Os herdeiros. escrita por Tia Bibs


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

ACONSELHO A LER ESSA NOTA:

Então, caros amigos… Ansiosos para a volta as aulas? Eu não estudo mais então não preciso me preocupar com isso. Mas bate uma saudadezinha lá no fundo. Desculpe ficar quase vinte dias sem atualizar, minha vida tá uma bagunça! Toda vez que eu arranjava tempo de escrever, alguém me tirava esse tempo. Um saco, mas fazer o quê? Então, nesse momento devo está respondendo as reviews do capítulo 15. Eu li todas e fico muito feliz em ver os comentários positivos para a fanfic. Vocês não sabem a alegria que me dá ver que vocês gostam do que eu escrevo. Recebi uma mensagem/review especial dizendo que eu e minha fanfic inspirou a pessoa a criar sua própria fanfic. Gente, isso dá uma alegria enorme. Eu fiquei sorrindo tanto o dia todo, sério. Fico bastante feliz e quase chorei aqui. Enfim, tenho um aviso aos amigos que não gostam de muita melação : Esse capítulo vai ter! Então, se não quiser lê-lo, te espero no próximo, mas eu aconselho a lerem os três últimos parágrafos. A coisa vai esquentar! Mas para quem gosta de um momento fofo, eu dei o meu melhor aqui! Podem ler o capítulo todo que vocês, eu espero, vão gostar!



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– Ai, Ai, Ai Sakura-san! - Boruto berreu enquanto Sakura colocava seu braço no lugar. Ele fungou e fez um bico. Sakura riu e colocou uma tipoia no braço de Boruto. Ele ergueu a sobrancelha, confuso.

– É melhor você ficar assim por enquanto, você é bem elétrico, Bolt, e você não deixaria seu braço quieto. Então é melhor você usar essa tipoia porque se não… - Sakura fez uma pausa dramática. - Você pode ficar sem braço. Imagina só? Ficar igual seu pai com um braço novo? - Sakura segurou o riso quando viu a cara do Uzumaki. Boruto tremeu internamente, se imaginando sem o braço. Balançou a cabeça negativamente de engoliu o seco.

– Não vou mexer meu braço. Não vou! - Boruto se encolheu e pôs a mão no antebraço com a tipoia. Sakura o dava medo. Ela riu e beijou o topo da cabeça de Boruto.

– Bom menino, agora você pode ir. Quer um docinho? - Sakura pegou um pirulito e Bolt fechou a cara, fazendo um bico. Pulou da maca e seguiu caminho até a porta.

– Tchau - Ele colocou a cabeça para fora e olhou para os dois lados. Depois se virou para Sakura e a chamou com a mão, falando baixinho. - Tia Sakura. - Ele se virou e saiu correndo. As pessoas paravam o que faziam e olhavam para Boruto, com o braço machucado, e Boruto fazia uma cara de dor e as pessoas ficavam com uma expressão preocupada. Mas no fundo, ele estava apenas rindo por dentro. Seguiu seu caminho até a área de investigação de Konoha.

Sarada estava com seu pai, que havia voltado de uma missão especial para o Hokage, e estavam indo até uma loja de vestidos e kimonos. Sasuke estava com uma cara emburrada. Sarada estava do mesmo jeito.

– Por que não pediu para sua mãe vir com você? - Sasuke disse baixinho. Sarada o olhou por cima do ombro, fazendo uma cara feia.

– Porque ela está de plantão. - Ela disse de forma óbvia e viu o pai bufar e resmungar alguma coisa. - Além disso, papai, são apenas vestidos. Não é que fosse roupa íntima, nem nada. - Ela deu nos ombros e Sasuke abriu a boca chocado. Depois se recompôs, ficando corado e seguiu Sarada até a loja. Mas na entrada da loja, a menina o barrou.

– Vou poupá-lo desse constrangimento machista, então irei comprar o meu kimono sozinha. Fica ai fora - Sarada não esperou a resposta de seu pai e entrou. Sasuke ficou parado em frente à loja, sem reação.

– Você vai realmente me deixar na mão? - Boruto falava com Shikadai pelo celular, enquanto andava de uma lado para o outro no quarto.

– Desculpa, Bolt… Mas é complicado… Eu…. Eu vou à esse festival com uma garota. - A voz de Shikadai preencheu o quarto. Boruto revirou os olhos e lançou um olhar raivoso ao telefone.

– Você realmente é um traidor! Que espécie de amigo você é? Vai me deixar na mão?! - Boruto jogou um travesseiro em cima do celular.

– Entre ficar te ouvindo reclamar que a Sarada vai ao festival com o Inojin, que ela não gosta de você e toda essa complicação amorosa e chata da sua vida, eu prefiro ir ao festival. Além disso, eu gosto da garota, ficaria muito chateado em deixá-la chateada. - Shikadai suspirou. Boruto ficou um tempo sem dizer nada e depois, emburrado, berrou.

– Traidor! - Boruto ajeitou o braço na tipoia e se sentou na cama, encarando a televisão desligada. Suspirou e resmungou. - Posso, pelo menos saber quem é ela? - Boruto olhou para o celular. - Tenho que parabenizá-la por ter que te aguentar uma noite toda.

Shikadai tossiu e resmungou alguma coisa que Bolt não entendeu, se afastando do celular. Sua voz voltou a se aproximar e disse arrastado.

– É complicado… Minha mãe está me chamando, tenho que ir. Tchau.

Bolt revirou os olhos e imitou Shikadai fazendo uma careta. Se levantou após ouvir o barulho do fim da ligação e Hinata bateu na porta do quarto.

– Okaa-san - Bolt disse surpreso.Era intrigante e diferente na forma que ele e Himawari tratavam seus pais. Sua mãe era sempre da forma mais formal e gentil, já com o pai era da informal e afetiva. Quantas vezes seu avó não brigou com ele por chamar Naruto de “To-chan” ou com Hima, que o chamava de “Tu-chan” - Entre.

Hinata abriu um sorriso gentil e entrou no quarto. Suas mãos delicadas seguravam um embrulho. O tecido que envolvia o presente era de seda branca e muito brilhante, tinha um laço muito bonito lilás envolvido nele e Boruto abriu um sorriso de lado, com uma cara confusa. Hinata deixou o presente em cima da cama e gentilmente, se virou para o filho, o chamando.

– Isso é para você. - Ela apontou o presente com o olhar. - Eu sei que você me comunicou que não iria ao festival, mas eu comprei esta roupa para você, caso mude de ideia. - Hinata abraçou seu filho e deu um beijo na bochecha dele. Boruto havia crescido muito. Estava maior que ela. Mas ele continuara o mesmo, a expressão emburrada no rosto. Mas era um doce de pessoa. - E é da cor da tipoia, então você não vai se sentir constrangido por usá-la. E seu braço está melhor, querido?

– Esta sim, mamãe. - Boruto abriu um sorriso. O mesmo sorriso que ele sempre sorria para sua mãe. Com admiração e amor. Ás vezes, parecia com o sorriso que Naruto dava. Mas Naruto sorria com mais intensidade. Era uma mistura de afeto, desejo, amor e admiração. - Não precisava se preocupar com isso… Mas obrigado. - Bolt olhou, sorrindo, para o presente na cama. - A senhora é maravilhosa.

– Eu amo você. - Hinata beijou a testa do filho. Boruto riu e ficou parado, encarando-a se virar e ir em direção a porta.

–Também amo você… - Bolt sorriu mais para si do que para a mãe. Hinata deu uma risadinha e tocou na porta. - Mãe? - Ela se virou novamente para o filho. - Como é gostar de alguém?

Sarada se encontrava encarando o espelho em seu quarto. Estava com uma expressão irritada. Seus cabelos lisos estavam jogados sobre os ombros, como sempre. Ele colocava os óculos e suspirava, quando os tirava, bufava irritada. Odiava seus óculos. Os jogou na cômoda e esfregou o rosto.

– Por que eu não nasci com a visão normal? - Se lastimava. Faltava algumas horas para que ela pudesse ir ao festival. Sakura havia chegado em casa e já estava pronta e arrumada. Com seu kimono rosa e branco, com flores de cerejeiras estampadas. Seus cabelos estavam ondulados e volumosos. A maquiagem estava neutra, a deixava com cara de jovem, mas não parecia que ela estava usando. Havia entregado o kimono de Sasuke, enquanto o Uchiha tomava banho e seguiu em direção ao quarto de Sarada. A ouviu resmungando e entrou no quarto, já que a porta estava aberta.

– Algum problema, Sarada? - Sakura apareceu atrás de Sarada. A Uchiha olhou a mãe pelo reflexo do espelho. Sakura pôs as mãos nos ombros de Sarada e inclinou para frente, fazendo seu rosto ficar ao lado de sua filha. - Olhe. - Sakura apontou com a cabeça para o espelho. - Você é linda do jeito que é… - Sakura passou a mão nos cabelos lisos da filha e pegou os óculos da cômoda. - Bom… O rapaz que você gosta… Se ele realmente gosta de você, ele vai gostar desse jeito. - Sakura apontou para o espelho e Sarada se encarou. Sem óculos, conseguia ver embaçado, mas ainda conseguia distinguir seus olhos negros e brilhantes… Sakura pôs os óculos em seu rosto. - E principalmente, desse jeito. - Sakura se inclinou mais uma vez. - Você é linda do jeito que é, não deixe ninguém mudar isso.

– Mãe… Não tem nenhum… - Sarada parou de se explicar quando viu o olhar da mãe pelo espelho. A Uchiha desviou o olhar.

– Não precisa esconder essas coisas de mim, Sarada, sou sua mãe. E também sou sua amiga, não sou? - Sakura afagou a bochecha da filha. - Eu sei como você se sente em relação a gostar de alguém… - Sakura instantaneamente olhou para a porta. Deu um meio sorriso.

– Eu não… Sei como eu me sinto…. Eu não consigo sentir… Digo, eu sinto… Mas não sinto da forma correta. Eu não consigo falar o que sinto… - Sarada disse em um meio fio de voz. Sakura encarou a filha por alguns instantes e pegou um palito de cabelo, que tinha uma linha com alguns enfeites. Colocou o fino objeto nos lábios para o apoio e pegou os cabelos da filha. Delicadamente, Sakura ia modelando o cabelo de Sarada em um coque típico, mas deixou alguns fios soltos, e a franja da filha de lado. Finalizou, prendendo o palito nos cabelos negros da filha. Pousou as mãos em seu ombro e disse, confiante.

– Não precisa ter medo de dizer que gosta dele… Se ele gosta de você e você dele, bem, não há segredo. Prolongar isso vai mostrar que você está sendo indiferente. - Sakura suspirou. - Com o tempo, você vai se soltando. Acredite. Deixe um pouco esse seu lado Uchiha e se entregue ao lado Haruno. - Sakura se afastou de Sarada, que se levantou e riu. Sakura fez uma pose orgulhosa e levantou a mão, fechando-a em punho.- Você será…

– Irritante. - Sasuke apareceu no quarto. Ele olhou para a Sarada e depois para Sakura. - Pode me ajudar?

Sakura revirou os olhos e foi ao encontro de Sasuke. A roupa estava folgada. Sakura pegou a linha que ajustava a parte de baixo do Kimono e puxou com força, fazendo Sasuke soltar um gemido em tom de reprovação.

– Pronto, Uchiha Sasuke. - Sakura fechou o rosto e se virou de volta para a filha.- Pode ir.

– Obrigado. - Sasuke deu um sorriso de lado e Sarada olhava pro pai, querendo dizer que ele estava encrencado. - Sarada, o moleque está te esperando lá embaixo. E… Sakura, vamos logo. Você me forçou a ir nesse festival idiota, então não vamos chegar atrasados.

– Tá, Sasuke, já estamos descendo, agora saia. - Sakura fez uma cara feia para o marido, que imitou o gesto. Mas depois deu um típico sorriso maldoso.

– Tudo bem, vou conversar com ele… - Sasuke suspirou. E se virou, começando a andar. - Só não prometo deixá-lo vivo.

Sarada arregalou os olhos e Sakura também.

Bolt estava deitado no telhado de sua casa.Via o céu começar a escurecer e as estrelas aparecerem. Estava com uma blusa branca sua calça lisa preta e estava descalço. Se sua mãe o visse assim, ficaria bastante zangada com ele. Mas ele não ligara. Se lembrou da conversa com sua mãe, minutos atrás.

Alguns minutos atrás...

– Bom... - Hinata pareceu surpresa, mas o brilho no olhar dela não negava que estava bastante feliz por seu filho está gostando de alguém. - Você está gostando de alguém?

– Bem, digamos que eu esteja... - Boruto olhou para cima, com as bochechas coradas. Hinata riu e se sentou na cama do filho, o chamando logo em seguida. Bolt obedeceu e imitou o gesto da mãe. - O que eu faço? Eu estou lhe perguntando isso porque, se eu perguntasse ao papai, não iria adiantar nada, ele não parece entender isso, e ficaria enchendo o saco me perguntando quem é a garota que gosto... - Bolt começou a tagarelar.

– Ah, então você realmente está. - Hinata disse entre risinhos. - Veja, gostar de uma pessoa é como se... O mundo ficasse diferente... Você sente coisas que não costumava sentir. Você vai dizer coisas aleatórias perto da pessoa que gosta e sempre vai querer chamar a sua atenção. Você vai querer ficar o tempo todo perto dessa pessoa, vai querer beijá-la, vai querer abraçá-la, você vai querer protege-la de tudo que há de ruim no mundo. Você vai ficar triste, mas vai ficar feliz também... Existe muitas formas de se gostar de alguém... As pessoas são diferentes... Como você se sente gostando dessa pessoa?

– Me sinto um babaca - Bolt deu uma risada triste e depois olhou para a mãe, que o olhava com os olhos tristes.- Mãe, não é como se fosse o fim do mundo. É só que... Eu não consigo fazer essa pessoa gostar de mim, entendeu? Nossa, por que eu estou falando isso com minha mãe? - As bochechas de Bolt ficaram da cor da parte de dentro do seu casaco: vermelhas.

– Eu sou sua mãe, não há ninguém melhor do que eu. - Hinata acariciou os cabelos de Bolt.

– Eu...- Depois de um tempo de silêncio, Bolt suspirou e começou a falar baixinho. - Sempre gostei dessa pessoa, ela consegue ser irritante, chata e mandona. Mas eu gosto dessa irritação, chatice e do jeito que ela quer ser a melhor. Ela é fofa... Inteligente e bem, bem forte. Eu fico parecendo um babaca perto dela. Eu falo coisas sem sentido. Tento me explicar, mas parece que não sai do jeito que eu quero. E quando sai, ela evita uma resposta. Me sinto nervoso, mas depois que eu me acostumo, me sinto ótimo em estar ao lado dela... - Bolt abaixou a cabeça e suspirou. - Isso é tão piegas.

– Como exatamente a Sarada reagiu ? - Hinata perguntou, dando um sorriso gentil. Bolt engoliu a saliva rápido demais e acabou se engasgando. Após ficar alguns minutos tossindo, ele se virou para a mãe, que continuava com a mesma expressão.

– Ela não disse nada.- Boruto desistiu de disfarçar. - Acho que ela se sentiu tão incomodada, que me evitou... - Bolt deu nos ombros, triste. - Enfim, está tudo bem.

Hinata se levantou, olhando para o relógio. Se virou para o filho e disse baixinho.

– Tenha paciência, não pressione ela. A última coisa que uma garota quer é ser pressionada. Dê um tempo ao tempo, ai ela lhe dará uma resposta. - Hinata agora ajeitou sua roupa. - Bem, tenho que me aprontar. Logo seu pai estará em casa e iremos ao festival. Tem certeza de que não irá?

– Tem certeza que papai chegará em casa a tempo? - Bolt dizia com certa irritação. Todas as noites Naruto chegava tarde, cansado e apenas conversava alguns segundos com a família e ia dormir. - Ele nem vai chegar agora, mãe.

– Ele me prometeu que chegaria... - Hinata deu um sorriso. O que deixou Bolt mais irritado.

– Ele sempre promete coisas e não cumpre! Como pode ter certeza disso? Ele nunca volta a tempo!- Bolt exclamou. Hinata arregalou os olhos e depois suspirou. Fazia tempo que Naruto não ficava com a família e sentia que Bolt, mesmo passando tanto tempo longe, ainda sentia falta de Naruto e não mudou de opinião desde que tinha seus seis anos.

– Porque ele nunca quebra suas promessas. - Hinata colocou a mão na maçaneta da porta. - E enquanto existir um lugar onde tenha pessoas que te amam, você sempre irá voltar.

Bolt se calou e abaixou o olhar.

Neste momento...

– Mamãe realmente ama o papai. - Disse para si mesmo enquanto ouvia o burburinho de pessoas indo em direção ao festival.

– Claro, mamãe sempre amou o papai e sempre vai amar, nii-chan. - Himawari apareceu em pé ao seu lado. Seu quimono cor de lilás com alguns girassóis deixavam a pele branca mais bonita e os olhos azuis mais vibrantes. Bolt olhou para a irmã admirado e depois fez uma cara emburrada. - O que foi?

– Onde pensa que vai assim tão bonita? - Bolt se sentou e tirou algumas migalhas de troncos e poeira de seu cabelo. Himawari arregalou os olhos surpresa.

– Eu vou ao festival.

– Nada disso, você está muito bonita. - Bolt se levantou e pegou o pulso de Himawari, a puxando para dentro de casa. - Vou te trancar em uma torre e você só vai sair de lá com uns... 30 anos... - Boruto resmungava algo.

Entraram dentro de casa e Himawari ainda relutava para o irmão a soltar.

– Nii-chan, solte-me. Eu vou ao festival sim e você não vai me impedir. - Himawari berrou e Bolt parou, encarando-a.

– Certo. - Ele bufou. - Com 60 anos. - Himawari socou o braço de Bolt, que a largou. No momento, a campainha tocou e ambos correram para a porta de entrada. Bolt dizia para Himawari não ir para festa, para voltar para o quarto enquanto a outra cantarolava para não escutar o irmão. Himawari abriu a porta.

– É...Oi...

– Não... Pode... Ser... - Boruto deixou o queixo cair e arregalou os olhos.

– Shikadai-kun, você veio! - Himawari sorriu e agarrou um dos braços de Shikadai, que deu um sorriso nervoso e olhou para Boruto, coçando a cabeça.

– Eu posso explicar... - Shikadai engoliu o seco. Boruto continou parado. Sua expressão ficou raivosa.

– Seu traidor, eu vou te matar! - Boruto gritou e Himawari se pôs no meio dos dois. - Você quer abusar da minha doce e inocente irmã. Himawari, já para dentro!

– Ei, Ei, calma, não é nada disso - Shikadai interveio.

– Cale a boca, traidor!

– Não grite, Bolt-nii!

...

Sarada desceu as escadas e encontrou Sasuke com uma cara de poucos amigos e Inojin com um rosto envergonhado, mas com a expressão meio indiferente. Sarada passou reto pelo seu pai e pegou no braço de Inojin, o puxando para fora.

– Sarada, seu pai é assustador. - Inojin riu. - Você está linda, devo dizer.

– Quero você em casa antes dos fogos, ouviu bem? Se não as coisas podem ficar bem sérias. - Sasuke passou por Sarada. Sakura gritou no meio da rua.

– Sasuke, espere por mim, droga! - Sakura andava lentamente com seu kimono. Sasuke se virou e esperou que Sakura chegasse perto dele.

As comemorações eram sempre tão divertidas. Sarada tentava se divertir, mas sempre havia alguma coisa que a puxava de volta. Quando viu Himawari com Shikadai, a vontade de ir para casa a puxava mais ainda. Girou os olhos e não viu Boruto em lugar nenhum. Era óbvio que ele não viria. Inojin ganhou um urso para Sarada, que ficou extremamente feliz com o presente. Comeram bastante e riram muito com as piadas de ChouChou, e os cortes que ela dava em Inojin. Sarada passou a observar os dois. Eles estavam mais próximos que nunca, oque ela estranhou foi a felicidade em concluir isso. Inojin brincava de provocações com ChouChou enquanto Shikadai conversava com Himawari, e brincava com o enfeite de cabelo da mesma. Uma criança esbarrou nela.

– Mamãe, vamos, vamos! Os fogos já vão começar. - A criança pulava. Sarada arregalou os olhos e suspirou irritada. Seu pai estava falando sério em relação a sua chegada em casa. Olhou para seus amigos e se levantou da mesa. Instantaneamente, Inojin se levantou também.

– Preciso ir, meu pai realmente falou sério. - Sarada justificou. Inojin concordou um pouco cabisbaixo.

– Vamos, irei te acompanhar.

– Não, fique com a ChouChou, ela vai ficar sozinha segurando vela pro Shikadai e Hima-chan... Melhor ficar.. Minha casa é próxima daqui, eu estou bem indo sozinha. - Sarada justificou, pegou o urso e abraçou o mesmo, e começou a andar. - Obrigada pelo urso, até mais. - Acenou.

...

Boruto olhou-se no espelho e sorriu. Fez um joinha com a mão e pegou a chave de casa. Iria para esse festival, nem que tivesse que ficar no meio de Himawari e Shikadai. Seu kimono era preto com algumas figuras vermelhas. Preto e vermelho eram suas cores. Seus cabelos estavam arrepiados e ele não quis penteá-los.

– Certo, onde está o traidor e a traidora? - Boruto procurava sua irmã e seu melhor amigo, que no momento está sendo seu ex-melhor amigo, no meio das pessoas. Faltava alguns minutos para os fogos e sabia que se não encontrasse eles agora, não os encontraria depois. - Deixa só papai descobrir... - Ele resmungava.

Passou vinte minutos procurando eles e chutou uma lata de lixo, irritado. Desistiu e resolveu ir para casa. Não queria ver os fogos de artifício. Levantou a cabeça e começou a andar, olhando para os prédios. As pessoas mais caseiras estavam nas janelas de suas casas, reunidas, esperando o momento dos fogos. Boruto desejou estar perto de sua família agora, mas depois resolveu deixar seus pais se amarem um pouco. Seu pai chegou exatamente na hora marcada, o que Boruto se xingou mentalmente por duvidar dele. Parou abruptamente de andar e espremeu os olhos. Viu Sarada no terraço de seu prédio. Esfregou os olhos, tentando ver melhor. Era realmente ela. Boruto olhou para os lados, confuso e entrou em um beco. Tinha uma escada de emergências atrás do prédio. Resolveu subi-la até o terraço. Pôs os pés no chão do terraço silenciosamente.

– Não foi ao festival? - Boruto indagou, colocando-se ao lado de Sarada, que se afastou da beirada do terraço e o olhou. Ele deu um sorriso fraco. Ela sorriu.

– O que você acha? - Ela apontou para si mesma. Boruto desceu o olhar de seu rosto para seu corpo. Estava com um Kimono preto com detalhes e flores vermelhas. Muito parecido com o de Boruto. Ele sorriu, ela deu um sorriso fraco e se virou de costas para ele, a espera dos fogos.

– Você está muito bonita. - Boruto apoiou um braço no parapeito do terraço. Sarada olhou para ele.

– Obrigada. Você também. - Ela voltou a encarar o céu. Boruto abriu a boca em surpresa, mas depois a fechou e também encarou o céu. - Você não disse que não iria ao festival? Que não tinha nada que te interessasse?

– Coisas imprevisíveis acontecem. E eu encontrei uma coisa que me, de certa forma, interessa. - Boruto deu nos ombros.Sarada abaixou o olhar para encarar Boruto. Suspirou.

– Seu braço está melhor? - Ela não tirou os olhos dele.

– Oh - Boruto se desencostou do parapeito e olhou para o braço com a tipoia. - Nem dói tanto, na verdade, não está doendo.

– Me desculpe por machucar seu braço.

– Dor física não é um fardo pra mim. - Boruto disse automaticamente. - Apenas um incômodo. - Concluiu e encarou Sarada.

Ficaram alguns segundo se encarando e depois viraram os rostos. Boruto estava nervoso, mas ao mesmo tempo irritado consigo mesmo. Estava se xingando por ter ido ao encontro de Sarada. Já a Uchiha estava com um nó na garganta, querendo falar tudo que estava preso mas parece que a razão empurrava as palavras de garganta abaixo.

– Ei olha só, vai começar. - Boruto apontou com o queixo para o céu. Ambos assistiram a queimada dos fogos pro alguns minutos. Boruto disse baixinho.

– Tenha um ótimo verão. - Boruto se afastou de Sarada. A mesma, que agora sorria pra ele, parou de sorrir no mesmo momento.- Até mais...

– Onde vai?

– Pra casa... - Boruto disse contragosto. Se virou e começou a caminhar em direção as escadas.

– Não. Fica. - Sarada pegou em seu braço e Boruto arregalou os olhos, surpreso. Ela o abraçou. - Tenha um ótimo verão.

Bolt a envolveu em um abraço. O barulho dos fogos explodindo era a única coisa que se ouvia.

– Hoje cedo, você me perguntou o que eu senti quando nos beijamos pela primeira vez... - Sarada fechou os olhos com força. Tremia de nervoso. Boruto vendo o nervosismo dela, a abraçou com mais força. Sarada deixou seu corpo relaxar e engoliu o seco. Boruto atiçou as orelhas, pronto para ouvir o que ela tinha pra dizer. - No momento, eu queria te fazer ficar e me explicar porque me beijou. Depois, fiquei sentada na minha cama pensando nele. Quer dizer, minha boca formiga até agora, só de pensar. Meu estômago parece que diminuiu de tamanho. Toda vez que eu ouvia falar de você... Ele ficava assim. Eu ficava sem reação.E por último - Ela suspirou. - Eu queria te beijar de novo. - Sarada deixou seu corpo cair por alguns instantes, o peso havia ido embora, mas dera lugar para o medo e o nervoso. Boruto beijou sua bochecha. Ambos estavam da cor dos detalhes de suas roupas.

– Eu fiquei com medo de ter perder naquele momento. Até hoje, eu sinto esse medo. Porque você foi a primeira pessoa, tirando o Shikadai, que se tornou minha amiga sem nenhuma coisa em troca. E eu estava começando a confundir as coisas. Comecei a te ver de forma diferente e não sabia o que era. Até eu me tocar que eu estava apaixonado por você e ainda estou. - Boruto colou sua testa com a de Sarada. Mas ela não ousou abrir os olhos e encarar os pares azuis perolados do loiro.- Passei esse tempo todo perguntando como você estava para Hima e eu queria me tornar mais forte para poder te proteger, mas parece que eu não fiquei o suficiente. - Fez piada com o braço. - Quer dizer, você é um prodígio e eu sou... Eu.... Não tenho nenhuma técnica surpreendente e você sempre tem uma carta na manga. Comecei a ficar desesperado ao ver Inojin se aproximar de você e você não recuar. Eu era seu melhor amigo e estava com medo de perder esse cargo para aquele loiro. Então eu pedi para que meu pai me deixasse treinar mais cedo com uma menina do nosso clã, Karin... Depois eu conheci o Bee, que me ajudou a aperfeiçoar meu treinamento. Eu decidi que, se eu fosse te perder, que eu abrisse o caminho para isso. Por isso eu te beijei, te entreguei minha carta de despedida te beijando e mostrando para você o quanto você é importante para mim e bem, achei que você estivesse me odiando por isso. Mas eu não parei de pensar em você. Eu sentia tanta a sua falta. Você é uma chata, claro, mas é uma chata que é bom ter por perto. Volto a dizer, eu sou seu melhor amigo e me odiaria se eu deixasse alguém machucar você. Por isso, eu te beijei e deixei que, se fosse para você odiar alguém, que me odiasse por beijar você.

– Você é um idiota.

– Ah..,. - Ambos riram. - Eu sei.

– Obrigada. Por tudo. - Sarada suspirou. - Acho que eu nunca chegaria a te odiar... Mas acredite, você me deixa muito brava. - Eles riram novamente. - Depois que nos beijamos naquela noite, eu me amaldiçoei por gostar de você. Você é meu melhor amigo, e isso é uma barreira estúpida que eu criei. Fiquei muito triste com a sua partida. Mas não deixei aparecer. Não demonstro fraqueza, apesar de quase foi possível me ver chorar naquela noite. Depois disso, eu liguei os fatos, li uns livros e percebi que eu também estou apaixonada por você. Na verdade, sempre fui. Só não quis admitir. - Sarada fez carinho na bochecha de Boruto, onde tinha os pequenos riscos de nascença.

– Sarada, onde você está? - Ouviram a voz de Sakura. Boruto se separou de Sarada e olhou pelo terraço. Sasuke estava entrando na casa.

– É melhor você ir... - Boruto voltou ao encontro de Sarada.

– É.... - Sarada abaixou o olhar.- Bolt? - O chamou.

– Huh?

– E agora? Como será daqui pra frente? - Ela corou. Bolt riu.

– Não sei...

– Sarada! - Sasuke a chamou dessa vez. Sarada olhou para as escadas. Deu um riso envergonhado.

– Acho que teremos que descobrir. - Boruto completou. Se aproximou dela e a abraçou. - Vamos tentar? - Beijou o canto dos lábios de Sarada. Pela primeira vez, ela não sentiu nervoso ou incomodo. Se sentiu em segurança e bem. Sentiu os lábios de Bolt tocarem no seu. Aquela sensação que sentiu há quatro anos voltou. Mas voltou com intensidade. O formigamento dos lábios passou para o corpo inteiro e ela envolveu os braços no pescoço do Uzumaki. Quando tinham doze anos, se beijaram de um modo mais infantil e puro. Hoje, os hormônios estão mais modelados e perigosos. Bolt já se movimentava para tentar abrir espaço nos lábios de Sarada. E conseguiu. Hoje, o segundo beijo deles não foi infantil. Foi um beijo ardente mas ao mesmo tempo, continha a doçura que teve anos atrás. Sarada afastou os lábios molhados dos de Bolt e ele deu mais um beijo nela. Mas dessa vez foi rápido, pois ouviram passos. - Preciso ir. - Bolt tocou nos lábios dela novamente ela riu, corada. - Seu pai está vindo, não quero morrer. Depois nos falamos. - Bolt beijou a testa dela e se afastaram. O Uzumaki subiu no parapeito e depois, pulou para baixo. Sarada queria ir ver se ele caiu ou usou um jutsu de teletransporte, mas Sasuke apareceu atrás dela.

– Não me ouviu te chamar? - Sasuke disse com a voz séria. Sarada fechou os olhos e prendeu a respiração. - Vamos para dentro. Está frio e esse não é um bom lugar para você ficar sozinha.

– S-Sim. - Sarada abaixou a cabeça e seguiu seu pai.

...

Boruto corria no meio das pessoas com um sorriso estampado no rosto. Sentiu gotas de chuva molharem sua roupa e decidiu comprar uma capa. Estava sem dinheiro, mas prometeu a mulher da loja que amanhã iria pagar. A mulher aceitou e entregou a capa para ele. Bolt vestiu. Não queria molhar o kimono que sua mãe dera para ele.

Vestiu a capa e colocou o capuz. A rua agora estava vazia e, as pessoas que estavam nela, corriam para tentar se proteger da chuva. Um homem com uma capa idêntica a de Boruto esbarrou nele.

– Desculpe... - Disse com a voz arrastada. Boruto encarou o homem por debaixo do capuz e viu que ele estava tremendo. Franziu a testa. - Por acaso...O senhor poderia me dizer... Se conhece esse rapaz? - O homem tirou uma pequena fotografia no bolso do capuz. Boruto sentiu o chão desaparecer debaixo de seus pés. Ele engoliu o seco e deu dois passos para trás, abaixando a cabeça. Era sua foto.

– Não... Mas por que está procurando esse rapaz, senhor? - Boruto perguntou, confuso. O homem levantou a cabeça e Boruto segurou seu queixo para ele não cair. Era o homem que ele vira na cidade. Era o ninja que capturaram. O ninja das fontes termais.

A cabeça de Boruto rodava e ele tinha muitas perguntas. Porque o homem estava o procurando, como ele havia fugido e como ele tinha uma foto dele. Uma senhora esbarrou em Boruto, pois corria para se livrar da chuva, e o capuz do loiro acabou caindo, deixando visível seu rosto. O ninja que estava a sua frente ficou com uma expressão de surpresa, depois, deu um sorriso maligno.

– Ora, seus pais não lhe ensinaram que é feio mentir, garoto? - O homem sacou uma kunai e Boruto arfou. Estava desarmado.

Em seus olhos, a surpresa e o certo medo havia sumido. Sua expressão ficou dura e raivosa.

– É a sua vez de sofrer. - Dizia o homem com a voz trêmula. - Vamos ver o que você tem dentro de si, filho do nanadaime.


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Notas finais do capítulo

Já disse que eu sou um porre para descrever beijo? Porque, poxa, não dá pra mostrar a emoção de beijar alguém que goste, sério hahahaha. Tentei fazer o possível. Mas tá ai.
Sobre os últimos parágrafos: Meça suas palavras, parça. A porra ficou séria agora.

ERRO NA FANFIC? ME AVISE PLEASE, NÃO REVISEI SORRY.
Quem gosta ai de paparuto e papasuke? Vai ter uma fanfic deles ( o/)