Os herdeiros. escrita por Tia Bibs


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

O grande e esperado capítulo chegou. Poderia fazer uma nota enorme aqui, mas eu sei o que vocês realmente querem. Venho aqui pedir desculpas pela demora, de novo, e espero que me perdoem. Logo que eu fiz o capítulo 19 eu comecei a fazer o capítulo 20, mas ai: BLOQUEI DE AUTOR. Gente, nunca fiquei tão desesperada em toda minha vida. Vai fazer dois meses, não né? Estou realmente chocada com esse bloqueio. Consegui escrever esse capítulo final! Poderia ser melhor? Poderia, mas eu fiz com todo carinho do mundo. Agora, sem mais delongas. O último capítulo de Os Herdeiros!



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Algum tempo atrás...

Senji estava com as mãos dentro dos bolsos da calça. Com um terno alinhado e em perfeito estado, contemplava a vista que tinha para a maior aldeia do país do fogo.

— Senji-sama, está tudo pronto. — Um de seus servos apareceu na porta. Senji o olhou por cima do ombro e assentiu, se virando e indo em direção a porta. O caminho até o local era silencioso. Senji abriu a porta e encarou uma enorme máquina. Havia milhares de botões em sua lataria. Os feixes de luz eram misturados e haviam canos que estavam presos a maquina e passavam pelas paredes.

— Mostre-me o que essa beleza faz. — Senji sorriu. Uma pequena mulher assentiu e apertou alguns botões.

— Com alguns shinobis que capturamos, conseguimos drenar uma quantidade de chakra razoável que nos permite essa pequena demonstração. Com alguns anos de pesquisa, conseguimos uma forma química que reage com o chakra e deixamos ela de forma sólida. Assim, aumentamos sua força e, como consequência, o dano. Com os selos que foram colocados na sala de quarentena, conseguimos drenar seus chakras, que passam por esse cano — Apontou para um dos canos e seguiu até a máquina — e é transferido na máquina. Ela trabalha e em alguns minutos ela faz o projétil. — Pegou uma pequena bala. — Projétil de arma de fogo. Se essa bala perfurar o corpo de um shinobi, é capaz de matá-lo em alguns minutos, ou, dependendo da quantidade de chakra estabelecido aqui, momentaneamente. O diferencial é... Ela recarrega ao entrar em contato com as linhas de chakra do Shinobi

— Está pronta para uso? — A mulher assentiu. — Traga um desses lixos para cá, por favor. Um que esteja com pouco chakra, mas que não esteja morrendo. — Senji levantou um braço em forma de ordem. A moça o entregou uma arma. Uma pistola prateada. Ele colocou uma bala dentro, recarregando-a e esperou, pacientemente, pelo alvo.— Quantas dessas temos?

— Apenas cem, senhor. — A moça gaguejou. — Com a quantidade de chakra que conseguimos obter nesses meses, apenas cem.

— Então temos que aumentar.

— Senhor, onde iremos achar uma fonte de chakra tão poderosa assim?

Um estrondo na porta tirou a atenção de Senji. Um ninja estava sendo carregado por dois homens, e um terceiro apareceu, ofegante.

— Fomos vistos! — Um guarda apareceu na sala e apontou para uma das telas de quatorze polegadas presas em uma mesa. O rosto de Boruto estava congelado como imagem. Senji ergueu a sobrancelha e apertou um dos botões do enorme computador. Em alguns minutos depois uma voz robótica proferiu as palavras.

Uzumaki Boruto, filho de Uzumaki Hinata e do Nanadaime Hokage de Konoha, País do fogo, Uzumaki Naruto.

Senji levantou o dedo, chamando a sua assistente. A mesma correu até seu encontro.

— Diga-me mais sobre o clã Uzumaki.

Hoje em dia...

Naruto passou a frente de todos. Suas costas estavam tensas e o seu chakra estava tão intenso que era quase palpável. Hinata estava ao seu encalço juntamente com Himawari. Sasuke e os outros estavam logo atrás.

— Sarada, você me parece convicta sobre onde Boruto está. — Naruto disse em tom alto. — Mostre-nos o caminho.

...

A falta de ar era seu pior pesadelo. Boruto percebeu que estavam perdendo os sentidos. Suas pernas estavam ficando dormentes e seu suor estava gelando. Virou a cabeça para trás, tentando ver se alguém o perseguia e não viu ninguém. Se encostando na parede, obrigou-se a andar mais um pouco.

— Droga... — A sua voz saia embriagada. Tossiu, sentindo o gosto do sangue subir pela sua garganta. Ouviu um estrondo em uma parede no andar de cima e mais barulhos e tiros. Sorriu fraco. — Estão atrasados, bobalhões.

Aos poucos, a visão de Bolt ia se tornando um pontilhado preto. Ouviu passos apressados em sua direção. Sentia o gosto do sangue escorrer pelo nariz.

— BOLT! — A voz era conhecida. Mas quem quem seria? — DROGA, SEU IDIOTA, ME RESPONDA!

— Ah.... — Seus joelhos tocaram no chão. — E aí, Sara-chan? Pode tirar esse troço que eles.... em mim.... — A visão de Boruto ficou preta e, ao longe, sentiu os braços de Sarada envolverem....Naruto socou mais um inimigo, que caiu no chão, desacordado.

Hinata usava sua defesa para parar as balas que as armas disparavam. Sasuke levou todos os adolescentes para dentro, já que o rasengan que Naruto disparou na entrada, abriu uma enorme abertura que poderia desestabilizar o prédio.

— Hinata, vamos! — Naruto parou na frente de sua esposa e ela assentiu. — Vá até o andar debaixo, onde Sarada seguiu sem falar com ninguém, que eu vou ajudar Sasuke e os outros.

— Certo. Por favor, tome conta de Himawari. — Hinata correu na direção contrária de seu marido. Naruto olhou para os corredores, com o modo sennin ativado. Franziu o cenho e correu em uma direção estranha.Hinata ativou seu byakugan para ver se conseguia achar seu filho e Sarada mais rápido. Seu coração parou quando viu uma movimentação estranha da Uchiha e um corpo no chão, com vestígios de sangue.

— Droga, aguente... — Os olhos de Sarada estavam com um vermelho estranho. — Bolt!

— Sarada! — Hinata chegou perto de Sarada e se jogou no chão. Viu o corpo de Boruto no chão, mais pálido do que o normal e um enorme sangramento no tórax. — Boruto... — Os olhos de Hinata começaram a lacrimejar. Colocou as suas mãos no tórax de seu filho e via que os pontos de chakra dele estavam minúsculos e percebeu que eles estavam acabando. Viu o projétil da bala. — Uma bacia com água, Sarada.

Sarada olhou para os lados e depois pegou sua mochila e pegou uma garrafa d’água. Pegou a sua kunai e cortou a parte superior da tampa. Hinata parecia tentar controlar o sangramento e a fonte de chakra dele. A bala estava crescendo dentro do corpo do Uzumaki. Sarada respirou fundo e concentrou seu chakra na mão. Logo uma enorme quantidade de água se formou em bolha em cima de suas mãos.

— Vi minha mãe fazer isso em caso de envenenamento, mas não sei se consigo... — Sarada olhou para suas mãos trêmulas e Hinata a olhou de uma forma mais dura. Sarada entendeu o recado. Se aproximou do tórax de Boruto e a bolha atravessou.

— Aquilo está maior.... — Hinata pegou uma kunai e olhou para Boruto. — Desculpe, querido. Irá doer um pouquinho. — Enfiou a kunai no tórax do loiro, expandindo mais a abertura. — Sarada, puxe...

Sarada tentou trazer a bolha para fora. Na primeira tentativa, não deu certo, e ela se castigou por isso. A bola se desfez e a água agora estava suja. Hinata juntou três dedos de uma das mãos e colocou pela abertura do tórax do filho. Sarada segurou um grito de surpresa e horror, virando o rosto um pouco para o lado. Logo Hinata tirou os dedos com uma pequena bala redondo no tamanho de uma shuriken. Colocou uma faixa e gases em volta do tórax de Boruto.

— Ele está com pouco chakra... — Hinata girava seus olhos perolados por toda a extensão do corpo do seu filho. Sarada colocou suas mãos no corpo de Boruto e começou a transmitir seu chakra para ele.... Naruto se encontrou com Sasuke, que olhava para uma parede. Himawari e os outros estavam procurando Sarada e Boruto nos quartos a frente. Um tremor enorme ocorreu no andar.

— Isso aqui vai desabar! — Shikadai gritou

Droga... — Naruto olhou para os lados. — Tem razão. Há muitas pessoas aqui e essa estrutura não vai aguentar por muito tempo.

— E o que pretende fazer, Sétimo? — Sasuke olhou para Naruto.

— Salvem a maior quantidade de pessoas desse prédio. Vamos levar todos presos. Vou procurar o responsável por essa porcaria. — Sasuke assentiu e Naruto começou a correr pelos cantos procurando por Senji. Logo sentiu uma enorme presença de chakra concentrado em uma... caixa de metal? Naruto abriu a porta e viu um homem e uma mulher mexendo nessa caixa. Era uma máquina.

— Ora! — O homem disse. — Se não é o Hokage da Vila da Folha! Veio salvar sua criança?

— Quem é você? — Naruto deu um passo para frente e logo ouviu pequenos estalos de armações em sua direção. Olhou para os lados e viu duas dezenas de pessoas armadas.

— Senji-Sama, está tudo pronto... — A mulher disse com receio na voz e olhou com piedade para Naruto.

— Quem diria que eu mataria o homem mais forte do mundo ninja?! Ha... — Senji deu uma risada gloriosa. Naruto levantou uma sobrancelha. — Mas antes, deixe-me dizer os verdadeiros motivos para isso...

Boruto abriu os olhos. Sua visão estava voltando ao normal e ele tossiu. A garganta estava seca. Hinata apareceu em sua frente, abraçando seu filho logo em seguida. Bolt riu.

— Mamãe... — Gemeu de dor. Hinata desfez o abraço e olhou para ele com preocupação. — Desculpe, eu devia ter falado... — Outro estrondo foi ouvido. Boruto tentou se sentar, mas a dor o consumiu. Olho viu Sarada entrar no pequeno quarto em que estavam. — Sarada...

— Precisamos sair daqui... Isso vai cair... — Sarada sorriu para Bolt e ele pareceu entender onde estava.

— Preciso... — Com algum esforço, Boruto se sentou e Hinata o colocou em pé. — Fazer uma coisa antes... Mãe, vá encontrar os outros... — Boruto passou por Hinata e seguiu até a porta.

— Boruto...

— Mãe, por favor... — Boruto fez uma careta de dor e seguiu por um corredor de emergências. Hinata olhou para Sarada e lançou seu olhar para onde Boruto estava indo. Sarada entendeu o recado e seguiu o loiro.

— Sara-chan, você veio... — Boruto dizia, enquanto olhava para três entradas a sua frente. — Obrigado, por vir me salvar.

— Acha mesmo que eu deixaria você ficar sozinho? Não consegue nem se defender. — Sarada ajeitou seus óculos. Boruto riu e a chamou com a mão ao ouvir seu pai. Olhou para a entrada de ar do prédio e sinalizou para Sarada. Logo fez um bushin de si mesmo e ajudou Sarada a subir. E logo em seguida, ela e seu bushin o ajudaram a subir. Boruto mal respirava, enquanto olhava para o traseiro de Sarada com vergonha.

— Anda, vai e vira a direita. — Sussurou, começando a soar de dor.

— Isso aqui está muito quente. — Reclamou Sarada, virando a esquerda.

— Você não tem noção. — Boruto segurou a gargalhada, pois já estava com dor suficiente. Aproveitou e pegou uma kunai na mochila da Uchiha. Logo, Sarada deixou Boruto passar na sua frente e o loiro parou na entrada. Seu olhar estava escondido entre as fendas da porta da entrada de ar.

— Nada que me disser vai fazer a diferença. — Senji riu. Naruto estava com uma expressão carrancuda. — Agora — Senji começou a apertar os botões da máquina. — suas últimas palavras são...?

Boruto concentrou o chakra na mão, formando um rasengan e pisou na abertura da entrada de ar, quebrando e caíndo em cima da máquina.

— Adivinha quem voltou?! — Boruto viu que as armas foram apontadas para ele e abaixou o braço, fazendo seu rasengan colidir com a máquina. Naruto usou o chakra de Kurama e várias mãos se consumiram pela sala e conseguiu pegar algumas armas dos soldados. Uma luz forte começou a sair da máquina, enquanto Boruto perfurava a mesma. Logo uma enorme explosão aconteceu e o corpo de Boruto foi jogado para cima, batendo no teto. Naruto conseguiu se proteger com o chakra da raposa e Sarada estava dentro da corrente de ar, não havia se ferido. Logo a luz se apagou e o fogo tomou conta. Boruto estava jogado ao chão, junto com vários corpos, imóvel. Sarada caiu da entrada de ar e Naruto foi em direção ao filho, temendo o pior.

— Bolt! — Naruto chamou o filho, que abriu os olhos e abriu um sorriso fraco.

— Consegui?

— ... — Naruto soltou uma risada. — Acho que sim... — Ajudando Boruto a se levantar e apoiou seu filho em seu corpo. Sasuke apareceu na entrada, Sarada correu para abraçar seu pai.

— Temos que ver se alguém sobreviveu e sair daqui. — Os pedaços de concreto iam caindo no chão.

— Cadê... Senji...? — Boruto olhou para os corpos machucados e alguns, mortos, e não reconheceu Senji. Depois viu uma pequena abertura na parede. — Vão... eu cuido dele... Salvem esses... — Boruto se desencostou de seu pai e seguiu para o pequeno túnel da abertura da parede. Ouviu alguns gemidos fora da abertura do pequeno túnel. O corpo de Senji estava caído, encostado na parede enquanto vários pedaços de concreto desmoronavam. Boruto saiu do túnel e pôs-se em pé. Tentou respirar fundo e seguiu em direção de Senji. O corpo de Senji estava muito machucado e ele estava com alguns estilhaços no corpo. Se virou para encarar Boruto e abriu a boca, onde o sangue escorria como água corrente. Boruto mudou de expressão.

— Eu disse que ia te matar da forma mais dolorosa e lenta possível.

— Seu desgraçado... Destruiu a purificação do mundo. A sua raça é o que faz o mundo está um lixo. — Senji tentou desviar, mas uma enorme pedra de concreto caiu em suas pernas. Boruto fechou a cara e pegou uma kunai que havia pegado de Sarada e balançou ela, como se mostrasse um brinquedo.

— Isso é um símbolo shinobi. Eu sou um shinobi. — Boruto se aproximou de Senji, que estava quase perdendo a consciência e enfiou a kunai em seu tórax. Ele gritou de dor e Boruto tirou a kunai. Os olhos de Boruto escureceram naquele momento, quando via o sangue de Senji descer e molhar o chão e sua roupa.— Estou lhe dando o troco. Não por ter me acertado com aquela maldita coisa. Mas por falar mal da minha mãe. — Boruto desviou de outro bloco de concreto e se virou em direção a saída. — Não importa se são shinobis ou pessoas normais, são pessoas como você que fazem o mundo está um lixo. Que escolhem a vingança, em meio a dor, para ter uma paz. Não se gera paz desse jeito. O mundo já está em paz. Mortes são desnecessárias.

— Você irá me matar... Isso é irônico... — Senji tossiu.

— Não, você se matou. Apenas estou sendo a reação de sua ação. — Boruto suspirou, com as mãos trêmulas. — Descanse em paz, senhor. — Boruto não esperou a resposta e entrou no túnel novamente. Um segundo depois, um outro bloco de pedra tampou o local onde ele havia saído. E os blocos começaram a cair com mais frequência. Senji olhou para cima, com os olhos lacrimejados e disse:— Não estou fazendo o certo, vovô? — Uma lágrima desceu em seu rosto e viu em um bloco de concreto, a resposta de seu parente querido. Caindo em cima dele, o matando.Boruto voltou para a antiga sala onde estava e apressou-se em correr, em meio as dores.

— Me...ajude... — Ele se virou e viu uma mulher deitada no chão, com vários estilhaços no corpo. Ela era a ajudante de Senji. Boruto hesitou por alguns instantes, mas logo envolveu os braços pelo corpo da mulher, levando-a para fora.

...

Boruto estava sentado na calçada, enquanto era atendido por alguns ninjas médicos. Sua mãe estava ao seu lado, explicando o que havia ocorrido. Ninjas levavam os prisioneiros até Konoha. Himawari apareceu, abraçando seu irmão.

— Fiquei tão preocupada com você! — Himawari beijou a testa do irmão.

— Obrigado por terem me salvado pessoal. — Boruto olhou para cada um de seus amigos e sorriu.

Após um tempo, Boruto estava sendo levado para o Hospital de Konoha. Sakura pareceu estupefata pelo ocorrido e logo estava ajudando no tratamento do Uzumaki.

— Acho melhor você acordar! — Naruto apareceu no quarto do hospital, gritando. Bolt revirou os olhos, já estava acordado. Não havia conseguido dormir, na verdade. Estava com leves olheiras. Naruto beijou sua testa, fazendo com que o filho reclamasse. — Fico feliz em ver que está bem, Boruto. Você me deixou nervoso. Depois, conte-me o que aconteceu, certo?

— Pode demorar um pouquinho... Sinto dor até em pensamento. — Boruto assoprou o ar e Naruto riu. — Não se preocupe, logo estarei com o meu relatório na mesa do Hokage. — Boruto fechou os olhos, como se quisesse por um fim na conversa.

— Claro — Naruto ficou em silêncio por alguns instantes. — Mas quero que meu filho descanse um pouco. Não quero ser um pai chato e mandão, você sabe. — Disse Naruto. Bolt abriu os olhos e assentiu lentamente com a cabeça. — Estou orgulhoso de você, Bolt.

— Obrigado. — Disse Bolt, abrindo um sorriso. — Por isso e por me salvar também.

— Ora, quem me mostrou o caminho foi Sarada. Vocês tem uma ligação muito forte, não é mesmo? — Naruto fez uma cara engraçada diante a vermelhidão do rosto do filho. — Huh? Huh? Hehehehe.... Quem imaginaria...

— Pai, por favor... Não...

— Agora, deixe-me sair porque tem uma pessoa espionando atrás da porta. — Naruto se ajeitou e se virou para a porta. — Sarada, pode entrar.... — Naruto começou a andar em direção a saída. — Venho mais tarde com a sua mãe.

Sarada acenou para Naruto, vermelha de vergonha e foi em direção de Bolt, que começou a rir.

— Você realmente sabe se esconder? Ele é o Hokage, esqueceu? — Boruto desviou de um peteleco de Sarada, e se arrependeu logo em seguida, com dores.

— Você está bem? — Sarada se sentou na cama. Boruto assentiu, com algumas caretas de dor. — Não parece.

— Deve ser porque eu estou... Digamos.... FERIDO?! — Bolt riu mais uma vez, e agora deve o acompanhamento de Sarada. — Como sabia?

— Sabia sobre o quê? — Sarada parou de rir e colocou uma expressão confusa no rosto.

— Onde me encontrar...

— Ah — Sarada riu. — Você jogou o livro em cima de mim, praticamente. Sabe? Aquele de símbolos? Eu o li e liguei os pontos. — Sarada disse com um ar intelectual. — Além disso — Ela apontou para seus óculos. — Meus olhos podem ver muito mais do que o imaginado. Eu... Simplesmente soube por onde ir. Não sei explicar, eu apenas queria salvar você. — Terminou de dizer e olhou para Boruto, que tinha um sorriso que ocupava quase todo o seu rosto. Ela riu, abaixando a cabeça. — Achei que tinha te perdido, no momento em que eu te encontrei... Você não me respondia e eu fiquei nervosa. Fiz tudo errado e...

— Caramba, você fala demais. — Boruto se ajeitou na cama, ficando sentado. — Eu estou vivo e graças a vocês, a todos! Principalmente a você, que mostrou o caminho. — Boruto colocou a mão em seu tórax, enquanto inclinava seu corpo para frente. Selou seus lábios no canto da boca de Sarada e sussurou. — Eu poderia te beijar, mas não olha agora, seu pai está logo ali, no prédio a frente, pela janela, nos olhando. — Boruto sentiu Sarada arquear para trás e riu. Sarada se desvencilhou de Boruto e olhou para janela. Sasuke estava lá, em um outro prédio perto da janela. Mas não estava olhando, ou estava? Sarada revirou os olhos e se levantou, fechando a cortina. Boruto riu, chocado.

— Pronto. — Sarada riu abraçou Boruto. Uma das enfermeiras chegou no quarto e pediu para que Sarada se retirasse. Boruto fez uma cara de birra e Sarada o empurrou levemente. — Até mais! — Sarada vez um sinal para enfermeira, que assentiu e saiu. Acenou para Boruto e foi em direção a porta.

— Sarada! — Boruto exclamou, indignado. Sarada se virou confusa. E arregalou os olhos quando o viu, o mesmo de pé, e tentando tirar as agulhas em seu braço. — Não esqueceu de nada?

— Ah! — Sarada bateu na testa. — Boa recuperação, idiota. Deite-se na cama! — Sarada pôs a mão na cintura, fazendo uma pose de mandona. Boruto fez uma cara azeda. Sarada deu uma pequena corridinha e o beijou. Boruto deu uma risada abafada pelos lábios da morena mas correspondeu. Sarada partiu o beijo e ajeitou seus óculos — Agora vai se deitar.

— Certo. Obrigado. — Boruto foi meio tonto para cama. — Sara-chan, pode chamar a enfermeira? Eu acho que estou passando mal. — Ele jogou a cara no travesseiro e riu. Sarada apenas revirou os olhos e acenou, saindo do quarto.

Queria superar meu pai, confesso, e ainda quero. Pensou Boruto. Tenho tantas coisas para aprender e tantas coisas para ensinar. Minha primeira missão foi cumprida, apesar de não saber que realmente eu era o objetivo da missão. Ainda existem pessoas com ódio no mundo. Guerras deixam marcas e não são sempre boas. Claro que os seres humanos nunca deixarão de cutucar a discórdia.... Mas por enquanto, meu objetivo é manter a paz que meu pai lutou para conseguir. Poderia ter uma vida melhor? poderia.

Boruto riu, olhando para porta onde Sarada acabara de sair e depois se virou, apertando um botão em sua cama, fazendo com que as cortinas de abrissem novamente. Visualizou o monte Hokage, e olhou a figura de seu avô e logo em seguida, de seu pai. Olhou a figura do herói de Konoha e abriu um sorriso orgulhoso.

Eu não quero ser um Hokage. Mas quero que lembrem de mim, assim como meu pai é lembrado: Um herói. Ah, minha vida tá boa do jeito que tá. É o que dizem: Vencedores vencem dores e vem sem dores.

Bolt olhou para enfermeira e disse com uma voz pidona.

— Poderia me trazer um remédio para dor, por favor? — Fez uma careta de dor e colocou a mão no tórax.

Dor emocional, é claro.

Aprendemos o que é valorizar as pessoas que amamos, quando quase as perdemos, ou até perdemos. Ganhamos novas pessoas em nossas vidas e perdemos pessoas que já estavam. Algumas, simplesmente voltam.

Sarada olhou para seu pai, que a deu um toque na testa e se sentou no sofá. Sakura acabara de trazer alguma bebida para ele . Sarada olhou para seu álbum de família, ainda estava incompleto, mas ela saberia que logo algo estaria preenchendo o espaço vazio.

Temos que dar graças as pessoas que nos cercam. Agradecer por elas estarem ou se já estiveram em nossas vidas. Pelo bem ou pelo mal. O importante é que você deve tirar ensinamentos com isso.


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Notas finais do capítulo

Uh * suspiro aliviado* acabou!
Agora, umas palavrinhas da autora...

Olá, leitor! Ativo ou fantasma, quero agradecer a você por ter lido essa fanfic. E por ter aguentado chegar até o final dela. Devo ter deixado alguns de vocês com muito a desejar, e eu me desculpo por isso. Obrigada a todos que aceitaram e receberam tão bem essa fanfic. Que comentaram desde o "continua" a um texto. Desculpe se eu não respodi alguns reviews, desculpe se eu deixei algo passar, mas eu fiz tudo isso com muito amor e carinho. Eu fico tão feliz vendo as pessoas comentarem e sabe, interagirem comigo sobre algo que nos liga, que nos importa. Vocês não tem noção de como é incrível pra mim ver que tem mais de 500 pessoas acompanhando a fanfic, que tem pessoas que recomendaram essa fanfic e pessoas que comentaram nessa fanfic. Eu tive que criara a continuação do universo Naruto com o pouco de informações que nosso mestre Kishimoto nos deu. Agora, já temos um bocado de informações, novos personagens, velhos personagens e uma história muito interessante que vem através do Naruto Gaiden. Espero que, em breve, eu possa fazer uma outra fanfic, utilizando o máximo de informações possíveis e que, é claro, deixem um diferencial para todos nós. Obrigada a todos! Espero que todos guardem no coração essa fanfic que, se não foi a primeira, foi uma das primeiras fanfic da nova geração de Naruto publicada em um site em português. Que teve suas loucuras, seus erros, mas foi escrita com amor Obrigada aos diferentes shippers que apoiaram a fanfic e aguentaram os momentos de NaruHina e Sasusaku! Obrigada pelas críticas construitivas, obrigada pelas mensagens, obrigada por tudo! E espero que daqui a um tempo, eu veja vocês de novo em uma, possível, outra fanfic minha!
Um beijo, Tia Bibs!