As Quatro Estações da Minha Vida... escrita por Elaine


Capítulo 14
Capitulo 13: Pai...


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vão?

mais um cap pra vocês

Gente, obrigada pela preocupação, me sinto muito melhor agora, minha garganta ta perfeita e minha mãe me liberou da suspensão do pc, então, vim logo postar o cap pra vocês

Boa leitura!!!!



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Lucy parou de correr quando avistou o prédio do hospital, respirou fundo e adentou o lugar.

As péssimas lembranças de quando era ela a ser internada invadiram sua mente, mas ela deixou esses pensamentos de lado, afinal não era dessa vez que estava ali, doente.

Ela foi até a recepção a procura de informações.

— Com licença — pediu pra moça que a olhou — Onde esta Jude Heartfilia?

— Espere um pouco — a recepcionista pediu e fuçou em alguns documentos — Ah, achei... Jude-sama esta no quarto 13.

Lucy resmungou um obrigada e saiu a procura do quarto.

Subiu as escadas e passou por alguns quartos, até achar qual desejava.

Parou na frente da porta branca. O numero treze estava encrustado na porta.

Ela respirou fundo, prendeu o ar e deu três batidinha de leve na porta, ela esperou alguns segundos, ansiosa por uma resposta, que logo veio.

— Quem é? — a voz do outro lado perguntou sem muito interesse, mas era a voz que ela bem conhecia.

Lucy soltou todo o ar que estava prendendo de uma só vez e tomou coragem pra responder.

— É... a Lucy — disse sem muita demora.

Não houve resposta imediata e por alguns segundos, tudo ficou em absoluto silencio, até Jude o quebrar.

— Entre. — permitiu.

Lucy levou a mão até a maçaneta a girando, dando lugar a sua visão, o quarto de hospital. Jude estava deitado em uma cama simples com um tubo de soro injetado no braço.

O rosto estava pálido, mas continuava franzido.

— O que faz aqui? — perguntou meio grosso, a loira estremeceu um pouco ao ouvir aquela voz.

— Eu... eu vim te ver — disse meio baixo, mas o suficiente para ele ouvir.

Jude olhou pra janela e soltou um riso, mas não era algo divertido, ele riu da situação que eles se encontravam, totalmente invertida.

— Claro que veio — riu de novo — Pra ver a minha cara de derrotado, não é? — disse com um sorriso sarcástico dirigido a ela.

A garota tomou coragem e adentrou o quarto, fechando a porta atrás de si.

— Não é verdade... não é por isso... — exclamou —

Eu sou sua filha... mas não sou igual a você — disse segura de si, mas calma novamente — Eu vim mesmo ver como você estava.

— Estou bem agora — suspirou um pouco derrotado e cansado de discutir — Esta aqui porque... se preocupou? — perguntou sem segundas intenções, não dessa vez.

Lucy caminhou até uma cadeira que tinha perto da cama e se sentou.

— Acho... que sim — respondeu um tanto confusa, nem ela ao certo sabia porque estava ali.

— Hm... entendo — disse como se realmente entendesse e a conversa parou por ali mesmo.

O clima não havia ficado tenso, na verdade estava bem agradável, foi um momento importante tanto pra um quanto pro outro, não havia tido agressividade por nenhuma das partes, não houve ofensas nem nada, foi simplesmente um momento de preocupação da filha com o pai.

Quando Lucy pensou nisso, se sentiu feliz, ela nunca odiou o pai, e nem entendia o porquê dele odiá-la, nem sempre tinha sido assim, eles eram uma família normal, porém, algo tinha acontecido e tudo mudou entre eles.

Mas naquele momento, ela sentiu como se tivesse recuperado o seu pai, nem que sejo só ali, naquele mísero acontecimento, mesmo assim, ela o sentiu perto de si outra vez.

— Lucy — ele, depois de muito tempo, a chamou — Me... desculpe — pediu bem baixo, quase como um sussurro.

— Hm? — emitiu a loira, sem entender muito bem do que ele se referia.

— Pelo sofrimento que te fiz passar... eu... sinto muito — disse em engoliu em seco.

Lucy suspirou.

— Não vou dizer que eu posso perdoar tudo que você fez — falou, Jude juntou as sobrancelha e olhou pra baixo, já esperava por isso — Mas... — deu uma pausa, surpreendendo o homem — Eu não sou rancorosa... eu posso tentar esquecer isso — tocou a mão do homem — Porque não tentamos... Pai?!

Jude olhou um tanto perdido pra menina.

Pai?! Ela o tinha chamado de pai, sem fúria, sem rancor, era... amoroso, era sincero.

— Uhum... podemos — sorriu, mas não sustentou o sorriso por muito tempo, ele abaixou a cabeça e tampou os olhos com uma das mãos — É claro que... podemos... — a voz temia um pouco, dando a leve impressão que ele sorria e chorava ao mesmo tempo — ... Minha filha...

A ultima palavra pegou Lucy de surpresa, já não era mais imaginável para ela ouvir aquela palavra vinda da boca de seu pai, aquela voz que ela só ouvia xingamentos, agora estava arrependida, afável... era a voz de seu verdadeiro pai.

Lucy se permitiu se entregar para aquele momento, era real, não um sonho, seus olhos achocolatados se encheram, e gota por gota, as lágrimas salgadas desceram por seu rosto, fazendo um brilhante caminho.

A garota tomou coragem, se inclinou pra frente e acolheu o pai em um gentil abraço.

Jude não pode evitar de corresponder ao abraço.

— Obrigado... Lucy... filha.

[...]

Passou quase uma hora desde que eles começaram a conversar.

Jude perguntava tudo pra loira, coisas que um pai preocupado geralmente perguntaria, como;

Como você está?! Tem passado bem?! Está se cuidando?! Teve alguma crise respiratória?!

— E o cara com quem você está morando — perguntou o mais velho começou — Qual sua relação com ele? — juntou um pouco as sobrancelhas.

— E-Eh? — corou levemente — O N-Natsu é meu... meu... — não conseguia terminar a frase e Jude fez por si.

— Seu namorado? — perguntou e Lucy assentiu timidamente — Hmm... ele é um bom garoto — disse pensativo e virou com um sorriso pra menina — Diz pra ele que quero conversar direito com ele.

Lucy riu contidamente.

— Vou dizer — riu.

Eles se entre-olharam e sorriram um para o outro.

— Lucy — chamou um pouco serio — Eu preciso te pedir uma coisa.

Lucy também ficou mais seria.

— Olha, eu não vou te obrigar a nada, nem precisa me responder agora — o mais velho avisou.

— Pode falar

— Bem, eu estava com muitas dividas e a nossa empresa estava no vermelho — começou a se explicar — E, para levantar a empresa outra vez, eu fechei uma sociedade nova com um empresario estrangeiro, mas eu precisava viajar por alguns anos para trabalhar com ele — deu uma pausa e olhou Lucy, que continuava a prestar atenção, continuou — No meu estado, não posso viajar, e eu não posso perder essa chance, então, eu quero te pedir para ir no meu lugar.

Lucy olhou um pouco surpresa para o pai, era uma oportunidade e tanto para ambos, mas tinha um problema:

— E Natsu? ele ficaria, certo? — perguntou e Jude assentiu, ela suspirou, estava indecisa — Eu... não sei... eu preciso pensar um pouco, pai.

Jude sorriu e concordou com a cabeça.

— Pense o quanto precisar, Lucy.

[...]

Em meio a escuridão da rua mal-iluminada, Lucy pensava na proposta de Jude, um pouco atordoada, na verdade, ela não queria aceitar, mesmo sendo do homem que um dia a humilhou e que agora estava se humilhando diante dela, mesmo com o pedido de desculpa dele, era não queria aceitar.

É só que... ela ainda estava duvidosa.

Era uma oportunidade tanto pra ela quanto para o pai.

Ela não podia aceitar, ela sabia que não podia, não deixaria Natsu.

Mas e... e se ela aceitasse...

Deixaria ele pra traz?!

Talvez ele fosse com ela.

Não, ele não iria, com certeza Natsu não deixaria toda a sua vida que teve naquela cidade pra traz por algo desconhecido e inseguro.

Sem Lucy perceber, começava uma chuva fina, o suficiente para irritar, a loira começou a andar meio sem rumo, com medo e duvida do que podia acontecer num futuro próximo.

Quando pensou em voltar pra casa, lembrou-se que Natsu poderia ainda estar zangado com ela, e só pensamento de que provavelmente brigariam de novo quando chegasse, a fez hesitar em percorrer o caminho de casa, e ela optou por andar um pouco mais naquela noite calma e escura.

Ao longe, bem distante de si, ela podia ouvir um som estranho, mas não conseguiu identifica-lo, então não se incomodou em descobrir o que era.

Parou onde estava e olhou pro céu estrelado, fechou os olhos e pensou na melhor solução que poderia ter para todos os seus problemas.

Quando menos esperava, um chamado de seu nome foi ouvido, e parecia exatamente a voz grave de Natsu.

Lucy abriu os olhos e virou o rosto pra traz, um sorriso singelo surgiu nos seus lábios quando viu o rosado de longe vindo até si.

Só o pensamento de que ele havia passando por cima do próprio orgulho para procura-la era reconfortante, só em pensar que ele estava preocupado com si, já a deixava muito feliz.

— Natsu — disse o nome dele baixinho e seus olhos se umedeceram um pouco — Eu sabia... não posso te deixar, não é mesmo?! — e outro sorriso gentil surgiu nos lábios da loira.

Lucy, sem muita pressa começou a andar até o rosado.

Quando Natsu viu a loira vindo em sua direção, ele se permitiu parar para descansar um pouco, e tentar acalmar as batidas frenéticas do seu coração, ele ficou bem preocupado quando passou no hospital e não a achou.

A procurou em vários lugares diferentes, mas nada de acha-la, por sorte, quando decidiu procura-la de novo no hospital, pegou um caminho diferente e quando virou a esquina, deu de cara com quem procurou desesperadamente.

Um suspiro de alivio passou por sua boca entre-aberta, ele levou a mão até a testa e limpou o pouco de suor que havia acumulado ali, passou a mão nos fios róseos que caiam na sua testa e puxou pra traz, ele estava mais tranquilo depois que encontrou aquela loira irritadinha.

Tranquilidade essa que foi destruída, dando lugar a um novo desespero.

Lucy não estava prestando muita atenção no caminho, quando estava chegando perto do rapaz, ela viu o sorriso costumeiro dese desaparecer e a sua face tomar uma expressão desesperadora.

— LUCY — ele gritou o seu nome com urgência, como se fosse um aviso — Cuidado — essa foi a ultima coisa que ela conseguiu ouvir dele antes de tudo acontecer.

Um som muito alto prendeu a sua atenção e logo depois, uma luz cegante envolveu Lucy, e o que viu, paralisou o seu corpo.

Um caminhão...


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Notas finais do capítulo

Oi de novo, espero sinceramente que tenham gostado

comentem ta !!



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