Por favor, espere. escrita por roux
Shopping 50’ Boulevard
Sexta feira – 14 de novembro de 2014
Bento caminhou com sua bandeja cheia de lanches e sentou-se a mesa em que estavam seus amigos. O garoto não parecia muito contente.
― Olha o emburradinho aí, gente! ― Gritou Felipão. Um cara realmente muito ão. Felipão é um rato de academia, sua vida é malhas e crescer. O garoto tem apenas 18 anos, mas é mais bumbado que muito cara experiente em academias. Os olhos pequenos e escuros, cabelo acinzentado, barba por fazer e um sorriso que encanta qualquer ser humano.
― Não cutuque a onça com a vara curta, Fê. Acho que o Greg hoje mordeu com força. ― Luc disse rindo.
― Hahaha, como vocês são engraçados! ― Bento disse ironicamente e jogou duas batatas nos amigos.
Todos sentados à mesa riram alto. Algumas pessoas ao redor pararam para olhar.
― Qual foi? Quando o covil de cobras vai parar de encher o meu saco? ― Bento ameaçou sério.
― Quando o senhor nos contar o que está acontecendo. ― Luc garantiu, enquanto mordia um grande pedaço do seu lanche. ― Por que essa irritação toda, o Greg delicia, te comeu da forma errada? ― Luc perguntou de boca cheia.
― Pediu pra você comer ele? ― Felipão disse em meio às risadas.
― Sem maldade, sem maldade, conta o que está pegando. ― Disse um garoto negro.
― O meu chefe, o filho da mãe. Quase me obrigou a ficar até mais tarde na empresa hoje. E tudo por conta que a revista com a ‘mulherzinha’ dele na capa vai ser lançada amanhã. ― Bento começou a falar. ― Como se eu me importasse, sabe? Eu só queria ter batido o cartão no horário certo.
― Qual foi? Hora extra, negão. ― Disse o Negão. Um garoto negro, de dreads, piercings em alguns locais do rosto e que vive com um sorriso sacana no rosto.
Bento olhou pro Negão e sorriu. Na verdade se derreteu. Desde a adolescência, ele foi louco para dar uns pegas no Negão. Mas para azar do nosso mocinho, o rapaz é apenas simpatizante e namora uma garota loira, que realmente queria ser negra. A Nina, a garota tem dreads, usa linguagem de nigga. E sua maior mania é fazer tatuagens.
― Eu duvido muito, que role uma hora extra! ― Bento confessou desanimado.
Os amigos se olharam e então começaram a rir.
― Qual foi? ― Bento disse começando a se irritar de novo.
― Só ficou você e o Greg, na empresa? ― Felipão perguntou com um sorrisinho sacana.
― Sim...
Todos caíram na gargalhada mais uma vez. Bento odiava aqueles amigos. Ele odiava contar as coisas pra ele, ele odiava Gregori, ele odiava tudo.
― Sério! Vocês não cansam? ― Bento perguntou sério e baixo. ― Que merda, eu estou estressado, cansado, irritado, e ainda tenho que ficar ouvindo meus melhores amigos rirem de mim?
Os garotos se calaram e olharam para Bento.
― Foi malzão aí, tio! ― Negão disse por todos.
― Não, não foi malzão. Foi mais que isso. Cresçam porra! ― Bento disse irritado e se calou.
O homem começou a comer seu lanche. Um clima ruim e pesado ficou no ar. Os garotos olharam entre si, e ficaram realmente constrangidos, perceberam que haviam passado do ponto.
― B-Bento? ― Luc começou.
― O que, Luc? Vai perguntar se eu dei pra ele na mesa? ― Bento ironizou bravo. ― Não eu não dei pra ele na mesa. Ora, mas que tal a gente falar do seu problema com gazes? ― Bento perguntou bravo.
Luc se calou.
― Ou que tal, sobre o seu problema de hemorróidas, Negão?
― Ei, mas eu nem fiz nada! ― Disse Negão baixinho.
― Melhor ainda, vamos falar da sua falta de ereção, Felipe. Falar do seu ex namorado que vive te chamando de broxa. ― Bento disse bravo e sem se importar se estava pegando pesado.
Os garotos olharam meio espantados para Bento que levantou da mesa.
― Quando vocês resolverem crescer, me ligue! ― Bento quase berrou, mas se conteve.
Bento pegou sua bolsa transversal e começou a caminhar pra longe da mesa, não demorou muito e o garoto saiu da praça de alimentação. Estava chateado demais. Achou que iria ver os amigos e ficar melhor, mas foi totalmente o contrário. O garoto seguiu para seu prédio que não ficava longe dali do shopping.
Condomínio de Bento;
Sexta feira – 14 de novembro de 2014
Bento entrou em seu prédio.
― Oi, Zé! ― Bento cumprimentou.
― Boa noite, seu Bento. ― O homem mais velho disse calmo.
― Mais alguma correspondência pra mim? ― Bento perguntou encostando-se ao balcão.
― Não senhor, só aquelas de ontem mesmo. ― Zé disse.
― O.k. Obrigado, Zé! Ótima noite. ― Bento disse sorridente. E então saiu.
Caminhou lentamente até o elevador e chamou o mesmo, o elevador chegou rápido. Bento entrou e apertou seu andar. Enquanto o elevador subia bento fechou os olhos.
―
“Gregori então sorriu.
― Só faltou você dizer, aos beijos com funcionário.
Bento ficou sem entender.
― O-O que? ― Bento perguntou.
Gregori riu alto e então beijou os lábios de Bento. O beijo foi rápido, mas pareceu ser quente. Bento sem demora afastou o chefe, e limpou a boca.”
―
Bento abriu os olhos e balançou a cabeça negativamente.
― Para de pensar nisso, Bento Anderson! ― Ele disse sozinho.
A porta do elevador abriu e Bento saiu. Caminhou devagar enquanto procurava as chaves em sua bolsa. Parou em frente ao seu apartamento e achou a chave. Quando o rapaz se virou deu de cara com Gregori.
― Caralho! ― Bento gritou e se afastou um pouco.
Gregori sorriu torto, de um jeito muito sexy.
― Q-Quem te deixou subir? Como você subiu? ― Bento perguntou.
Gregori riu.
― Eu sou Gregori Goulart. Eu posso tudo! ― O homem alto e musculoso admitiu.
Bento passou a mão pelos cabelos e suspirou fundo.
― O que você está fazendo parado em frente ao meu apartamento? ― Bento perguntou meio irritado.
― Fazendo uma visita. ― Gregori disse rápido.
― Não me faça visitas. ― Bento disse bravo. ― Muito menos inesperadas.
Gregori coçou o queixo e pareceu pensar.
― Se você pedir, por favor... ― Gregori disse baixo.
―Por favor, não me faça visitas inesperadas, seu idiota. ― Bento disse sério. ― Você é meu chefe e chefes não vistam os funcionários.
Gregori riu de uma forma sacana e gostosa. Bento sentiu seu coração parar. Bento acabou de descobrir que amava aquela risada.
― Não vai me convidar para entrar? ― Gregori perguntou.
Bento olhou feio para o seu chefe.
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