono, todos pronunciaram a mesma frase.

– Mas você tem que deixa- lá ir, Percy. Ela não é como a Annabeth que você precisava esquecer, porque acabou... - Disse Nico.

– Ela realmente se foi Percy, então deixe-a ir.

– Assim que eu acabar com o Stefan... Eu vou deixar ela ir. - Havia ódio na minha voz, veneno.

– Vingança. - Concluiu Will.

– Eu acho justo que ele pague pelo o que fez.

– Por que? - Perguntou Lucas.

– Porque eu ainda me lembro da dor de abril.

Luke chegou ao meu lado, com a mão no meu ombro e disse:

– Se isso for ajudar, estou aqui, caso precise de ajuda.

Eu o olhei.

– Obrigada. Vocês poderiam me dar um tempo sozinho?

– Claro. - Disse Lucas.

Então todos saíram.

Eu abri a segunda garrafa.

– Ela não está no fim de cada copo. - A voz que mais me causava repulsa, se pronunciou. Eu me virei para ele.

– Tem razão, Stefan. Afinal, ela está no fim daquele penhasco do qual você a jogou.

– Você tinha que ver o estado dela... Tsc tsc tsc... Era deprimente. - Ele sorria. Eu trinquei os dentes.

– Eu vou acabar com você.

– Então faça rápido, porque eu acabei com ela, posso tirar todos de você.

– Não antes de você estar no fundo do poço, sem esperança.

Ele se aproximou.

– Não importo, eu te fiz perder a garota pela qual estava apaixonado e fiz o mesmo com Annabeth.

– E eu transei com a Margo. Irônico. - Eu sorri sarcástico.

Então ele avançou. Me acertando na boca com um gancho de esquerda, eu o chutei na parede, segurando o pela gola comecei a esmurar seus rosto enquanto ele acertava minha barriga.

– Chega os dois!

Eu o larguei.

– Sai daqui, Stefan. - Disse Annabeth.

– Você está bêbado. - Ela disse se aproximando, para analisar meu rosto. Eu me afastei.

– Não havia notado. Obrigado por avisar. - Eu sorri cínico.

– Você se apaixonou pela garota? - Ela me perguntou olhando nos olhos.

– Ela curou parte das cicatrizes que você, que nós causamos. Eu consequentemente me apaixonei. Assim como você com o babaca.

– Ela se foi, brigar com o Stefan não vai ajudar. Ele não foi culpado.

Eu gargalhei.

– Você não sabe a história completa, então não diga o que vai adiantar ou não, Annabeth.

– Ela se foi, aceita isso. Essa raiva, essa culpa, que por algum motivo você carrega, só vai te fazer mal. Vai passar um dia.

– Ai que você se engana, porque no final, quando você perde alguém, cada vela, cada oração, não vai resolver o fato de que a única coisa que restou em você é um buraco, onde aquela pessoa com quem você se importava costumava estar.

– Mas pior que a dor de perder alguém, Percy. É a dor de perder a si mesmo.

Eu soltei uma risada sem humor.

– Eu não me perdi.

– Ainda.

– Olha, Annabeth, me deixa em paz. Só... sai daqui.

– Eu me pergunto se você sofreu por mim como sofreu por ela.

– Eu sofri mais.

– Você precisa deixar as pessoas te ajudarem, você não consegue aguentar tudo sozinho. Me deixa ajudar você.

– Eu não preciso da sua ajuda.

– Então pare de agir como uma babaca e brigar com o meu namorado a cada vez que o vê, seu idiota! - Ela elevou o tom de voz.

– Não proteja seu namoradinho. Procure saber mais das suas companhias antes de me dizer que ele é a vítima. - Eu disse ríspido, olhando- a nos olhos. - Ele não é quem você pensa. Cuidado.

Ela negou com a cabeça, em descrença, então me olhou novamente, no fundo dos olhos e disse:

– Eu odeio você, seu idiota.

Eu tenho certeza que a dor passou pelo meu olhar, atingiu no mais fundo do meu coração.

– Bom pra você. Com licença.

Eu saí da biblioteca pegando minha chave na mesinha da copa.

– Onde você vai? - Annabeth gritou apavorada.

– Você não vai dirigir bêbado, Percy! - Luke e Thalia gritavam, mas era tarde, eu havia entrado no carro, rumo a saída da fazenda.

Mas não antes de ouvir Rachel e Margo dizer:

– Ele vai sofrer um acidente.

Eu escutei barulhos de motor, provavelmente algum deles me seguindo, então acelerei passando pelo portão.

Eu sai pela estrada em alta velocidade, cortando carros e motos, até que eu entrei em uma rua mais calma, com um Starbucks no final.

Eu encostei minha cabeça no volante e pela primeira vez no dia, eu chorei. Eu deixei que as lágrimas banhassem meu rosto, que aliviasse um pouco da culpa que eu não conseguia não sentir, que aliviasse a saudade, que diminuísse um pouco a dor.

Eu provavelmente fiquei em média uns trinta minutos ali, entregue a dor. A dor de ter perdido a única garota que eu consegui amar depois da Annabeth, mesmo amando a mesma mais que qualquer coisa.

Eu amava a Layla.

Eu ainda a amo.

Eu julguei ser efeito da bebida, alguma ilusão sem lógica, pois ao levantar minha cabeça e olhar para a frente, eu vi Layla. Ela estava lá. Em cima de sua moto, olhado para mim, porém, quando eu sai do carro a moto acelerou e correu.

Mas eu precisava ter certeza, então eu fui atrás. A toda velocidade. Quando entramos na BR pensei em reduzir a velocidade, mas o piloto não reduziu e eu não podia perde-ló.

O meu único erro foi começar a pensar em Layla misturado coma última frase Annabeth.

Ela realmente me odeia?

Por que ela simplesmente não descobre quem o namorado é de verdade?

Seria tão mais fácil.

Meus pensamentos mudavam com frequência. As palavras de Layla eram como facas na minha cabeça e fogo no coração.

" Eu amo você."

"Eu nunca vou deixar você."

" Só me abraça, me beija, me acalma."

Quando dei por mim eu havia perdido o motoqueiro, que era supostamente a Layla.

O meu único erro foi ter notado tarde demais, pois havia uma carreta vindo a minha frente, não havia como desviar, o freio não funcionava, eu iria bater.

Após dez segundos, meu carro foi de encontro a carreta, fazendo o mesmo ser amassado de forma excessiva na frente, para logo após dar um giro completo para trás, devido a força do encontro entre os automóveis.

Eu senti o sangue começar a jorrar, eu sentia minhas forças se esvair e então comecei a me sentir perdido, sem saber aonde estava e então eu notei, era como se eu estivesse perdendo todas as minhas memórias anteriores.

A única memória que parecia ainda não ter sumido era a briga com a Annabeth. Eu não saberia dizer qual o meu nome, nesse momento.

Então eu senti alguém abrir a porta do motorista e segurar meu rosto, virando em sua direção. Eu apenas tentava impedir que meu olhos se fechassem, forcei-os a abrirem e olharem para a dona da voz que me chamava, com uma voz de choro.

Era a Layla.

Tão bonita como um anjo.

Ela chorava.

– Fique comigo, Percy! Fique comigo!

– Layla... - Foi a única coisa capaz de sair da minha boca, acompanhada de uma voz fraca e com dor.

– Sou eu, meu amor. Aguenta firme, Percy. Por favor.

Eu me sentia esvair, deixando de sentir seu toque no meu rosto. Eu me sentia morto, como se não tivesse nada no meu corpo, como se eu não estivesse ali. A dor era insuportavelmente dolorosa. Eu não suportava mais.

Ao longe eu ouvi as sirenes das ambulâncias e das viaturas. Pessoas pararam e se aproximavam. As sirenes mais próximas agora.

Eu queria que passasse, que não doesse mais. Eu só queria que a dor fosse embora. Porém, Layla, ou a minha ilusão de ótica da Layla me pedia para ficar.

Eu estava em dúvida entre ir ou lutar.

– Você provavelmente está perdendo sua memória agora, e eu estar aqui vai ser nosso segredo. Eu não vou deixar você. Então fique.

Eu tentava lutar contra a dor e ficar, mas ir estava sendo mais fácil, menos doloroso.

– Fique comigo. Seu anjo voltou pra você.

Foi a última coisa que eu ouvi antes de cair na escuridão.


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Notas finais do capítulo

Então, gente, está tendo pouquíssimos comentários e isso desanima bastante.
Então vamos comentar ai, favoritar, recomendar.
Sério.
Eu vou explicar o colar e o resto daqui uns dois capítulos.
O que acharam? Deixe a opinião de você e o que você acharam e acham que vai acontecer a partir daqui.
Até a próxima.
Beijos, Annie.