Os herdeiros. escrita por Tia Bibs


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

" Tia Bibs olhou para os lados, saindo de seu esconderijo - que optou em ficar por quase um mês -, e suspirou. Olhou para o computador em sua frente e uma luz clareou a sua mente. Abriu um sorriso orgulhoso e disse: — Finalmente irei poder escrever o penúltimo capítulo d'Os Herdeiros."

Olá pessoal, eu voltei! Ainda não joguem pedras em mim, por favor! Peço desculpas por não responder os reviews, mas nesse capítulo eu prometo que eu vou responder! Obrigada pelos comentários, eu li todos! Eu tava embolada até a cabeça de compromissos. O casamento do meu irmão foi nesse sábado passado e eu finalmente pude jogar as coisas pro alto e agora eu to LIVRE!
Let it go, let it go (8'

Leiam as notas finais.



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Ah, a guerra... Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados, utilizando-se de armas para tentar derrotar o adversário.... Mas não é isso que é o verdadeiro significado.

A guerra causa dor, mortes e traumas. Quantas pessoas foram feridas? Quantas pessoas foram mortas? Quantas almas foram perdidas? Você conseguiria olhar para uma pessoa que, por acidente, ou não, matou um inocente?

Auto-sacrifício, é o que simboliza um shinobi. Nunca ver a luz do dia, trabalhando nas sombras. Essa é a maneira de um verdadeiro ninja. Este mundo não poderia funcionar em ideais e gentilezas. E graças a essas pessoas, a paz foi mantida. — Danzou.

Em meados da quarta guerra ninja...

— Cuidado! — Senji, um jovem adolescente, correu para tentar proteger seu avô. Mais um terremoto chegou a sua aldeia, sem aviso e destruiu algumas casas. Tropeçou em seu próprio pé e caiu, batendo o queixo no chão. Levantou-se em um pulo e socorreu seu avô. Ele era sua única família. Seu avô tinha 96 anos, estava totalmente machucado. — Vovô! — Senji, em meio as lágrimas do desespero, chacoalhava seu avô, que estava inconsciente por alguns instantes.

—Senji, você tem que sair daqui.... — Mais outra explosão calou o seu avô. As pessoas que foram atingidas caíram alguns metros a sua frente, mortas. Senji arregalou os olhos e puxou seu avô até uma espécie de abrigo. Tossiu, olhou a destruição em volta de sua vila.

— Malditos shinobis! — Berrou um aldeão — Se acham no direito de fazer guerras! Quem sofre somos nós, apenas pessoas normais que não utilizamos chakra! Escolhem nossas vilas para não acabarem com as dele!

Os impactos de luta eram sentidos a quilômetros de distância e a terra rachava. Mais uma casa caiu ao lado, ferindo e matando pessoas a sua volta.

— O único jeito para para isso, é usar a mesma arma que eles. Shinobis matam shinobis. — Seu avô ia perdendo o foco dos olhos. Senji sentiu dois braços o envolverem e o puxarem para longe de seu avô. Uma enorme esfera negra com raios elétricos roxos, atingiram o local. Tudo ficou branco, gritos eram ouvidos. Senji se lembrou da última coisa que vira naquele dia. A imagem de seu avô sendo tomado pela enorme luz branca e depois do estrondo. Nem seu corpo restara no local.

Nos dias de hoje.

Boruto acordou. Ele não ousou abrir os olhos. As lembranças da cena anterior perturbavam sua mente. O cheiro se sangue seco ainda pregava em seu nariz, mas a ardência não estava mais presente. Se mexeu por alguns segundos e sentiu que não estava mais amarrado, além disso, ele estava deitado. Abriu os olhos. A claridade não chegou a incomodá-lo. Levantou-se a impecável cama com lençóis brancos. Notou que estava totalmente limpo. Foi até o espelho quebrado e viu seu rosto. Seus cabelos espetados estavam lavados. Seus olhos estavam com pequenas olheiras em baixo. Estava descalço. Girou os olhos por toda a extensão do quarto branco. A porta foi aberta. Boruto fitou três homens. Dois mascarados, como ninjas anbu, e um senhor. Ele usava um terno e deu um sorriso malicioso em direção ao Uzumaki.

— Fico feliz que tenha sobrevivido a parte um, Uzumaki. — O homem disse. Boruto o encarava de forma tão fixa, que se seus olhos jogassem shurikens, o homem estava morto. — Não me leve a mau, criança. Apenas quero esclarecer tudo com você.

— Deixe-me sair daqui, seu velho de merda. — Boruto se virou e se lançou na direção do homem, que no princípio lançou um olhar assustado. Boruto socou o ar e caiu no chão, sem forças. Levantou-se irritado com a risada que o homem soltara e transferiu um soco no meio de seu nariz. O homem recuou, posando a mão no local que fora atingido. Boruto sorriu, enquanto era arrastado pelos dois outros homens, que o seguraram com força.

— Você foi uma criança muito má, Uzumaki. — Disse o homem, com a mão no nariz. — Merece ser castigado.

— Dane-se o que você pensa, seu desgraçado. Eu vou sair daqui e vou acabar com a sua raça. — Boruto berrou, enquanto apanhava. Ele estava fraco e tomado pela adrenalina, mas não podia fazer nada. Foi amarrado em uma cadeira. Suas mãos estavam brancas e os seus pulsos com um tom roxo, pela força que as cordas faziam. Um dos homens fez um selo com as mãos e a garganta de Bolt começara a arder. Tentou falar algo, mas não sentiu suas cordas vocais vibrando. Estava mudo novamente. Olhou com completo espanto e ódio para o homem a sua frente.

— Deixe-me contar uma história... — O homem disse. Boruto Bufou. — Primeiramente, meu nome é Senji. Você deve ter, apenas 16 anos, não? Exatamente minha idade na época. Há muito tempo atrás houve a quarta guerra ninja. Ah, mas isso vocês, ninjas, devem saber, não é? Existia uma aldeia em que eu morava. E foi destruída por impactos e bolas monstruosas de chakra. Por quem? Por vocês é claro. — Boruto levantou a cabeça para observar Senji. — Malditos shinobis. Mas vocês não pensam em nós não é mesmo? Apenas em seus próprios narizes sujos! — Senji gritou, perdendo o controle. Para a provocação, Boruto colocou sua maior cara de tédio. Senji apenas o ignorou. — Você nunca vivenciou uma guerra. Pessoas morrem. Crianças, adultos, idosos! O mundo estava em paz até que um dia, malditos ninjas do país do fogo, voltam a fazer guerra! É por isso, meu caro, que vocês devem pagar por todo o mal que vocês fizeram. O mundo shinobi, no total irá pagar pelo o que fizeram.

— E o que eu tenho a ver com isso? — Boruto fez um esforço para falar.

— Você é a fonte do meu poder, criança. — Senji colocou as mãos nas costas, segurando-as, e começou a andar de um lado para o outro. — Sou eternamente grato por isso. Diria que o destino nos uniu. Você, um menino curioso, veio aos arredores de minha empresa e acabou vendo algo que não era da sua conta. Lembra-se disso? — Boruto abaixou o olhar. Ele nunca esquecera. — Acho que isso foi um sim? Continuando. Câmeras foram inventadas. Consegui sua localização e seu histórico, mas não se espante! Nós, meros mortais, demos a vocês, shinobis, nossa tecnologia. Tolos acreditam que é em forma de agradecimento pela “paz”. — Senji deu uma risada desgostosa. — Você tem um certo chakra especial dentro de você, não é? — Senji parou na frente de Boruto. — Acho que eu vou pegar emprestado.

— Tudo isso é por causa de uma vingança? — Boruto voltou a falar. A dor não incomodava mais. — Isto é ridículo.

— Não é vingança. — Senji riu. — É uma purificação. Vamos colocar a raça shinobi em extinção.

— E como pretende fazer isso, gênio? — Boruto foi sarcástico e se remexeu na cadeira.

— Eu tenho tecnologia, e você tem a força. Juntos, iremos fazer meu plano funcionar.

— E, em algum momento nessa cabecinha babaca, você pensou que eu ajudaria? Céus, estou com um louco. — Boruto riu. Senji fechou a cara.

— Quem disse que eu quero sua ajuda? Eu lhe obrigo. — Senji se afastou e Boruto gargalhou. — Qual seria a graça?

— Eu poderia sair dessa cadeira, queimar essas cordas e encher sua cara de porrada, seu filho da mãe. — Continuou rindo. — Mas eu não quero participar da festa sozinho. Esperarei meus convidados chegarem. Agora, cansei de ouvir essa merda que você chama de historinha, vaza daqui.

— Sua mãe não lhe deu educação? Aquela vaca? — Senji começou a rir. Os olhos de Boruto escureceram. Deu uma risada maliciosa e um sorriso no canto do lábio se formou.

— Você pode falar o que quiser, as merdas que quiser, quando você quiser. Mas nunca ouse falar da minha mãe. — A voz de Boruto ficou engasgadas. — Eu vou te matar da forma mais lenta de sua vida.

O corpo de Boruto ficou com uma mistura de chakras que saíam de seus poros como uma panela com água fervente. Logo as cordas grossas foram se dissolvendo e sumiram. Num movimento rápido, Boruto ficou em pé e jogou a cadeira de ferro em cima de um dos ninjas, que tentava controlá-lo com um movimento de selos. Senji começara a correr para fora do quarto, Boruto, ignorando o outro ninja, correu atrás de Senji. Seus olhos estavam vermelhos e lacrimejados. Estava bufando de raiva. Parecia realmente uma besta raivosa. Ouvia os bijuus falando em sua cabeça. Algumas palavras sem nexo e outras como “ Controle-se”. Não era um Jinchuuki, mas estava agindo como um. Boruto começou a correr e desviava de umas espécies de projéteis que eram lançados em sua direção. Nunca havia visto nada em sua vida. Começou uma luta estilo taijutsu com outro homem mascarado. Se virou para transferir um golpe fatal, mas um estalo foi ouvido e a dor foi o consumindo. Ele havia sido acertado por alguma coisa.

...

Sarada corria, puxando Himawari pelos braços. Os Hyuuga estavam atrás delas. Himawari mandou uma mensagem desesperada para Sarada. Dizendo que seu irmão havia sido levado.

Ambas encontraram o resto dos seus amigos. Shikadai, ChouChou, Inojin e Lee Jr estavam ali. Pareciam uma eternidade desde o último reencontro deles.

— Vamos rápido, os ANBUS estão vigiando o local. — Inojin olhou para os lados.

— Vai ser complicado sair. — ChouChou dizia com uma voz chorosa.

— Eu sei como sair daqui. Já fiz isso várias vezes com Boruto. — Shikadai disse com um pesar na voz. Sarada olhou para ele, transparecendo confiança. Shikadai estava nervoso e preocupado.

— Vamos então. — Sarada tomou a frente de todos, sendo seguida pro Himawari e Shikadai, que ia indicando o caminho.

Começaram a sumir o monte Hokage. Sarada havia entendido o plano de Shikadai. A entrada da vila estaria interditada, caso alguem quisesse sair, mas o monte não. Muitas pessoas não sabiam do desaparecimento de Boruto, então podiam ir até lá e tirarem fotos avontade. Sarada balançou a cabeça, tentando espantar o nó em sua garganta e a visão embaçada pelo começo das lágrimas. Olhou para Himawari. Ela estava com o nariz e as bochechas vermelhas, os olhos no mesmo tom, só que ela não escondia as lágrimas. A expressão em sua face era de determinação. Sarada sentiu um pouco de inveja dela. Suspirou e começou a subir as escadas correndo. Konohamaru estava lá, preocupado.

— Não podem passar... — Sarada subiu em cima do corrimão e saltou por cima de Konohamaru, sendo seguida pelos outros. — EI!

Subiram os muros de pedra, escalando a estátua de Naruto. Os enormes blocos de concreto eram avistados. Sarada fixou o olhar em um deles.

— Ali. — Sarada tremeu ao apontar. Seu coração gritava. Como se estivesse mostrando o caminho. — Ele está ali.

— Vamos logo! — Himawari gritou com uma determinação incrível e começou a correr, subindo em árvores e pular de galho em galho.

— Ele vai ficar bem, Sarada. — Inojin tocou no ombro de Sarada, passando-lhe força. Ela sorriu. — Se seu amor por ele for mais um fator para manter ele vivo. Ele nunca vai morrer. — Inojin começou a seguir os outros. Sarada assentiu, dando um sorriso de lado.

Eles eram jovens, insaciáveis e estavam em busca de seu amigo. Naruto parou e olhou para trás, com as sobrancelhas frizadas. Sasuke havia os encontrado faz algum tempo. Hinata parou ao lado do marido e Sasuke, um pouco atrás. Logo eles virem as silhuetas que conheciam.

— Himawari, o que está fazendo aqui? — A voz de Naruto foi firme.

— Sarada, pode explicar o que é isso? — Sasuke disse com a voz mais gelada possível. — Não disse a você que era perigoso?

Himawari passou direto por eles, levando os amigos juntos. Sasuke pegou Sarada pelo braço. Fazendo-a encara-lo.

— Eu vou atrás do meu amigo. Do meu melhor amigo! — Sarada berrou, tentando sair dos braços de seu pai. — Eu não vou deixar ele sumir. Ele não vai ir embora. Eu não vou deixar! — Em meio as lágrimas, Sarada se livra dos braços de seu pai e avança para alcançar seus amigos. Naruto olhou para Sasuke e o puxou, fazendo-os seguirem os adolescentes.

— Shikadai, algum plano? — Himawari perguntou, olhando-o para trás. Vendo seus pais, ela sentiu mais vontade de chorar. Eles estavam sofrendo com isso.

— Podíamos nos separar e procu... — Shikadai foi cortado por Sarada, que tomou a frente dele.

— Não — Ela ajeitou os óculos. — Sei muito bem onde ele está. Apenas me sigam. — Sarada tirou seus óculos e ativou o sharingan.

— Droga. — Naruto sussurrou.

— Temos que prestar muita atenção neles. — Sasuke estava com a cara mais amarrada do mundo. Hinata olhou para os dois homens e balançou a cabeça.

— Lembrem-se que agora é a vez deles. Todos nós fomos atrás de você, Sasuke. Eles estão fazendo o mesmo por Boruto. Não seja duro. — Hinata tomou a frente dos dois homens e seguiu sua filha. Naruto assentiu. Sasuke abaixou o olhar, mas seguiu Hinata.

Sasuke olhou para filha. Suas costas tensas e a voracidade que estava indo em direção a cidade. Suspirou presadamente, como se estivesse suprimindo as forças dela. Boruto era importante para Sasuke também. Era seu afilhado e, de certa forma, seu discípulo.

O que está passando nessa sua cabecinha, Sarada? Eu sei que ele é importante para você. Mas qual seria o tamanho dessa importância?


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Notas finais do capítulo

- Desculpem por não responder os reviews, eu prometo que nesse eu respondo.
— provavelmente o cap ficou mediano, não sei se eu irei acrescentar mais um.
— dúvidas? por favor, comentários. Talvez eu tenha deixado algo passar e não percebi.
— desculpas por sumir também. Tava entalada até a boca agora.
— Descobri umas coisas bem legais sobre o filme de Boruto. -

A voz do Bolt é quase igual a do Naruto, e a da Sara-chan, semelhante a da Sakura. Sasuke vai ser o sensei de Boruto e Sarada. Trailer de Boruto - Naruto the movie foi lançado hoje! Assistam lá!