Espinhos, Veneno e Hogwarts escrita por Yukii


Capítulo 2
Peça ao Chapéu Seletor




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"Deve ser uma vida bem chata, não é, a de um chapéu? Vai ver ele passa o ano compondo a nova canção."
- Rony Weasley

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A pequena multidão de primeiranistas se reunia na ante-sala do Salão Principal, todos nervosos e inquietos. Albus tinha sentido seus joelhos tremerem quando haviam atravessado o saguão de Hogwarts pela primeira vez, e, acompanhado por Rose, Scorpius e todos os outros primeiranistas, deitou olhares de admiração pela magnificência do castelo. Agora, enquanto estavam defronte ao par de portas negras e imensas que os conduziria para as quatro mesas compridas das Casas, todos sentiam suas mãos suarem de ansiedade, e mal conseguiam conversar uns com os outros.

Scorpius deixou a companhia de Albus e Rose, e foi se juntar a uma camada de garotos ansiosos que tentavam espiar pelas frestas do portal. Aquilo deixou Albus ainda mais nervoso, porque Malfoy e sua prima eram seus únicos conhecidos ali, no meio de toda aquela gente.

Os olhos atentos de Rose corriam por todo o lado, como se esperassem algum fenômeno anormal para acontecer a qualquer momento. Ela já lera muito sobre Hogwarts, mas não imaginava que pudesse ser tão... deslumbrante. A ante-sala era o bastante para lhe deixar fascinada, e estava ansiosa para contemplar o teto encantado do Salão Principal, do qual já tanto ouvira falar.

Um lampejo louro chamou a atenção da Weasley, e ela reconheceu os cabelos de Scorpius, agitando-se enquanto ele tentava enxergar alguma coisa. Rose estreitou os olhos, mirando as costas do menino e se empenhando em saber o porquê de ele lhe parecer vagamente familiar.

Então, ela se lembrou. Lembrou-se de onde havia visto Scorpius, de onde o seu nome lhe parecia familiar: a estação, a fumaça, seus pais, a família de pessoas loiras... seu pai havia falado o nome dele. Não se lembrava direito do que havia dito, mas tinha certeza agora.

- Al! - chamou ela em tom esganiçado.

- O que houve, Rose?

- Ali... Scorpius... é ele!

Albus franziu a testa para a prima.

- O quê?

- Nós vimos Scorpius na estação, hoje mais cedo! Você lembra? Meu pai falou sobre ele! Falou o nome dele!

- É mesmo... Tio Ron nos mostrou ele na estação. - falou o Potter, observando Scorpius desistir de espiar qualquer coisa e lançar um olhar perdido para ele. - E daí?

- Eu não lembro o que papai disse, mas era algo de ruim... ele me disse algo sobre não ficar amiga dele, ou...

- Ah, Rose! - interrompeu Albus, lançando um olhar desesperado para a prima. - Não me enlouqueça, por favor! Podemos pensar nisso em outra hora! Eu estou tão nervoso por estar aqui... e se eu não for para Casa nenhuma? E se eu for para a Sonserina?! Papai disse que a Sonserina não era ruim, mas James...

Albus emudeceu, ao ver as portas do salão se abrirem infimamente, enquanto um bruxo de estatura mediana e rosto redondo passava pelo portal e pisava na ante-sala. Os primeiranistas afastaram-se, em respeito e hesitação; Scorpius ouviu risos e conversas, que foram abafados quando a porta se fechou.

- Bem-vindos a Hogwarts - disse o bruxo, com uma expressão acolhedora para os alunos. - Eu sou o Prof. Neville, de Herbologia. O comum é que... bem... quem devia estar recebendo vocês não era eu, mas enfim... - ele deu um sorriso sem graça - Sintam-se à vontade em Hogwarts; aqui será o novo lar de vocês. Será o lugar onde encontrarão amigos e irmãos, onde lidarão com magia antiga e nova, onde terão sua própria história. Eu acompanharei vocês ao Salão Principal, e o Chapéu Seletor poderá distribui-los entre as quatro Casas de Hogwarts, que vocês já devem ter conhecimento.

Os alunos permaneceram em silêncio, lançando olhares nervosos para o professor, e mal reparando que ele estava tão nervoso quanto eles; era a primeira vez que Neville fazia aquilo. Albus sentia Rose se empinar na ponta dos pés, ao seu lado, acenando timidamente para o professor de Herbologia; Neville sorriu e retribuiu o aceno da garota - ele era um velho amigo dos Potter e Weasley. Rose já perdera a conta de quantas vezes ele fora jantar em sua casa, sempre dialogando coisas interessantes com seu pai e sua mãe, que a faziam se perder na conversa de adultos. Albus tinha que admitir, mesmo não tendo acenado para o Prof. Neville, que era reconfortante ter um conhecido por ali.

Neville organizou-os numa fila dupla, e, liderando-a, abriu as portas do Salão Principal, guiando os novatos. Scorpius escutou vários "Oh!" de surpresa vindos de diversos primeiranistas, os olhos grudados nas velas flutuantes do teto e no céu negro pontilhado de estrelas que se abria para eles. Rose, que fora posta ao seu lado na fila dupla, deixava-se surpreender pela imensidão do salão e seu esplendor, além de tudo o que ela já havia imaginado para aquele lugar. A todo momento, ela se virava para Albus, atrás dela, sorrindo, apenas para vê-lo sorrindo também, ambos transbordantes de felicidade.

Em dado momento, a fila parou de andar. Rose ouviu Albus dar um suspiro nervoso atrás dela, enquanto Scorpius esticava a cabeça para ver o que acontecia lá na frente. Ouviu-se um pigarro seco, antes de uma voz firme de mulher falar:

- Bem-vindos a Hogwarts. Esperamos que o ano letivo de vocês seja proveitoso e agradável, e que estejam contentes de voltar para cá. Aos novatos, eu dou novamente as boas-vindas, e recomendo o melhor de nossa escola para todos. Como todos sabem, existem regras e deveres a serem seguidos em Hogwarts; nós os mencionaremos em breve. Agora, vamos dar início a Seleção de Casas.

Rose sentiu seus dedos estremecerem, e agarrou as mãos suadas uma na outra, repetindo baixinho para si mesma que estava tudo bem. Ela não sabia muito bem como se dava a seleção em Hogwarts, só sabia que era um processo que envolvia um chapéu. A Weasley escutou vagamente alguém cochichar que o discurso fora feito pela diretora McGonagall, e quis se virar para Albus mais uma vez, mas o silêncio era tão grande que não ousou se mexer. Em vez disso, ela olhou de esguelha para a figura de Scorpius, que olhava fixamente para a frente e mordia os lábios.

- Amberly, Charles. - chamou McGonagall.

A seleção começou. Para o horror de Rose, era realizada em ordem alfabética dos sobrenomes, o que significava que ela seria uma das últimas - Scorpius e Albus iriam antes dela. A garota sentiu um certo nervosismo ao ouvir uma voz alta e firme anunciando o nome da Casa do escolhido, e tentava entender quem estava falando daquela forma, mas, por mais que se esticasse, não conseguia enxergar nada. Scorpius parecia tão curioso quanto ela, e fazia o mesmo.

A cada aluno selecionado, havia uma respeitosa salva de palmas. Os alunos já sentados nas mesas começavam a conversar, e o burburinho de vozes aumentava com o passar do tempo, como se os estudantes estivessem se acalmando. A demora, porém, só fazia Albus se sentir mais nervoso; seus olhos ansiosos estavam fixos no cabelo castanho de Rose, à sua frente, e de vez em quando ele relanceava um olhar para Scorpius, que parecia tão nervoso quanto ele. As conversas aumentavam cada vez mais.

- Malfoy, Scorpius.

O murmúrio que se formara nas mesas cessou imediatamente. Rose se perguntava o porquê disso, enquanto Scorpius saía, com certa dificuldade, do seu lado na fila, e caminhava a passos lentos até a frente.

Com a fila menor, Albus e Rose puderam ver Scorpius com clareza, enquanto ele caminhava em direção a algo que parecia um pequeno banco de madeira com um velho chapéu pousado no mesmo. A Weasley olhou ao redor, e viu que todos permaneciam calados; alguns trocavam olhares assustados entre si. Os garotos da mesa da Sonserina pareceram anormalmente sérios, e um deles chegou a alargar a gravata verde. Rose vasculhou a mesa da Grifinória com os olhos, e logo encontrou o primo, James, que parecia tão confuso quanto ela em relação a todo aquele silêncio. Ao ver Rose olhando em sua direção, ele deu um sorriso confiante para ela.

Na frente do Salão Principal, Scorpius lançou um olhar hesitante para o banquinho de madeira, onde o velho e enorme chapéu repousava. O garoto virou o rosto para McGonagall, e as rugas da diretora pareceram lhe dizer o que fazer. Com dedos trêmulos, ele segurou o chapéu pelas abas enormes, e sentou no banco redondo. Mesmo sabendo que aquele chapéu era grande demais para ele, o Malfoy enfiou-o na cabeça, e o mesmo afundou até a altura de seus olhos, deixando-o em total escuridão.

- Hm, mas o que temos aqui...? - murmurou uma voz alta e forte. Scorpius sobressaltou-se ligeiramente, apertando as bordas do banquinho. - Scorpius Malfoy. Sim, o seu sobrenome não me é estranho. Eu lembro de quando selecionei seu pai, seu avô, seu bisavô, todos eles. Eu me lembro de todos os alunos, claro.

Malfoy se perguntou se todos estariam ouvindo a voz do chapéu, e se o silêncio que se fazia era porque o chapéu cobria suas orelhas, ou se estavam todos realmente emudecidos.

- Os Malfoy, ah, os Malfoy - disse o chapéu, ecoando na mente do garoto. - Todos foram sonserinos. Você deve saber disso, não deve? Mas... seria você o primeiro a quebrar essa tradição, Scorpius Malfoy?

O loiro sentiu seu estômago dar uma cambalhota desconfortável. "Não", pensou ele nervosamente, "por favor, não. Não posso desapontar meus pais".

- Ah, sim, eu vejo muita coisa boa, dentro da sua cabecinha - continuou a voz possante do chapéu, como se não o tivesse escutado. - Você é orgulhoso e arrogante, com uma pontada de ferocidade... e, ah, uma grande coragem. Você é um homem corajoso, Scorpius Malfoy, mas você se sente preso pelo seu nome e pelo seu sangue. O que eu poderia fazer por você...? Grifinória é a morada dos corajosos, afinal.

Neste momento, o desespero de Scorpius aflorou como uma bomba; não queria ser o primeiro Malfoy a romper a tradição. Nunca achava que aquilo pudesse ocorrer; sempre ouvira seus parentes falarem da nobre linhagem Malfoy, abrigada em sua totalidade por Sonserina, em Hogwarts. Prometera a seu pai que honraria os Malfoy. Prometera ser um sonserino. Passara anos de sua vida sonhando em ser um sonserino, e honrar Salazar Slytherin e toda a sua descendência.

Por alguma razão, ele se lembrou de algo que ouvira Albus falar para ele no saguão de entrada, algo a haver com o medo que o garoto Potter tinha de ir para a Sonserina. Albus dissera que, se pedisse, o Chapéu Seletor escutava.

"Meu pai disse que, se a gente pedir, o Chapéu atende a gente. É só pedir."

Scorpius não dera muita atenção para aquelas palavras quando escutara, e mal se lembrava delas, agora. Nunca pensara que iria precisar pedir alguma coisa para um chapéu; sempre imaginara que era um direito natural seu ser um sonserino.

Estaria o pai de Albus certo? Poderia confiar naquelas palavras?

"Não!", insistiu Scorpius, sem saber se estava apenas pensando ou falando. "Eu não quero a Grifinória. Não quero ir para lá. Por favor."

- Oh, como? Um Malfoy pedindo por favor? Não que eu mesmo não seja digno de tal coisa, mas... você é um moleque realmente diferente dos seus antecedentes, garoto. Grifinória iria lhe fazer bem, e lá é onde moram seus verdadeiros amigos, os que sempre estarão do seu lado. Ainda assim, você...?

"Não quero ir para a Grifinória! Por favor!", exclamou Malfoy baixinho.

- Está bem. Você tem um gênio teimoso, e eu não posso ir contra isso. Sendo assim, você fica na... SONSERINA!

Scorpius puxou o chapéu da cabeça, sentindo o coração bater descompassado de alívio. As palmas para ele foram lentas e escassas no salão, como se todos estivessem hesitantes em aplaudi-lo. Mal reparando nisso, o Malfoy correu para a mesa da esquerda mais afastada, reunindo-se aos sonserinos e sendo recebido pelos mesmos com certa hesitação.

- Scorpius foi para a Sonserina! - murmurou Albus assustado, enquanto o burburinho de conversa recomeçava e Angelina Manfield era chamada para a seleção.

- Bom, ele queria isso, deve estar contente - falou Rose sem ouvir o primo direito, os olhos grudados na seleção que ocorria pouco a frente dela.

Quando McGonagall chamou por "Potter, Albus", houve uma reação inversa a de Scorpius: os burburinhos de conversa aumentaram, e todos pareceram muito ansiosos para ver em que casa o segundo filho de Harry Potter iria ficar. Rose cruzou os dedos, desejando boa sorte ao primo mentalmente.

Poucos segundos depois que a voz possante do Chapéu Seletor anunciou "GRIFINÓRIA!" por cima da cabeça do Potter, a mesa da Casa vermelho e dourada irrompeu em vivas e exclamações, e Albus foi acolhido de forma muito mais calorosa que Scorpius havia sido na mesa da Sonserina. Rose observou, por alguns instantes, enquanto James abraçava o irmão e o levantava no ar, rindo, e depois se virou para a mesa da Sonserina, onde Scorpius parecia desapontado. Rose não pôde deixar de sentir um pouco de pena dele, já que Albus havia sido o primeiro amigo do Malfoy, e agora estavam em Casas opostas. Ficou olhando para os cabelos loiros que recindiam com a luz dourada do salão, até que ouviu seu nome:

- Weasley, Rose!

A Weasley se adiantou rapidamente até a frente, sendo seguida com os olhos pelos poucos primeiranistas que ainda não haviam sido selecionados. Ela se sentou decidida no banquinho, observando seus joelhos aparecerem quando a saia subiu. O chapéu cobriu sua cabeça quase inteiramente, e ela mal conseguiu ouvir as reflexões que o Chapéu fazia, de tão nervosa que estava. Quando deu por si, ele já estava anunciando:

- GRIFINÓRIA!

Rose puxou o chapéu, arrepiando um pouco seus cabelos castanhos, um enorme sorriso curvando suas faces. Ela saiu do banco com um floreio apressado, correndo em direção a mesa onde estava Albus, sendo recebida com abraços calorosos dos grifinórios. Seu coração batia com força, e ela se sentia imensamente feliz. Ao olhar para o lado oposto do Salão, porém, reparou que os olhos de Scorpius a miravam com certa tristeza; mesmo que ele tivesse achado Rose antipática e chata, e o contato inicial deles fora apenas de rivalidades, ela era uma conhecida, e ele tivera um mínimo de esperança que ela fosse para a Sonserina.

- Senta aqui, Rose! - chamou Albus, sorrindo para a prima e apontando um banco vago ao seu lado, entre James e ele.

- Al! - Rose correu até o primo, os dois radiantes de felicidades. - Estamos em Hogwarts! Somos grifinórios, Al!

- Sim! - replicou Albus, sorrindo tanto quanto ela. As faces dele tremeram por um instante, e ele adotou um ar tristonho. - Mas Scorpius...

Os dois primos relancearam a mesa da Sonserina, onde os alunos recebiam Roger Wolls como novo aluno, e Scorpius notou o olhar dos dois colegas. Albus deu um sorriso triste, e Scorpius tentou retribuir, sem muito sucesso. Rose se virou de volta para a sua mesa, sentindo-se um pouco mais aliviada. Passados alguns poucos minutos, a Seleção terminou, e as travessas douradas das quatro mesas se encheram de comida.

Albus nunca vira tanta comida em sua vida. O pesar que sentia por causa de Scorpius diminuiu ligeiramente, e ele se sentiu mais contente, enchendo o prato de largas porções de massas e carne. Rose imitou-o no gesto, embora seu prato fosse mais discreto, e ela estivesse mais interessada nos fantasmas e professores do que na comida em si.

O banquete se encerrou quando todas as sobremesas foram devoradas - Albus repetiu o sorvete de framboesa seis ou sete vezes. Depois disso, McGonagall começou a fazer o tradicional discurso de diretor, listando todas as regras do colégio para os novatos e relembrando os veteranos das mesmas. James, com um ar risonho, murmurou qualquer coisa sobre regras não serem importantes, e Albus riu. Rose lançou um olhar indignado para os dois, e tentou prestar atenção nas inúmeras regras listadas por McGonagall. Ao fim, a diretora liberou todos para seus dormitórios, e os primeiranistas foram orientados a seguir o monitor da sua casa.

Albus e Rose se levantaram aos tropeços, seguindo a multidão agitada que saía do Salão Principal. Um grifinório mais velho, de cabelos cacheados e aparência séria, chamava os novatos para perto de si, e os levava para fora do Salão. Albus esticou o pescoço, à procura de Scorpius, mas não conseguiu mais enxergar o amigo no meio da multidão sonserina.

Enquanto atravessavam os corredores semi-iluminados de Hogwarts em direção a Torre da Grifinória, Rose e Albus não conseguiam manter os olhos quietos, olhando para todas as direções e todos os quadros fantásticos das paredes. Rose tinha quadros vivos em sua casa também, mas nenhum era tão magnífico quanto aqueles.

Após subirem algumas escadarias, chegaram numa parede lisa e clara, que parecia levemente azulada graças ao escuro da noite. O monitor grifinório parou defronte ao conhecido quadro da Mulher Gorda, que despertou o interesse dos novatos. Dita a senha, o quadro girou para admitir os alunos.

O monitor deu as diretrizes gerais sobre o dormitório, indicando o aposento das garotas e o dos garotos com acenos de varinha. Albus e Rose trocaram um olhar furtivo, antes de saírem das poltronas fofas com cheiro de canela que repousavam defronte a lareira, e cada um subiu para seu dormitório.

Ao chegar no andar superior do dormitório, o Potter olhou para sua cama de dossel, onde seu malão repousava logo abaixo, e percebeu quanto sono sentia; a comida e a euforia haviam o deixado preguiçoso, e, mal deitou nas cobertas, ainda vestindo a capa negra de Hogwarts, acabou adormecendo.

Rose fez diferente: enquanto suas novas colegas de quarto tagarelavam e se preparavam para dormir, ela ficou quieta, na janela, os dedos encostados no vidro, enquanto seus olhos ansiosos observavam a visão parcial da Floresta Negra e dos campos do colégio. Sentia uma certa expectativa quanto as aulas do dia seguinte, e não achava que conseguiria dormir tão cedo. Uma coruja cortou a noite, e ela observou o voo do animal, a ansiedade se apertando novamente em seu peito.

Estava em Hogwarts. Era uma grifinória. Estava com Albus e James, e o resto não importava; sentia-se pronta para brilhar ali e fazer seus pais se orgulharem, e ela se orgulhar de si mesma.

E, Rose não sabia, mas seu futuro em Hogwarts seria muito mais que isso.


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