As Quatro Estações da Minha Vida... escrita por Elaine


Capítulo 13
Capitulo 12: Uma futura surpresa & Uma emergência.


Notas iniciais do capítulo

oi, tudo bem

Boa leitura ^.^



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"Na primavera, sentimentos florescem e incidentes acontecem."

O dia já raiava lá fora, era perto das oito da manhã, Lucy começava a acordar, tentou se remexer na cama afim de se sentir mais confortável, entretanto, para surpresa da loira, não conseguiu se mexer, algo pesado sobre ela estava restringindo seus movimentos, um pouco contra-gosto, ela abriu os olhos e se deparou com duas orbe ônix, seus olhos se arregalaram e soltou um grito fino.

— Sai, sai, sai, sai, saaaii seu pervertido — gritou e começou a empurrar chutando-o da cama.

— Ai, ai, para, para Luce — segurou a mão dela — Por que me chutou?

Natsu encostou o corpo um pouco mais no seu a fazendo corar.

— P-porque...?! Você ainda pergunta — tentou se soltar, porem não conseguiu — N-não é comum alguém invadir a minha cama no meio da noite, sabia.

Um biquinho se formou na face dela, naquele momento Natsu tentou se controlar, mas o seu jeito manhoso a deixava tão fofa aos seus olhos que não pode se conter.

O rosado deu um sorriso de canto e subiu sobre a loira, deixando-a sismada, levou uma mão a cintura dela e apertou levemente, e a outra ao seu pescoço acariciando com as pontas dos dedos, triscou os lábios quentes em sua orelha, sussurrando de forma provocativa e sedutora.

— Mas eu sou o seu namorado, não tem problema, certo — e mordiscou o lóbulo.

Um arrepio bom subiu pelas costa dela e um arfar passou por sua boca entre-abertos, que não passou despercebido, Natsu sorriu em meios dos fios dourados e respirou fundo o aroma de lavanda que tinha, desceu o rosto um pouco mais até o pescoços dela, dando um beijo cálido no lugar, e longo em seguida, uma mordiscada, Lucy suspirou, admirada com tamanha gostosura daqueles pequenos atos, inconscientemente, levou as mãos tremulas as costas desnudas dele, percebendo só agora que ele estava sem camiseta. Outra mordida seguida de um pequeno chupão no lugar.

— A-ahhh... hmm... Na-Natsu... é-é melhor p-parar... — resmungou meio desconexa, gemeu levemente deixando mais claro ainda que estava gostando.

Natsu puxou o rosto dela pro lado oposto do seu, lhe dando total visão da pele alva que ela tinha, com os olhos, trilhou um caminho do pescoço até os ombros, e destes até os braços, um sorriso divertido e malicioso — o que não era tipico — surgiu nos lábios dele, a sensação intensa e selvagem começava a formigar no seu corpo.

Levou a mão até o ombro pálido e passou a palma pela sua pele clara, sentindo a textura macia e lisa como porcelana, os pelos do seu braço se eriçaram quando ela sentiu a boca dele beijando aquele lugar, tentando se conter, ela passou as unhas nas costas dele, arranhado levemente e provocando uma das melhores sensações que ele já havia provado.

Suavemente, ele encaminhou o rosto para o dela e ficou a poucos centímetros de seu rosto, Natsu soprou levemente os fios de cabelos que estavam na testa dela, podendo ver direito o rosto, os olhos chocolates brilhavam, o rosto corado e quente, os lábios úmidos e um pouco abertos, puxando ar.

Com aquela visão magnifica que teve, foi forçado a morder o lábio inferior pra se conter. Tamanha a excitação que sentira.

— Tão linda... minha Luce... minha... só minha... — sussurrou e a beijou delicadamente.

Pressionou um pouco mais a boca dela e aos poucos aprofundando mais o selar, começando a mover a boca sobre a dela, aos poucos Lucy foi pegando o ritmo dele seguindo seus movimentos, Natsu levou uma das mãos a nuca da loira, apertando um pouco, num momento de distração dela, ele introduziu a linguá na cavidade da garota, explorando todo o lugar úmido.

Quando o ar se fez falta, aos poucos e relutante, foram se afastando, os dois olhares se encontraram, ambos estavam arfantes.

— Ah, Luce, você me deixa louco — sorriu de canto — Eu realmente amo você.

Desceu o rosto até o cabelo dela e outra vez respirou aquele aroma que ele tanto adorava, Natsu esperou pacientemente ela corresponder a sua declaração mas ao em vez dela dizer algo, ela apertou os braços envolta do pescoço dele o abraçando e acariciou os fios róseos dele. Natsu olhou de esgueira pra ela, Lucy agora estava de olhos fechados, com um sorriso de satisfação.

— Luce...?! — chamou — Eu quero ouvir.

Lucy arqueou a sobrancelha sem entender do que ele falava.

— O que?

Natsu saiu de cima do corpo da loira e se jogou ao lado dela, pegou uma mecha de seu cabelo e começou a enrolar nos dedos, brincando.

— Você ainda não disse o que eu quero ouvir — ela continuou sem intender, fazendo o rosado suspirar — Você ainda não disse o que senti por mim.

— Hmm.... ah, eu gosto de você — desviou o olhar.

— Não, eu quero ouvir aquelas três palavras — sorriu de canto.

A garota voltou o olhar pra ele, ele parecia realmente querer ouvir, na verdade ela também queria dizer, só tinha um problema...

— Natsu, eu... eu não consigo... — disse baixinho se escondendo debaixo das cobertas e o rapaz crispou o cenho.

— O que?! Por que...? — puxou a edredom pra baixo — Como não consegue? — indagou com seriedade.

— Eu só não... consigo, as palavras não saiu — sussurrou e Natsu suspirou se virando pro outro lado, Lucy se sentiu meio injusta e tocou o ombro dele — Mas, se você quiser... eu posso t-tentar — disse corando um pouco.

No mesmo momento, Natsu se virou de volta e sorriu largamente.

— Então tenta.

A loira engoliu em seco.

— E-E-E-E-Eu... t-te... — e simplesmente travou — D-desculpa... — pediu baixinho.

Natsu deu um outro suspiro e abraçou a garota, Lucy escondeu o rosto no peito dele, meio envergonhada.

— Tudo bem... mas um dia eu quero ouvir — acariciou o topo da cabeça dela, Lucy assentiu confirmando — Agora vamos dormir.

[...]

O ressonar baixo que a loira fazia mostrava que já estava dormindo profundamente, Natsu olhou o rosto dela, a face dela estava serena, calma, deveria estar tendo algum bom sonho. Com calma e cuidado, ele foi tirando o braço de baixo dela, ela saiu da cama e do quarto sem acorda-la, desceu as escadas, pegou um casaco que estava na sala e saiu porta a fora.

Mesmo o inverno já tendo passado e já ser o começo da primavera, ainda estava extremamente frio do lado de fora, ele esfregou as mãos e enfiou no bolso, olhou pra cima, nuvens carregadas, logo iria chover, talvez fosse uma tempestade que estava por vir, sem muita pressa, começou a andar em passos lentos.

As ruas estavam meio vazias, os comércios já estavam começando a se fechar, quando o rosado viu a loja que buscava, pronta pra fechar, correu pra chegar até o dono.

O dono, amigo antigo de Natsu, estava fechado a frente da loja, mas assim que viu o de cabelos róseos correndo até ele, parou o que fazia, apenas o esperando chegar.

— Senhor... — disse meio ofegante quando finalmente chegou — Como vai, senhor? — educado e simpaticamente, perguntou, o homem deu um rouca risada.

— Ora, vou bem, meu filho, muito bem... e você? Me disseram que esta morando com uma garota... me diga se ela esta bem também — comentou o velho, deixando Natsu um pouco sem jeito.

— Eu vou bem e... hmm, a L-Luce também — gaguejou no nome dela e o velho senhor deu um longo rouco riso de novo.

— Oh, Luce, que belo nome, muito belo, ela de ser linda também, garoto de sorte — deu dois tapinha no ombro do garoto — Mas, Natsu, o que faz aqui à essa hora? — indagou.

— Vim fazer uma encomenda de bolo — deu um sorriso de canto.

— Alguma data comemorativa?

— Ah, sim, sim... logo fará um ano — deu um olhar sugestivo e o velho senhor entendeu do que se tratava, pegou um bloco de notas no bolso e uma caneta.

— Cobertura, massa e recheio? — deu dois cliques na caneta e Natsu deu de ombros.

— Deixo isso por sua conta, afinal, seus bolos são os melhores — o elogio fazendo o homem sorrir — Bom, era só, isso, já vou indo — deu meia volta e começou a andar até o homem o chamar.

— Natsu, você não disse pra quando é a entrega — gritou pro menino, Natsu pareceu pensar um pouco.

— É para o... final da primavera — sorriu e voltou a andar de volta pro apartamento

Apressou os passos pra voltar, estava começando a gotejar, os pingos frios que batiam em seu rosto o fazia se arrepiar e andar cada vez mais rápido, quando chegou perto do prédio, uma mulher de cabelos roxos com expressão de perdida e ao mesmo tempo preocupada estava a olhar fixamente pra fachada do lugar, Natsu chegou perto da mulher e tocou-lhe o ombro chamando sua atenção.

— Oi... posso ajudar? — perguntou simpaticamente e mulher assentiu com a cabeça.

— Eu estou procurando uma pessoa, mas não sei em que apartamento ela esta — deu um longo suspiro.

— Olha, eu moro nesse prédio, eu posso te ajudar — sorriu — é só me dizer o nome de quem você esta procurando.

A mulher agradeceu e suspirou aliviada pela ajuda.

— Estou procurando pela senhorita Lucy — comentou.

Natsu se assustou um pouco quando o nome da loira fora pronunciado, mas não deixou transparecer, recompôs a postura.

— Ela mora comigo, se quiser me acompanhar, eu te levo até ela.

A mulher assentiu e seguiu o de cabelos róseos pelo caminho. Depois do breve dialogo, nada mais foi proferido por nenhuma das partes, Natsu apenas guiava a mulher pelo caminho, dando hora ou outra, uma olhada de esgueira pra ver ela, seus olhos estavam presos em suas costas, não parecia focado naquele ponto.

Quando chegaram na porta do seu apartamento, ele abriu a porta e entrou primeiro, tendo a surpresa de ver Lucy sentada no sofá, assistindo algum programa qualquer. Ao ouvir o som da porta se abrindo, ela pulou do seu lugar e correr até ele, quando Natsu mirou o rosto dela, um biquinho indignado fazia presença.

— Natsuuu... por que saiu sem me dizer? — perguntou com a voz arrastada e manhosa, o garoto deu um sorriso de canto.

— Isso, não importa agora, mais importante... tem alguém aqui que quer te ver — deu passagem para a mulher entrar.

— Oi, senhorita — sorriu, Lucy, de primeiro momento se surpreendeu, mas logo a surpresa se transformou em felicidade e pulou na mulher, lhe abraçando.

— Kinana, à quanto tempo — a mulher correspondeu ao abraço — Por que só veio me ver agora? — perguntou fazendo um biquinho e Kinana deu um fino riso.

— Eu queria ter vindo antes, mas não deu — afagou a cabeça dela, depois dessas palavras, uma expressão muito preocupada e serio tomou-lhe a face, deixando Lucy um tanto cismada — Lucy-sama, algo muito serio aconteceu.

Lucy separou o abraço e engoliu em seco.

— O que foi?

Kinana estava com um olhar hesitante, não sabia muito bem se dizia ou não, todavia se não não dissesse seria errado, já que era algo que iria ser importante pra sua senhorita, mas ao mesmo tempo, era errado dizer, já que ela não precisava saber apenas para se preocupar com ainda mais coisas. Deu um suspiro derrotada, e olhou mais uma vez seria.

— Seu pai... ele... ele teve um ataque cardíaco. — falou de uma vez só deixando Lucy sem chão, afinal, mesmo depois de tudo, ele ainda era sua família.

— O-o que...?!

Kinana não pretendia repetir, ela sabia que Lucy tinha entendido, o problema era que ela não queria entender. Natsu, que até então estava quieto, tocou o ombro da mulher chamando sua atenção.

— Kinana, não é...?! — perguntou pra ela que assentiu — Se importa de sair, eu preciso conversar com a Lucy — pediu educadamente.

— Oh, claro, eu só vim aqui avisar, já estou de saia — saiu pela porta e antes de fecha-la deu uma ultima olhada na loira — Preciso ir, Lucy, até logo — mas ela não respondeu, e Kinana não esperou uma resposta, apenas deixou eles dois pra conversarem melhor.

Natsu tocou o ombro dela, lhe chamando a atenção.

— Você não vai vê-lo, não? — perguntou meio temeroso e Lucy crispou o cenho, deu um tapa na mão dele.

— É claro que vou... vou agora mesmo — disse e correu até a porta, mas Natsu pousou a mão nela, impedindo de abrir.

— Não vá, não é uma boa ideia — disse serio e Lucy o fuzilou com o olhar.

— Boa ideia?! E qual é a sua definição de boa ideia, que eu fique aqui e não faça nada, por favor né, Natsu — disse irônica deixando ele um pouco irritado.

— Mas...

"Mas" nada?! — o cortou — Eu vou.

— Luce, me escuta — pediu controlando a voz, mas a loira pouco ligou.

— Não, não quero te escutar eu só quero ir no hospital — falou sem olha-lo e tentou abrir a porta, que dessa vez foi impedida por um soco que Natsu deu na porta.

— Que inferno, Lucy — esbravejou — Você mesma sabe que isso não vai acabar bem, ele vai te enxotar, VOCÊ SABE — irritado, acabou por gritar.

— E você quer que eu faça o que?! — foi a vez dela se irritar — Natsu, ele é meu pai, não importa o que ele me fez, eu não consigo odiar ele, não da - abaixou a cabeça, nesse momento, um arrependimento bateu nele, deixando-o sem ação.

— Me desculpa, ta, eu sei que família é assim, eu... — parou um segundo e tocou o rosto dela — Eu só não quero que você se arrependa depois... eu não quero que se machuque — sorriu fraco, Lucy pousou a mão na dele que estava no seu rosto.

— Eu sei, mas eu preciso ver ele, tenho que ver se ele esta bem.

— Não dá só pra você ligar pra Erza? — perguntou, Lucy achou um absurdo aquilo.

— Não... Não dá, eu tenho que ir ver ele... Pare de tentar me fazer não ir — tirou a mão dele do seu rosto, Natsu cerrou os punhos e bateu na parede atrás dela, lhe assustando.

— Não vou parar, não quero que vá... não quero ir lá... e se realmente quiser ir no hospital, que vá sozinha, porque eu não vou com você — recolheu as mão.

No primeiro segundo, a garota achou que talvez fosse só palavras de cabeça quente dele, mas quando viu a seriedade e teimosia no seu olhar, descartou essa ideia. Aos poucos seus olhos foram umedecendo, ela não podia acreditar que quando ela mais precisava dele, ele não à ajudaria, ele não a estava a apoiando, estava a deixando sozinha naquela situação.

— Se... — começou com a voz meio tremida — Se é assim que você quer... tudo bem, que seja assim... eu não preciso de você pra ir até o hospital, eu posso ir sozinha... eu não preciso da sua ajuda — gritou e saiu correndo pela porta do apartamento, deixando Natsu pra traz, agora se arrependendo de suas palavras duras.

Sem pensar muito, o rapaz chutou a porta.

— Merda — estava se sentindo um tanto frustado.

Logo depois tratou de correr atras da loira.

De uma coisa ele não podia negar, mesmo irritado com ela, ainda assim não podia simplesmente deixar ela sozinha, a preocupação e amor por ela era maiores do que sua raiva passageira.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não ou sim? Ta ruim ou bom? Revoltante né....

Comentem pra mim, coelhinhas lindas do meu kokoro ^^

Até *3*



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