– Edward! – o chamei ele se virou e eu sorri, pensei mais uma vez. Seria muita falta de caráter minha e Alice ficaria muito magoada, mas é como dizem: o que os não vêem...

– Alice não pode descobrir –... o coração não sente.

Eu sou uma péssima amiga.

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NO DIA SEGUINTE

– Isso... é loucura – eu estava em cima de Edward, semi-nua e ele me analisava como se nunca tivesse visto antes o que me deixava contente e talvez um pouco aliviada... porque convenhamos o cara é gostoso demais, e eu meio que me sinto insegura... a qual é? O que eu estou pensando? Preocupada com o que Edward pensa sobre o meu corpo? Eu nunca me preocupei com isso antes. É meu corpo, eu tenho que gostar e eu gosto, só que ele me olha com tanta intensidade que eu fico me sentido muito mais gostosa do que já sou. Sim, eu sou gostosa. Sim eu me acho muito gostosa, porque se eu não achar, quem vai achar? Edward eu tenho certeza que acha se não ele não me alisava com suas mãos grandes e fortes.

– Eu gosto de fazer loucuras – ele disse com aquela voz lenta e rouca que me enlouquecia.

– Eu também... mas Alice nunca mais falaria comigo se descobrisse. Oh Deus, isso é tão errado – lamentei com um choramingo. Edward deu um sorrisinho torto e eu fiz bico – Alice é minha melhor amiga e eu não posso mentir para ela desse jeito... e se ela descobrir? Edward nós temos que... – ele colou seu indicador nos meus lábios, me calando.

– Shhhh... cala a boca, Bella. Alice não vai descobrir e se ela descobrir nós falamos a verdade – ele disse calmo, despreocupado, mas eu continuava tensa.

– Qual verdade, Ed? – olha, eu o chamando de Ed, ele deu um pequeno sorriso e eu continuei a falar – Que estamos transando por diversão? Porque estamos no tédio?

– Isso – ele respondeu com um sorriso, eu soltei um choramingo e ele acariciou meus cabelos.

– Eu não quero perder Alice.

– Você não vai... agora vem cá – ele falou e me puxou pela nuca fazendo com que eu me inclinasse para um beijo. Mas um pigarro me assustou. Interrompi o beijo e olhei para a porta, alarmada. Oh Deus!

– Lindo hein? – Rosálie estava parada na porta com os braços cruzados. Sua camiseta rosa com um ursinho e a calcinha rosa com uma Hello Kitty como estampa e seus cabelos amarrados em um coque bem mal feito mostravam que ela havia acabado de acordar.

Olhei com os olhos arregalados para Edward, que parecia bem calmo diferente de mim, que estava apavorada e eu tive... talvez uma das reações mais estúpidas da minha vida. Dei um tapa em Edward, tão forte que ficou a marquinha dos meus dedos ficou na hora no seu rosto e seus olhos se encheram de lagrimas. Sem contar no grito que ele deu.

– O QUE VOCÊ TA FAZENDO EM BAIXO DE MIM? – e ainda soltei essa, ele me olhou assustado e com a mão no rosto, eu fiquei louca?

– Relaxa Is... sei que está fazendo isso pelas costas da Alice. Não precisa espancar o coitado do Edward.

– É. Você ficou louca?! – Edward perguntou, meio que gritando. Eu dei um sorriso constrangido e sussurrei um ‘me desculpe’ mas ele continuava com cara de poucos amigos.

Sai de cima dele e ele se sentou na cama ainda massageando o rosto.

– Vai contar a Alice? – perguntei a Rosalie que se sentou na ponta da cama.

– Eu escutei berros vindos do quarto durante a noite toda – merda, merda, merda – E quando eu escutei uma porta sendo aberta, às 5 da manhã, eu fui dar uma conferida e vi Alice saindo do quarto dele, toda descabela e enrolada em um lençol pelada – merda, merda, merda – Eu gosto do Emm e você sabe disso – noites perdidas de sono tentando consolar Rosalie por causa do meu irmão e suas atitudes? É eu sei o quanto ela gosta dele. – Alice fez sexo, adoidado com seu irmão noite passada você tem todo o direito de fazer o que quiser com o irmão dela – ela sorriu para Edward que estava mais preocupado com a marca dos meus dedos em seu rosto do que com a nossa conversa. Então ela voltou a me encarar e eu sorri me dando conta de que além de ser uma V... eu também era uma P... e claro, uma amiga horrível que fez uma de suas amigas transar com o irmão que é o amor da vida da sua outra amiga que quando descobrir vai querer se vingar quando descobrir, porque uma coisa sobre Rosalie... ela é vingativa... ainda mais quando tem o amor da sua vida tosa no meio. – Bella... porque que o Emm tem que ser assim? – ela perguntou com os olhos marejados e eu então percebi que ela choraria. MERDA *minha mente cantarolou como uma cantora lírica* ela então se jogou em meus braços, chorando de soluçar – porque ele tem que ser tão igual a você? – eu rolei os olhos ignorando seu comentário.

– Rosalie – dei uns tapinhas nas suas costas e depois a afastei – um dia Emmett vai se dar conta de que você é a garota certa para ele – eu disse incerta, afinal Emmett meio que também era ‘imune’ ao amor.

– Mas aquela Alice, aquela vagabundazinha de um metro e meio... ela me paga! – ela disse mudando completamente do choro inconsolável para a raiva demoníaca. Deve ser a TPM. – sem ofensa Edward.

– Claro – Edward não estava nem ai para o que conversávamos. Balancei a cabeça.

– Bem, eu vou deixar você dois sozinhos. Aproveitem que Alice está trabalhando – ela disse com um sorriso e saiu do meu quarto.

Olhei para Edward que agora tinha um espelhinho em mãos e analisava seu rosto. Eu em, que fixação um banho quente e as marcas dos meus dedos vão sumir completamente. Respirei fundo, o dia já tinha começado bem.

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Por ser domingo eu tomei um banho bem longo e demorado. Edward tinha me perdoado pelo tapa. Eu realmente não sabia o que tinha dado em mim, foi a primeira reação idiota que eu tive, mas felizmente os meus dedos saíram de seu rosto e Edward pode sorrir novamente.

Bem, ele tinha ido embora e eu estava em casa. Ou melhor na sala assistindo Two And a Half Men com uma garrafa de cerveja na mão.

Sei que é errado em pleno domingo de manha eu estar com uma garrafa de cerveja na mão, mas eu estava preocupada demais com o lance de Alice e Rosálie descobrirem minhas pequenas mentirinhas. Suspirei.

Rosalie tinha ido fazer compras, ela dizia que acalmava. Alice tinha saído pro hospital e Jasper foi com ela, ele começaria hoje como interno e estava muito animado e bem... Emmett estava trancado no seu quarto... até agora.

Ele se jogou ao meu lado tomando a cerveja das minhas mãos.

– Ei, tem mais na geladeira... sabia? – reclamei com ele que deu de ombros.

– Bebendo a essa hora, Sis? O que te preocupa? – ele perguntou. Emmett era o único ser desse universo que me conhecia mais do que eu mesma.

– Nada, Bro – eu falei de uma forma irônica, ele deu uma risada e depois bebeu mais da minha cerveja – É serio Emm, devolve minha cerveja! – ele negou, suspirei.

– Tem mais na geladeira... sabia? – ele tentou imitar a minha voz, me fazendo rir um pouco. Emmett era um bobo e eu o amava muito, diferente de como eu o amava antes.

– Bobo – ele riu.

Ficamos um tempo em silencio apenas assistindo o seriado que passava. Era um dos favoritos de Emm também. Assim que acabou eu desliguei a teve. Esperando que ele falasse alguma coisa. Ele estava silencioso demais e isso estava me assustando. Emmett sempre falava muito.

– Desembucha – eu disse e ele suspirou, parecendo aliviado.

– Você contou a Alice que já ficamos? – ele perguntou e eu fechei os olhos jogando a cabeça para trás. Havia se esquecido do pequeno detalhe de que isso não podia se espalhar, e quando não se pede pra Alice calar a boca...

– Foi mal, Emm – eu disse.

– Tudo bem, só que ela não pode sair contando. – ele disse, o encarei. Ele parecia bem preocupado – se isso chega ao ouvido de nossos pais... – Emmett, obviamente não era filho de Renée, mas ele a considerava uma mãe, assim como eu confederava Phill.

– Eu sei Emm... eu falo para ela não falar pra mais ninguém.

– Você não contou tudo, não é?

– Não – ele suspirou aliviado – temos um acordo – eu disse e me levantei querendo buscar outra cerveja, mas Emm segurou meu braço, eu o encarei confusa.

– Que foi? - ele me olhava de uma forma estranha eu sorri constrangida, aquilo não estava legal – Emm...?

– Traz uma cerveja pra mim também? – E sorriu soltando o meu braço, eu assenti meio perdida e tive a sensação de que não era aquilo que ele queria me falar, mas deixei quieto.

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NO JANTAR.

A retardada da Alice tinha voltado do hospital com surpresinha. Edward gostoso Cullen estava sentado a minha frente degustando a maravilhosa macarronada que Rosálie havia preparado. Eu evitava o encarar o mínimo possível, porque eu tenho certeza que se eu o fizesse, Alice ia perceber.

– Como foi o dia, Alice? – Rosálie perguntou a Alice, como sempre perguntava.

– Ai amiga, foi ótimo. Minhas mãozinhas salvaram muitas vidas hoje – ela disse, animada como nunca antes.

– E como foi à noite? Emmett manda super bem né? – Edward engasgou com a comida e Emmett e Alice se olharam e depois encararam Rosálie que sorria satisfeita.

– Como é? Alice você...? AI QUE NOJO! – Edward disse empurrando o prato e eu dei uma risada.

– Ei, eu não posso mais me divertir?

– Não com o Emmett! – Rosalie berrou, batendo forte na mesa.

– No jantar não – eu lamentei tampando a cara com as mãos.

– Ele é propriedade sua por acaso?! – Alice gritou do outro lado.

– Não, mas eu gosto dele e isso foi trairagem! – Rosalie agora estava de pé, apontando o dedo na cara da Alice.

– Você gosta de mim? – Emmett perguntou, mas Rose estava mais interessada em discutir com Alice.

E então a gritaria estava armada entre as duas. Não entendia mais o que cada uma falava. Só ouvia gritos histéricos. Eu, Edward e Emmett, apenas olhávamos as duas discutindo.

– Meu Deus, que gritaria é essa? – Jazz chegou um tempo depois. Eu dei uma risada.

– Alice transou com o Emm, e a Rose está furiosa – ele fez um ‘ah’ e se sentou ao meu lado para acompanhar de camarote.

– Porque ninguém faz nada? – ele perguntou.

– É divertido – Emm e Edward responderam juntos, eu apenas concordei com a cabeça.

– EU SÓ FUI ATÉ ELE PORQUE BELLA DISSE QUE ELE É BOM DE CAMA! – Alice falou e no instante seguinte tapou a boca com as mãos come se tivesse falado demais, mas já era tarde.

Pois todos me olhavam com os olhos arregalados. Edward e Rosalie eram os mais chocados. O sorriso que tinha nos lábios de Emmett se desfez e agora ele me encarava.

– Oh, merda!