POV Terceira Pessoa

Caos estreitou os olhos para a criança de seis anos a sua frente, o mesmo tinha cabelos brancos tão grandes que cobriam seus olhos, olhos incrivelmente cinzas, sua pele era branca como papel, eram as características de um primordial sem poderes, um primordial sem domínios e um sorriso incrivelmente rebelde se estampava em seu rosto. Em explosões de luzes negra e branca surgiram Ordem e Vazio. A primeira tinha a expressão repreensível em quanto o outro tinha um sorriso divertido no rosto.

— Perseus... - sussurrou Caos, seus olhos amarelos brilhantes pareciam perfurar a alma do garoto, fúria descomunal emanava do Criador em ondas, tornando o ar rarefeito e venenoso.

— Deixe o garoto se divertir! - falou Vazio. - Afinal, foi um ótimo trabalho

— Brincadeiras tem limites Perseus. - Disse Ordem

O pequeno bufou, não havia nada demais em ter pintado o cabelo do criador de rosa, além de que o vestido vermelho que outrora fora uma túnica lhe caia muito bem.

— Sejamos Racionais, o garoto é solitário demais, precisa de alguém! - falou Vazio revirando os olhos para os exageros de seus irmãos

Por um momento Caos pareceu pensar, o enorme castelo esculpido em mármore negro e branco poderia ser sim muito solitário, a arena de batalha, local que se encontravam agora tinha apenas alguns alvos, onde podiam treinar arco e flecha, uma pequena área era coberta por grama, no restante o solo era sem vida, infértil, o criador suspirou, seus olhos brilharam, Ordem e Vazio recuaram sabendo o que ocorria, a terra pura e fértil ser agrupou em um formato de casulo, o mesmo brilhava em energia marrom, quando o mesmo explodiu não restara nada, além de uma pequena garota, de mesma idade a de Perseus, tinha longos cabelos marrons, cor da mais pura terra, olhos de mesma cor dos cabelos, sua pele era branca como a areia fofa do pequeno lago que Perseus gostava de repousar, usava um simples vestido branco e assim como Perseus, um sorriso indispensável de malandragem .

— Espero Vazio, que esteja certo, ao contrário. - disse Caos - Não serei eu que acordarei de vestido vermelho ao amanhecer.
Quando o primordial estava prestes a se retirar, Ordem falou.

— Salvem Gaia, a primordial da terra, e primeira das filhas de Caos. - A garotinha corou quando a mais velha falou, cobrindo seus olhos com os braços, imediatamente a terra se ergueu para acolhe-la....

Juntos, Perseus e Gaia deram origem a diversos planetas, há vários tipos de plantas e animais, e no décimo sexto aniversário de Perseus, algo inesperado ocorreu.

O primordial foi convocado por Caos, Ordem e Vazio. Agora o conselho primordial englobava uma enorme quantidade de deuses primordiais, Nyx e Erebus nasceram a partir das trevas dentro de Caos, a primordial da noite tinha apenas quatorze anos, porém seus longos cabelos negros chegavam a metade de suas costas, tinha olhos negros , com pequenos pontinhos brancos brilhantes, já Erebus tinha o cabelo negro curto, olhos negros e frios.

Ananke, a primordial do destino tinha longos cabelos dourados, seus olhos eram cinzas, a mesma havia sido encontrada nas ruínas do palácio do princípio, tecendo quatro fios de ouro berrante, pensa-se então que a mesma seja uma entidade mais velha que Caos, Ordem e Vazio, mais velha talvez que o próprio Princípio.

Haviam também Chronos e Pontos, Chronos surgira apenas da necessidade do tempo correr, da necessidade de todos não ficarem presos a uma era sem fim, tinha cabelos encaracolados e de coloração amarelada, a mesma cor de seus olhos. Pontos era uma das criações de Gaia, o mesmo nascera quando acidentalmente quando Gaia tentou criar vida no mar, o mesmo surgiu do contanto da mãe terra com a água do oceano.

E vários outros, como Eros, Tártaro, Tálassa, Oreas. Quando Perseus e Gaia chegaram a sala, todos silenciaram, Gaia cresceu até ter seis metros de altura e se sentou em seu trono.

— Perseus, estamos aqui hoje para discutir seus domínios como primordial, você já tem dezesseis anos, idade o suficiente para ter pelo menos um pouco de responsabilidade.

— Ei! - protestou o garoto fazendo grande parte do conselho rir.

— Ananke. - chamou Caos, com um sorriso divertido no rosto.

A primordial se levantou de seu trono, tinha a aparência de uma jovem de dezoito anos, usava um vestido branco, com pequenos adornos dourados, a mesma circundou Perseus, os olhos brilharam em dourado por um segundo, quando falou sua voz saiu triplicada.

—Salvem Perseus, primordial do gelo e da neve, do fogo e da natureza, salvem Perseus o primordial das armadilhas em batalha.

Imediatamente os olhos cinzas do garoto ficaram verdes brilhantes, pequenos pontinhos brancos pareciam cair aleatoriamente ao redor de sua íris, seu longos fios brancos se elevaram, ficando praticamente em pé em sua cabeça, mechas laranja-avermelhadas surgiram, sua pele alternava de morena para pálida, o primordial grunhiu irritado balançando os fios de cabelos que caíram sob sua testa em uma bela mistura de laranja e branco.

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A bilhões de anos luz do local, em ruínas esquecidas até mesmo por ordem Caos e Vazio, uma figura se movimentava rapidamente em meio a escuridão, sua silhueta era deformada e doentia, ao seu redor enormes paredes de mármore desabavam, a criatura se desviou por pouco de uma que quase lhe arrancara metade do corpo, a figura rugiu, por milhares de anos luz no universo o rugido foi ouvido.

— Eu lhe despertarei senhor. - falou a besta revelando olhos negros doentios, ao seu redor dezenas de criaturas nasciam a partir de bolhas que afloravam a superfície
Em questão de segundos um total de dez figuras rastejavam pelo que outrora fora um templo, todos idênticos, com uma enorme capa preta que cobria todo o corpo, símbolos flutuavam emanando energia negativa para todos os lados, mas um se destacava dos demais, em vez de capa preta, usava um enorme vestido branco, não tinha olhos, no local dos mesmos haviam enormes buracos. Não tinha lábios, tinha 6 longos braços, em vez de unhas possuia enormes garras, e em cada mão uma enorme faca tão longa quanto seus braços brilhavam em meio a escuridão.

Em uma sala totalmente branca, onde o tempo não corria e o próprio espaço não existia, um ser de 10 metros boiava tranquilamente em um caixão, um sorriso se estampou na face do mesmo, seus soldados atacariam na hora certa, o conselho primordial se desfaria em desavenças, o mesmo ocorreria no mundo mortal que Gaia em breve criaria, sem mesmo mexer um músculo.

O princípio decretara o fim da criação.