Still Not Over escrita por Akemihime


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo finalmente vamos focar na tia Ino. E bem... ela se atrapalhou um bocado com o sobrinho, vocês vão ver.



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Shikadai estava naquela fase em que estava começando a falar. Falava frases desconexas e atrapalhadas, e na maioria das vezes repetia tudo o que escutava.

Isto já havia trazido problemas para ambos Shikamaru e Temari, já que agora o pequeno insistia em chamá-los vez ou outra de “preguiçoso” e “problemática”.

Mas os pais não eram os únicos a serem afetados pela nova fase do filho. Quando veio o problema de ambos serem convocados a uma reunião, deixando-os pensativos sobre com quem deixariam o pequeno Nara, a antiga companheira de time de Shikamaru fez questão de cuidar do “sobrinho” por algumas horas. Temari imediatamente foi contra a ideia. Ino já tinha o filho dela, quase da mesma idade de Shikadai, para cuidar. Não queria dar mais trabalho à mulher (fora que duvidava um pouco da capacidade de Ino de tomar conta de duas crianças ao mesmo tempo, embora é claro, preferiu omitir essa parte, não queria arrumar confusões com a Yamanaka naquele dia).

Contudo, pelo visto a insistência de Ino fora maior, fazendo com que Temari e Shikamaru trocassem um olhar preocupado, para logo assentirem, sem muita escolha.

Eles se encontravam já em frente à casa da Yamanaka, com Shikadai e uma bolsa contendo fraudas, mamadeira e tudo o mais que o bebê precisasse.

— Vem bebê, a tia Ino toma conta de você! — Ino abriu um enorme sorriso e estendeu os braços na direção de Temari, para pegar Shikadai.

O menino olhou para ela de cima a baixo e depois enrolou seus bracinhos em torno do pescoço da mãe como se dissesse “não me deixe nos braços dessa maluca!”.

Temari fez um enorme esforço para não rir. Ela virou seus olhos para Shikamaru, que olhava para o céu tentando não se focar na cena que se desenrolava a sua frente.

— Vamos Shikadai, serão só por algumas horas. — Temari disse, e com a mão livre, soltou os braços do filho de seu pescoço e o afastou, entregando o pequeno para Ino segurar. Ele não falou nada, mas todo o seu corpo se impulsionou para frente, na direção da mãe, e pela expressão que se formou em sua face, ele não estava nada satisfeito com a situação.

— Nós vamos nos divertir muito, você vai ver! — A Yamanaka exclamou, empolgada. — Tudo bem que Inojin está dormindo agora, mas você pode brincar com a sua tia preferida também!

O olhar que Shikadai deu à sua mãe fez Temari desviar os olhos para não rir. Ino conseguia ser uma tia mais melosa e enjoada que Kankuro, e olha que isso era bem difícil.

— Certo, precisamos ir então. — Shikamaru finalmente disse, no que sua esposa assentiu.

— Tudo bem, mas antes, Ino, preste atenção. — E então Temari começou aquele discurso de mãe preocupada, dando todas as dicas possíveis para cuidar bem de seu filho. E enquanto Ino parecia se segurar para não rolar os olhos, Shikamaru esboçou um pequeno sorriso olhando sua mulher. Quem imaginaria que ela seria uma mãe tão atenciosa assim?

— Fique tranquila, Temari-san. — Ino dizia o que deveria ser a terceira vez. — Eu sou mãe também, sabia?

— E isso ainda me surpreende...

— Como?

— Nada, estamos atrasados. — Shikamaru se intrometeu rapidamente. Se as duas começassem a discutir ali, eles não chegariam nunca na reunião.

— Eu volto para pegá-lo assim que terminar! — Temari ia dizendo ao longe enquanto o marido ia forçando-a a andar.

Ino suspirou, vendo os dois se afastarem.

— Francamente Shikadai... Sua mãe é bastante problemática hein?

Poblemática! — O pequeno, ao ouvir a palavra tão familiar, se animou um pouco mais, repetindo-a de forma alegre.

— Ah não, não, não! — A Yamanaka balançava a cabeça, parecendo desesperada. Para a infelicidade de Ino, era a primeira vez que ela ouvia o sobrinho dizer aquela palavra, não tinha consciência de que ele a falava constantemente dentro de casa. — Não fale isso! Se Temari-san souber que eu te ensinei isso, sou uma pessoa morta!

Poblemática!

— Você quer que sua tia morra? — Ino dizia ainda desesperada, sentando-se com Shikadai em seu colo no sofá. — Se bem que... é só eu colocar a culpa toda no preguiçoso do Shikamaru. Ele que vive chamando a Temari-san desse jeito mesmo...

Peguiçoso!

— Ah qual é! Sério mesmo?! — Agora sim ela morreria. Ino sabia que tinha uma fase que os bebês começavam a repetir tudo o que ouviam, mas Inojin era um menino extremamente calado, não tinha muitos problemas com aquilo, e ela não fazia ideia de que Shikadai estava nessa fase.

Ele poderia ter a aparência do pai, mas era realmente problemático.

Ino suspirou. Bem, o estrago já estava feito, agora só deveria tomar cuidado com o que dizer pelo resto do dia. Não queria que Shikadai aprendesse mais nenhuma outra palavra nova e errada.

Sorte que Sai havia saído, ele ali certamente só atrapalharia ainda mais. O marido era um amor, mas não sabia lidar muito bem com as pessoas, especialmente os bebês. Fora a sua mania de colocar apelido em todos, é, realmente aquilo não ajudaria em nada.

— Tudo bem, vamos falar de algo mais interessante. — Ela sorriu, olhando para o pequenino em seus braços. — Shikadai, quem é seu tio preferido?

Shikadai conhecia bem aquela pergunta. E havia sido treinado (longe dos olhos de Temari) a ter uma só resposta.

— Tio Kankulo! — Ele bateu as palminhas, sorrindo.

Já Ino imediatamente fechou a cara.

— Você prefere aquele maluco das marionetes ao invés da sua linda tia Ino?

Maluco!

Aquilo não estava dando certo.

Ino bufou.

— Bem, de qualquer forma aposto que aquele... — Ela fechou a boca antes que falasse alguma palavra imprópria. — Aposto que seu querido tio Kankuro lhe treinou para responder só isso. Mas tudo bem, eu sei que você prefere muito mais a sua tia Ino, não é? — Ino deu um beijo estalado na bochecha rosada do sobrinho. Shikadai pareceu não gostar, pois imediatamente fez uma careta, coisa que a loira fez questão de ignorar.

— Você é igual ao seu pai e ao gordo do Chouji, sabia? Eles odiavam quando eu os abraçava e beijava em suas bochechas. — Sorriu, lembrando-se de quando eram mais novos. — Eles diziam que aquilo era nojento!

Apesar de tudo, cuidar do pequeno Nara foi mais fácil do que Ino imaginou. Com Inojin ela não tinha muitos problemas, seu filho sempre foi muito calmo, puxando muito mais o lado do pai (o que ela agradecia aliviada, afinal sabia que ela tinha dado trabalho aos seus pais quando era pequena, não queria que Inojin tivesse puxado esse lado seu).

Mas de qualquer forma, Shikadai havia reclamado um pouco no começo, não parecendo estar muito satisfeito ali em um ambiente não tão familiar, porém aos poucos foi se acostumando. E quando Ino deu por si, já estava colocando-o para dormir ao lado de Inojin.

Infelizmente a soneca dos dois pequenos não tardou a acabar. Com um acordando, o outro acabou por ser acordado também. E agora estavam ambos brincando completamente entretidos com alguns brinquedos no chão da sala de Ino. Pelo menos eles pareciam se entender de alguma forma.

Ino sorriu, vendo seu filho e seu sobrinho brincarem montando algumas peças, porém logo a loira se levantou ao ouvir alguém bater à porta. Ela abriu, dando espaço para Shikamaru e Temari entrarem depois de cumprimentá-la.

Eles haviam chegado junto com Chouji, que resolvera passar na casa da amiga para tirar uma dúvida sobre algum medicamento que poderia passar para sua filha que estava acordando todas as noites chorando com dores no estômago (provavelmente por culpa de ter sido amamentada demais, aquela ChouChou realmente era uma Akimichi).

Shikadai já estava nos braços de Shikamaru, e parecia muito mais feliz agora que estava com seus pais.

Godo! Godo! — Ele repetia sem parar, olhando de Ino para Chouji, sorrindo.

De repente o ar se tornou mais pesado na sala de estar da Yamanaka. Ela havia congelado em seu lugar, com a boca aberta e tudo. Shikamaru e Temari também pareciam estar em estado de choque, olhando para o filho, sem saber o que fazer. Ele acabara de chamar Chouji de gordo?!

— O que ele disse? — Chouji perguntou, com um ar inocente.

— Ah essas crianças de hoje em dia... — Ino dizia enquanto gargalhava de forma forçada e nervosa. — Quando começam a falar saem dizendo cada palavra estranha e diferente!

Chouji deu de ombros.

— ChouChou também está desse jeito, eu nunca entendo o que ela diz. — E todos respiraram aliviados. Nenhuma casa corria risco de ser destruída mais.

No entanto alguém ainda estava emanando uma aura não muito boa. E foi Ino olhar para Temari, que se encolheu ligeiramente, indo de forma disfarçada para trás do Akimichi ao seu lado.

Temari lançava um olhar nada amigável à Ino. Ela sabia bem de quem era a culpa por seu filho ter falado aquela palavra.

Ino engoliu em seco. Se ela tinha ficado nervosa com aquilo, o que seria da pobre Yamanaka quando Shikadai falasse “problemática”? Temari lhe mataria, sem dúvidas.

Godo!

— Bem, acho melhor nós irmos embora. — Shikamaru disse. Ele ainda não havia relaxado completamente quanto ao fato de Chouji não entender o que seu filho dizia. Shikadai ainda repetia a palavra o suficiente para o amigo finalmente chegar a alguma compreensão e surtar de vez.

Ele lançou um olhar indignado para Ino, mas não durou muito tempo. Não precisava de qualquer forma, afinal a antiga companheira de time já estava assustada o suficiente somente de ver Temari lhe encarando de forma nada sutil.

— Obrigado por cuidar dele... eu acho. — Disse enquanto saíam da casa da Yamanaka. Shikamaru ainda não sabia ao certo se deveria agradecer ou reclamar.

No fim das contas, pelo menos seu filho ainda estava inteiro.

Era isso que importava... não era?

— Tio Kankulo maluco!


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Notas finais do capítulo

Eu terminei de escrever sorrindo OIUASHOIUHAISHAS adorei colocar Shikadai deixando a Ino passar nervoso, tadinha. Mas eu penso que ela vai ser aquela tia bem melosa, cheia de beijos e abraços, e que sempre pergunta "e as namoradinhas??" KKKKKKKKKKKKKKK Ino tia coruja!

Conto com vocês me dizendo o que acharam do capítulo hein? e sugestões para os próximos capítulos também sempre serão bem vindas (assim como críticas construtivas, vale lembrar -q).
Beijos e até logo ♥