Sempre e para sempre escrita por Bee Queen


Capítulo 4
Begin Again


Notas iniciais do capítulo

Olá galera!
Gente eu realmente não gosto de fazer isso, mas é necessário.
Percebi que tenho muitas visualizações mas pouquíssimos comentários e favoritos.
Peço que vocês participem mais, que mostrem que se importam/ gostam dessa fanfic. Isso motiva muito o autor a escrever sempre mais e melhor.
A música desse capítulo é Begin Again da Taylor Swift.



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POV Klaus

Fui acordando aos poucos por causa da intensa claridade, amaldiçoei quem deixou janela aberta mas logo lembrei que fui eu. Hoje pretendia dormir até tarde já que na noite passada Elijah, Rebekah, Hayley e eu ficamos bêbados em uma festinha bem particular que comemorava meu décimo ano de reinado. Já haviam se passado duas semanas desde que o resto de minha família retornou e nem sequer uma notícia de Caroline. Eu já estava ficando desanimado. Ainda com os olhos entreabertos, olhei no relógio do criado mudo e vi que eram 6:00h. DROGA! Agora que estava acordado não conseguiria mais dormir!

Contragosto levantei e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal. Após um longo banho me vesti e desci para tomar café da manha. Como previsto, não tinha ninguém na sala de jantar, mas a mesa já estava posta com diversos tipos de sucos, bolos, pães torradas e frutas. Me servi de suco de abacaxi e torradas, comi rapidamente e fui para o escritórios resolver as coisas do meu reinado. Havia muitas denúncias de ataques de gangues de vampiros que matavam lobisomens para ter seu veneno e o usar contra outras gangues de vampiros. Na maioria das vezes essas denúncias eram falsas. Não sei o motivo disso. Talvez seja o mesmo motivo que as crianças e adolescentes tem para passar trotes para polícia. Pura diversão. Mas no meu reinado não pode haver esse tipo de diversão. Liguei para Marcel e pedi para ele checar se essas denúncias eram verdadeiras. Caso contrario haveria punições, nada como as penas de mortes do Marcel. Apenas um corretivo e nunca mais haveria alguém que quebrasse as regras.

O tempo passou rápido e quando me dei conta já era a hora do almoço. Me dirigi para a sala de jantar e toda a minha família estava lá. Sentei-me na cadeira principal, ao lado de Elijah e Rebekah. Cumprimentei a todos na sala.

– Bom dia família.

– Pai. - Hope andou até mim e me beijou na bochecha.

– Olá Niklaus. - Disse cordialmente Elijah.

– Oi Nik. - Falou Rebekah com uma expressão de tédio.

– Klaus. - Hayley deu um leve aceno.

– Niklaus preciso falar com você depois do almoço, se possível. - Elijah agora tinha uma expressão mais séria.

– Claro irmão - Eu respondi.

O resto do almoço se passou normalmente, depois Rebekah, Hayley e Hope saíram para fazer compras. Eu e Elijah fomos para o meu escritório.

– Então irmão, sobre o que queria conversar?

– Niklaus tenho notícias animadoras para você. Hoje pela manhã um rapaz me procurou dizendo ter notícias de uma vampira chamada Caroline Forbes.

Ao ouvir aquele nome meu coração parou.

– E quais seriam as notícias? - Falei tentando não transparecer meu nervosismo.

– Bom, ele disse que queria lhe falar pessoalmente. E eu tomei a liberdade de marcar um encontro aqui as 13:00h, ou seja, agora.

Assim que Elijah falou isso o som da campainha fez-se presente ao longe. Passou-se alguns segundos e uma das empregadas anunciou nosso convidado.

– Senhor, um homem quer vê-lo.

– Deixe-o entrar.

Depois do som da porta sendo aberta nosso visitante se pronunciou:

– Senhor Niklaus, Elijah.

Me virei e vi que ele estava curvado.

– Apresente-se. - Disse Elijah.

– Meu nome é Kurt. - Disse o vampiro que tinha cabelos castanhos e olhos verdes.

– Fiquei sabendo que tinha notícias de uma vampira chamada Caroline Forbes. - Me pronunciei finalmente.

– Tenho senhor. - Kurt disse com a cabeça abaixada, parecendo com medo.

– Diga-me o que sabe.

– Como quiser senhor. Eu estava em Nova York e fui para o meu café favorito por volta das 9:30, o Café Lola, e do meu lado uma moça atendeu o celular e se identificou como Caroline Forbes.

– Descreva-a. - Falou Elijah em tom amistoso.

– Ahh, ela é tão linda. Tipo uma versão vampírica da Barbie. Pele clara, olhos azuis, cabelo loiro com cachos, e um corpo bem...

– Tudo bem, para mim já basta, é ela mesmo.- Eu o interrompi antes de arrancar seu coração.- O que quer em troca dessas informações?

– Nada senhor, para mim servi-lo basta.

– Certo rapaz. Vá embora, mas ante disso Elijah vai dar-lhe um check com uma boa quantia.

– Me acompanhe Kurt. - Disse Elijah.

– Sim senhor. Foi uma honra conhece-lo senhor Niklaus. - Kurt saiu fazendo reverencias.

Após Elijah sair me sentei na cadeira do escritório e fiquei refletindo. Enfim depois de anos eu encontraria Caroline. Mal poderia esperar para faze-lo. Eu ficava pensando o quão rápido meu coração bateria, se minhas mãos suariam, meu estômago reviraria, se minhas pernas tremeriam. Tudo isso era o que Caroline despertava em mim, meu lado humano. Não que eu gostasse disso, para ser honesto, me incomodava sentir tanto. Só ela e minha filha conseguiam fazer isso comigo. Fui tirado dos meu devaneios por Rebekah, Hayley e Hope que acabavam de chegar cheias de sacolas de compras.

– Papai! - Hope pulou no meu colo.

– Olá querida! Como foram as compras?

– Ótimas! Eu, Tia Bekah e mamãe compramos um monte de coisas bonitas!

– Que bom amor! Rebekah, antes que eu me esqueça, fale com Marcel e diga que Elijah cuidará das coisas aqui durante a minha ausência.

– Vai viajar pai?

– Sim Hope. - ela fez uma cara interrogativa- Vou para Nova York.

_*****_

POV Caroline

– CAROLINE FORBES! - Ele gritou enquanto se jogava em cima de mim.

– Olha, existem muitas formas legais de acordar, e essa não é uma delas!

– Caroline levanta dessa cama! -Eu neguei balançando a cabeça e me encolhi debaixo das cobertas- Car eu sou seu amigo e sei o que é bom pra você, e ficar deitada como se você estivesse morta não é!

– Também não é bom para mim ser acordada por um cara com o dobro do meu peso em cima de mim gritando o meu nome! Ah, e eu já estou morta esqueceu?

– Não, não esqueci espertinha! Mas também não esqueci que você está há muito tempo agindo como uma morta viva! - Pensei em falar algo mas ele logo continuou- E nem venha com esses trocadilhos de vampiros. A questão é que eu estou preocupado com você, Car. Não é do seu feitio agir dessa forma... Eu sei que tudo que aconteceu doeu muito em você, eu estava aqui, todos estavam. Mas a questão é que você não pode deixar de viver por causa daquilo.

Eu suspirei fundo. Ele estava certo. Ainda doía muito tudo que aconteceu... Mas eu não poderia acabar minha vida por causa daquilo. Me levantei devagarinho e dei um abraço apertado nele.

– Obrigado Matt, muito obrigado mesmo.

– Não precisa agradecer Car. É o mínimo que eu poderia fazer por você. Bom, agora eu tenho que ir para o Hospital, você vai ficar bem?

– Claro Dr. Sedução! - O chamei pelo apelido para ele saber que eu estava bem.

– Certo. - Ele saiu rindo.

Fui para o banheiro e me olhei no espelho, eu estava no mínimo depressiva. Enchi a banheira de água e comecei meu banho. As lembranças vinha para minha cabeça e me machucavam como chicote. Eu parei de reprimir de deixei toda a dor vir a tona...

" Eu caminhava alegremente pelas ruas de Nova York, tudo a minha volta perecia ter mais cor e eu não lembrava de me sentir mais feliz em toda minha vida. Senti meu celular vibrar e quando vi o nome meu sorriso aumentou mais ainda. Era Tyler.

– Oi amor. - Eu cumprimentei alegremente.

– Oi Car! Como você está? - Ele perguntou um pouco apreensivo.

– Estou ótima! Cuidando de todas as coisas do casamento. Ty vai ficar tudo simplesmente perfeito!

– Não se esqueça de que será apenas uma pequena cerimônia Car!

– Eu sei seu bobo! Mais isso não impede de ser perfeito!

– Eu sei disso Car, afinal, quem está organizando é você... Bom, eu tenho que resolver umas coisa, nos encontramos depois, no nosso casamento!

– Certo, tchau Ty!

Eu fiquei me lembrado o que estava me levando aquilo, ao meu casamento. Um ano depois do fim do meu namoro com Tyler nós coemçamos a ter uma espécie de amizade colorida. Um dia quando ele ficou bêbado demais me disse que não queria que tudo acabasse, que todos os futuros que ele via eu estava incluída ao seu lado. Eu fiquei tão feliz com tudo isso, é claro que eu ainda amava o Tyler, afinal ele era meu amor épico, como Stefan e Elena. Resolvi dar uma chance a ele, com uma condição: ele tinha que entrar para a faculdade comigo. E assim se passaram quatro anos, e quando em fim eu terminei a faculdade de biologia junto com Bonnie e Tyler nos fomos embora de Mystic Falls, cada um seguindo o seu rumo. Elena e Damon foram para Amsterdã, Stefan que agora estava com Katherine, foi para Paris , Bonnie seguiu viagem com Jeremy pelo mundo. Ela queria ajudar novas bruxas, como sua avó sempre sonhou. Matt, que havia sido transformado em vampiro por sua própria escolha há dois anos, foi morar comigo em um apartamento em Nova York dado por Stefan, e começou a fazer faculdade de medicina. Mais cinco anos se passaram e Matt estava próximo a concluir a faculdade de medicina. Lembro-me perfeitamente do dia de sua colação de grau, ele estava muito feliz, nesse mesmo dia sem mais nem menos Tyler me pediu em casamento. Eu aceitei sem ao menos piscar. Convidei todos os nossos amigos para o casamento: Stefan, Elena, Damon, Bonnie, Katherine e Jeremy. E lá estava eu, indo para casa para começar a me arrumar para o meu grande dia.

Cheguei em casa e lá estavam Elena, Katherine e Bonnie, que seriam minhas madrinhas. Nós começamos a nos arrumar e nisso o tempo pareceu voar. Passava um pouco da hora do casamento e logo eu e as meninas nos dirigimos para o cartório.

Chegando lá, elas entraram na frente, enquanto eu tentava inutilmente me acalmar. Porque eu estava tão nervosa? Eu iria em fim me casar com o homem da minha vida, não era? Tratei de afastar esse pensamentos e quando saí do carro me deparei com Stefan com o braço estendido para mim. Ele que me levaria ao altar.

– Não me lembro de ter visto uma noiva mais bonita que você, nem mais nervosa. - Ele comentou sorrindo.

– Está tão na cara assim?

– Não, mas eu te conheço Car. Vamos, o noivo já está preocupado!

Nós rimos e quando eu entrei na igreja a marcha nupcial soou pelo lugar vazio. Meu rosto se iluminou ao ver o de Tyler, mas o dele se contraiu. Ignorei aquilo e deixei Stefan me levar até o altar. Quando passei por meus amigos Damon sussurrou "Parabéns Barbie" e eu ri por dentro. Nunca conseguiria me livrar desse apelido. Stefan parou em frente a Tyler e antes de ficar em seu lugar ao lado de Damon, Matt e Jeremy ele depositou um beijo carinhoso na minha bochecha. O juiz de paz começou a breve celebração, eu olhei para Tyler e o vi suando frio. Era normal estar nervoso nessas condições, não era? O padre me olhou e disse:

– Senhorita Caroline Forbes , aceit ...

– Sim, eu aceito! - O interrompi antes de terminar a frase e todos no cartório riram.

– Pois bem. Tyler Lockwood, aceita Caroline Forbes como sua legítima esposa, na saúde e na doença, na tristeza e na pobreza, até que a morte o separem?

A próxima coisa que eu esperava ouvir era "Aceito", mas ao invés disso o silencio se fez presente. 1, 2, 3, minutos se passaram e pareciam ser anos, os comentários entre os nossos amigos começara, eu olhei Tyler e disse:

– Ty, tudo bem?

– Err, eu estou bem...

– Então - continuou o juiz de paz- Aceita Caroline Forbes como sua legítima esposa?

Mas uma vez o silencio excruciante.

– Tyler!- Eu disse nervosa.

– Desculpa Car, mas eu não consigo!

– Não consegue o que Tyler?!

– Casar com alguém que eu não amo!

Todos os presentes ali fizeram um sonoro "OHH".

– Então porque me pediu em casamento Tyler? - A essa altura eu já estava com lágrimas nos olhos.

– Porque eu pensei que fosse só uma fase Car! Mas agora que estou aqui eu só não consi...

Eu interrompi sua fala com sonoro tapa. Ele apenas ficou com o rosto virado.

– Desculpe Car, mas eu não te amo. - Ele disse friamente.

Eu apenas joguei o maldito buquê no chão e sai correndo porta a fora, ouvindo coisas como "Caroline espere!" ou "Porque fez isso Tyler?" e até um " Eu vou te matar seu maldito!"

Quando sai da igreja percebi tarde demais que estava chovendo, mais isso pouco me importava, eu só queria correr, fugir, sumir, me esconder. Não olhava para os lados enquanto corria, apenas fugia daquilo sem rumo algum.

Quando parei de correr estava em um parque, onde tinha um pequeno lago. Ainda chovia forte, a os pingos de chuva se confundiam com minhas lágrimas que saiam insistentemente. Cai de joelhos diante ao lago e deixei as lágrimas rolarem, levantei o rosto e olhei para aquele céu escuro que agora se igualava a minha alma. Senti vontade de gritar mas nada saía, apenas suspiros pesados e lágrimas. Algumas pessoas passavam correndo por ali , elas me olhavam com pena, e eu podia até imaginar o que elas pensavam, mas era doloroso demais. Percebi que havia alguém ali, mas nem me dei o trabalho de olhar quem era, essa pessoa se aproximou mais e eu senti que era Stefan. Sem dizer uma palavra ele se ajoelhou a minha frente no chão cheio de lama e me abraçou, eu afundei o rosto no peito dele e chorei mais ainda. Eu tentava de tudo, mas a dor não passava, ela só crescia, me consumia, acabava comigo."

A cada lembrança que surgia eu chorava. A dor não diminui nesses oito meses. Ela continuou lá, acabando comigo, mas eu aprendi a conviver com ela. Tinha vezes que eu queria simplesmente desligar, mas não queria desistir. Uma coisa que aprendi com Katherine era que não poderia desligar a cada dor que você tivesse. Isso era trapaça.

"Respirei profundamente frente ao espelho

Ele não gostava quando eu usava saltos altos

Mas eu uso

Viro a fechadura e coloco meus fones de ouvido

Ele sempre disse que não entendia essa música

Mas eu entendo, eu entendo..."

Me levantei e me arrumei para ir ao café. Ainda eram 8:40. Antes de saí me olhei no espelho e vi que minha fisionomia havia melhorado. Suspirei fundo, coloquei meu melhor sorriso e calcei os saltos que Tyler sempre odiava quando eu usava. Tranquei a porta e coloquei meus fones de ouvido. Sorri levemente ao perceber que a música que estava tocando era "Fire and Rain" do James Taylor. Tyler sempre reclamava daquela música, dizendo que não conseguia entender a letra e a razão de eu gostar tanto de uma música que ela julgava "extremamente gay". Eu entedia. Eu entendo. Quando cheguei ao Café Lola pedi o de sempre. Um cappuccino gelado.

"Passei os últimos oito meses

Pensando no fato de que tudo o que o amor faz

É partir, queimar e acabar

Mas, numa quarta-feira, num café

Eu vi isso recomeçar..."

–Caroline...

Eu congelei. Meus ouvidos foram tomados por aquele som. Meu nome pronunciado em um carregado sotaque britânico. Só de ouvir o timbre da sua voz todo meu corpo se arrepiou, como se respondesses ao seu chamado. Eu nem precisava me virar para saber quem era, meu corpo e coração sentiam a sua presença. E de repente meu coração começou a bater descompassadamente. A ferida que havia nele doía, mas já não era tão incomoda. O que eu estava sentindo...

Eu sabia. Só de ouvir sua voz. Estava começando de novo


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Notas finais do capítulo

Gente, olhem as roupas das lindas madrinhas;
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Bom gente, esse foi o capítulo. Eu amei escreve-lo e espero que vocês tenham gostado de ler.
Por favor, comentem o que está bom e o que deve ser melhorado...